Quatro Elementos: O Começo escrita por Amanda Ferreira


Capítulo 23
Sugestões


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, ando meio ocupada.
Espero que gostem!



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Felipe

Ele falava e eu realmente não estava muito interessado, a cara dele já mostrava que ele não tinha se simpatizado comigo e eu também não gostei muito dele. Vi que ele tentava me convencer de todas as formas e eu estava começando a ficar entediado, ate ele me dizer algo que me chamou atenção.

- Você não vai precisar se preocupar se tem alguém aqui fora atrás de você, vamos te ajudar e vai ficar tudo certo!

Eu me senti no passado naquele momento, em que um dia uma pessoa me disse a mesma coisa...

“Entre as árvores eu vi ela sair. Tinha os cabelos pretos caindo ate a cintura e era pálida, parecia estar com fome, mais mesmo assim era linda eu diria perfeita. Ela se aproximou de mim e estendeu a mão para que eu me levantasse, olhei confuso e peguei sua mão e ela sorriu, falou com uma voz doce e delicada:

- Não precisa se preocupar, vou te ajudar, vai ficar tudo certo!

- Quem é você? - perguntei ainda confuso e olhando seu rosto perfeito. Ela estava com umacamiseta clara e uma calça jeans que em alguns lugares estava rasgada. Era a primeira pessoa naquela maldita ilha que não tentou me matar e estava sendo gentil. Por um mínimo de segundo eu tive medo de ela estivesse mentindo mas por outro lado seus olhos me diziam outra coisa.

- Meu nome é Jennifer!”

Estremeci ao lembrar do nome, eu realmente não queria que tudo se repetisse, e mesmo que eu quisesse eu não conseguia confiar, tinha medo e eu sabia que estava sozinho nessa droga de mundo e não conseguia entender o porque de agora alguém aparecer e falar que quer me ajudar.

O garoto de olhos avermelhados e esquisito me encarava esperando minha resposta.

- Eu agradeço, mais eu não posso é tudo muito difícil e não dá para sair correndo daqui, entende? - falei tentando ser educado.

- Eu entendo, mais sei que lá você vai ficar bem, também fiquei desconfiado no começo mais tudo mudou quando eu dei uma chance e então eu peço pelo menos uma visita! Pode fazer uma visita conosco?

Eu pensei bem antes de responder e acho que uma visita não faria nenhum mal e seria ate bom para  que eu realmente acreditasse neles ou o contrário eu ia fazer uma bela de uma bagunça...

- Acho que só uma visita não tem nenhum problema! - respondi com um sorriso leve.

- Já é um bom começo! - ele sorriu também e já ia saindo para abria a porta e falar com os outros.

- Henrique... - ele se virou. - Obrigado!

- Obrigado por ter me ouvido! - ele parecia sincero.

Ele falou com os outros que ficaram felizes. Eles iam esperar eu me arrumar então foram para praça ali perto. Não demorei muito, vesti uma roupa qualquer e por um momento eu me senti arrependido e agora já era tarde demais, o garoto tinha me convencido e eu não podia deixa-los esperando eu tinha que ser corajoso e pelo menos um pouco de vergonha tinha sobrado na minha cara. Me senti de novo no passado, a confiança demais nas pessoas que agora me faltava e as lembranças hoje vinham a tona:

“ Eu não me cansava de olhar para ela e admirar sua beleza, eu estava perdido e não conseguia mais me encontrar, mais mesmo assim me sentia tão completo e feliz.

- Amanhã mesmo nós vamos embora, vamos sair daqui meu amor, tudo vai ficar bem! - ela falou com sua voz doce.

- Tudo vai ficar bem! - eu repeti suas palavras e toquei seu rosto e ela me deu um beijo frio mais tão doce e que me fazia perder o foco.

- Eu te amo Felipe!

- Eu te amo Jenny! - ela sorriu satisfeita e nossos lábios se juntaram de novo."

Eu não conseguia entender porque fui tão idiota e estúpido, como fiquei cego, mais nunca se repetiria, eu não ia deixar, não mais. Porque de uma coisa eu sabia, o amor não faz bem, ele só causa dor, uma dor que não se cura e que continua dentro de você para sempre e era assim que eu me sentia, com um buraco aberto no peito e que nunca mais se fecharia.

Concentrei meus pensamentos na minha saída e peguei uma jaqueta e sai em direção a praça. Eles estavam lá sentados num banco. Parei para olhar, pareciam sinceros. O João segurava a mão da Claudia e eles se olhavam como se fossem um presente um do outro, estavam felizes. O Henrique me olhou e acenou,andei devagar e fui ate eles:

- Pensei que já tinha desistido! - ele falou irônico.

- Eu não desisto muito fácil das coisas! - afirmei.

- Que bom Felipe, pessoas persistentes sempre vão para frente! - O João falou com sua voz calma.

- É o que eu espero! - falei.

- Então vamos? - a Claudia falou com um sorriso.

Nos dirigimos ate um Pálio não muito chamativo, entramos eu e o garoto atrás e parecia ser um lugar meio longe dali e minha mente vagou nas lembranças de novo:

“- Eu disse que tudo daria certo amor! E aqui estamos nos, de volta a cidade! - sua voz saia feliz e eu olhei em volta vendo como tudo tinha mudado.

- Finalmente! Longe daquela droga de ilha! - falei admirado com tudo.

- Agora as coisas vão ficar certas, cada qual no seu devido lugar! - eu sorri com sus palavras, eu queria mesmo ficar com ela, ali para sempre, sem pensar em mais nada.

- É, tudo em seu devido lugar! - concordei e ela me abraçou e eu senti seu cheiro doce e meu coração se acelerar só por ter ela tão perto de mim e agora para sempre!”

Minha mente vagava em lembranças que eu queria esquecer, queria deletar tudo e fingir que nunca tinha acontecido nada disso. Mas eu tinha que admitir que tudo aquilo fazia parte do meu passado, algo que eu queria que não tivesse acontecido.

Quando se esta sozinho você acaba pensando ate demais, em coisas idiotas que você já fez, ou ate mesmo que você faz...


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Notas finais do capítulo

Ainda hoje mais dois capítulos.



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