Puro Veneno escrita por Queen K


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Não sei, fiquei com a impressão de que faltou algo nesse capítulo e que não ficou muito bom, mas ai está.

Boa leitura..



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Eu havia me transformado em uma humana, de fato.  Não que eu não gostasse dessa vida calma, sem toda guerra entre céu e inferno, mas não consigo me lembrar de quando foi á última vez em que liberei minhas asas e isso é apenas uma das coisas que me incomodam. Não tenho nado contra o estilo de vida de Daniel, só acho que não deveríamos nos negar vivendo como outros seres. No começo foi legal, mas agora não consigo me adequar a essa vida humana, sou um anjo e sinto faltar de viver como um.

Muita coisa mudou desde a última batalha. Todos se foram por si próprios, apenas sobrou eu e Daniel. Vivemos em New York há três anos, temos uma vida calma e mundana, longe de qualquer preocupação. Seguimos como se a existência fosse isso: rodar de país em país a cada cinco anos para que não percebam que não envelhecemos; fingir e oprimir vontades; vestir máscaras humanas para que não desconfiem; se prender em mundos de mentira. Talvez eu esteja exagerando, sei que concordei e que gosto de algumas coisas relacionadas a este modo de vida, pois o que um anjo pode fazer em um mundo que não é dele, a não ser se contentar em não ser mais ele?

- Bom dia Gabbe.

Daniel entra na minha cozinha apenas com sua samba canção preta. Ele havia dormido no meu apartamento e eu estava sentada a mesa, lendo o jornal. Eu adorava ver seus olhos cinza me encarando com aquela sua cara sonolenta.

- Gabrielle Givens, como pode ficar mais linda a cada dia? – Daniel senta em seu lugar na mesa me olhando com um sorriso bobo.

- Bom dia Daniel. – fecho o jornal. – vejo que acordou com bom humor hoje. – levanto e o beijo.

- Onde vai?

- Me arrumar para ir á faculdade.

- Mas já?

- Sim. E você também precisa ir cedo para a faculdade.

- Tá ok. Só tomarei café e depois irei para casa, de lá direto para faculdade.

- Anime-se é seu último ano.

- Já tive outros últimos anos na faculdade. – Comenta sem empolgação.

- Quem manda está sempre jovem e lindo?

- fazer o que se não envelheço. – Sorri. – Gabbe, se for rápida te levo até a faculdade.

- Não precisa, fica só a alguns metros, posso ir sozinha e também odeio me arrumar com pressa.

#

Eu estava caminhando até a faculdade, 6h e 30min da manhã e o sol já brilhava forte, porém a manhã estava calma e fresca pelos ventos que vinham do sul.

- Gabrielle Givens?

Me virei e não acreditei no que vi.

- C-Cam?

- Ainda se lembra de mim?

Estava sorrindo, seu cabelo negro estava bagunçado e seus olhos verdes eram inconfundíveis. Vestia um jeans de lavagem escura e uma camiseta de malha fina vermelha. Sorriu da mesma forma como em quando percebe que meus olhos se demoram nele.

- Não seja tolo. – Parei de o observar. – O que faz aqui?

- Estou aproveitando a manhã para correr.

- Correr com essas roupas? – Arqueio a sobrancelha e faço uma pausa. - Mas não estou falando daqui Cameron, você sabe que estou falando de New York, não se faça de desentendido.

- Entendi desde o começo.

- Então responda.

- Está feliz em me ver?

- Não seja ridículo Cameron. – Esbravejo.

- Já morei em todos os lugares do mundo, agora chegou a hora de New York. – Finalmente responde. - Você sabia que já morrei no Caribe?

- Cameron, não estou a fim de saber sobre a sua vida. Tenho que ir para a faculdade, com licença. – Me retiro.

- Até mais Gabbe, mande um oi para Daniel. – Gritou ele lá de trás.

Não acreditei que Cameron estava mesmo lá. Eu precisava de mais tempo, mais tempo longe dele.

Mais tarde quando contei o acontecido a Daniel ele pareceu não se importar.

- Você estava certa á um mês a trás, quando pensou tê-lo visto.

- Provavelmente. – Levei o copo de água á boca e em seguida me dirigi á cozinha.

Pousei o copo na pia e caminhei até a sala do apartamento de Daniel. Me  sentei no sofá a sua frente.

- Ele te mandou um oi.

- Completo de ironias. – Pensou alto. – Bem dele.

- Uma de suas principais características. Tudo para o Cameron tem duplo sentido.

- Olha, contudo que ele não se intrometa em nossas vidas e que, mantenha distância não me importo com sua morada em New York.

- E eu só espero que ele mantenha distância. – Comentei, enquanto minha mente voltava para o sorriso que Cameron mantinha no rosto enquanto falava comigo. Seus belos olhos verdes eram o reflexo de seu veneno. 


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Notas finais do capítulo

Alguém gostou?

Se tiver erro desculpem, não tive tempo de rever direito.



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