Pov. Esme

Finalmente minha vida e a de minha família haviam entrado nos eixos novamente. Paz era o que precisávamos depois de toda aquela situação horrorosa que passamos. E graças a Deus conseguimos superar tudo isso, juntos.

Fiquei muito preocupada com Rosalie, eu sabia de sua história no passado e sempre tentei ajudá-la sendo uma boa sogra. Afinal, ela é uma ótima moça e faz o coração do meu filho bater mais forte.

Isabella e Edward estavam engatando num relacionamento cada vez mais firme, o que me deixava muito contente. Quero alegria plena pra minha filha maravilhosa, e Edward é bom rapaz.

Bella insistia que eu devia sair mais, procurar uma nova companhia, me distrair. Mas ainda não se isso é uma boa ideia. Talvez leve um tempo pra que eu consiga me envolver com alguém.

Hoje é um dia muito feliz pra mim. É o Dia dos Avós no colégio de Kebi, onde haverá brincadeiras com as crianças, professores e, claro, os avôs e avós. Estou muito animada pra passar uma tarde divertida com minha netinha linda.

Passei em sua casa, a peguei e seguimos rumo a escolinha dela. Chegando lá, várias crianças corriam de um lado para o outro sendo seguida por adultos. Eu não sabia para que sala me dirigir. Kebi estava de mãos dadas comigo. Ela vestia um vestido rosa com listras coloridas na parte de cima, sapatilhas bege e meias brancas, até os joelhos,com lacinhos na parte superior. Seus cabelos lisos soltos davam pequenas voltas nas pontas e havia uma tiara rosa com uma espécie de pompom na lateral da mesma cor.

Minha netinha estava mais linda do que nunca.

-Vovó, a senhora tem que achar a tia Joan e a tia Emily. – ela disse apertando minha mão.

-Está certo, meu docinho.

Caminhamos até um senhor que estava parado, olhando de um lado para o outro, com um garotinho moreno de cabelos castanhos e ondulados. Acho que vi aquele garoto antes. O homem tinha cabelos castanhos também, porém mais claros, era alto e não aparentava ser velho, ao contrário, parecia jovem demais pra ser avô.

-Com licença, poderia me ajudar? – perguntei me aproximando.

-Kebi!! – o garotinho exclamou ao ver minha netinha.

-Oi Quil. – Kebi sorriu reconhecendo a voz do amiguinho.

-Vô, essa é a Kebi minha amiguinha.

-Então você é a Kebi?! O Quil fala muito de você sabia? – O homem se baixou na frente, pegando sua mãozinha.

Kebi sorriu.

-Vovó, a senhora lembra do Quil? Ele tava na minha festa de anivesálio. – minha netinha linda falou e eu sorri com seu jeitinho errado de falar. Emmett também era assim quando tinha essa idade. É engraçado como mesmo não sendo pai e filha biológicos se parecem tanto.

Agora está explicado. O garotinho estava no aniversário da minha florzinha.

-Claro que lembro docinho. Olá Quil. – sorri para o garotinho moreno em minha frente.

-Oi vó da Kebi. –ele acenou sorridente.

“Este pequeno tem as bochechas mais fofas”. Sorri com o pensamento.

-Muito prazer, sou Peter. - O avô de Quil estendeu a mão  pra mim e eu apeguei.

-O prazer é meu. Sou Esme.

-Então Esme, do que precisa? – perguntou.

-Achar as professoras desses sapecas aqui. – falei e ele riu.

-Tenho quase certeza de que é pra aquela sala que devemos ir. – Peter apontou uma sala no corredor com porta bege e uma plaquinha  escrita Infantil 2, ou seja, 2ª fase do Ensino Fundamental. A série que Kebi cursava.

-É a nossa sala, vovô. – Quil falou.

-Ah, então é lá mesmo. –falei rindo.

-Então vamos! – Peter falou com uma empolgação engraçada. Ele parecia estar mais animado que as crianças. O achei muito simpático.

Seguimos em direção à sala e entramos.

Fui logo conhecer as professoras da minha netinha linda.

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Joan e Emily eram uns amores, foram muito simpáticas. Tratavam as crianças com muito amor e percebi que tinham um carinho muito especial por Kebi e isso é ótimo. É incrível com minha neta consegue agradar a todos, ela é um amor.

-Então, vamos pra casa né Kebi?!! A mamãe e o papai devem estar com saudades de você. – disse enquanto caminhávamos para fora do Colégio, indo em direção ao meu carro. 

-E o Kell também né? – perguntou ela.

-Claro, seu irmãozinho também deve estar morrendo de saudades de você.

-Então tá bom, vovó. Também estou com saudade deles muitãaaao. – Kebi falou sorrindo tanto que chegou a fechar os olhinhos. Que linda!

-Peter, foi um prazer conhecê-lo. –falei me despedindo.

-O prazer foi todo meu Esme. Podíamos combinar de sair um dia pra nos conhecermos melhor, até levar esses sapecas como você diz. – ele sugeriu.

Peter me transmitia uma confiança tão grande que não pensei duas vezes.

-Claro, seria ótimo. – aceitei com um sorriso no rosto. Ele também sorriu.

Trocamos nossos números de celular e nos despedimos com beijos no rosto.

-Tchau Kebi, vou pedir pra minha mãe me levar na sua casa pra gente brincar coma Kimmy. – Quil falou indo embora.

-Tá bom. Tchau Quil.

E assim entramos no carro voltando pra casa.

Isabella tem razão, pensei. Está mesmo na hora de esquecer o que passamos com Robert. Ele nunca foi um bom companheiro pra mim, não me transmitia esta confiança que sento com Peter e nem tinha este sorriso doce e simpático eu me deixei enganar por seu charme.

Está mesmo na hora de sair e fazer novas amizades, novos amores quem sabe.

Quero ser mais feliz do que já sou. Quero voltara ser completa como era com  pai dos meu filhos. E esta hora é agora.