Puro Veneno escrita por Queen K


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, esse capítulo está melhor que o anterior, ao menos na minha opinião. Eu gostei dele. Bom, espero que vocês também gostem.

Boa leitura..



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Acordei em uma cama de puro algodão. Encontrava-me em um dos mais caros apartamentos de Manhattan. Eu estava na cobertura com certeza, é muito dele ter o céu só pra si.

Observei todo o quarto e me dei conta de que não estava tendo um dos piores pesadelos da minha vida, mas que estava vivendo-o.

Refiz os fatos em minha mente e pude ter a certeza de que estava mesmo lá, que aquele fato repugnante havia de fato acontecido.

Quando sai da faculdade passei no centro do Brooklyn a fim de comprar roupas novas. Como de costume passei em minha loja favorita, comprei algumas roupas que totalizaram três sacolas. Normalmente voltei pelas mesmas ruas em que havia ido, essas estavam quietas e com pouco movimento. Contudo ao passar por uma viela, dois caras altos e fortes me agarraram, jogaram minhas sacolas ao chão e tamparam minha respiração com um pano umedecido com um liquido entorpecente. Pelo cheiro eu já sabia que em minutos iria apagar. Eles me arrastaram até o fundo da viela e começaram a passar suas mãos nojentas pelo meu corpo. O medo e o ódio me invadiram, comecei a chorar, supliquei, porém eles eram surdos á compaixão.

Tentei empurrar o maior em vão, meu corpo pesava e antes que meus olhos se cessarem pude ver Cameron se aproximar por de trás dos caras.

– Daniel enlouqueceria se soubesse que está em minha cama. – Ele adentra o quarto sorrindo e me tira daquelas lembranças.

Eu sabia que sua brincadeira era uma forma de tentar afastar aquelas lembranças horríveis. Ele era assim.

– Cameron, eles fizeram? – Perguntei olhando para as minhas mãos, eu me sentia suja.

– Não, eu não permitiria. – Respondeu em um tom calmo enquanto se sentava ao pé da cama.

– Que fim você deu a eles?

– O fim que aqueles malditos mereciam.

– Você os matou?

– Não importa.

E na verdade eu não me importava. Voltei o meu olhar para mim e não pude conter o choro.

– Gabbe. – Ele se aproximou, olhou nos meus olhos e me abraçou.

Seu olhar me acalmava. Eu apenas deixei que as lágrimas escorressem por um bom tempo.

– O que estava fazendo lá? Você é louca por andar sozinha naquela parte do Brooklyn. – Indagou ainda me abraçando.

– Eu sempre vou para lá, moro aqui há três anos. E você o que fazia lá?

– Teve sorte de eu estar por lá. Nunca mais ande sozinha naquela parte.

– Nem sei se terei coragem de voltar lá, mas, contudo obrigada Cameron, obrigada mesmo, agora preciso voltar para casa. – Agradeci enquanto me levantava da cama.

– Eu te levo. – Disse ele.

Eu queria negar e dizer que iria sozinha, mas no momento não havia como.

Sai do quarto e encontrei minha bolsa e sacolas na sala.

– Quer tomar alguma coisa? – Perguntou ele.

– Não, tudo que eu quero é ir para casa.

– Tudo bem. – Pegou minhas sacolas e a chave do carro.

Descemos e adentramos no seu luxuoso carro preto, que se encontrava na garagem do prédio.

Enquanto ele dirigia eu pensava em como explicar isso a Daniel, em como começar. Eu sabia que ele não iria reagir bem.

– Cameron, - Ele voltou seu olhar para me ver. – você mantêm contato com os outros?

– Sim, às vezes falo com eles. Por quê?

– Sinto saudades de Ariane.

– Esta está muito bem na Califórnia.


– Quando foi última vez que a viu?

– Há uns anos, mas antes de vir para New York nos falamos por telefone. Ela me pediu para te mandar um abraço em nome dela se te encontrasse.

– Por que New York Cameron?

– Porque me deu vontade.

– Não é só isso.

Ele me sorriu cinicamente.

– É ali Cameron, naquele prédio.

– Ok, então chegamos.

– Sim. Pode estacionar aqui.

Ele estaciona e descemos do carro.

– Mais uma vez, obrigada Cameron. Até mais.

– Não vai me convidar para subir? – Sorri irônico.

Franzo minhas sobrancelhas á ele e saio ignorando sua pergunta.

Chego na entrada do prédio e me viro para ver se ele já havia partido, mas não, ele continuava encostado no carro, sorrindo e me observando. Ele era verdadeira mente lindo.

– Boa tarde senhorita Gabrielle. – Me diz o porteiro. – Há alguém esperando por ti lá em cima.

– Obrigada por avisar. – Me dirijo ao elevador.

Lá em cima Daniel me esperava na porta de meu apartamento.

– Meu Deus! Onde você estava Gabbe?

– É uma longa história, qual eu não tenho vontade de contar. – Sussurrei quase que imperceptivelmente.

– E por que não atendeu minhas ligações?

– Desculpe, esqueci meu celular no silencioso dentro da bolsa.

– Eu fiquei muito preocupado. Pode me contar o que aconteceu?

– Vamos entrar. – Respondi enquanto abria a porta da entrada. A chave tremia em minha mão de nervosismo.

Ao entrar coloquei a bolsa e as sacolas no chão e me sentei.

Daniel se sentou a minha frente, me fitando com sua expressão preocupada.

– Eu sai da faculdade e passei no centro comprar roupas. – Comecei. - Quando eu estava voltando dois caras nojentos me agarraram.

– O que?! – Daniel estava muito nervoso.

– Daniel, você não faz ideia de como foi horrível. – Eu estava chorando apenas por lembrar. - Eles colocaram um pano umedecido com algo que deveria ser clorofórmio em meu rosto, eu estava desmaiando e eles... – Fechei meus olhos, a imagem repugnante voltou. – Passavam a mão pelo meu corpo como se eu não fosse nada, um objeto sem vida, e o pior eu não podia me defender o efeito do clorofórmio foi instantâneo, mas antes de desmaiar, vi Cameron se aproximar.

– Cameron? – Daniel se exaustou.

– Sim, Cameron me salvou.

– Agora ele virou herói?

– A questão não é essa.

– Mas e o que aconteceu depois?

– Daniel você não sabe o como me é difícil ter que pensar nisso. Eu não quero mais falar sobre isso.

– Onde você estava até agora? Com Cameron?

– Daniel, por favor.

– Mas e Cameron?

– Ele ao menos entendeu que eu não quero falar sobre isso. – Me retiro.

– Gabbe, me desculpe. – Daniel vai atrás de mim.

– Tudo bem, eu vou tomar um banho. – entro no quarto.

Eu entendia o porquê de tantas perguntas, Daniel estava muito preocupado, também quem não ficaria? Sei que fui áspera com ele, eu não queria, mas o quanto menos esse assunto for comentado melhor, é horrível ter que relembra-lo.


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Notas finais do capítulo

Opiniões?

Há, esqueci de dizer que quando comecei a fazer essa fic eu não tinha lido êxtase ainda, então os conceitos daquele livro não se adéquam a essa história, até porque são poucos os conceitos reais da série que uso aqui, pois minha ideia é de mundo-alternativo. Por isso mudo de acordo com minha imaginação.
Há to terminando de ler êxtase agora, a pouco tempo consegui o livro, achei-o meio obvio.



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