Preto e Amarelo? escrita por Rebi


Capítulo 1
Comedor de sonhos.


Notas iniciais do capítulo

Bem, minna,vai ser separado em apenas dois capítulos u-ú
Ainda estou escolhendo se eu coloco um pouco de picancia.q
Boa leitura.



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Monochrome;

“Quem sou eu? Que aparência eu tenho? Ninguém sabe... Vago pelas noites a procura para fazer favores.”

A noite estava mais escura que o normalmente é, e em uma das várias casas permanecia ainda acordada a essa altura da noite. A silenciosa menina observava com um ar cansado a paisagem medonha de sua cidade, pela janela. Por algum motivo suas pálpebras não se fechavam de modo algum, e quando ocorria o ato, pesadelos devastadores tomavam conta de seu sono. Desviando os olhares para parede percebeu que havia mais uma sombra ali naquele quarto pequeno, virou instantaneamente por reflexo e seus olhos analisavam a figura de belos fios dourados, composta por um traje preto, como um terno e suas peças compatíveis, sua gola era branca, como a manga que ia até seus cotovelos, e ali as dobras também eram brancas, um colete por dentro do terno, com botões pretos, que contrastava com o colete de cor amarelada, da mesma estampa da pequena fita de seu chapéu preto, usava também luvas pretas que combinavam com a bengala branca que carregava consigo, e na mesma havia um pequeno laçinho assim como na ponta de fios na nuca que também eram presos pelo mesmo objeto, só que na cor preta, era visivelmente necessário falar de suas pequenas e pontudas orelhas.

Seu olhar era fixo na menina, assim se aproximou, fazendo-a recuar agora contra a parede, seus olhos se arregalavam isso fazia o rapaz soltar um suspiro cômico.

– Não tenha medo, senhorita. Vejo que precisa de meus serviços. – Sua voz era serena e confortável, diferente de que sua aparência passava.

– Q- Quem é você?! – Ainda com certo medo, gaguejou, mas ele logo retrucou, dando o mesmo suspiro cômico, seguido de um sorriso de canto.

– Desculpe-me, que inconveniência minha entrar em seu quarto de repente e não me apresentar. Sou Monochrome... Comedor de sonhos.

– C- Como é? Mo o quê?

– Eating Dream, Monochrome Baku, mas pode utilizar-se só do Mono ou Baku, senhorita . – Deu passos largos até a menina, tocando com a ponta de seus dedos cobertos pela luva, o canto do rosto da mesma, que agora estava encurralada pela parede, sua respiração acelerava aos poucos. – Eu posso ajuda-la a dormir, se quiser.

– Dormir... Verdade? – Soou um tom esperançoso, já havia tomado várias pílulas para seu problema de insônia, mas mesmo que conseguisse se quer tirar uma soneca, os pesadelos dominavam seu sono. – Mesmo se eu dormir... Os pesadelos me atormentam, então eu acordo novamente. - Abaixou o olhar cansado. Seus olhos estavam pesados, e tinham marcas de insônia, as olheiras eram bem escuras, deixando seus orbes turquesa destacar-se.

– E é por isso que estou aqui, para devora-los, até ficares satisfeita. – Seu tom sedutor e confortável planava sobre as palavras ditas, fazendo a garota levantar o olhar novamente, e finalmente concentrarem-se nos orbes negros e profundos de Monochrome, que agora alisava levemente o rosto da menor, se afastando poucos centímetros. – Eu provarei que é verdade, basta fazer uma promessa comigo.

– U- Uma promessa? – Os rosados lábios trêmulos diziam, enquanto a garota esfregava um dos olhos, agora mais esperançosa, mesmo que não conhecesse o sujeito estranho em sua frente, achava que poderia realmente ajuda-la.

– Sim, uma promessa, com nossos dedos... – A mão que acariciava o rosto da menor, agora se afastavam, ficando quase a altura de seu rosto, com todos os dedos fechados na mão, apenas o mindinho se levantava.

Um pouco duvidosa, porém sua esperança falava mais alto, assim, ergueu sua mão também, juntamente com o mindinho, na mesma posição que a dele, finalmente entrelaçando ambos os dedinhos, isso fazia o sorriso do rapaz aumentar.

Em um movimento rápido ele a pegava e envolvia em seus braços, erguendo, em seguida depositava então na cama, de forma confortável. Como um ilusionista, bailou sua mão em frente aos olhos cansados da menina.

– Boa noite, senhorita. – Ao término das palavras, estalou os dedos, e quando menos esperava, o sono que a consumiu era extremo, fazendo as pálpebras caírem rapidamente, não demorando a aprofundar seu sono.

Era magnífico como conseguia enfim descansar, já se contavam 3 minutos depois do pequeno ato que Monochrome havia feito, e nenhum pesadelo se quer ousava entrar em seu estado de inércia, já havia esquecido como era a sensação de dormir.

Agora, ainda na beira da cama estava sentado o loiro, observando o pote que permanecia no criado mudo, que momentaneamente se enchia de pequenas estrelas deformadas, em representação aos pesadelos que tentavam adentrar o sono da garota. Estalou os dedos novamente e na escrivaninha no quarto, aparecia um prato e uma xícara, juntamente com o talher. Levantou-se da cama, recolhendo o pote após ter parado de aparecer às estrelas, retirou a tampa e jogou todo o conteúdo no prato, sentando-se na cadeira, pegava o garfo e a faca, começando a cortar o pedaço de uma, fazendo sair dali um líquido amarronzado, furou com o garfo um dos pedaços, acolhendo agora em sua boca, em um mastigado educado. A xícara fluía uma fumaça lilás, que não atrapalhava quando o mesmo iria dar umas goladas no líquido que o satisfazia. Assim acorreu com o resto da “refeição”. Ao termino, limpou a boca com o guardanapo, desviando o olhar para a garota que dormia tranquilamente, seu trabalho foi um sucesso, visualizou o céu, chutando as horas pela cor que estava.

Eram exatamente 04h00min da madrugada, e seu trabalho ali havia terminado, levantou-se da escrivaninha, e os objetos utilizados por ele desapareciam junto. Com um sorriso de canto, fitou uma última vez sua cliente, os pesadelos horríveis haviam o deixado satisfeito. Era a maior quantidade de pesadelos que havia comido em uma só noite, de um só usuário.

Recolheu sua bengala, encostada na parede, e pulou por fim a janela semiaberta, desaparecendo na escuridão da madrugada. Nunca falhara em trabalho algum, agora tinha certeza.

Depois de uma tranquila noite de sono, a jovem acordou, realmente foi uma noite confortável, por isso, dormiu mais que as pessoas de sua casa. Bocejou e seguiu aos seus afazeres, até perceber o pequeno bilhete que estava depositado em sua escrivaninha, com uma caligrafia bonita e legível, recitou mentalmente:

“Trabalho concluído espera que tenha gostado de sua noite limpa, mas o efeito dura apenas uma noite, porém, pode chamar-me a hora que quiser, ainda estou grato em ajuda-la, garota”.

– “Monochrome.”

Então foi aí que se lembrou do sujeito de orelhas estranhas, que a fizera prometerem algo. Suspirou cabisbaixa, mas feliz por ele realmente ter cumprido com o trato. Mas o que ele queria em troca? Ou será que é algum tipo de “herói” que ajudamos necessitados? Essas perguntas rondavam sua cabeça durante todo o dia, pensando se realmente iria vê-lo novamente.


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Notas finais do capítulo

Preciso de opiniões do que o Baku-kun pode fazer com a ''Miku'' na noite seguinte. ç-ç
Me ajudem T3T/