Linha Tênue escrita por Anne Laurentino


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Meninas, obrigada pelos comentários! Desculpa a demora para postar, voltei das minhas férias e voltei pro trabalho. Ta corrido, mais eu consegui escrever esse capítulo e já estou terminando o próximo. Espero que gostem.



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“Escuta: eu te deixo ser, deixa-me ser então.” – Clarice Lispector.

Arthur assim que chegou no apartamento entrou de fininho temendo a reação de Fatinha pois já estava praticamente de manhã e ele tinha prometido não demorar. Conseguiu entrar de boa, foi pro quarto passou pé por pé pela cama onde a loira dormia tranquilamente, foi em direção ao banheiro onde tomou um banho e escovou os dentes pôs somente uma cueca e voltou pro quarto deitando ao lado da esposa, e pegou facilmente no sono. Fatinha que não estava dormindo, levantou assim que teve certeza de que Arthur estava dormindo e foi até a cozinha precisava beber agua pra acalmar o estresse, afinal ele havia prometido voltar cedo. Que droga, foi difícil se despedir e subir três míseros andares de elevador?

- Idiota! Vai se ver comigo. – vociferou olhando e falando com as paredes. Bebeu água e junto tomou um remédio de dor de cabeça, e voltou ao quarto para dormir.

Com o dia claro já passava das nove da manhã ela levantou, e foi direto pro banheiro Arthur passou a noite fora não passou? Então esse domingo seria o dia dela. Tomou um banho se arrumou e mandou um sms pra Juliana.

“Gata, vamos fazer alguma coisa hoje? Tipo agora? O Arthur chegou de manhã, a farra no seu irmão deve ter sido boa. E eu estou revoltada com isso, por favor, vamos a praia o dia está lindo. Vamos? Por favor, não ignora a mensagem, chama a Lia.

Beijos.”

Arrumou sua bolsa de praia com as coisas básicas, enquanto esperava a resposta da Ju. Meia hora depois já com a bolsa pronta e vestida adequadamente, o seu celular apitou indicando uma mensagem.

“Nem me fala dessa “farra” o Bruno e o Gil me pagam, to bem puta da vida. Vamos mesmo, já falei com a Lia nos encontramos, no posto quatro no quiosque da skol? Em uma hora. Não se atrasa, não quero perder o sol.

Beijus.”

Ela terminou de ler a mensagem e arrumou as últimas coisas pra levar, e até agora nada do palhaço do Arthur acordar. Tomou apenas um café com uns biscoitos, pra não sair sem nada no estomago. E saiu sem antes deixar um bilhete para o marido. Escreveu e colou na porta da geladeira: “Estou na rua, não me ligue. Se vire com o almoço. Beijos!”

Pegou um transito básico, mais chegou dentro do horário combinado com Juliana e Lia, as amigas estão no quiosque tomando água de coco.

- Cheguei! – ela disse chegando por trás das amigas. Que levantaram para cumprimenta-la.

- Olá recém-casada, já está desistindo? – Lia comentou irônica.

- Nossa como é engraçada essa garota! – Fatinha fingiu uma gargalhada. – Arthur apenas me estressou chegando as quatro da manhã da casa do Bruno. – Ela falou ainda de pé, e Ju fez uma careta de desaprovação assim como ela.

- Olha nem vamos falar nisso, vamos pra areia logo? Quero muito uma pegar uma cor. – Juliana pediu querendo cortar o assunto.

- Por mim... Vamos, deixa só eu pagar a conta. – Lia levantou e foi pagar pelas águas que consumiram.

As três desceram pra areia e como estava muito calor, logo a faixa de areia estava cheia. Mais conseguiram um lugar pra ficar, alugaram cadeias e um guarda-sol Juliana e Fatinha foram dar um mergulho, enquanto Lia ficou se bronzeando. Quando voltaram, foi a vez da Lia dar uma caída, ficaram na praia durante toda a manhã e parte da tarde também. Quando deixaram a praia foram até o apartamento de Lia, que era próximo dali para tomarem banho e tal.

- Que tal irmos ao shopping? Podemos ver um filme, o que vocês acham? – Juliana perguntou.

- Por mim ótimo, eu não quero ver a cara do Arthur mesmo, eu topo. – Fatinha afirmou.

- Ih minha gente, ela ta ousada. Rebelde, casou porque então? Não faz nem uma semana cara, que você colocou essa aliança no dedo e já está nesse estresse? – Lia sincera como sempre perguntou para a amiga.

- Lia, eu me casei porque eu gosto dele. E eu só estou chateada, por que era um dia depois do nosso casamento e ele foi jogar sei lá o que no apartamento do Bruno? Logo do Bruno cara, imagina se o teu irmão bebeu e falou alguma merda Juliana?

- Fica tranquila amiga, o Bruno não seria doido não. E me desculpa, mais eu tenho que concordar com a lia, você vive falando que casou porque gosta dele, porque ele é legal, é bonito. Mais eu nunca vi você falando que amava o teu marido cara, e hoje no terceiro dia de casada você já fugindo dele.

- Talvez seja, porque ela não o ama? – Lia respondeu por Fatinha, pois a amiga se calou com a indagação de Juliana.

- Tá vamos ao shopping! – Fatinha falou ignorando o assunto.

Elas se arrumaram, por sorte tinha uma roupa de Fatinha na casa da Lia, as três colocaram roupas simples e básicas regatas, calças jeans e sapatilhas. Quando chegaram ao shopping, escolheram logo o filme e quando foram pra fila da pipoca o celular da Fat começou a tocar ela viu que era Arthur e quando ia ignorar as amigas fizeram-na atender.

Ligação On.

- Oi Arthur. – atendeu seca.

- Aonde você está Fat? Eu acordei e não te vi aqui e já são quase seis da tarde.             

- Estou com as meninas, não viu meu bilhete? Eu mandei não me ligar. – bufou.

- Maria não fala assim comigo, eu só passei um pouco da hora.

- Um pouco? Arthur vai a merda, você saiu as sete da noite e voltou as quatro da manhã do dia seguinte, no nosso segundo dia de casados. – Fat explodiu e as meninas tomaram o celular dela.

- Alô? Ah, oi Arthur é a Ju, tudo bem? É não liga pra ela não, ela só está estressada. Nós vamos ver um filme agora e mais tarde ela vai pra casa.

- Está bem, diga que eu a adoro, Ju. Obrigada. – Arthur desligou desarmado.

Ligação Off.

- Maria, você não podia falar assim com o cara. Vacilou legal. – Lia recriminou a amiga.

- O problema é meu e dele. Vamos logo ver esse filme antes que eu desista.  – vociferou e saiu na frente batendo o pé.

- Cruzes, tomara que eu esteja errada mais pra mim esse casamento vai durar menos do que o esperado. – Juliana afirmou.

- Isso que dá querer meter os pés pelas mãos, todo mundo sabe que ela só casou pra esquecer o que sentia pelo Bruno.  – Lia indagou e deu de ombros quando viu a cara que Juliana fez. As amigas seguiram até onde a Fatinha estava, e entraram juntas na sala de cinema. Resolveram assistir “Somos tão jovens” – filme que relata a vida de Renato Russo.

O filme acabou e elas o acharam fantástico, a história do líder do ‘legião urbana’, Lia então que desde mais nova aprendera a tocar músicas da banda, estava extasiada. Ela e Ju saíram na sala de cinema hiper sorridentes, ao contrário da Fatinha que apesar de ter se emocionado em alguns momentos do filme, continuava carrancuda de cara feia. As três foram caminhando silenciosamente até o estacionamento, como foram no carro de Juliana, iriam ter que ir até o apartamento da mesma. Para buscar o seu. Enfrentaram um transito básico, mas logo chegaram por não ser tão longe assim.

- Chegamos! – Ju afirmou sorridente enquanto estacionava o carro na vaga.

- Tchau, obrigada por hoje e desculpa alguma coisa. – Fatinha disse e depois saiu batendo a porta do carro.

- Ou estressada, tem geladeira em casa não? – Lia gritou e Fatinha virou apenas para mostrar-lhe o dedo do meio. – Caraca Juliana, essa tua amiga vai acabar matando o marido e isso tudo por causa do Bruno!

- Eu estou ficando preocupada. Ela realmente está achando que o Bruno falou alguma coisa. Bora subir que eu vou ligar pra ele. – as duas pegaram o elevador o foram até o apartamento de Ju. Ela ligou para o irmão o e fez jurar que não tinha feito e nem falado nada. Ela ficou mais tranquila e Lia desceu pra ir para a sua casa. E ela foi ligar pro namorado.

No prédio de Fatinha, ela estava esperando o elevador quando sentiu um abraço em seu ombro e já virou enfezada, porem se desarmou vendo que se tratava de bruno.

- Boa noite! – ele lhe ofereceu o melhor sorriso e ela riu sem mostrar os dentes.

- Boa noite, tudo bem Bruno? – Perguntou já entrando no elevador que havia descido. E apertando o botão do nono andar. Onde morava.

- Tudo ótimo e com você? – ele perguntou e fez o mesmo apertando o botão do sexto.

- Estou maravilhosa, não está vendo? – Sorriu irônica.

- Vish! Já vi que brigou com o Tutu. – ele fingiu estar chateado mais logo riu.

- Quem diabos é Tutu, cara? E para de rir que aqui não tem nenhum palhaço.

- Oras, seu marido é Tutu, de Arthur ontem nós demos esse apelido pra ele...

- Apelido ridículo por sinal... Bruno não quero mais que chame o meu marido, para as suas sociais regadas a bebida e pôquer. – Ela vociferou com uma raiva contida na voz.

- Como quiser, senhora. Como quiser. – o andar do moreno havia chegado e a porta do elevador logo ia se abrir, e sem mais pensar Bruno lhe deu um selinho e saiu do elevador riscando o chão enquanto ela o xingava de dentro do mesmo.

- Filho da p...Marta. – ela subiu cuspindo fogo, que diabos estava acontecendo com Bruno, quando ele havia ficado daquela forma? – Seu andar finalmente chegou e ela saiu do elevador e correu pra abrir a porta. Não podia mais ficar brigada com Arthur, não ia dar esse gostinho a Bruno.

Ao entrar no apartamento viu Arthur cochilando no sofá, ela largou a bolsa e tirou os sapatos com cuidado para não acorda-lo. Foi até o sofá e deitou ali em cima do marido, ficou distribuindo beijos pelo rosto do mesmo até acorda-lo. Ele abriu os olhos assustando ia levantar quando ela o impediu.

- Me perdoa? Eu fui uma babaca hoje cedo. – beijou-lhe a boca – desculpe?

- É claro que sim, minha linda. Eu também vacilei demorando e está bem legal lá o Bruno... – ela tapou a boca dele interrompendo-o.

- Vamos esquecer do Bruno, ainda estamos em lua-de-mel não é? – ele afirmou sorridente – então vamos aproveitar um ao outro e vamos esquecer dos outros lá fora. – Fatinha retirou a própria blusa e levantou puxando o marido consigo, indo até o quarto do casal.

Eles foram se despindo devagar e Arthur fora como sempre bem carinhoso, com a esposa. Que mesmo estando ali de corpo seu pensamento estava meio longe, sem ser notada ela balançou a cabeça a fim de deixar essas ideias pra lá. O casal foi finalmente dormir quase duas da manhã, pois no dia seguinte Fatinha já voltava para o hospital. 


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Notas finais do capítulo

Quem gostar pode comentar, a casa agradece! HAHA
Beijos ;)