Linha Tênue escrita por Anne Laurentino


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Capítulo difícil... Por isso, agradeço agora publicamente haha a Thabatalinda, pela ajuda na construção do Tutu querido. Igualmente aproveito pra agradecer a recomendação parceira, seremos ainda melhores juntas, bote fé! OBRIGADA, te dedico ♥

Desfrutem.



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Desencana, facilita, deixa eu viver em paz...♪” - Thiaguinho, Desencana.

Madrid – Espanha.

Fatinha já estava pronta no quarto apenas esperando o chamado de Antônio para irem até a casa de Arthur. Enquanto esperava resolveu aproveitar do frigobar do quarto. Terminou de fazer a “limpa” nas comidinhas e foi escovar os dentes, quando saiu Antonio já estava batendo a sua porta.

- Oi, vamos? - Antônio perguntou.

- Vamos sim. Deixa eu só pegar meu sobretudo e bolsa. - ela fez o que disse, saiu batendo a porta ao lado do advogado.

Desceram juntos e pediram um táxi no concierge, meia hora depois o carro já chegou para busca-lo. Ambos entraram e Fatinha passou o endereço para o taxista. O carro desfilou pelas ruas de Madrid e logo pegou uma via principal, repleta de condomínios de classe alta. Um deles era o do Arthur. O taxista parou o carro e os dois desceram, Antônia acertou a corrida e o taxista foi embora.

- É aqui! Vamos entrar! - Fatinha foi até a entrada do condomínio com o advogado os seus calcanhares. - Hola, señor yo soy la mujer de Arthur y ello ya esta esperandome. - logo o porteiro liberou a entrada deles. - gracias, buenas noches. - cumprimentou o senhor e seguiu para o elevador.

- Buenas noches, señora. - o senhor correspondeu o cumprimento.

Enquanto eles esperavam o elevador, Fatinha tentava esconder uma apreensão. Que fora percebida, pelo advogado. Ele murmurou um “fica calma” e ela apenas assentiu. O elevador chegou, eles entraram e Fatinha apertou o número do andar de Arthur. Um elevador nunca demorou tanto pra chegar no andar desejado... quando finalmente chegou eles saíram e a loira quase voou pra apertar a campainha do marido. Fez o sinal da cruz e apertou, arthur atendeu um com sorriso de canto de boca e quando viu o advogado, pareceu não gostar tanto.

- Buenas, amor! -abraçou-a. - entra, fica a vontade a casa é nossa... literalmente.

 - Arthur, por favor. - saiu do abraço e entrou no apartamento junto com o advogado.

- Antônio, advogado da Maria de Fátima! - cumprimentou-o com um aperto de mão.

- Nossa, veio com o advogado? - perguntou cínico já de pé na sala do apartamento. - pensei que você confiasse mais em mim, Mariazinha. - provocou usando o apelido que ela odiava.

- Você pode se desarmar, por favor? Pra gente ter uma conversa civilizada? - pediu tentando manter a calma. - Em respeito a tudo que a gente já viveu, que não foi pouca coisa! - vociferou ainda camuflando uma calma. E sentando no sofá de frente pra ele que havia se jogado no outro sofá do cômodo. O advogado se manteve de pé e até então resolveu não intervir nas provocações.

- Respeito a tudo que a gente já viveu? - ele se consertou no sofá e deu enumeras gargalhadas. - Esta na sua cara que você me botou um grande par de chifre! Pode falar, foi com quem? Foi com o Bruno? Porque eu te conheço, você não dorme no ponto não, vamos fala, foi com o Bruno, e mais quantos? Se bobear você ficou com aquele seu amigo Fera também, mesmo ele tendo namorada. - cuspiu aquelas palavras na cara dela, que levantou e foi pra cima dele.

- você não sabe o que esta falando, Arthur! Para de me ofender a troco de nada, não é justo! - tentou avançar nele que se mantinha no mesmo lugar. E o advogado interviu.

- Calma Fatinha, não vale a pena se trocar com ele... eu já previa que isso fosse acontecer! - o advogado exclamou puxando-a de volta pro sofá. - E o senhor,  por favor, sem mais ofensas a minha cliente! - arthur apenas deu de ombros.

- Enquanto eu estava aqui na Espanha, tentando cuidar do nosso futuro,  esperando você voltar, pra gente ter mais estabilidade... Você vira e vem com essa história de divorcio. - vociferou se vitimando.

- Arthur, para! Você não vai conseguir me desestabilizar, e o porque disso agora, meu Deus? Você tinha aceitado assinar essa porcaria de divorcio! - ela gritou.

- É mais eu mudei de ideia, não posso? - replicou como se fosse uma coisa normal, como trocar uma camisa suja de molho. - E não vai ser fácil você se divorciar de mim, porque eu não aceito a forma que acabou. -  disse levantando e indo até a cozinha. Fatinha que estava sentada já tremia feito louca de tamanha raiva. Ele voltou com um copo na mão e uma garrafa d'água na outra.

- Pelo amor de Deus, não se faz de louco que eu sei que isso você esta longe de ser. Pra que dificultar as coisas? Se você gosta mesmo de mim, porque então você não me libera pra ser feliz e você assim fica feliz também? - Perguntou acuada.

- Eu não tenho problema em perder você, perder você é o menor dos meus problemas. Porque se você não quer, tem quem queira! - exclamou triunfante. - O que eu quero, Mariazinha, é uma explicação do por que disso tudo... Se eu não  quero e nem aceito esse fim. - novamente cuspiu aquelas palavras na cara da loira, que estava tentando manter a calma, que fora para o espaço quando a mesma catou uma estatua na mesa de centro do marido e atirara contra a parede.

- Arthur, como você pode ter mudado tanto? Como? Você se tornou um infeliz, babaca! - exclamava aparada pelo advogado, que tentava intervir com atos pela segurança de Fat.

- Eu vou querer muitas explicações, querida! E você pode quebrar o nosso apartamento todo se quiser, que eu não vou facilitar as coisas pra você. - disse calmamente, estressando ainda mais a mulher.

- Eu te desteto! Detesto, cade o Arthur que eu me envolvi? Que me ajudava, que gostava de mim? - ela perguntou voltando a gritar.

- As pessoas mudam, minha linda! E eu mudei. - piscou. - E se é essa tortura toda pra você me ver, o negocio fica ainda mais divertido! Porque eu quero que você me veja, eu quero que a sua consciência pese, pra você me explicar direitinho, detalhe por detalhe o porque que você quer se divorciar de mim, eu vou dificultar tudo pra você... Porque eu sempre fiz tudo o que você quis, mais agora eu cansei, resolvi tomar outro tipo de postura! - Arthur falava tudo aquilo mesmo assim se mantinha calmo. E o advogado resolveu tomar uma posição.

- O senhor esta desrespeitando a minha cliente, por favor contenha-se! - o advogado pediu de forma calma.

- E o senhor sabe o quanto a sua cliente me desrespeitou entre quatro paredes? Não? Pois eu também não sei, e a gente não vai sair daqui até eu descobrir e até ela me falar direitinho. - Arthur sorriu cínico e voltou a se sentar no sofá.

- Não estamos aqui para falar sobre esse tipo de coisa, senhor Arthur. Por favor, vamos tentar resolver isso da melhor forma possível para ambos. - o advogado pedira.

- Por favor, você já disse tudo o que quis sobre mim, você não acha que já chega? Para! Eu não quero ouvir mais nada. - encarou o marido com os olhos cheios d'água.

- Ah, você esta chorando? - perguntou fingindo piedade. - Já sei, você esta começando a pensar no outro, não esta? Sua consciência tá pesando, doutora? Quanta dó. - fez uma cara piedosa e em seguida gargalhou.

- Pra mim chega! Por mim acabou por hoje, eu volto quando você estiver mais calmo. E tiver disposto a conversar, porque hoje você só esta querendo me provocar e eu não sou obrigada a passar por isso! - Fatinha levantou secando as lagrimas, pondo a bolsa de volta nos ombros. E foi indo em direção a porta.

- E você acha que eu sou obrigado a passar por tudo que eu passei e ter aguentado quieto? Eu não duvido que você tenha me exposto ao ridículo lá no Brasil, que tenha me traído sim! Mariazinha, eu me fiz me amigo do Bruno, mais eu senti no ar tudo que estava acontecendo, aquele babaca te deseja. Infeliz! - esmurrou a porta com raiva. Fatinha, já o tinha deixado falando sozinho e já esperando o elevador de costas pra ele.

- Senhor Arthur, peço que se acalme e desde já aviso que nós iremos voltar, sendo assim espero que o senhor colabore! - disse o advogado, saindo do apartamento logo em seguida.

-  Tchau querida! Volte sempre... - murmurou sozinho pois Fatinha e Antônio já tinham descido pelo elevador. Voltou batendo a porta com força em seguida.  - estou torcendo que você volte Mariazinha, porque a brincadeira vai ficar ainda melhor. - vociferou pras paredes.


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Notas finais do capítulo

Podem comentar que é grátis, espero vocês, beijos.