Sweet Poison escrita por Saiorse


Capítulo 2
2 - Os Segredos Do Vale Whyler


Notas iniciais do capítulo

Oiiee Gente! primeiro eu gostaria de dizer que amei todos os reviews do capitulo anterior, obrigada por comentarem ! : D ~ja adoro todos vcs!~ segundo; mudei a capa né! o que vocês acham dela?
terceiro; esse capitulo ai é imenso o.O ate eu me assustei quando fui ver as paginas no word kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
e Quarto; nada pelo que eu me lembro alem disso.
Enfim!... espero que vcs gostem do capitulo, BOA LEITURA!



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– Salem! Mais sera possível?! Eu acabei de te dar banho, e quando viro as costas que volto você esta ai, esfregando-se na lama?! -

Ponho minhas mãos na cintura e bufo audivelmente olhando para meu adorável Dimo de estimação.

No momento, assustado com minha reação, ele se transforma em um adorável camaleão, tentando camuflar-se nas rosas em minha janela, mais ainda assim eu era capaz de vê-lo, tantos anos e ele foi meu único companheiro, era quase impossível não reconhece-lo em qualquer uma de suas formas.

– Hã-hã! não adianta tentar se esconder mocinho! Eu ainda continuo te vendo. - digo batendo meu pé e inclinando-me para o parapeito da janela.

Alguém que chegasse no local, apenas acharia que uma louca conversava com a própria janela.

Mais ninguém iria ali.

É claro.

Então eu poderia dar a louca quando bem entendesse.

– Não vai sair dai Salem? - indago olhando-o.

Vejo quando ele abre os olhos e os revira antes de pular em meus pés e transformar-se de volta em sua forma mais rotineira.

Um lindo gatinho negro de olhos violeta.

Por ser meu Dimo, Salem era o único ser vivo na terra que era capaz de me tocar sem morrer logo em seguida.

Deixe-me explicar o que é um Dimo... É um pequeno ser que recebe um pequeno pedaço de sua alma assim que você nasce, e fica ao seu lado para sempre depois disso, apenas separando-se quando algum de ambos morra.

Basicamente, era como um "até que a morte nos separe".

E acho que era por isso que eu conseguia perdoa-lo tão rapidamente.

– Não adianta se esfregar nas minhas pernas, o que você fez foi imperdoável mocinho. - digo fazendo bico recusando-me a olhar em seus olhinhos violeta.

Eu escuto seu miado baixinho e ouço sua voz em minha cabeça.

"Desculpe Mia"

Ele volta a se transformar em um camaleão e sobe pela saia do meu vestido, infiltrando-se pelos meus cabelos e subindo em minha cabeça, segurando uma mexa loira do couro cabeludo e descendo para ficar em frente aos meus olhos encarando-me com um jeito pidão que so ele sabia fazer.

– Golpe baixo! - resmungo tirando-o de cima da minha cabeça e acolhendo o pequeno camaleão em minhas mãos.

Ele faz uma cara engraçada, como se fosse de vitoria, de um jeito cômico que me faz rir.

– Espertinho... Certo! Esta perdoado. - falo convencida.

E então ele pula da minha mão pousando no chão na forma de uma gato.

Desistindo de discutir com Salem eu me viro e vou atrás da cesta de flores que havia conseguido algumas colinas abaixo.

Eu adorava as flores! Simplesmente as amava.

Fiquei muito tempo sem vê-las quando minha irmã privou a todos nos de uma boa primavera, e quando finalmente tudo voltou a florir, eu nunca deixava as flores longe por muito tempo.

Mesmo com meu estranho dom, eu gostava de preservar a maior vivacidade que conseguia ao meu redor, tomando o devido cuidado para não destruí-las.

Meu dom conseguia expandir-se por metros, quando eu estava nervosa, e por vezes em quilômetros quando eu ficava com raiva.

Quando eu era menor não conseguia controlar isso direito, por isso mamãe morreu em meu parto, e papai quando me deixou nervosa alguns anos depois.

Se eu era assassina? eu não sei a resposta para essa pergunta.

Salem sempre me dizia que não.

Pessoas só se tornavam assassinas quando tinham a intensão de matar, e quanto a mim... eu simplesmente não sabia controlar meu dom, ou minha maldição.

Depois da morte de meus pais, ninguém nunca ousou chegar perto de mim, exceto meu Dimo, e minha irmã... Jadis.

Nunca fui capaz de perceber a crueldade dela, nunca fui capaz de perceber que seu dom foi alem dela mesma, e dos outros, expandindo-se dentro da mesma.

Destruindo qualquer sombra de sentimento bom que chegou a existir.

Foi difícil reconhecer, mais minha irmã morreu a muito tempo e eu nunca sequer havia chegado a perceber.

Até o dia em que ela declarou guerra.

Eu fugi para o nosso antigo reino.

O vale Whyler.

Meu antigo lar.

Um lugar onde so havia morte e tristeza.

Onde ate hoje eu luto para deixar o mais adorável possível, do jeito que mamãe provavelmente amaria ver.

Deixei de crescer por todo o tempo desde que o inverno acabou, parada no tempo... Deveria ser agonizante.

Mais o tempo não existia para mim.

Eu não reconhecia-o.

Eu não queria reconhece-lo.

"Por que tão triste?" Salem pergunta reaparecendo ao meu lado.

Então eu percebo que as coisas ao meu redor morrem.

As flores no cesto muchão, e o mesmo se desfaz, as folhas nas arvores secam e caem sem cor ao meu redor, o chão aos meus pés vai ficando marrom enquanto eu arranco a vida antes existente neles.

Fecho meus olhos com força e repito diversas vezes "controle-se!"

Deixo os restos das flores que antes carregava no chão e abro devagar meus braços, agitando habilmente a ponta dos meus dedos.

"Devolva, concerte, semeie, floresça..." sussurro e volto a abrir meus olhos em seguida sabendo que se pudesse vê-los no espelho reconheceria a cor violeta - semelhantes aos olhos de Salem - que brilhava nas ires antes azuis.

Aos poucos as flores voltam ao normal, o cesto se refaz, as folhas voltam a ficar verdes e o gramado volta a crescer novamente.

Respiro fundo e me acalmo, deixando meus braços de volta ao lado do meu corpo, sentindo meus olhos voltarem a ser azuis outra vez.

Essa era a parte boa do meu dom.

Assim como eu poderia sugar a vida eu também poderia devolve-la a aqueles que estão a beira da morte.

Quase como uma troca justa.

Eu tirava daqueles que tinham muito, e dava para aqueles que poucos tinham.

Interessante colocação dos fatos.

Quer dizer que a morte também pode ser justa?

"Que piada!" penso e rio sem humor.

– Não é nada Salem, já passou. - finalmente respondo ao meu Dimo.

Volto a pegar as flores e o cesto pondo minhas luvas antes disso para privar qualquer acidente desnecessário ao meu toque e caminho de volta para casa.

Não era tão fácil com pessoas quanto parecia com plantas e objetos inanimados.

O panico de tirar a vida de alguém absorvia toda minha concentração e controle, me impossibilitando de devolver aquilo que lhe foi tirado.

Basicamente so funcionou até agora com flores e coisas do tipo.

Não que eu testasse com frequência, odiava ter aqueles momentos de descontrole.

Deixei a cesta sobre a mesa e sorri para as flores.

– Que tau um banho? - indago a Salem.

"Para você, certo?" retruca.

– Não fui eu que banhou-se de lama na primeira oportunidade. - replico arqueando uma sobrancelha.

"Oh não!" resmunga ele.

"Oh sim!"



Cair Paravel, Narnia_

– Majestade? -

Sou tirado de meus desvaneio assim que Ripchip ultrapassa a porta da Biblioteca, me fazendo desviar meus olhos dos pergaminhos a minha frente.

– Sim? - indago dando-lhe total atenção.

– Eles voltaram. - responde ofegante.

Meu cenho se franze em confusão, até que transforma-se em entendimento, e me permito arregalar minimamente meus olhos.

– Os Reis antigos? - pergunto pondo-me de pé esquecendo-me momentaneamente dos pergaminhos com a historia que aos poucos nesses últimos meses, foi se tornando minha favorita.

– Sim... foram vistos na praia, estão a sua espera na sala intima. - informa e a passos largos eu o ultrapasso saindo rapidamente da Biblioteca em direção a sala de jantar.

Abro as portas duplas do comodo e a atenção dos 4 jovens presentes se voltam a mim.

Por um momento tudo o que fui capaz de pensar foi "Impossível" repetidas vezes em minha cabeça.

Acreditava que nenhum dos Pevensies poderiam retornar a Narnia, no entanto... Pedro estava bem a minha frente, logo atrás dele Edmundo e Lucia.

Por ultimo Eustáquio um pouco mais distante.

– Caspian! - Lucia exclama levantando-se da cadeira em que estava e vindo me abraçar.

– Lucia! - recepciono de volta, e logo ela havia voltado a se afastar.

– Quanto tempo faz desde a ultima vez que vimos? Eu digo... nos tempos daqui. - pergunta.

– 1 ano no total, por que? eu pareço tão velho assim? - respondo dando um pequeno sorriso a mais nova Pevensie.

– Não é isso, so não sou capaz de confiar nos meus próprios julgamentos quanto ao tempo por aqui. - diz com uma careta divertida.

Volto minha atenção aos outros 3 e aceno.

– Eustáquio, Edmundo, Pedro, quanto tempo não? -

– Eu que o diga. - Pedro resmunga e recebe uma risada da irmã em troca.

Era claro todo o contentamento e êxtase deles por estarem de volta, alias... era mais que claro, era gritante.

– Deveríamos tratar do assunto do qual Aslam tenha nos intruido não? - Edmundo fala chamando a atenção dos presentes para si.

Estranhamente a expressão dos 4 voltaram a ficar serias, e foi inevitável não preocupar-me.

– Que assunto? ele só disse "Achem a mestiça de vida e morte", aquele Leão sabe ser bem misterioso quando quer. - Eustáquio comenta.

Meu corpo fica tenso e meus pensamentos se voltam aos pergaminhos que deixei na Biblioteca.

– A mestiça... De vida e morte? - indago incerto.

– Foi isso que ele disse, embora não tenhamos entendido muito bem. - Pedro diz em resposta.

– Eu creio... que eu sei ao que ele se refere. - digo.

– E o que é? - Lucia pergunta com o olhar transbordando de curiosidade.

– Siguão-me. - digo apenas e viro-me refazendo todo o meu caminho em direção a Biblioteca.

– Deixa eu ver se entendi bem... a garota super sinistra é irmã da feiticeira branca, e diferente da irmãzinha super "gentil"... ela pode matar uma pessoa... com um simples toque? - Edmundo repassa com o rosto cheio de incredulidade.

– Isso mesmo. - respondo.

– Humpf! Eu tenho a impressão de que a cada vez que voltamos as coisas ficam ainda mais bizarras. - resmunga.

– O que mais Aslam disse alem disso? - pergunto levantando meu olhar para eles.

– Ele disse "Ela sera de grande ajuda ao povo Narniano", e depois disso sumiu.- Pedro diz ainda sem desviar os olhos dos pergaminhos, quase tão fascinado quanto eu estive nos últimos meses.

– Então nos temos que preparar os cavalos, vamos atrás dela o mais rápido possível. - digo levantando-me.

– Ela é irmã da feiticeira Branca, e isso significa que ela nasceu a muito, muito tempo, ainda acha que ela pode estar viva? - Eustáquio indaga.

– Ela é a morte em pessoa, acha mesma que não pode dar mais uns aninhos de vida a si mesma? - Edmundo diz com ironia.

– Não adianta ficarmos aqui nos questionando se ela esta viva ou não. - Lucia intercede.

– Ela tem razão, a unica forma de sabermos é indo atrás dela. - digo.

– Mais e por onde nos começamos? - Pedro diz tirando os olhos dos pergaminhos.

– Olhem isso aqui! - Lucia fala e nos vamos até ela olhando para o pergaminho que ela segurava, onde aos poucos a tinta das outras anotações transferiam-se de modo rápido para o fim da pagina, onde se formavam as palavras;

Vale Whyler

– Acho que alguém quer nos da uma dica. - fala Edmundo.

– Então vamos segui-la. - digo.

Os 4 assentem olhando para mim de maneira decidida, olho para Ripchip em seguida, este estava um pouco distante de nos, próximo a porta do recinto.

– Instrua os soldades para que preparem os cavalos. - falo com firmeza, ele assente e faz uma mesura antes de sair da sala. - Sairemos ainda hoje em direção ao Vale Whyler. - completo olhando para os outros presentes na Biblioteca.



Vale Whyler_

Observei o sol se por da janela do meu quarto enquanto bebia o chocolate quente que havia feito com as sementes de Cacau que havia encontrado nos arredores.

Eu via o céu se por com uma desnecessária tristeza, era como se a noite fosse trazer e volta todos os meus medos e incertezas, todas as lembranças ruins que eu trazia com a morte dos meus pais e a da minha irmã.

Normalmente os estragos aconteciam naquela hora, onde eu ficava nostálgica e não conseguia criar defesas para meu poder, mais a algum tempo eu venho conseguindo amenizar isso, e espero que continue assim por muito tempo.

Salem era um pequeno esquilo no momento, adormecido em meu ombro e ressonando calmamente, passando-me a calmaria que eu veemente precisava.

A essa hora eu sempre lembrava-me do que meu pai dizia-me nos finais da tarde.

"Vá devagar pequena".

Eu repetia as palavras na minha mente, ouvindo sua voz aveludada e permitindo-me esvaziar-me de todo o medo.

Eu tinha Salem e a mim mesma, eu não podia machucar ninguém daqui, estava tudo bem.

Até aquela noite.

Salem acordou sobressaltado do meu ombro, caindo em direção ao chão, mais transformando-se no gatinho preto antes da queda.

– Oque houve? - indago preocupada.

"Sinto a inquietação novamente Mia." responde olhando-me com grandes olhos pidões.

Suspiro e dou um pequeno sorriso.

– São só pequenas cobras Salem, elas nem podem entrar na casa! - digo passando minha mãos em sua cabeça procurando acalma-lo.

Salem morria de medo de cobras, apavorava-se e sentia sua presença de longe, por isso ficava alarmado em algumas noites ao sentir a aproximação de uma, sendo que esta estava a quilômetros de distancia.

"Tem razão... vou me acalmar" diz, mais eu vejo em seus olhos violeta que ele não esta se acalmando.

Suspiro e dou-lhe um sorriso de conforto me levantando da cadeira em frente a janela em seguida.

– Vou fazer chocolate quente para nos dois que tau? - digo indo em direção a porta.

"Seria ótimo... mais você acabou com o cacau hoje a tarde" diz em resposta.

– Ah, é mesmo, mais eu aposto que tem mais algumas cementes no lugar onde encontrei-as mais cedo. - falo dando de ombros e continuando meu caminho.

"Vai sair na floresta? Mia, esta escurecendo!" Salem repreende-me, seguindo-me enquanto eu descia as escadas.

– Que besteira Salem, não a nada de perigoso ai fora, provavelmente eu sou o único perigo por aqui, então sera prejuízo de quem me encontrar. - digo dando um sorriso maroto ao meu Dimo.

Pego minhas luvas, que antes eram da mamãe, em um seda majestosa e branca, confortável a minha pele, e pego a cesta sobre a mesa saindo da casa com Salem ao meu escaço e com a capa que eu usava em geral para sair a noite.

Só que desta vez ele transformou-se no pequeno camaleão de hoje cedo e subiu em meu ombro escondendo-se nos meus cabelos.

– Frouxo. - murmuro dando uma pequena risada, recebendo um puxão leve na mexa do meu cabelo que ele segurava.

Realmente seria burrice sair pela floresta quando as luzes da manhã já haviam saído, mais eu... Bom... a minha unica preocupação era ferir outras pessoas, e não de ser ferida, já que era completamente improvável.

Alguns minutos depois eu acho o local onde encontrei as sementes de cacau e me abaixo procurando no solo por mais, pouco me importando com a lama que sujava a barra do meu vestido azul bebe ou da capa vermelha.

Percebia Salem inquieto, mais não me importei de primeira.

Até ouvir o som de...

– Cavalos?! - sussurro atômica.

"Mia!" Salem choraminga assustado.

Me levanto sobressaltada e de repente o ar foge dos meus pulmões.

– P- pessoas?... mais... ninguém jamais vem ao Valeu Whyler! - falo com choque.

" Corra Mia, Corra!" Salem berra saltando no chão na forma de um tigre negro com os olhos violeta.

Não hesitei e me virei, deixando a cesta cair para segurar a barra do meu vestido e correr o mais rápido que podia.

Eu era rápida, mais o problema e pauta era que eles tinham cavalos.

Olha ali! é alguém correndo!– ouço uma voz masculina e meu panico só aumenta.

Acham que é ela?– e então uma outra feminina indaga.

Sigam!– outra diz com firmeza.

Espere... eles estavam... atrás de mim?!

Enquanto eu corria ficava impossível repor todo o ar que saia de meus pulmões, e então eu ficava ainda mais apavorada.

Eu precisa de controle! Só um pouco mais e as coisas ficariam serias.

Duramente serias.

Senti Salem bem atrás de mim ainda na forma de um tigre e procurei me concentrar em desviar das arvores no caminho.

Eu estava tão longe assim de casa? Não lembrava-me de ter caminhando tanto.

Sinto uma dor súbita em meu calcanhar e logo meu rosto ia de encontro ao chão.

Eu havia tropeçado.

E minha bota estava presa ao ramo de madeira encrustado na terra.

Tentei com desespero me soltar, o céu ficou revolto e as nuvens juntavam-se em uma maciça corte de boas-vindas a uma chuva tórrida.

Estava começando...

Eu estava perdendo o controle.

Arranquei minha luva com voracidade e alcancei o ramo de madeira, tocando-o e prendendo-o na minha palma, em segundo ele estava reduzido a um misero pó sobre a minha bota.

Mais já era tarde de mais.

Eu fui alcançada.

Puxei meu capuz por sobre meu rosto procurando esconder meu rosto, quando menos pele, melhor.

Os cavalos galopavam a minha volta, demonstrando que eu já estava cercada.

Salem rosnou alto se pondo a minha frente.

Mais eu sabia que ele era apenas imune a mim e não as espadas que aquela gente provavelmente segurava.

– NÃO! - grito puxando o pelo de Salem e o trazendo para junto de mim, abraçando-o e impedindo-o de avançar.

– Quem é você? - indaga aquela mesma voz feminina de pouco tempo atrás.

Respondo sua pergunta com silencio.

– Tire o capuz do rosto, é um ultraje aos Reis. - uma outra voz - um tanto quanto estranha - que eu ainda não havia ouvido, falou.

E novamente apenas retruquei com o silencio.

Eu ouvi quando eles desceram de seus cavalos, e um deles se aproximou, mais do que o recomendável.

– Eu presumo que já saibam. - digo finalmente, interceptando seus passos com minhas palavras, devagar eu tiro o capuz e revelo meu rosto olhando em seguida para as 5 pessoas e um... Rato (?) a minha frente.

Vi certo choque e deslumbre no rosto de cada um, mais permaneci imparcial.

O rato (?) - que havia falado a pouco - se aproximou novamente.

– Então se estou certa, também sabem o que acontece se me tocarem. - falo olhando diretamente para o rato consideravelmente enorme que se aproximava, e logo depois de minhas palavras ele voltou a estancar.

– Não se aproxime mais Ripchip. - um outro diz, e meu olhar vai em direção a ele.

Tinha olhos azuis e cabelos loiros, sem duvida era lindo, e como a muito tempo eu não via pessoas, foi impossível não me chocar com sua beleza.

O suposto Ripchip volta para perto de seu cavalo rescindendo ao rapaz de olhos azuis.

– Você é mesmo Miannah Whyler? - um outro pergunto e meus olhos vão na direção da sua voz.

Se antes eu havia ficado surpresa com a beleza do rapaz de olhos azuis, certamente estava encantada com o homem de cabelos castanhos e olhos negros.

Ele era... lindo.

E por isso me senti estupida em achar o inimigo encantador.

Não era nisso em que eu deveria me concentrar!

Eu deveria me concentrar em manter meu poder sob controle, não queria vê-los morrendo, não queria voltar a sentir o cheiro de morte.

E certamente não queria ter corpos para enterrar.

Principalmente se eram tão lindos.

– Sim. - respondo finalmente.

Havia algo embaixo do seu olhar, um tipo de fascínio talvez?

E novamente eu me concentrava nas coisas erradas! Francamente Mia Whyler!

– Sou Caspian X, Rei de Narnia. - prossegue aproximando-se de mim por reflexo, mais voltando a recuar quando eu maneio minha cabeça pedindo silenciosamente que voltasse a se afastar.

– Certamente não é um prazer conhece-lo. - retruco levantando meu queixo de modo leviano.

– Retire já o que disse! - Ripchip diz parecendo ultrajado.

– Se eu quisesse retirar não teria dito a frase, e quanto a você é melhor ficar quieto, as coisas não saem bem quando eu me descontrolo, e acredite, eu estou tentando arduamente conter meus poderes. - digo forçando uma frieza não rotineira de mim.

Ripchip semisserrana seus pequenos olhos com raiva mais volta a ficar quieto.

– Miannah? - a voz feminina me chama e minha atenção vai para ela.

A garota era tão adorável que eu não conseguia acreditar que estivesse ali para me fazer mau.

– Precisamos da sua ajuda. - completa com os olhos suplicantes.

– Não acho que eu seja capaz de ajudar vocês. - falo.

– Alguém nos disse que você seria capaz. - ela reavê.

– Quem? -

– Aslam. -

Meu corpo reage com choque.

Aslam?

A muito tempo eu não via aquele leão, e acreditava que como a minha irmã ele também estivesse morto.

– Aslam...? - sussurro inserta.

Salem se remexe em meu colo, demonstrando sua inquietação.

– Sim, ele nos disse para procurar você, que Narnia precisa da sua ajuda. - o garoto de olhos azuis diz.

– Vocês são...? - pergunta confusa.

– Eles são os antigos reis de Narnia. - Caspian responde por eles.

O olho sentindo-me um pouco culpada por tê-lo tratado mau, mais logo tiro a ideia da minha cabeça.

– Como posso confiar em vocês? - indago estreitando meus olhos.

– Do mesmo modo que estamos dispostos em confiar em você. - responde Caspian.

Suspiro audivelmente e olho para Salem, ainda duvidosa quanto a um veredito final.

"E se eles estiverem mentindo?... digo, sobre Aslam." Salem diz.

– Não acredito que estejam. - sussurro para meu Dimo. - E mesmo que estivessem, não se atreveriam a me tocar. - digo um pouco mais alto voltando a olhar para meus novos "conhecidos". - Sabendo que o único destino que os esperaria seria a morte. - completo.

– Não queremos fazer-lhe mau Miannah. - o loiro de olhos azuis fala calmamente, ainda sem tirar os olhos do meu rosto.

E ele me fez acreditar no que disse.

De algum jeito eu sabia que eles não queriam me fazer mau.

Eles não iriam.

– Sou Lucia Pevensie. - a garota diz com um sorriso amigável. - E esses são meus irmãos, Edmundo... - aponta para o outro garoto um pouco mais alto do que ela, de cabelos negros e olhos azuis. - E Pedro. - completa apontando para o loiro que me acalmou.

– E esse outro aqui é nosso primo Eustáquio.- Edmundo diz apontando para o garotinho mais baixo e loiro, que sorri um pouco temeroso em minha direção.

– Caspian já se apresentou, e acho que ouviu o nome do Ripchip. - Lucia completa ainda sorrindo.

Devagar eu me levanto e puxo delicadamente Salem comigo, ele se transforma de volta no gatinho e se enrosca em meus braços.

Os olhos dos 6 se arregalam minimamente em surpresa.

Eu estava mais calma e aos poucos as nuvens foram afastando-se voltando ao normal e revelando a linda lua lá em cima.

– Esse é meu Dimo, Salem. - digo baixinho, sem desviar os olhos de Salem. - E como sabem eu sou Miannah... - faço uma careta discreta e continuo - Mais prefiro que me chamem de Mia. - completo levantando meu rosto para encara-los.

– Prazer conhecer você Mia, uma pena não ser reciproco.- Caspian comenta referindo-se a minha grosseria de antes.

Eu sei que coro e agradeço por estar um pouco escuro.

– Desculpe, so era um modo de defesa. - murmuro.

– Devemos voltar a Cair Paravel agora majestades. - Ripchip fala.

– E que cavalo para a Mia? - Pedro diz de repente parecendo lembrar-se desse detalhe.

– Eles morreriam com o meu toque. - digo dando de ombro.

O cavalo de Eustáquio se move inquieto.

– Podemos arranjar outro jeito. - comenta o... cavalo?!

Okay, Ratos falantes e nada amigáveis e agora um Cavalo falante!

Arregalo meus olhos e percebo que Caspian sorri levemente com minha surpresa.

Alias... ele estava me observando?

– A algumas peculiaridades a se acostumar em nosso reino. - diz ele.

– Tenho certeza de que irei me acostumar. - falo.

– Mais e então? - Lucia indaga olhando de mim para os cavalos.

– Oh... Isso é fácil de se resolver. - digo com tranquilidade. - Salem? -

Meu Dimo me olha risonho e pula do meu colo em direção ao chão, transformando-se em um belo cavalo negro.

– Uau. - Edmundo, Eustáquio e Lucia dizem em uníssono.

– O Salem pode ser bem útil quando quer.- falo sorrindo para ele que me empurra de leve com a cabeça dizendo um sonoro "Ei!" em minha cabeça.

Subo habilmente em Salem e olho para Caspian em seguida.

– O problema foi resolvido majestades. - digo com um sorriso de canto.

– Vamos voltar ao nosso reino. - diz Ripchip e todos montam em seus cavalos.

Os cavalos de Narnia foram na frente enquanto Salem e eu íamos um pouco atrás, hesitantes em dar as costas ao Vale Whyler, que foi nosso lar por muito tempo.

" A vida é feita de escolhas jovem criança, quando você da um passo a frente, alguma coisa inevitavelmente... fica para trás"

A voz imponente de Aslam sussurra em minha cabeça, e de algum jeito eu não me surpreendo.

Era bom tê-lo para concelhos.

– Obrigada - sussurro.

E dessa vez não hesito em seguir os Narnianos, sabendo que muita coisa viria pela frente diante a minha escolha.

– Você vem? - Caspian indaga com um sorriso um pouco a frente.

Salem galopa um pouco mais rápido e fica ao lado do cavalo de Caspian.

– E eu tenho outra escolha... Majestade? -


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Notas finais do capítulo

E ai? deu para se familiarizar com a nossa Mia? espero que sim! aushaushaushaushuashausha então... esse é o inicio da historia.
Espero que tenham gostado do capitulo : )
E por favor, digam- me o que acharam!
Reviews!!
Espero todos vcs por lá.
Bjjjs e até o proximo!!