POV Caroline

Deus finalmente havia me ouvido. Finalmente ele tinha voltado para mim.

– Klaus!

Minha voz saiu como um sussurro de espanto e felicidade enquanto eu me atirava nos braços de quem eu tanto amava. Seus braços fortes me seguravam contra seu corpo e apesar de não estar olhando em seu rosto, eu poderia jurar que em seu rosto um pequeno e discreto sorriso se estendia.

Senti o vento soprar levemente ao nosso redor. Klaus havia nos levado para outro lugar.

– Caroline. – Disse ele por fim. – Meu Deus, como eu senti sua falta.

Lágrimas caiam insistentemente dos meus olhos embaçando minha visão, mas eu precisava olhar o rosto do meu anjo. Ele me observava como se estivesse perante da coisa mais preciosa e importante do mundo, e eu tinha certeza de que meu rosto tinha a mesma expressão, pois ele era a pessoa mais importante e preciosa do meu mundo.

– Por onde você esteve? Senti tanto sua falta, Klaus!

– Não temos muito tempo meu amor, mas eu quero que saiba de coisas importantes que estão acontecendo. – Sua expressão ficou triste e séria. – Eu estou bem, mas não estou em um lugar muito bom, mas isso não vem ao caso. Preciso que você fale com Stefan e com meu irmão Elijah; um dos 7 do Conselho Superior e da Alta Guarda está aliado com as forças escuras e está nos traindo, derrubando todos aqueles que ameaçam o plano deles. Damon e eu caímos por causa disso. Aliás, tome cuidado com Damon. Fiquei sabendo que ele está em Mystic Falls, mas bem, não é ele totalmente. Sua parte humana foi hipnotizada a ajudar o mal enquanto sua parte celestial está aprisionada em seu corpo. Tome cuidado com ele Caroline, você está me entendendo?

Klaus segurava meus ombros com força e eu apenas assenti com a cabeça absorvendo todas aquelas informações.

– Mas Kla...

– Espere, ainda não terminei e o nosso tempo é curto. – Ele me interrompeu. – Diga a Elijah que a chave de tudo isso é Elena, mas principalmente Katherine. Achem ela e poderão começar a descobrir quem está contra nós. Stefan precisa proteger Elena agora mas do que nunca, pois a espíritos ruins atrás dela. Vocês precisam ficar juntos e tentar libertar Damon da hipnose; ele também é a chave de para tudo isso. Eu tentarei ajudar vocês do meu jeito, fiquem atentos aos mínimos sinais.

Sua voz era urgente cobrando toda a minha atenção. Seus olhos se desviaram dos meus por um nano segundo.

– Deus, como eu senti sua falta!

Ele sussurrou e encostou sua boca na minha. Seus lábios eram urgentes nos meus e com suspiro de surpresa permite que nossas línguas se encostassem. Klaus me puxou pela cintura aproximando ainda mais nossos corpos enquanto eu soltava um baixo gemido. Quando o ar já nos faltava, ele encerrou o beijo e encostou sua testa na minha.

– Não se esqueça nunca Caroline: eu SEMPRE vou amar você. – Uma lágrima caiu de seu olho.

– Eu também sempre vou amar você, Klaus. Sempre e para sempre. – Respondi lhe dando um selinho.

– Eu preciso ir antes que descubram que eu consegui fugir.

– Não! Por favor, não vá! ! – Comecei a chorar novamente e abaixei a cabeça.

– Eu tenho que ir, mas prometo que ficaremos juntos novamente. – Ele ergueu meu rosto para que eu o olhasse. – Sempre e para sempre.

Klaus me deu um beijo na testa enquanto eu fechava os olhos. Senti de novo o vento passeando em volta do meu corpo e quando abri os olhos, estava de volta à frente da casa de Elena, na lateral do meu carro e Klaus não estava mais lá.

– E ai Barbie, vai entrar nesse carro ou não? – Matt falou me olhando pela janela de uma forma esquisita.

– Claro. – Respondi enxugando as lágrimas e tentando me recompor.

Aquilo não havia sido um sonho e Klaus havia me dado uma missão. Precisava falar com Stefan e Elijah imediatamente. Entrei no carro e sai em disparada rumo a minha casa. Tínhamos alguns traidores para descobrir.

POV Elena

Meu celular esgoelava em algum lugar da sala, mas eu não sabia onde estava apesar de já saber quem estava ligando. O encontrei debaixo das almofadas do sofá. Era o Doutor, como eu pensava.

– Doutor. – Disse secamente.

– Senhorita Gilbert, como vai? – Ele respondeu animadamente. Ótimo, agora eu era a “senhorita Gilbert”.

– Bem. Melhor do que esperava. Ao que devo a honra do seu telefonema?

– Bem, eu ainda sou seu psicólogo, e como você não marcou nenhuma sessão, eu resolvi fazer isso por você. – Seu tom dava a entender que ele estava confuso com mina resposta. – Que dia dessa semana você pode me encontrar na faculdade?

– Na faculdade? – Perguntei curiosa.

– Sim, agora eu trabalharei lá na assistência psicológica aos alunos. Se você quiser pode ser lá ou ai na sua casa se preferir.

– Não. Na faculdade vai ser melhor. – Faculdade = lugar movimentado = menos chances de eu agarrar ele de novo = menos chance de eu levar um fora espetacular.

– Ok então, na faculdade. Que dia você poderá ir?

– Pode ser amanhã, Doutor? Tenho só um seminário para apresentar e depois estou disponível.

– Claro. Depois eu te passo aonde vai ser minha sala. – Ele fez uma pausa e começou a sussurrar no celular. – Uh, Elena, sobre a última vez que nos vimos...

– Não, não, Stefan. Eu entendi o recado. – O cortei. Eu definitivamente não queria tocar nesse assunto agora.

– Eu só queria lhe pedir desculpas, e... Bem... Eu gostaria ao menos de ser seu amigo se você permitir...

Soltei um suspiro e revirei os olhos. Stefan Salvatore era o cara mais complexo que eu já havia conhecido: de psicólogo à suposto anjo, de anjo à psicólogo, de psicólogo a pretendente a ser o homem da minha vida, de pretendente a ser o homem da minha vida à um traste quebrador de corações, e de traste quebrador de corações à novamente psicólogo, porém amigo. Ele era frustrante!

– Ok, Stefan. Talvez pudéssemos desenvolver melhor essa teoria de amizade melhor amanhã, na sessão. – Dei uma risadinha irônica.

– Essa é a minha garota! – Ele murmurou e riu.

“Minha garota”?

Não, não, não, não. Eu não iria permitir ser seduzida novamente por suas palavras bonitas, sua voz sedutora, seus olhos verdes hipnóticos...

– Elena? Ainda está ai? – Stefan falava alto do outro lado da linha.

– Sim, claro. Estou aqui. – Senti meu rosto corar devido à intensidade dos meus devaneios.

– Caroline! Você não estava na casa de Elena? – Ouvi Stefan dizer longe do celular e Caroline dizendo “com quem você está falando no celular?” – Elena? Ainda está ai? – Stefan perguntou para mim.

– Sim. Caroline já chegou em casa? – Questionei confusa.

Houve um burburinho na linha e ouvi Stefan dizer “HEI, O QUE QUE TE DEU?”.

– Hello-ô-u?

– Lena, é Caroline. Escute, não vou poder voltar para ai hoje para fazer o trabalho. Surgiu um problema aqui e parece que vai ser difícil resolver. Podemos marcar para amanhã?

– Cl- claro Barbie. Espero que consiga resolver seu problema. Até amanhã então.

– Obrigada. Até. Beijo. – Ela respondeu e desligou o celular.

Definitivamente os Forbes Salvatore não batiam muito bem da cabeça.

POV Caroline

– Você enlouqueceu? – Stefan me olhava da mesma maneira que Matt me olhou no carro quando disse a ele que não voltaria mais naquele dia na casa de Elena e se ele queria uma carona para a casa dele.

– Cadê Elijah, Stefan?

– Ele foi resol...

– Me chamou, Caroline? Senti a intensidade dos seus pensamentos. O que houve? – Elijah apareceu do nada no meio da sala onde estávamos.

– Escutem bem vocês dois; eu acabo de me encontrar com Klaus. – Disse tentando disfarçar a tristeza na minha voz. Ouvi Stefan e Elijah arquejarem. – Temos um grande problema para resolver.