Linha Tênue escrita por Anne Laurentino


Capítulo 43
Capítulo 43




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“No amor de uma criança tem tanta canção pra nascer, carinho e confiança, vontade e razão de viver.” – Cláudio Nucci.

Era o aniversario de um ano de Roberta, e todos estavam nervosos, Juliana me ligava de meia em meia, me estressando num grau, eu estava no final de um plantão e ela não cansava de perturbar, relevei ela estava com medo que desse alguma coisa errada. Sai do hospital e fui pra casa me arrumar, a festa seria de tarde, resolvi optar por uma roupa sóbria, afinal era uma festa infantil. Calça jeans, uma camiseta branca e um scarpin verde musgo que combinada com a bolsa da mesma cor. Prendi os cabelos num rabo, fiz uma maquiagem fraca e quando já estava terminando ouvi que a campainha tocava. Era Bruno...

- Oi Maria! – ele disse sorrindo encostado ao batente da porta.

- Oi amor! – ele entrou e nos beijamos. – já estou pronta. Vamos?

- Esta linda! – ele disse e em seguida beijou o topo da minha cabeça.

- Você também. – passei o nariz pelo seu pescoço. – e cheiroso também. Agora vamos, Juliana esta uma pilha de nervos, me ligou a manhã inteira.

- Ele me acordou seis da manhã, minha irmã vai pirar se der alguma coisa errada nessa festa. – Ele riu e eu peguei minha bolsa para saímos.

Assim que chegamos ao salão vi que a Ju tinha mandando muito bem, estava tudo lindo, na entrada tinha um banner da Betinha com Ju e Gil e ao longo do salão que tinha partes descampadas haviam varias moças fantasiadas de princesas da disney, cujo era o tema da festa. o jardim estava cheio com aqueles brinquedos que criança gosta e neles várias crianças já brincavam, Juliana veio até nós correndo esbaforida, minha cunhada usava um vestido lilás um pouco acima dos joelhos e nos pés uma rasteira branca. Assim que chegou mais perto, ela pulou nos braços de Bruno.

- Irmão! Eu vou dar na sua cara, que demora foi essa? Jesus eu vou enlouquecer a Roberta não para o Gil não para, ninguém para! – ela disse atropelando as palavras.

- Calma sua louca, vê se não vai enfartar. Roberta tá fazendo apenas um ano. - Bruno disse as gargalhadas e a irmã fez um bico.

- Rá, rá! Estou rindo pra sua cara... Só que não. - te que enfim ela me notou ali e... - E VOCÊ SUA CACHORRA? Bela madrinha viu sua afilhada mal sabe andar e já quer correr e você nem aqui estava pra me ajudar. - a morena fez uma cara de choro e eu a abracei.

- A festa esta linda, cunhada. Você arrasou! - sai do abraço e sorri. - vamos quero ver a minha bebêzinha.

Nós três saímos à procura de Roberta que estava com Lia no pula-pula e sinceramente, eu não sei quem era mais criança ali. Catei-a pra mim e foi a minha vez de brincar, tirei os sapatos e fui pra piscina de bolinha. Bruno se juntou aos outros e sentou-se em uma das mesas de dentro do salão. Ah, esqueci de contar que a Roberta estava vestida de Cinderela com direito a mini-sapatinho de cristal e tudo. A mesa no bolo estava linda, a dos doces também e assim como na entrada da festa, as paredes do lado de dentro estavam lotadas de banner de fotos nossas com ela, e fotos dela sozinha também. Pois Vitor tinha feito um book dela especialmente para a festa. Tudo estava lindo. O decorrer da festa não podia ter sido melhor, todos nós estávamos felizes que a nossa mascote estava crescida e tinha sido ótima a idéia de fazer a festa a tarde, pois a pequena estava curtindo tudo, fotos daqui e dali eram tiradas, postadas no instagram e a Cinderela ali animadona ao contrario de nós, que já estávamos cansados, descabelados e... Velhos. Eu e Martha engatamos uma conversa animada, sobre o casamento que ainda faltava um pouco mais de cinco meses para acontecer...

- Esta nervosa Fat? - minha sogra perguntou sorrindo.

- Bom Martha eu já casei não é... - respondi simples. - mais é claro que dessa vez eu estou mais ansiosa, eu amo o seu filho e bom, estou nervosa sim. - anui sorrindo.

- Dessa vez vai dar certo, sei que sim. - a mais velha sorriu terna.

- Tenho certeza absoluta disso. - dei uma pausa na conversa para me servir do suco que um dos garçons estava servindo. E Bruno chegou até nós com Rpberta no seu colo, a pequena abriu um sorrisão ao ver a avó e praticamente se jogou no colo dela.

- Falavam de mim, mulheres?- Bruno perguntou desejando o peso no colo da mãe.

- Claro que sim, amor. Estávamos falando que o que você tem de bom arquiteto não tem de cozinheiro. - brinquei e ele me apertou em um abraço.

- Sei... - riu – caramba não sei como a Juliana agüenta essa criança cara, ela me deu uma canseira no escorregador que só Jesus. - ele mudou de assunto falando da sobrinha e afilhada.

- Até aparece que você não esta acostumado, vive mimando essa moreninha. - falei e a puxei pro meu lado. A fantasia de Cinderela estava de poeira até no foro.

Didi. - Roberta falou e eu dei um grito. Ela começou a querer chorar e eu a abracei.

- Vocês ouviram? Morram de inveja ela disse “didi” que com certeza é dinda na língua dela. - Bruno e Martha continuaram calados rindo da minha cara. - Não a Lia precisa saber disso. - Sai com Roberta no meu lado pra procurar Lia, que estava ao lado da barraquinha de maçã do amor. - Ei, Lia! - chamei chegando perto dela.

- Que foi mulher? Me deixa, vai procurar seu noivo. - ela vociferou sem sair da fila da barraca. Onde só tinha criança... Essa Lia.

- Eita educação, vou te contar... - ela deu de ombros rindo. - enfim, não importa eu vou apenas jogar na sua cara o que a Roberta acabou de falar pra mim. - sorri triunfante.

- E o que foi que ela disse? - perguntou, agora já com a sua maçã do amor em mãos.

- Fala pra ela amor da dinda, fala pra ela. - incentivei Roberta a repetir o que demorou um pouquinho, porque ela estava mais interessada em olhar a maçã.

Didi dá? - Ela disse simplesmente e se jogou no colo de Lia. Ótimo fui trocada por uma maçã do amor.

-Viu? Ela disse dinda, mas disse primeiro pra mim ali fora. - ri dando alguns pulinhos. Lia fez a mesma coisa que Bruno e Martha, riu da minha cara. - tá rindo de que, posso saber? - já estava estressada tinha cara de palhaço pra ficarem tirando com a minha cara?

- Você esta falando disso agora? Acorda Maria, ela já fala isso a maior tempão. Pode perguntar pro seu noivo. - agora ela gargalhava alto da minha cara de tacho.

- Eu não acredito. Quando ela falou que eu não ouvi? - perguntei pegando a maçã do amor da mão dela e comendo.

- Já faz algumas semanas. Assim que ela falou “mama” e “papa” a gente perturbou ela pra falar dinda e ela falou isso. - Lia explicou e abraçou a moreninha em seu colo. Roberta deitou a cabeça no ombro dela e bocejou.

- Ih acho melhor chamarmos os pais de alguém, porque tem gente querendo dormir ai! - falei e Lia assentiu, fomos procurar Juliana e Gil para cantar os parabéns.

Os parabéns foram cantados, gritados e para desespero de Juliana o DJ soltou o hino do flamengo e Roberta pulava e batida palminhas no colo do pai. Que gargalhava feliz, pela “escolha” da filha e pela cara de raiva da namorada. Bruno, e até mesmo Olavo entraram na brincadeira para irritar a morena. Brincadeiras a parte, todo mundo foi se despedindo ficando como sempre só o pessoal da família. Eu que não era boba nem nada já fui fazendo uma varredura das comidas pra levar pra casa, Lia e Rita fizeram o mesmo. Morgana fez a tímida e mesmo com Juliana dizendo que podíamos levar o que quiséssemos ela não quis nem docinho. Ótimo pra mim Lia e Rita. Quase 19 horas da noite eu e Bruno deixamos o salão, no dia seguinte eu ia ter plantão no pronto-socorro.

Parabéns Betinha. - Decoração.


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Notas finais do capítulo

E ai galera, gostaram? Eu adorei escrever esse capítulo adoro idealizar festa de criança haha e acabei de decidir que quero uma festa das princesas pra mim tbm! ;)

Beijos e se não for pedir muito, comentem!



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