Find Me and Stay [Hiato] escrita por soulsbee


Capítulo 5
Sentimentos....


Notas iniciais do capítulo

Talvez, um péssimo dia possa nos dar coragem para tornar algumas coisas reais. No fim, tudo depende do ponto de vista. - F.A.



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Acordei na manhã seguinte mentalmente exausto, tive milhares de sonhos e pensamentos que não se calaram por um segundo sequer.

Soltei um longo suspiro tentando botar a mente em ordem. Passei vários meses fazendo de tudo, exatamente tudo para que ela me notasse e agora... Tudo está indo tão bem e tão devagar que me faz até imaginar e sentir o que vira logo em seguida.

Fiz o que era de rotina, entretanto, hoje coloquei meu melhor perfume, aquele que eu só uso quando realmente estou afim de deixar alguém com o meu cheiro pelo resto do dia, e desci para a garagem. Entrei no meu carro e dirigi até a casa de Claire com um sorriso largo no rosto. Eu não sabia, ao certo, o que estava sentindo, só sabia, apenas, que me fazia bem.

Cheguei á em pouco tempo e deparei-me com ela atravessando a rua. Ela estava vestindo uma camiseta pólo branca que delineava seu corpo por inteiro e um jeans surrado. Estava com os fones de ouvido e andando rápido.

Parei ao seu lado e buzinei. Ela demorou um pouco para perceber que era para ela, entretanto, sorriu e entrou no carro ao me ver.

– Oi, tudo bem? – Perguntei retribuindo seu sorriso.

– Bem... – Ela encarou para o celular que estava na mão, tirou os fones e prosseguiu – E voce?

– Bem também, é novo? – Perguntei ao vê-la dando tanta atenção para aquela coisa.

Sim, ganhei ontem a noite – Respondeu olhando para o celular.

– De quem?

– Hm... acho que foi do boneco de plástico, sei lá, não tenho certeza – Deu de ombros.

– E quem é ele?

O Bryan... – Revirei os olhos e bufei ao ouvir o nome dele. Ela levantou uma sobrancelha e me encarou por um tempo.

– Que?

– Nada. – liguei a radio em uma estação qualquer, eu estava nervoso, com vontade de bater em alguém. Concentrei-me na estrada a minha frente e apertei o volante com toda a minha força.

– Está nervoso? – Ela continuou me olhando. Aquilo estava me deixando desconfortável.

– Não.

– Então porque está tão direto? - Indagou curiosa.

– Por nada.

– Você não é tão objetivo assim, o Dean que eu conheço gosta de falar! - Ela realmente fez uma boa observação sobre mim. Eu sempre falava sem parar e, do nada, eu apareço assim, tão mudo?

– Só estou pensativo... - Murmurei por fim uma resposta que a fez se calar.

Dirigi o mais rápido que pude para a escola, eu estava ficando nervoso com aqueles olhares e com aquele nome do demônio. Bryan, a partir de hoje, havia se tornado o segundo nome de Lucifer para mim.

– Dean! – Sophie gritando da entrada do estacionamento da escola. Ouvi Claire resmungar.

Parei o carro próximo a ela e desci dele para dar-lhe um abraço forte. Senti Claire nos fuzilando pelas costas e sorri satisfeito com a reação dela. Sinta isso!

– Oi, Sophie – Claire disse grossa.

– Oi! – Sua amiga, diferente dela, respondeu calorosamente.

– Está ficando com o Dean? – Perguntou com dificuldades.

– Não sei, estamos? – Ela olhou para mim. Encarei o chão. Queria irritar Claire, mas não queria dar falsas esperanças muito menos deixa-la nervosa...

– Não. - Acabei sendo mais rude do que o necessario, mas Sophie nem ligou, apenas deu de ombros – Vamos? – Andei até Claire e puxei-a pelo braço para dentro do complexo escolar.

– Oi, linda! – Bryan disse quando nos encontrou em um dos corredores. Ela sorriu para ele – Espero que tenha gostado, eu me esforcei para encontrar algumas musicas boas – Disse com um sorriso torto. Eca.

– Ah, obrigada. Eu adorei – Ela retribui o sorriso dele.

– Estamos atrasados! – Alertei-a puxando-a pelo braço novamente.

Eu estava completamente irritado essa manhã, porque? Não sei, mas sei que não queria que aquele idiota falasse com ela ou pensasse que tinha alguma chance com ela.

– Não, ainda falta... – Antes que Bryan terminasse a frase, Claire e eu estávamos em frente a nossa sala de aula.

– O que foi aquilo?! – Perguntou irritada.

– Eu que pergunto! Você não odiava ele? - Indaguei confuso.

– Não, só não gosto dele, mas ele estava tentando ser legal! – Disse na defensiva.

– Um celular é o suficiente para te comprar?! – Minha voz ficou mais alterada do que o normal, eu estava surtando.

– Não! Se você me conhecesse saberia que o que me conquista é a educação! – Ela deu as costas para mim e entrou na sala. Aquilo foi uma indireta direta atingindo-me no fundo da alma. Isso me fez repensar nas minhas atitudes até aquele momento e ver que estava sendo um total idiota.

Encarei o chão por um longo momento xingando-me de tudo quanto é nome. Meu sangue começou a esquentar rapidamente, senti a fúria tomar conta do meu corpo e soquei com toda a minha força a parede. Fiquei um longo tempo com as mãos paradas ali, latejando de dor. Ignorei aquele sentimento. Era bom. Melhor do que o que eu estava sentindo anteriormente. E então entrei na sala. Passei pela mesa dela olhando para frente e sentei-me no meu lugar esparramando meu corpo na cadeira.

– Você está bem? – Peter perguntou.

Antes que eu pudesse responder, Bryan entrou e passou por ela sorrindo. Ele jogou um papel sobre a mesa dela e ela pegou para ler, logo a vi respondendo e jogando o bilhete para ele. Os dois sorriram.

Levantei-me do meu lugar jogando a mesa para longe de mim e fiquei do lado de fora da sala. Senti todos os alunos olharem para mim nesse instante e ouvi alguns cochichos. A risada de Bryan tomara conta do recinto, ele estava se divertindo com tudo aquilo e fez um comentário idiota que contagiou a todos os outros estudantes.

Ele não gostava dela, de jeito nenhum, ele só queria ela para coloca-la em sua lista e para provar que ele tinha qualquer uma que ele quisesse, que nenhuma era capaz de resistir, mas, no meio disso tudo, ele também queria provar ser superior a mim, provar que ele era o melhor.

Não resisti. Entrei novamente na sala com o olhar fixo nele, meus olhos estavam semicerrados, minhas mãos estavam fechadas em fortes punhos e meu maxilar estava rangendo. Parei na frente dele, ele olhou para mim e debochou alguma coisa qualquer. Levantei meu braço esquerdo e acertei um soco no meio do nariz dele derrubando-o da cadeira.

Seu nariz começou a sangrar um pouco, diferente de sua boca que estava com um risco enorme de sangue que descia até seu queixo.

– Já que você não sabe se calar sozinho, faço isso por você – Dei as costas para ele e sai da sala indo em direção aos fundos da escola. Todos aplaudiram o que eu fiz e Bryan ameaçou-me na hora da saída. Tanto faz. Eu já estava no inferno mesmo.

Chutei uma cadeira do refeitório jogando-a para longe, passei pelos inspetores furioso. Eles não fizeram nada, apenas olharam-me confuso. Fiquei encostado embaixo daquela mesma arvore de ontem, era o único lugar que fornecia uma sombra adorável. Odeio o Sol.

– Por que você fez aquilo? Você tem desvio mental, praga? – Claire surgiu na porta dos fundos e caminhou até mim. Ela estava fuzilando-me com o olhar.

– Porque eu estou cansado daquele rosto desgraçado e não sou praga, também sou gente! – Respondi rudemente.

– Desde hoje cedo você esta estranho, agora fez isso? – Ela apontou o dedo para mim. – Você não é gente, porque pessoas tem sentimentos! – Ela empurrou-me para a arvore.

– Se você me conhecesse, saberia que eu tenho sentimentos!

– É? Por quem?! – Perguntou quase cuspindo a frase sobre mim.

– Por você! – Meus braços voaram ao redor de sua cintura puxando-a repentinamente para mim, seu corpo chocou-se fortemente com o meu. Virei-a para a arvore e empurrei-a contra a mesma.

Minha boca voou para os lábios macios dela sedentos por um beijo. Senti suas mãos voando para o meu peito tentando empurrar-me para longe. Pressionei-a com mais força na arvore e a beijei mais intensamente.

Suas mãos foram para o meu pescoço o arranhando. Senti um forte arrepio em todo o meu corpo. Ela parou de lutar e rendeu-se ao beijo. Ela até subiu nos meus pés para ficar mais alta. Afastei-me lentamente dela, levou um tempo para que eu abrisse meus olhos .

– Eu te odeio... – sussurrou sem fôlego.

– Eu te amo... – Sussurrei de volta. Foi estranho dizer aquela palavra, mas foi a única que eu encontrei para demonstrar o que estava sentindo. Ela mordeu meu lábio inferior. – isso basta? – Perguntei olhando fixamente para ela esperando sua resposta.

– Não sei... – Ela empurrou-me para o lado, sorriu torto e deu-me um selinho antes de virar costas para mim e voltar para o prédio escolar.

Joguei-me no gramado, confuso com tudo o que estava se passando dentro de mim. Uma parte estava furiosa e a outra feliz por finalmente ter falado tudo o que estava dentro de mim.


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Notas finais do capítulo

Como é bom ver o Dean feliz, não é?Mas, passando spoilers, ele não vai ficar por muito tempo assim e.e



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