Linha Tênue escrita por Anne Laurentino


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, gostaria de agradecer pelos comentários! E também me desculpar pela demora em postar. Eu estava sofrendo um bloqueio! E a Bia me ajudou, então Bibia muito obrigada viu? Vou continuar no próximo como conversamos. Espero que tenha ficado legal. É isso, beijos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/351310/chapter/17

“A maior decepção é aquela que vem de quem nunca esperamos.” – Jair Cunha.

Vocês devem estar se perguntando, onde será que está o Bruno? Eu respondo: Em casa. Fazendo o que? Bebendo o xingando céus e terras.

- A Lia está certa. Eu sou um covarde, eu tinha que ter feito alguma coisa pra aquela casamento não acontecer. – Ele resmungou e encheu mais o copo de cerveja que estava em sua mão.  – vou ligar pra ela, quem sabe ela não mudou de ideia? – riu e pegou o celular para discar o número de Fatinha, o fez e deixou chamar por umas dez vezes, sem obter resposta. Na última tentativa a mesma atendeu – alô, Fatinha? Fatinha você está ai? – segurou o celular com mais força e chamou de novo quando não ouviu uma resposta. – Fatinha? Fala comigo, por favor! – falou arrastado, por conta da bebida.

Fatinha que estava curtindo sua lua-de-mel, ao atender o celular sentiu pela voz destorcida do amigo, o quão alterado ele estava. Então resolveu pedir licença ao marido que não gostou muito, e foi atender Bruno, fora da suíte.

Oi Bruno! O que aconteceu? Está tudo bem? – Fatinha perguntou preocupada.

Ah! Está tudo ótimo – riu – você estava linda lá na igreja! Muito mesmo! – exclamou com pesar.

Obrigada. Você nem ficou pra festa! – Assim que ela terminou a frase ouviu uma gargalhada alta do outro lado da linha – Bruno, você que bêbado? – perguntou enquanto ouvia vários barulhos vindos da casa dele.

Não! Eu não bebo! – Ele indagou e abriu outra lada de cerveja. – eu só liguei pra ouvir a sua voz e dizer que eu não vou desistir de você tão fácil. Eu te amo - falou embolado, mais a amiga entendeu bem.

Bruno, para! Por favor, não fala isso! – Fatinha pediu, pois sabia que aquilo não podia voltar a acontecer. Ele queria deixa-la confusa e estava quase conseguindo.

Não! Por favor você! Eu tenho que falar – Bruno suspirou e Fatinha bufou – eu sei que você não vai ficar feliz por muito tempo, com esse casamento!

Bruno...

Eu tenho certeza disso. E não adianta você negar... – Bruno voltou a rir. – Ele não vai te fazer feliz, Maria de Fátima e sabe o motivo? Fácil, ele não te conhece como eu te conheço. Eu duvido que você aproveite essa lua-de-mel do jeito que você aproveitaria comigo, e você sabe que é verdade! – Bruno suspirou mais uma vez pegando folego pela fala arrastada e pode ouvir a amiga fungar do outro lado da linha.

Bruno, eu estou e vou ser feliz sim! Você não é mais o amigo que eu conheci, aquele Bruno nunca desejaria mal algum, pelo contrário me apoiaria! – Fatinha fungou mais uma vez quando sentiu umas lagrimas teimosas descerem por seu rosto. As limpou rapidamente.

- Fatinha! Cadê você amor? Vem logo, está falando com a sua mãe? Mande beijos! – Arthur chamou-a e ela passou a mão livre no rosto, pra limpar os possíveis resquícios das lagrimas.

- Já vou amor! Estou desligando! – Ela gritou de volta pra ele. – Tchau Bruno espero nunca mais ouvir essas palavras de você. De uns tempos pra cá parece que sua diversão é me machucar não é?

Do mesmo jeito que você está fazendo comigo, Fatinha! – Desligou na cara da amiga e jogou o celular em algum canto da sala.

Ele sabia que Juliana e seu cunhado viriam dormir em seu apartamento, e que a irmã ia encher o saco pelas bebidas espalhadas pela casa, mas a real era que ele queria que a irmã o e resto do mundo explodisse! A partir dali, ele nunca mais ia ligar para nada que os outros falassem dele. A partir dali, ele iria mostrar a Fatinha o que ela perdeu e estava disposto a toma-la pra si, ele ia fazer com que ela o amasse. Nem que por isso fosse preciso mudar radialmente e então se fazer de falso amigo do Arthur. Aquela mulher era dele, há dezessete anos aquela mulher o pertencia. E ele o teria, custasse o seu orgulho, custasse o que fosse.

- Bruno! Que zona é essa cara? – Juliana perguntou assim que abriu a porta e viu a bagunça na sala.

- Não enche o saco, Juliana! – Ele gritou e encheu mais o copo e saiu cambaleando para o quarto.

- Meu Deus! – Gil falou ao se deparar com o apartamento todo bagunçado – Ju, isso explica ele não ter ido a festa. Ele veio descontar toda a raiva aqui.

- E esse é o problema amor, meu irmão está muito fora de si. Olha quantas latas de cerveja tem aqui! – ela apontou pra cima do sofá que estava cheio delas.

- Amanhã a gente vê isso, Ju! Vamos dormir que eu estou só o pó! – Gil pediu enquanto ia empurrando-a até o quarto que eles sempre usavam quando estavam no apartamento de Bruno. Falando nele, tinha dormido de bêbado que estava.

No hotel dos noivos o casal estava feliz pelo casamento, comemorando. Arthur pediu o melhor jantar do restaurante do hotel, e o pacote honey moon com rosas vermelhas em um vaso de coração e champanhe. Noivo mais feliz não tinha, já noiva...

- Com quem estava falando? – Arthur perguntou enquanto começava a distribuir beijos pelo rosto dela.

- Era a minha mãe mesmo, queria saber ser estava tudo bem. – mentiu obviamente – Amor... – Fatinha estava tentando sair dos beijos de Arthur. – para, espera um pouco, vamos abrir o champanhe, brindar.

- Nós já fizemos tudo isso na festa! Agora eu só quero você! – Arthur ajudou-a para tirar o vestido e quando o fez começou a distribuir beijos pelo colo dela. Os beijos foram ficando mais rápidos descompassados e os noivos culminaram a noite de núpcias mesmo com Fatinha alegando estar cansada, na verdade ela estava tocada ainda pela ligação de Bruno. Estava desconfortável perante o seu próprio marido. É amiga, ajoelhou tem que rezar, é como diz o ditado.

Na manhã seguinte Arthur não poderia ter acordado mais feliz, tinha se casado com a medica mais gata da pediatria, ela era simpática, tinha bom coração e ele está completamente apaixonado por ela. E que bom né? Fatinha também acordou contente, leram bem? Eu disse contente... isso pode significar um arrependimento?

- Bom dia, linda! – Arthur cumprimentou-a ainda na cama. – dormiu bem?

- Oi Arthur, ah pela hora que nós fomos dormir digamos que eu tenha cochilado bem. – sorriu sem graça.

- Fat, eu preciso dar uma saída, tenho que resolver umas coisas. Podemos tomar café, daí eu vou e você me espera. Ok? – Arthur falou enquanto foi se levantando, sem antes dar um selinho na esposa.

- Faz o seguinte eu vou com você e você me deixa no meu apartamento, e depois vai pra lá. Pode ser?

- Por mim tudo bem! Vamos então. – Arthur falou do banheiro e Fatinha se levantou e foi até ele. Tomaram banho juntos e depois foram tomar café no restaurante do hotel.

- Você mandou o meu beijo pra sua mãe ontem? – perguntou já se servindo do buffet do café.

- Ahn? Ah! Sim, mandei sim. Ela mandou outro. – Fatinha sorriu sem graça, tinha esquecido que havia dito que era Vilma no telefone.

- Que bom... Uma pena não podermos aproveitar a nossa lua-de-mel como se deve não é? – Ele indagou com uma voz triste e ela assentiu mastigando um pão em seguida. – Já sei, por que você não vem pra Espanha comigo? Além de ver o pessoal e matar as saudades, poderíamos ir um final de semana para Barcelona e aproveitar um pouco não é? – Fatinha que estava bebendo café nessa hora faltou pouco pra não cuspir tudo e começou a tossir. Voltar pra Espanha? Não mesmo, nem por um dia. – Está tudo bem, amor? Levanta os braços, respira. – Arthur acudiu-a preocupado.

- Não, não! Estou bem, não se preocupe! – Fatinha parou de tossir e abraçou ele. – Infelizmente não vai dar pra eu ir amor, eu tenho a clínica lembra? Não posso me dar o luxo de pedir folga no emprego novo.

- É! Bom, então eu vou sozinho mas, vou morrer de saudades.

Eles terminaram o café e subiram novamente para o quarto, pegaram o necessário e saíram, foram conversando por todo o caminho. Coisas banais, Arthur tentava fazer a esposa rir e ela até soltou uns sorrisinhos, tudo muito forçado. Ele deixou-a na porta do prédio e deu a partida no carro, ela entrou apreensiva pois sabia que poderia topar com Bruno a qualquer momento. Cumprimentou o porteiro e seguiu até o elevador. Quando o mesmo chegou ao térreo e a porta se abriu ela viu Juliana e Gil saindo do mesmo.

- Afilhadinha! – Ju sorriu e abraçou a loira. – ué cadê o Arthur? – perguntou saindo do abraço.

- Oi Maria! – Gil a cumprimentou com um beijo e um abraço.

- Olá meus amores. – Fatinha sorriu. – Arthur foi resolver umas coisas e eu vim pra casa, nada de lua-de-mel grandiosa. Eu tenho que trabalhar na segunda! – afirmou e o casal riu.

- Tu não larga essas crianças nem um dia depois de casar cara? – Juliana sorriu.

- Eu gosto de trabalhar, mulher! Para de falar no meu ouvido. – a loira riu também. – Onde vocês estão indo? Vamos subir tomar alguma coisa, conversar.

- Não vai dar Fat, precisamos ir embora. Tenho que deixar a Juliana em casa e depois tenho que ir pra minha mãe. – Gil falou.

- É, nós dormimos aqui no Bruno, mais já temos que ir mesmo, amiga!

- Hum, ok né? E seu irmão Juliana está lá em cima?

- Esta. Acabou de acordar, com uma ressaca daquelas. – Ju deu de ombros.

- Eu tenho que ter uma conversa com ele. Você tinha que fez o que ele fez ontem. Bom, se vocês não vem eu já vou subindo. Beijos. – Fatinha foi se despedindo deles, e Ju chamou-a.

- Amiga, vai com calma com meu irmão tá? Por favor, ele não está bem. – Fatinha assentiu contrariada e pegou o elevador. Juliana e Gil saíram do prédio.

Ela subiu até seu apartamento, sem antes cogitar a possibilidade de descer no andar de Bruno, não o fez. Abriu a porta e viu seus presentes de casamento espalhados pela sala, cara dona Vilma só podia ter esquecido de vir arrumar. E quem iria ter que arrumar? Acertou quem respondeu que era ela. Trocou de roupa pondo uma mais fresca e de ficar em casa e começou a colocar os pacotes no quarto de hospede, e as coisas de cozinha na própria cozinha. Demorou um pouco, porem conseguiu colocar as coisas em ordem, eles morariam ali mesmo. O apartamento era ótimo, tinha sido ambientado por Bruno. E por falar nele ela resolveu descer pra conversar com o amigo, não estava com muita paciência mais era preciso ter essa conversa.

 Foi atrás de Bruno no jeito que estava mesmo, descabelada e sem chinelos. Desceu no andar dele e só faltou quebrar a campainha de tanto tocar no aparelho da parede. Quando ele abriu ela se espantou com o estado dele...





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Quem gostou pode comentar que a casa agradece. Até o próximo... Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Linha Tênue" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.