Já faz uma semana e aqui estou eu, jogado na bebida e tristeza como se minha vida tivesse acabado. Mesmo com esses dois do meu lado nada faz sentido depois de “aquilo” ter acontecido, o que me resta é me isolar do mundo. De que adianta ter conseguido realizar o meu sonho? Sou o melhor espadachim do mundo mas não consegui proteger meus amigos, e tive de fugir como um cão acovardado.

Nessa pequena ilha é o nosso refugio no meio do nada. Estamos os 3 sobreviventes do massacre sofrido: Eu, Robin e Chopper embora o estado deles não ser nada melhor do meu. Robin quase nem fala e esta em uma depressão extrema, já Chopper por incrível que pareça esta com raiva, sim aquela rena carinhosa que chorava por qualquer coisa esta com raiva com vontade de vingança.
O lugar aqui não é ruim, temos alimento em frutas e animais,temos um pequeno riacho q passa perto de onde estamos. As arvores são altas e todas em linha reta, desconfio que alguém deve telas plantado antigamente.
Durante a noite é quase impossível dormir, prefiro ficar apenas olhando o nada e pensando em o que poderia ou não ter feito para salva-los, enquanto os gemidos de Robin tendo pesadelos me atormentam e me enfraquecem quando penso que não há nada que eu possa fazer. Já Chopper sai para a floresta a noite, mas não fala o que vai fazer, imagino que vá se esconder, chorar, urrar em agonia, mas de nada adianta.
Era manha, e ainda não terminamos de construir nosso pequeno casebre, não é tão difícil construir graças aos nossos poderes, como eu consigo cortar arvores e picar madeira com minha espada e Robin consegue transportar e construir rapidamente graças ao seu poder de Akuma no Mi. Tem apenas 3 cômodos na casa, um onde guardamos alimentos e onde é meu quarto, outro onde tem nossas roupas e itens onde Robin dorme e o ultimo um pequeno quartinho de Chopper onde estão apenas alguns instrumentos de medicina. Os nossos colchões são pedaços de pano que estão sobre algumas penas de aves que circulam pelo local e folhas de um enorme carvalho que tem aqui perto, os travesseiros são um monte de penas amontoado.
Estávamos apenas trabalhando cabisbaixos quando Robin me olhou profundamente e pediu:
–Você pretende se vingar?
Eu já havia pensado nisso, mas sabia que era impossível derrotar o governo mundial. Mas para ao mínimo da uma esperança a eles decidi falar:
–Quando eu for forte o suficiente sim. - digo
–Mas você terá de superar até os poderes do Luffy que era o homem mais forte do mundo e mesmo assim acabou caindo diante daquelas maquinas - disse Chopper
As maquinas que Chopper dizia eram os novos pacificadores do governo. Vegapunk havia achado um novo minério mais duro q diamante e usou esse minério nos pacificadores, o que os tornou quase invencíveis. Imagina-se que a força deles se compara ou é superior a de um almirante.
–Eu sei. – digo com uma cara de culpa.
Sabia que não era o culpado por aquilo, mas não consegui protegê-los, isso me atormenta. E as lembranças de Luffy em seus últimos momentos agonizando e gritando “Fujam” fazem com que eu me jogue ainda mais em depressão.
No almoço comemos algumas frutas que Chopper encontrou na floresta e a carne de alguns pássaros que matei. Ninguém pronuncia uma única palavra apenas comemos e tentamos esquecer os momentos de agonia.
Já de tarde tiramos o dia para descansar. Enquanto andava por ai procurando um bom lugar para treinar vi Robin sentado em um galho baixo do carvalho chorando. Ela sempre foi uma mulher forte, mas isso foi muito impactante para ela. Paro perto da arvore e fico olhando para pensando em uma maneira de tentar confortá-la porem não achava nenhuma, pois não conseguia confortar nem a mim mesmo. Decido pedir se há algo que eu possa fazer para ajudá-la.
–Há algo que eu possa fazer para você? – Sempre gostei da Robin, não que eu não gostasse do resto do bando, mas ela era há pessoa que eu mais me identificava.
Engolindo um pouco o choro ela fala
–Por favor, me ajude a ficar forte, eu preciso vingar-los para poder um dia ser feliz novamente.
Penso um pouco, sei que seria uma idéia quase suicida tentar se vingar mas, não recusei.
–Claro também pretendo ficar mais forte.
Robin então desceu da arvore e me deu um abraço encostando sua cabeça em meu peito e fazendo eu ficar com o rosto em seus lindos cabelos escuros. Ficamos assim até ela parar de chorar e se recompor. Então ela olhou para mim e disse.
–Passa a tarde aqui comigo?