Linha Tênue escrita por Anne Laurentino


Capítulo 4
Capítulo 4




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Capitulo 4.

“Dos amores humanos, o menos egoísta, o mais puro e desinteressado é o amor da amizade...” – Cícero

O dia havia sido cansativo, porem recompensador. Ela tinha atendido uma garotinha que estava com uma gripe forte, e isso a fez lembrar-se de bruno. De um fato que havia acontecido no passado.

Março de 2008 – Casa de Bruno.

- Ai, eu vou morrer! – bruno gritava enquanto seguia com uma crise de tosse. – Jesus, eu estou sem ar. Não to vendo nada, o que vai ser de mim. – dizia ele, em um tom exagerado e apelativo. Fatinha estava ao lado dele em seu apartamento. Bruno havia contraído uma gripe forte, que o deixara de cama, sentia dor no corpo mais não era nenhuma morte ou um parto. Era só uma gripe ou como diziam os médicos, uma virose.

- Para a graça Bruno, você não vai morrer é só uma gripe. E fica quieto que eu vou voltar com a compressa de água morna, por que a sua febre voltou. – ela pegou o recipiente com água e molhou um pano, devolvendo a testa dele. Repetiu por varias vezes, e nada na febre ceder. Começou a ficar preocupada, ele estava com 38° e não baixava nem por um decreto. Aferiu a pressão dele e estava normal. Ela só não cotava com o fato dele começar a delirar, mais um indicio que a febre estava forte, e ela como estudante de medicina sabia dos procedimentos certos a tomar. E o único que poderia dar jeito, seria o banho.

- Não me deixa, não, por favor. Se você for embora eu vou gritar... Volta aqui Fatinha... – ele delirava enquanto se tremia de febre.

- Eu não vou embora, seu chorão. – sorriu e fez um carinho nos cabelos dele – Mas você vai ter que me ajudar, eu vou precisar dar um banho em você. Ajude, pois você não é dos mais leves. – ele levantou a cabeça dele se suas pernas e apoiou no travesseiro, seguiu até o banheiro do quarto e ligou a chave d’água, ajustando a temperatura para o morno. Ainda no banheiro ela tirou a calça que vestida junto com a blusa e catou um pijama dela que sempre ficava lá na casa de Bruno. Vestiu e voltou ao quarto, para buscá-lo. Com certa dificuldade devido Bruno ser mais alto e mais pesado que Fatinha, ela o arrastou delicadamente ate o banheiro. – Agora vê se ajuda né, precisa que fique em pé. Tenho que tirar a sua roupa.

- Vai tirar por quê? Eu sou sei amigo, não vá abusar de mim. – mesmo delirando de febre e com os olhos fechados ele sorriu e Fatinha lhe deu um tapa.

- Ê palhaço, muito engraçadinho. Apóia-se ai, anda! – ele colocou as duas mãos na pia e ela tirou-lhe a bermuda jeans. E em seguida a camisa branca que ele usava. – Vem, coloca a mão no meu pescoço. Segura. – ele fez e ela o arrastou até o Box. Mediu a temperatura da água. E o colocou embaixo do chuveiro. Ele assustou-se e pulou, os braços que estavam no entorno dos ombros de Fatinha a puxaram pra baixo do chuveiro também. Fazendo com que a mesma também ficasse toda molhada. – merda Bruno, essa não era a intenção. Que merda. – bufou e ele apagou caindo no Box, contudo. – puta que merda meu Deus eu vou cuidar de pequenos, mais isso é um teste? Por que, ele ta me saindo pior do que uma criança. – Ela terminou de banhá-lo enquanto o mesmo dormia tranquilamente todo torto no Box. Puxou o “peso-morto” pra fora do Box e o secou e enrolou em um roupão que havia ali. Puxou-o pelos braços até o quarto e conseguiu quase que morrendo, jogá-lo na cama. Voltou pro banheiro, secou-se e trocou de roupa, saiu passou direto pelo quarto e foi ate a cozinha, precisava beber água havia perdido muito o fôlego com o peso de Bruno. Foi pro quarto novamente e o ajeitou na cama, e o cobriu com um lençol. Não iria tirar a cueca dele, isso ela não seria capaz. Ia dormir por ali mesmo, e torceria para Bruno acordar durante a madrugada e trocar a própria cueca úmida. Deitou-se ao lado dele, puxou o lençol um pouco pra si e pegou no sono. Ao lado dele que mesmo abatido e doente continuava lindo, maravilhoso.

Fatinha sorriu com toda essa lembrança enquanto voltava pra casa, aquele dia estava especialmente frio. Que isso, ela acostumada com uma cidade onde na sombra fazia 40 graus fáceis. Chegou ao seu apartamento, tomou um banho e foi pra cozinha estava co bastante fome ia preparar um macarrão pra comer, abriu a geladeira e deu graças aos céus, tinha coca-cola. Que a moça que seus pais contrataram pra arrumar a casa e a dispensa havia comprado. Preparou o macarrão com um molho simples e feito um prato pra si. Pegou a coca e um copo com gelo e foi pra sala, antes de começar a comer.

Terminou a refeição, arrumar a bagunça, fez sua higiene e pegou o notebook, ia ver se Bruno e seus pais haviam respondido seu e-mail.

De: Menezes, Bruno.

Para: Dos Prazeres, Maria.

Assunto: RE: Já estou surtando de saudades.

Já está carente de Brunito? Pois fique sabendo que eu estou passando mal sem Fatinha. Pode deixar, eu cato o Tobi pra cuidar! Mais, e ai me conta como foi seu primeiro dia de trabalho? Não deixou nenhum espanhol se engraçar com você não né? Ah e se estiver tarde aí não precisa responder, vá descansar e depois responde. Estamos todos bem, Ju, Lia e o povo todo mandou dizer que estão com saudades. Não mais que eu é claro! É isso, te amo. Fica bem ai sem mim e se agasalha. Te amo. Beijos,

Bruno.

Ela realmente não estava disposta a virar a noite na internet, mas mesmo assim resolveu responde-lo.

De: Dos Prazeres, Maria.

Para: Menezes, Bruno.

Assunto: Diga não ao resfriado madrileno.

Estou sabendo que o frio aqui é puxado... Estou me cuidando, fique tranquilo. E não nenhum espanhol se engraçou pra mim não. Foi um brasileiro mesmo, meu colega de hospital, mas eu estou fechada pra balanço. Fique sabendo que não vou ousar de me arranjar aqui e cansar se o meu padrinho está a léguas de distância da doutora-toda-boa aqui. Mande beijos pra todos, eu ainda não consegui instalar o Skype, mas vou tentar amanhã e ai poderemos nos falar melhor. To com saudades de te ver. Bem, vou dormir agora, agarre o Tobi e pense em mim, eu vou dormir pensando em você. Combinado? Te amo. Beijos,

Doutora-toda-boa.

Ela sorriu com o próprio e-mail. Enviou e foi logo se arrumar pra dormir. Amanhã o dia seria cheio... E ainda bem!


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Notas finais do capítulo

Somente para avisar, o Bruno não ficara esquecido. Terão "cenas" dele no Brasil com a galera! E também eu não vou render muito esses um ano da Fatinha fora não, até porque a fic vai se desenrolar com a volta dela para o Brasil. Podem esperar! Esse foi o ultimo de hoje, estou escrevendo mais e assim que sair mais um eu posto. Três beijos. ;)



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