Preto e Amarelo? escrita por Rebi


Capítulo 2
Paraíso inacabável


Notas iniciais do capítulo

Tchadam ~ ♥
Agora sim, eu pesquisei sobra a história do Baku e tals, e pra mim,esse sim ficou bom.
Enjoy desu ~



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“Trabalho concluído espera que tenha gostado de sua noite limpa, mas o efeito dura apenas uma noite, porém, pode chamar-me a hora que quiser, ainda estou grato em ajuda-la, senhorita”.

– “Monochrome.”

Então foi aí que se lembrou do sujeito de orelhas estranhas, que a fizera prometerem algo. Suspirou cabisbaixa, mas feliz por ele realmente ter cumprido com o trato. Mas o que ele queria em troca? Ou será que é algum tipo de “herói” que ajudamos necessitados? Essas perguntas rondavam sua cabeça durante todo o dia, pensando se realmente iria vê-lo novamente.

O dia passou rápido para a menina, que aguentou firme nas aulas, e finalmente conseguiu preencher toda papelada dos deveres de casa acumulados, devia realmente chama-lo para agradecer.

Quando menos percebera, estava já assistindo a sessão de seu filme á noite, acabou e ela desligou a TV, seguindo em passos lentos pela escadaria, os degraus rangiam a cada pisada, não queria acordar seus pais, que já descansavam. Entrou no quarto, vasculhando agora suas gavetas. Adicionou roupas de dormir em cima da cama, desta vez era uma blusa fina e rosada com um short de mesma cor e estampa, começou assim a retirar a blusa de seu corpo, para adotar a próxima, porém, quando a peça sai de sua cabeça sentia calafrios em suas costas, alguém estava ali?

Tentou retirar a gola da blusa rapidamente, que estava engasgada em sua cabeça, então por desespero acabou tropeçando na própria cama, caindo na mesma.

- Droga, droga, droga... - Bufou quando sentiu cair no local macio, livrando-se da veste, voltando seus olhos pelo quarto até bater na figura conhecida, se tampou com a peça, ao vê-lo aprimorar seu sorriso de canto.

- Boa noite, senhorita?

Sim, ele voltara, mas para quê? Parecia diferente de antes, mas não aparentemente, algo nele dizia que estava desejando algo, mas o que afinal?

Reverenciou-se como de costume, apoiando a sua bengala no chão, lançando um olhar penetrante para a menina, que se sentava na cama, ainda se tampando com a blusa, tentou começar o diálogo.

-B-bem, eu só queria... Agradecer, eu dormir perfeitamente bem, Baku-san. – Tentava encará-lo, um pequeno sorriso desajeitado formava-se em seus lábios, agora percebera que as orbes que a observavam eram azuis meia-noite.

- Ah, aquilo? Eu que devo lhe agradecer por me alimentar de tal maneira... Que me satisfez até o último pesadelo. – Deu passos até a beira da cama, deixando a mesma bengala encostada na parede.

- Pode em fazer outro favor? – Percebeu a aproximação do rapaz, depois de murmurar suavemente, encostando enfim na cabeceira da cama.

- Não vou recusa-lo, já que isso me deixa verdadeiramente feliz.

- Queria ter sonhos bonitos, agradáveis, sonhos bons... Pode me ajudar?

- É isso que queres? Belas historias, apetitosas, perversas fantasias... – Chegou a sentar-se na cama, ele realmente era esquisito para ela. Ficava tentando imaginar de como ele ter uma aparência humana. –Posso lhe dar um pouco de tudo, apenas faça uma promessa comigo, que dormirás satisfeita essa noite.

- Ér... Eu acho que – Imaginou sonhos que poderia ter um sentimento de luxuria a preencheu. – Sim, eu a-aceito, vamos... – Ergueu o dedo mindinho, que momento depois foi abaixado tranquilamente, seguido de um balanço negativo com o indicador do loiro. A menina não entendeu.

- Neste caso... – Se aproximou mais, ficando sentando quase em frente à menina, que se encolhia, ainda com a peça que lhe tampava o busto. Corou momentaneamente ao observa-lo extrair seu aroma, com as narinas perto de seu pescoço, elevava a cabeça, até chegar perto do rosto da menor, fitando-a com um sorriso grandioso nos lábios, seus orbes fitavam os lábios carnudos e rosados, e uma de suas mãos segurava o queixo da cliente. Passou a língua entre os lábios, como se estivesse faminto. No momento, ela se sentiu uma presa indefesa. – Vamos fazer uma promessa... Com um beijo.

Arregalou os olhos, porém seus lábios encostaram lentamente aos dele. Era fascinante o toque do mesmo, ao mesmo tempo viciante, sentiu algo molhado adentrar sua boca, e o mesmo fez em seguida, não sabia o que fazer direito, então bruscamente salivava o canto da boca, tentando acompanha-lo, sua mão teimosa largou a blusa, envolvendo Baku pelo pescoço. Ele de fato não esperava isso dela, porém, teve que enfim encerrar o meloso, literalmente, beijo, deixando que um fio de saliva os ligasse por um breve momento.

- Seu gosto me agrada, senhorita. – Fez novamente aquele gesto com a língua, fazendo a menina corar mais, e perceber que havia largado sua blusa, voltando a segurar. Soltou um suspiro cômico. – Pode trocar-se... Sei que não vai querer dormir de tal maneira. – Com o polegar, limpou o canto da boca de sua cliente, que estava ainda com um filete de saliva, será que ela nunca havia feito tal coisa?

Ainda com o rosto avermelhado, ela levantou da cama, retirando sua calça, ficando apenas com suas peças íntimas, tentou não trocar olhares com o loiro que a observava, cada curva em desenvolvimento do corpo da garota, esta tentava desabotoar seu sutiã rendado, afinal, aquilo incomodava a noite. Ergueu-se por trás dela, desabotoando-o, e escorregaram as alças pelos ombros lisos. Mas o que ele estava pensando? O coração de Hatsune acelerou, e seu corpo arrepiou-se com o toque do maior, ele se aproximou novamente de seu pescoço, deliciando-se com o aroma, se aproximando do ouvido, sussurrou:

- Não se preocupe, não vou lhe fazer mal. – Envolvendo o quadril da menina por trás, fazendo-a colar em seu corpo. – Relaxe.

- M-mas o que você está fazendo?! – Engoliu seco.

Seus olhos foram tampados por uma das mãos de Baku. A respiração acelerada da menina aos poucos ia se acalmando, e os olhos cobertos fechavam, seu nariz inspirava uma fumaça estranha, logo estava desacordada.

Lembrava-se do que sua mãe lhe dizia que existia uma criatura mágica chamada Baku. E ele aparecia sempre quando havia pesadelos, e te proporcionava bons sonhos. Ela também citava que quando era pequena, ganhou um travesseiro com a representação da figura de Baku, para espantar os maus sonhos, era sempre importante para o primeiro bom sonho após a comemoração de ano novo. Por isso havia confiado nesse Monocromático Baku? Não imaginaria que a forma de um seria com aspectos tão humanos. Não imaginaria coisa contrária a isso, para ela Baku era uma criatura bondosa.

Sua mente foi rodeada de coisas inusitadas, mas que a deixavam feliz, assim permaneceu até ser acordada pelo seu despertador.

Era sábado, suspirou profundamente, tentando lembrar-se da noite anterior.

Fez suas costumáveis coisas. Desde sair com suas amigas, e chegar tarde da noite, aonde lãs a deixaram na porta de casa.

- Você parece melhor do que nunca Miku-chan, o que aconteceu? – Disse Gumi empolgada.

- N-nada, bem... Até mais. – Despediu-se e entrou em casa.

Como sempre, era a única acordada, seguiu para seu quarto. A janela semiaberta será que?

- É bom vê-la novamente, pequena humana. – Aquele tom manso, soando nos ouvidos da azulada, virou-se para onde se encontrava o dono da mesma.

- Humana? Então você realmente é... – Arregalou lentamente os olhos, vendo-o se desencostar da parede, com o sorriso de canto cotidiano nos lábios.

- Sim, eu sou, e como podes saber me alimento de seus pesadelos... Bem, quando a Lua cheia chegar, meu trabalho estará terminado, e o pagamento será... Você está ciente disso não é? – Terminou, com seu sorriso crescendo nos lábios.

Rapidamente os olhos da menina desviaram pra janela, onde seguiu para ver o céu, vagando os olhares pelo mesmo, a procura de alguma lua. Paralisou-se ao enxergar a iluminada bolota na escuridão daquela noite. Então, teria que dar algo em troca dos serviços? Ele não era um tipo de herói? Ela estava errada.

- O que... Mas o que você quer? – Perguntou com a boca trêmula, voltando os olhares para o sujeito que se aproximava com sua bengala em mãos, tocando com uma das mãos seu queixo, erguendo este lentamente. Seus orbes agora estavam em sincronia aos de Baku, permaneceu os fitando.

- Dentro desses teus olhos, esses sonhos vividos... – Passou a língua entre os lábios sorridentes, e seus orbes azuis meia-noite, foram tornando-se vermelho sangue. – Devo tirar tudo, tudo que te pertence.

Estática, a azulada sentiu sua visão ficar embaçada, escurecendo aos poucos. Uma forte dor nos olhos turquesa a bombardeou, lágrimas desciam loucamente pelos mesmos, perdendo lentamente o foco de sua visão sobre os orbes agora, avermelhados do enigmático.

- P -porque? O que está acontecendo comigo? – Seu tom desesperado era música para o ouvido de Baku, que parecia cada vez mais satisfeito com as ações da garota.

- Você pediu mais e mais favores... Confiou-me seus desejos, agora nunca mais vai ser capaz de escapar, deste paraíso interminável.

A mesma fumaça lilás fora saindo com mais frequência, se espalhando pelo quarto. Ao passar pelos olhos da garota, automaticamente, fizeram-na prega-los, ainda derramando muitas lágrimas, em soluços silenciosos. Levou a mão aos olhos, tampando-os, sentindo sua esperança ser sugada aos poucos, não se lembrava de seus sonhos para o futuro. O que estava acontecendo? Aos poucos ela foi caindo lentamente, de joelhos no chão. Abaixando a cabeça, permanecia com as mãos no rosto.

   - Que feição mais desgraçada... – Soltou um suspiro cômico. – Está é a realidade... Não foste tu que escolheste isto para você própria? – Abaixou, em frente a ela enrolando um de seus fios turquesa. Seu sorriso era cínico a tal situação, mas passava como um ato de consolo. – Se apenas tiver sonhos, os teus sonhos nunca irão se realizar.

Ela ergueu a cabeça, após a dor ter diminuído, com suas mãos trêmulas se afastando dos olhos, destampando-os. Lentamente os abria, percebendo que o mundo em sua volta agora era todo preto e branco, inclusive a criatura a sua frente, todas as cores, seus sonhos e sua esperança fora sugados, retirados, roubados dela, deixando apenas um corpo quase vazio. Agora mareados, voltavam a soltar lágrimas repentinas. Até seus orbes perderam o turquesa, o brilho, e a vontade de viver.

Sorrindo de ponta a ponta, estava mais que satisfeito. Baku se levantou afastando-se em passos lentos, logo dando as costas para a recém daltônica garota, que o fitava com pavor. Estirou os braços uma para cada lado, como um ato sarcástico.

- Bem vinda a este mundo MONOCROMÁTICO!  

E aos poucos foi desaparecendo com a fumaça de sua bengala. Ela havia errado, ele era uma criatura demoníaca, no qual acabou com sua vida.


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Notas finais do capítulo

Wee, finalmente terminei de escrever, espero que tenha ficado bom ç.ç
É a primeira vez que eu coloco imagens, nem sabia que isso existia/old.q
HSUAHS. me mereço e-e