Sweet Like Cake. escrita por Porcelain


Capítulo 5
1x05.


Notas iniciais do capítulo

Vocês têm toda a razão de estarem bravos por eu não atualizar essa fanfic e eu tenho motivos que justificam isso: Eu sou narcoléptico :|
Aí vocês dizem "O que diabéisso?" e eu digo "É só um jeito elegante de dizer que eu durmo do nada". KFFDKGDKGJDKGD E isso é verdade. Acordei no sofá hoje e tenho certeza que fui dormir na cama...
Enfim, eu amei esse capítulo. Ficou bem fofo e detalhado, acho que ainda não perdi o jeito de escrever :3
Espero que gostem e se inspirem pra deixar um review. Boa leitura!



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Elena era uma garota muito bonita. Seus cabelos castanhos e cacheados iam até um pouco abaixo do busto e a mesma usava uma jaqueta de couro que aparentemente estava desconfortável por causa de sua barriga de gestante. Aliás, sua calça apertada e seus saltos altos dourados e com spikes também não pareciam favorecer muito o conforto. Santana mordeu seu lábio, absolutamente irritada.

"Achei que aquele carro tivesse finalmente levado sua alma ao Diabo, querida Elena." - Santana cruzou os braços e arqueou a sobrancelha com um sorriso irônico. Elena retribuiu o sorriso da mesma forma, colocando uma das mãos na cintura.

"Desculpa querida Santana. Vaso ruim não quebra tão fácil." - A morena sentou-se ao lado de Arthur, que parecia um pouco confuso e irritado. Como sempre. - "Eu... Eu consegui escapar do acidente com vida e depois descobri que... Bom, estou grávida do Arthur. Fiquei a maioria dos meses da gestação em Phoenix, e só voltei agora, com nove meses, por que o Arthur se responsabilizou a cuidar do Anthony."

Elena acariciou lentamente sua barriga com um sorriso leve e um olhar sonhador, exatamente como faço quando passo por vitrines de bolos e casacos. Santana estava alterada, qualquer pessoa que olhasse em seus olhos poderia ter a certeza de que ela estava pronta para pegar Elena pela cabeça e arremessá-la da janela. Chelsey se levantou e abraçou a amiga por trás, passando os braços ao redor do pescoço da morena.

"Finalmente alguém que presta chegou nesse McKinley, já estava com saudades Els." - A loira beijou a bochecha de Elena com um sorriso. Rachel levou a mão ao peito, ofendida. Arthur desviara o olhar rapidamente assim que viu Santana partir um lápis ao meio com apenas uma mão.

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"Então... É aqui." - Mordi o lábio um pouco ansioso quando parei em frente à minha casa. Arthur e Zach levantaram a cabeça observando os detalhes da casa azul com detalhes cinzentos, de dois andares. Estávamos em um condomínio fechado, cuja minha casa era a última em uma fila de casas que se estendiam até onde nossos olhos podiam ver. Atrás de minha casa havia muitas outras, sendo assim a primeira de uma fileira na vertical.

"Que casa grande, Kal El". - Zach comentou com um sorriso. Arthur soltou um longo suspiro e revirou os olhos, colocando sua mala (já seca, por sinal) na calçada. O garoto já havia se secado no banheiro masculino logo após deixar bem claro que eu deveria esperá-lo do lado de fora, em troca de não levar um soco caso resolvesse ajudar. De novo.

"Meu pai está trabalhando na oficina agora, então não se preocupem com ele." - Disse eu abrindo minha maleta que estava pendurada em meu ombro por meio da alça bege com uma tira vermelha, e puxando um molho de chaves que estava preso por um chaveiro com um pequeno pingente de estrela, - que Rachel havia me dado como presente assim que eu lhe disse que também queria ir para a Broadway,– e abrindo a porta lentamente. - "Eu ia pedir para não repararem na bagunça, mas como só moro com meu pai e ele não tem muito tempo pra bagunçar, não precisa."

Arthur deu uma risada forçada sorrindo ironicamente logo depois. Os dois entraram observando os detalhes da casa enquanto seguravam suas malas pela alça.

"Kal El, você parecia uma bonequinha. Quer dizer, ainda parece." - Zach disse observando alguns porta-retratos que estavam espalhados pela sala. Senti meu rosto ruborizar-se rapidamente e uma vontade tremenda de voltar no tempo e me lembrar de esconder todos os porta-retratos preencheu minha mente. Não era muito divertido que amigos recém-conhecidos vissem fotos de você com cinco, seis ou sete anos abraçando um urso de pelúcia do seu tamanho ou pior, colhendo flores com uma cestinha. Me lembro que estava recolhendo essas flores pra levá-las a minha mãe. Nessa época, ela estava internada no hospital.

"Eu não pareço com uma boneca, Zach". - Suspirei indo até a cozinha e bebendo um copo d'água tentando disfarçar o meu constrangimento. Ver Arthur sorrindo como se estivesse segurando um filhotinho de cachorro ao ver as fotos era algo completamente irritante. Será que ainda estava cedo demais pra expulsá-lo?

"Incrível como seu pai não mudou nada durante todos esses anos. Por acaso ele é algum aprendiz da Avril Lavigne?" - Arthur perguntou, com as mãos nos bolsos. Zach deu uma risada.

"Não sei, que tal você perguntar isso pra ele quando ele chegar?" - Sorri dando de ombros. - "Posso mostrar os quartos agora?"

Arthur assentiu com a cabeça enquanto Zach correu escada acima segurando suas malas. Suspirei pegando minha maleta de cima da cadeira preguiçosamente, puxando Arthur que insistia em continuar com os olhares provocativos sobre minhas fotos apenas pra me irritar.

Caminhei pelo corredor até avistar Zach recostado à parede com suas malas próximas aos seus pés.

"Kal El, sua casa é super." - O maior comentou com um sorriso nos lábios.

"Obrigado, espero que gostem do quarto." - Sorri de canto e então abri a porta do quarto de hóspedes. Arthur estava logo atrás.

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O quarto era muito espaçoso. Havia duas camas de solteiro postas uma ao lado da outra, e estavam arrumadas com um edredom verde claro e com cobertores de lã marrom dobradas em formas de retângulos acima dos travesseiros. Na parede paralela à porta, havia uma grande janela de vidro e ao lado havia uma porta de vidro. Ambas davam acesso ao jardim.

Ao lado das camas, na parede de trás, estava a porta do banheiro. Na frente do quarto havia uma TV de tela plasma, com aparelho de DVD e um videogame qualquer que eu não faço a mínima de qual seja e nem como se liga. Acho que só meu pai sabe, enfim.

Na frente da TV havia um sofá de três lugares bege com duas almofadas marrons, e uma poltrona no mesmo tom com uma mesma almofada estava arrumada ao seu lado. Nas prateleiras da parede havia diversos livros de assuntos variados (nos quais nunca tive o mínimo interesse de ler, tanto que já estavam empoeirados).

"Se precisarem de mais cobertores, tenho no meu quarto. E tem toalhas limpas dentro do armário do banheiro. Tem alguns jogos de videogame na gaveta da estante". - Entrei e me sentei na poltrona, cruzando as pernas e esperando pela reação dos dois. Zach pulou na cama de braços abertos fazendo-a balançar e deu uma risada.

"Esse quarto é super, mal vejo a hora de começar a ler os meus gibis do Superman". - Zach sorriu abraçando o travesseiro. Arthur entrou observando o quarto com as mãos no bolso.

"Depois diz que não é rico, Hummel". - O maior sorriu de canto e deitou em sua cama. - "Acho que mereço umas horas de sono por ter carregado as malas e ter aguentado você reclamar com sua voz irritante".

"A voz dele não é irritante, Arthur". - Zach franziu o cenho. - "É bonita, parece de uma menininha".

Dei um sorriso forçado. Realmente, todas as repostas possíveis que eu podia dar a essa situação sumiram num piscar de olhos. Me levantei e retirei meu casaco, pendurando-o no meu braço.

"Agora vou subir pra tomar um banho e descansar, amanhã ainda tem aula. Se precisarem de alguma coisa é só me chamar, meu quarto é o da porta preta no final do corredor." - Sorri levemente e fui até a porta. Aquelas botas já estavam começando a me incomodar e eu queria me livrar delas o mais rápido possível.

"Você ainda precisa cozinhar o almoço, Hummel." - Arthur arqueou a sobrancelha deitado na cama.

"É verdade, Kal El. Eu estou com fome". - Zach sentou-se na cama com o travesseiro sobre seu colo.

"Certo, arrumem suas coisas enquanto eu tomo banho e cozinho. Depois eu vou entregar a comida do meu pai na oficina enquanto vocês almoçam, ok?"

"Que coisa feia, o anfitrião deixar os hóspedes sozinhos. Vou dar uma festa enquanto você está fora." - Arthur fechou os olhos e colocou uma perna sobre a outra, deitando a cabeça sobre as mãos.

"Contanto que limpe tudo depois e não entre no meu quarto, está ótimo". - Dei de ombros e saí do quarto, fechando a porta. Entrei no meu quarto, parecia que estava exatamente do jeitinho que eu deixei.

O quarto é e sempre foi bem organizado. Tinha uma grande cama de casal com uma colcha de cama azul marinho, no qual um grande urso bege de pelúcia estava em cima. Na frente da cama tinha uma pequena estante com uma TV, e vários DVDs estão guardados em uma gaveta da mesma. O papel de parede é bege com uma estampa de flor-de-lis que se repetia infinitas vezes.

No canto do quarto havia uma máquina de costura, um manequim de roupas e uma estante com diversos tipos de tecidos em forma de rolos. Acima da mesinha que estava a máquina de costura, existia um pequeno pote com diversos tamanhos de agulha e vários rolos de linha organizados por cor. Na parede que se encontrava a porta, estava o meu guarda-roupa branco. Por fora, parecia um armário normal, mas por dentro tinha o tamanho equivalente a uma sala, com vários cabideiros lotados de casacos e outras roupas de grife e sapateiras, também com sapatos de grife. A cortina do quarto contrastava com a colcha de cama azul, e dava passagem para a pequena sacada a céu aberto com um sofá abarrotado de revistas de moda e uma mesinha com mais revistas. Desta sacada podia-se ter a visão completa do jardim.

Com um longo suspiro, me dirigi até o banheiro e me despi rapidamente, entrando debaixo do chuveiro de uma vez e respirando fundo tentando digerir tudo o que tinha acontecido - E que provavelmente ainda iria acontecer.

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A noite caiu rapidamente. No quarto de hóspedes podiam-se ouvir risadas e vários sons eletrônicos, obviamente Zach e Arthur estavam jogando videogame. Eu estava dentro do meu closet (algo irônico para um garoto gay ainda não assumido) encarando alguns moletons que estavam nos cabides. Eu tinha pavor que soubessem que eu uso moletom, talvez esse fosse o único motivo digno o bastante para que eu sofresse bullying. Mas, bom, para me justificar estava fazendo muito frio.

Eu sempre comprava moletons pra usar apenas quando fosse dormir e apesar de não considerar moletons fora de moda ou coisa do tipo, eu preferia não usá-los em público. Talvez isso reforçasse mais ainda a imagem de garoto preguiçoso que eu me esforçava em não mostrar.

Puxei um largo moletom de panda com capuz e orelhinhas pretas e o vesti rapidamente, me olhando no espelho e dando uma risada. Eu tinha ganhado esse moletom de presente da minha única amiga em Bellbrock quando completei 14 anos. Não sei de onde diabos ela teve essa ideia, mas ela não batia bem da cabeça. E eu gosto de pessoas assim.

Vesti um short azul e me sentei na cama colocando meias pretas que iam até os joelhos. Me enfiei por debaixo dos edredons e me aconcheguei abraçando o urso de pelúcia (que, cá entre nós, eu sempre fingia que era algum ator famoso e bonito o suficiente pra merecer estar dormindo comigo). As luzes já estavam apagadas e a única coisa que iluminava o quarto era o meu abajur, que desliguei segundos depois.

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E quando senti as mãos firmes de Taylor Lautner pegarem em minha cintura e me puxarem para seu corpo molhado e quente, pronto para me beijar, ouvi um barulho. Abri os olhos e praguejei mentalmente quem quer que tenha interrompido meu pré-beijo cinematográfico. Abracei meu urso de pelúcia com mais força. Não que eu estivesse com medo, claro que não, estar em uma cama enorme de casal sozinho no escuro era algo absolutamente normal e comum pra mim. Escutar barulhos de noite também. Eu só estava com frio e queria me aquecer ainda mais com aquele urso inútil que apenas sorria para o nada (E, ok, talvez dormir comigo seja o motivo de tanta felicidade). O barulho se repetiu e senti um arrepio percorrer toda a minha coluna até chegar a minha nuca.

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Arthur e Zach estavam em casa, qualquer que seja esse barulho eu precisava pará-lo para não incomodá-los. Eu não tinha ideia de que horas da madrugada eram, só sei que quando liguei o abajur meus olhos arderam e se fecharam involuntariamente. Cocei-os algumas vezes e os abri novamente tentando me acostumar com a claridade. Tomei fôlego e me levantei da cama, abrindo a porta e saindo do meu quarto. Apertei firmemente no corrimão e comecei a descer as escadas, e só depois de escorregar em um dos degraus e quase deslocar o ombro para me manter em pé me lembrei de que ainda estava de meias. O barulho se repetiu e novos arrepios surgiram.

Desci as escadas e então pude notar a luz da cozinha ligada. Me aproximei lentamente e então notei a figura de um garoto à frente da geladeira, com um cobertor marrom enrolado no corpo e algumas tigelas de alumínio caídas no chão. Esfreguei os olhos - escorreguei novamente,– e então finalmente pude perceber que era Zach. O garoto virou o rosto para mim e então corou rapidamente.

"K-Kal El, eu acordei você?" - Ele perguntou fazendo um leve bico. Dei uma risada e recolhi as tigelas caídas, colocando-as em cima da mesa. Puxei uma cadeira e me sentei, bocejando.

"Está tudo bem, posso sonhar com o Taylor Lautner em outras noites."

"Eu estou com fome e achei que pudesse encontrar alguma coisa pra comer, mas acabei derrubando essas tigelas sem querer... Umas três vezes, eu acho." - O maior franziu o cenho e se aconchegou no cobertor.

"Você tem que tomar cuidado, se fosse algo de vidro você poderia ter se machucado." - Me levantei e fui à frente da geladeira, dando uma risada. - "Rimou, estou me sentindo o Eminem".

Me abaixei um pouco e pude ver uma grande e intacta fatia de bolo de chocolate dentro de uma embalagem plástica no fundo da geladeira. Meus olhos brilharam e então me lembrei de que havia comprado o bolo e esquecido de comer. Tudo isso por que eu estava atrasado (pra variar) para o treino das Cheerios, e seria horrível se atrasar para algo que você precisa estar em forma por causa de comida, não?

"Kal El, você tem a bunda grande". - Zach comentou quase que inconsciente. Me despertei de meus devaneios e dessa vez era a minha vez de ficar corado. Puxei o bolo de dentro da geladeira e coloquei-o em cima da mesa de uma forma quase que robótica. Os olhos de Zach brilharam tanto quanto os meus assim que viu o bolo. Puxei um pouco mais o moletom de panda para baixo e tirei dois garfos de dentro da gaveta, entregando um para Zach. E antes que eu pudesse me sentar o maior me puxou para um abraço forte.

Nesse momento eu senti uma neblina tomar conta do meu cérebro. Meu urso de pelúcia sentiria inveja se soubesse o quão quente Zach era (e entendam isso no sentido que quiserem). Dava vontade de continuar abraçado ao garoto pelo resto da noite inteira. As mãos do maior se cruzaram nas minhas costas ainda segurando o cobertor, e eu não sabia como estava reagindo. Talvez meu cérebro quisesse que eu fizesse algo constrangedor como ficar parado como uma estátua. MAS como sou ótimo em raciocínio rápido (ou pelo menos acho que sou), dei uma leve risada e apertei o abraço.

"Bolo de chocolate é vida, Kal El. Obrigado, você é o melhor anfitrião do mundo". - Ele sorriu e beijou o topo de minha cabeça. Limpei a garganta sentindo um arrepio e torcendo (Já disse que não rezo) para que o maior não tivesse percebido. Soltei o abraço e me sentei, abrindo a embalagem plástica e comendo o primeiro pedaço do bolo com o garfo. Queria falar algo rápido, porém tomei alguns segundos pra suspirar ao sentir o gosto do bolo que, mesmo gelado, continuava delicioso.

"Bolo de chocolate é vida sim. E não exagera Zach, eu só coincidentemente achei um bolo de chocolate na geladeira. Ainda bem que eu acordei, senão você iria comer tudo sozinho". - Dei uma risada e o vi fazer uma carinha triste e rir logo depois, puxando uma cadeira e se sentando ao meu lado. Continuamos comendo o bolo e fazendo comentários enquanto isso. Era impressionante o quanto Zach sabia dar um sorriso de prender a atenção, por mais que muitas vezes sua boca estivesse suja com calda de chocolate.

Estar com um moletom de panda, com as bochechas coradas, e talvez com a boca suja de chocolate também não foi uma das melhores coisas que pensei para um lanche da madrugada. Mas acho que por estar dividindo um bolo de chocolate com o Zach fez isso ser mais especial.

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Assim que me despedi do maior quando terminamos de comer e voltei para meu quarto, notei que um vento passava por debaixo da porta de vidro, o que além de estar causando todo aquele frio também agitava as cortinas o que dava a impressão de serem fantasmas com alguma espécie de coceira. Me aproximei da porta sentindo os pelinhos de todo o meu corpo se eriçarem e então olhei para a sacada. Abri a porta, coloquei o capuz absolutamente constrangedor com orelhinhas de panda e me debrucei olhando para o céu.

Podia estar fazendo frio, eu estar de short e meias e minhas revistas da Vogue estarem espalhadas pelo chão, mas algo havia prendido a minha atenção nessa hora. As estrelas. Pode parecer clichê, eu sei. Eu e Rachel sempre falamos em sermos estrelas, mas assim que olhei para o céu escuro e observei as estrelas pensei melhor em me considerar como uma grande e luminosa esfera de plasma mantida íntegra pela gravidade (Para os leigos no assunto, isso é o que são estrelas de verdade). Era lindo. Um espetáculo. Pareciam pontinhos espalhados que piscavam silenciosamente.

Me deitei no sofá de couro branco que estava na sacada, retirando todas as revistas que estavam por cima do mesmo e as arrumei em cima da mesinha. Continuei olhando para o céu e admirando as estrelas silenciosamente. Queria saber se a Rachel já havia tido esse momento melancólico de ficar observando estrelas no frio. Elas brilhavam fortemente. Talvez seja por isso que eu e Rachel nos consideramos estrelas. É como eu sempre digo: Somos estrelas, porém com brilhos diferentes.

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"Acorda, Bela Preguiçosa".

Abri os olhos lentamente sentindo uma brisa quente bater em meu rosto. Antes de qualquer coisa, não era uma brisa, e sim Arthur respirando bem próximo de meu rosto com suas olheiras mais evidentes do que nunca. O garoto apertava minhas bochechas e se apoiava no sofá com um dos joelhos. Engoli um grito ao notar a proximidade do garoto. Me sentei no sofá quase caindo por cima do braço do mesmo.

"O-o que está fazendo aqui? Como conseguiu entrar?" - Gaguejei e uma mecha de meu cabelo caiu um pouco acima de meus olhos, bagunçado e bastante volumoso. Eu ainda estava com o capuz de panda, e só percebi isso quando notei Arthur segurando uma risada. Puxei o capuz rapidamente e senti a brisa gelada chocar-se na minha nuca.

"Faltam 20 minutos pra 7 horas. Estranhei você não ter ido acordar a gente com sua voz irritante pra tomar o café da manhã e subi pra ver se você não tinha sido sequestrado. Mas parece que seus guardas protegeram você, rainha dos pandas".

Parei de escutar o que Arthur dizia logo depois dos "20 minutos para 7 horas". Pulei do sofá quase derrubando o garoto e abri o closet desesperadamente. Maravilha, Kurt. Atrasado novamente.

"Cadê o Zach?" - Perguntei enquanto revirava os blazers dentro de meu closet. Arthur deu de ombros e se sentou na cama, espreguiçando-se.

"Ele foi na frente, com a Vic. Vim te acordar por que sei que você tem um carro e pode ir mais rápido se não ficar se emperiquitando demais. Mulheres demoram pra se arrumar, acho que com gays é a mesma coisa".

Ignorei o comentário. Eu ainda não havia me assumido, e, realmente, nem precisava mais. Enrolei um lenço cinza no pescoço e vesti um casaco vermelho rapidamente, as calças justas pretas foi o que deu mais trabalho de colocar. Calcei meus sapatos e peguei minha maleta que estava intocável desde o dia anterior. A essa altura eu nem me importava mais se havia alguma tarefa ou trabalho para casa, minha maior preocupação era se ainda nos deixariam entrar.

"Anda, vamos". - Pendurei a maleta no ombro e saí do quarto, com Arthur me seguindo logo atrás.

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Notas finais do capítulo

Gostaram? A parte das estrelas acontece comigo sempre, só que, claro, eu não tenho uma varanda com várias revistas da Vogue espalhadas pelo chão. Por favor, se encontrarem algum erro de escrita me avisem que eu vou corrigir o mais rápido possível.
Espero vocês nos reviews, beijos!