Linha Tênue escrita por Anne Laurentino


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários, vocês são umas queridas! :)



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“O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte.” – Mahatma Gandhi.

- Tenho que falar com você, sobre ontem! – Fatinha avisou e já saiu entrando no apartamento. – Meu Pai, quanto bagunça! – Exclamou vendo as latas de bebidas ainda espalhadas pela sala.

- Veio me encher igual a Juliana? Ele bufou e foi caminhando pro quarto. E ela foi atrás dele.

- Bruno, para de fugir. Eu não vim te encher, eu vim pra saber porque cargas d’água você fez aquilo ontem? Ou melhor disse aquilo. – Perguntou vendo-o deitar na cama e tapar o rosto com o travesseiro.

- Eu não sei do que você está falando. O que foi que eu fiz ontem? – Ele perguntou tirando o travesseiro do rosto e sentando na cama para encara-la.

- Não acredito que você estava tão bêbado, que não se lembra que ligou pra mim? – perguntou raivosa.

- Espera, eu lembro que liguei. Mas, do que eu disse eu me lembro pouco, só que disse que você estava linda na igreja.

- Bruno não é possível, você me liga, fala vários absurdos e depois diz que não se lembra de nada? – disse quase gritando.

- Não grita, estou com dor-de-cabeça!

- Pro inferno a tua dor de cabeça, eu grito o quanto eu quiser! – gritou mais alto e ele se levantou pondo-se de pé frente a ela.

- Não grita caramba! – bufou e pendeu as mãos sobre a cabeça. – minha cabeça vai explodir e a culpa é sua!

- Quieto! – Fatinha mandou e ele ia abrir a boca quando ela falou de novo – quieto já falei.

- Tá bom. – Voltou a sentar na cama. – mas, fica calma.

- Fico se eu quiser! Meu Deus, viu como estamos nos tratando Bruno? Como se ainda tivéssemos quinze anos. Esta ridículo isso! Exclamou enfadada.

- Eu não lembro do que eu te disse e se te ofendi novamente me perdoa? – pediu encarando-a.

- Esse é o problema. – desistiu dos gritos e sentou ao lado dele – você vive me ofendendo, magoando e pedindo perdão. Virou moda agora? Em anos de amizade nós nunca tínhamos brigado tanto como nesse último mês, Bruno. Isso não está certo!

- Eu sei que não, Fat. Quero saber o que eu disse me fala por favor!

- Dentre outras coisas, você me deu certeza de que eu não seria feliz com o Arthur. – disse entredentes.

- E você está feliz por acaso? Eu tenho dúvidas, do contrário o que você estaria fazendo aqui ao invés de estar com o seu marido no seu primeiro dia de casada? – perguntou com desdém.

- Não seja ridículo, eu só vim pra conversar com você. E o Arthur sabe que estou aqui, ele precisou arrumar umas coisas e... E eu não te devo satisfações. – voltou a alterar a voz com ele, que riu.

- Hum, sabe estou me lembrando de uma coisa que eu disse... – falou e foi se aproximando dela e colocou uma mecha de cabelo dela atrás da orelha.

- O que? – perguntou apreensiva pela proximidade que estavam.

- Eu disse que ele não te conhece como eu te conheço. – Bruno subiu as mãos para o rosto dela novamente e começou um carinho ali.

- Para! Tira a mão de mim, por favor. – Fatinha pediu quase rendida.

- Sabe o que eu to com vontade de fazer agora? – perguntou colando seu corpo no dela. Ela negou com a cabeça – estou morrendo de vontade de te beijar. – confessou roçando o nariz no dela.

- Bruno, não podemos. Você sabe que é errado e não seria justo com o Arthur uma coisa dessas.  – ela disse se afastando e voltando a ficar de pé, confusa com o quase beijo.

- É você, infelizmente tem razão. – deu de ombros – Mas confessa que você quer tanto quanto eu!

- Aham... Mas não podemos. – Suspirou e foi caminhando pra sala. Na concepção dela era perigoso demais ficar ali junto a ele no quarto. Ele vou atrás dela.

- Você já vai embora? – ele fez beicinho e riu do nervosismo dela. 

- É lógico, eu preciso subir. Daqui a pouco o meu marido vai chegar! – exclamou dando ênfase na última frase.

 - Ah! O seu maridinho, vai chegar? Então vocês vão morar aqui no prédio? – perguntou com desdém. E ela afirmou com a cabeça. – Hum, muito bom saber. Eu e ele seremos muito bons amigos.

- Bruno, não tente nada!

- O que? Eu só vou lutar pelo que eu quero e vou fazer você entender, que estava errada quando aceitou casar-se com meu mais novo amigo de infância, Tutu. – Ele sorriu achando graça da própria ousadia.

- Ok faça o que quiser. Eu preciso ir! – deu de ombros e saiu porta a fora.

- Eu vou fazer, Maria. E como vou e hoje mesmo vou chamar seu maridinho para uma partidinha de pocker, aqui em casa. – falou sozinho e riu.

Resolveu que ia chamar os amigos, para a partida de carteado. Ligou para o Rasta e o convidou. O mesmo confirmou presença e disse que levaria algo para comer, ligou também para Nélio, Fera e Gil, e todos disseram que viriam. Faltou somente chamar Arthur, esse sim seria complicado, de arrumar o número do mesmo. Juliana deveria ter... Ligara para a irmã.

Ligação on.

- Alô, Juliana? – Bruno falou assim que a irmã o atendeu.

- Fala, maninho. Em que posso lhe ser útil?

- Fácil, eu preciso do número do Arthur. Não adianta mentir, eu sei que você tem.

- Pra que, você quer o número dele, Bruno? – perguntou desconfiada.

- Seu namorado não contou que vem aqui em casa hoje não?

- Contou! Que vocês vão jogar buraco, só os homens e tal, mais o que o Arthur tem a ver com isso?

- Vou convida-lo, oras. Vamos ser amigos agora! – riu.

- Bruno! – a irmã o repreendeu e riu também.

- Está bem, Juliana. Já pode me passar o número, por favor?

Ju passou o número de Arthur e algumas outras recomendações do tipo, não beba, não brigue, cuidado, toma conta do Gil... E desligou a ligação.

Bruno discou o número de Arthur e o mesmo o atendeu feliz e contente. O moreno, fez o convite e Arthur adorou a ideia, achando o máximo, estar junto dos rapazes amigos de sua esposa. Novamente eu digo, coitado.

Quem não gostou muito dessa ideia foi Fatinha, afinal ela sabe das intenções de Bruno.

- Poxa amor, você vai mesmo lá no Bruno? – Perguntou fazendo charme.

- Vou loira. Poxa digo eu, ele quer ser meu amigo. E os outros caras vão estar lá também.

- Droga Arthur, ainda estamos em lua-de-mel e você me troca pelos caras? Muito obrigada. – Fatinha indagou chateada.

- Fat, te acalma. Eu vou e volto logo, é aqui no prédio mesmo. – Arthur bufou zangado.

- Faz o que você quiser Arthur. Só não venha bêbedo pra casa, por que eu não tenho paciência. – deu de  ombros e foi para o quarto.

Ele foi atrás dela e entraram em uma discussão besta, sobre o fato deles terem muito tempo pra curtir o casamento. Cansada de tanto falar à toa, Fatinha dormiu um banho e dormiu exausta. Arthur deixou-a falando sozinha e foi pro outro quarto ainda irritado, pelo nível da “conversa” que acabaram de ter, ele também tomou um banho e caiu dormindo no sofá. Ambos acordaram já no começo da noite e Arthur foi se arrumar, ainda sem falar com ela. Tomou outro banho e foi na rua comprar as bebidas pra levar a casa de Bruno. Quando voltou Fatinha o puxou para um abraço.

- Amor, desculpa? – Ela pediu enquanto cheirava o pescoço dele. – você pode ir aonde quiser, eu prometo que não vou ser uma esposa muito chata. Me desculpe?

- É claro que sim, sua boba. – agarrou-a para um beijo. – e você pode ser chata. Eu adoro você de qualquer jeito. – beijou os cabelos dela e saiu do abraço.  – agora venha me ajudar com essas sacolas. – eles foram até a cozinha e Fatinha o ajudou com as cervejas, iria deixa-las gelando até a hora de ir na casa de Bruno. 


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Notas finais do capítulo

Ops... Primeira discussão. Primeiro indicio de que algo não esta indo muito bem. Quem gostar e quiser comentar, a casa agradece! *-*
Beijos, tjd.