Eu e Você escrita por Hanna Martins


Capítulo 16
Capítulo XVI - Garoto incompreensivel


Notas iniciais do capítulo

Capitulo escrito enquanto tento fazer um trabalho, deveria estar estudando, mas não... Oh, vida difícil!



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– Pensei que você tinha entrado em coma ou algo assim – diz Peeta, interrompendo um comentário que Gale faz sobre um comercial na TV.

Lanço um olhar furioso para ele.

– Desculpa, Peeta. Não havia notado que as aulas haviam terminado – olha para mim – Quer que eu te ajude a se levantar, Katniss?

Minha barriga ainda está doendo, não tenho certeza se consigo me mover sem ajuda, por isso faço sinal afirmativo com a cabeça. Gale se aproxima de mim e me dá o braço para que eu me apoie nele.

– Tem uma pessoa morrendo de fome aqui, será que vocês não podem se apressar?! – diz Peeta mal-humorado.

– Você pode ir na frente, Peeta – fala Gale – Eu posso levar Katniss para casa sem nenhum problema.

Peeta me olha, porém nada responde a Gale. Ele começa a caminhar em nossa frente.

Estou apoiada em Gale, andamos lentamente. Minha barriga ainda dói muito, o que me obriga a andar inclinada novamente. Gale me leva até a porta do carro.

– Até que enfim, você chegou – Peeta se preocupa tanto com as pessoas! – Até mais, Gale – fala enquanto entra no carro.

– Obrigada, Gale – digo, entrando cuidadosamente no carro.

Não falo com Peeta durante todo o trajeto. O que este garoto tem? Estou eu aqui quase morrendo de dor, enquanto ele se comporta como se a grande vítima fosse ele, por eu ter feito se atrasar para o almoço. Aliás, ninguém pediu que ele me esperasse. Podia ter voltado para a casa sem mim, como Gale sugeriu. Aliás, Gale até se ofereceu para me trazer. Então, por que esse aborrecido todo?

Chegamos finalmente em casa. Abro a porta do carro, mas constato que não poderei sair daqui sem ajuda. Preciso pedia ajuda ao motorista. Porém, antes que eu fale qualquer coisa, Peeta para em minha frente. E, sem dizer absolutamente nada, me levanta em seus braços.

Fico sem reação. Tanto que não falo nada durante todo o trajeto até o quarto. Sinto o cheiro de sua colônia, pois meu rosto está encostado em seu peito. Meus braços estão envoltos em seu pescoço. Não me pergunte como fiquei nessa posição, pois não sei. Isso me lembra do beijo no carro, quando nossos corpos ficaram tão próximos, como estamos agora. Que pensamentos são esses? Tenho que tirá-los da minha mente, antes que eu fique completamente maluca.

Peeta me coloca sobre a cama. Sem se afastar ou retirar sua mão sobre mim, me olha.

– Não está pensando em me atacar agora, Katniss? – diz com uma expressão entre o divertido e o interrogativo.

Ótimo, agora ele vai me atormentar com isso pelo resto dos meus dias. Coloco minhas mãos sobre seu peito e o afasto. Peeta ri, sentando-se em minha cama.

– Quantas vezes vou ter que repetir que estava bêbada, fora do meu juízo perfeito? Você acha que eu te... – não consigo falar sobre o assunto, sem ficar envergonhada pelos meus atos insanos – beijaria se estivesse em meu juízo perfeito? E eu nem lembro direito – minto.

– Vou repetir mais uma vez, Katniss, para mim você estava em seu perfeito juízo – ri diante de minha fúria.

– E por que você retribui então?

– Então, você se lembra?! Sabia que você recordava de tudo, nem vem com essa historinha de que estava bêbada demais para lembrar-se do que aconteceu! – Peeta continua a falar com seu tom malicioso.

Droga, por que eu tinha que falar isso? Tinha prometida a mim mesma que não responderia as provocações de Peeta. No entanto, vejo que cai em sua armadilha. Te odeio, Peeta!

– Talvez eu me lembre de algumas coisas... – nem sei mais o que estou falando – Mas isso não importa, eu estava bêbada! Entendeu, Peeta? Bêbada! Quer que soletre? B-E-B-A-D-A!

– Ahã... – me olha sorrindo ironicamente – Acho que deveria contar para Gale desses seus gostos peculiares – maldito Peeta! – Não sei se ele vai gostar disso, Gale não é do tipo... selvagem.

Meu rosto está vermelho, por que sou assim? Quero enviar minha cabeça em um buraco. Peeta ri do meu estado, lanço uma almofada em sua direção, que ele desvia. Ele sai do quarto, soltando uma sonora gargalhada. É, bom ter contribuído para sua diversão (ironia aqui).

Peeta, juro que não te entendo. Seu único proposito na vida é me atormentar por acaso? E por que tem horas que... você se comporta de maneira tão diferente? No carro parecia que eu nem existia, já que você estava preocupado demais com o fato de chegar atrasado para o almoço por minha causa. Depois você me ajuda, me carregando até o quarto sem dizer uma única palavra, e por fim me atormenta com a história do beijo.

No entanto, eu também não sou incompreensível? Estava disposta a nunca mais olhar ou falar com Gale após sua cena com Johanna e eu não acabei por passar boa parte da manhã rindo com ele. Odeio Peeta, mas o agarrei naquele dia. E aquilo foi... bom? Não, nem pense nisto, Katniss. Chega de pensar nestas besteiras. Deve ser efeito dos remédios que tomei.

Começo a sentir sono, me deito e acabo dormindo, só dessa maneira consigo parar de pensar em tantas besteiras... Por que alguém não inventou uma máquina do tempo? Se pudesse eu mesma criaria uma.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Peeta irá mesmo contar para Gale sobre os gostos peculiares de Katniss? hehehe