A Chave Do Segredo - Dark Mystery escrita por Cristina Abreu


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Heeeey! Novamente eu tô postando de sábado, né?? Acho que esse vai acabar sendo o dia da postagem, porque de sexta ta sendo impossível!
Ah, miiiiil desculpas por ainda não ter respondidos os reviews! Não entrei no pc essa semana... Tava em provas e depois recebi algumas das minhas notas... Já tive 2 vermelhas... Ai, que booooosta! Antes de entrar nessa porr* de escola, nunca tinha tido sequer uma! AHHHHHHHH!
Ok, Cris. Controle-se.
Acho que hoje mesmo eu vou responder, ok?! Não me matem!!! E nem deixem de deixá-los!

Bem... Se não me engano, eu corrigi esse capítulo, mas como sou burra, ainda pode ter erros. Não hesitem em me chamar a atenção para eles, certo?
Boa leitura!



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Capítulo 4


Londres, Inglaterra.



Dias atuais.


Derek.


Ele estava confuso. Não acreditava no que fizera há pouco. Fora imprudente, imbecil e idiota. Nunca deveria ter falado com a menina, nunca devia ter se apresentado e muito menos tê-la seguido até aquela festa.

E muito menos deveria ter continuado a segui-la.

Derek viu a menina tropeçando – ainda bêbada, mesmo que ele tenha tentado dissipar o efeito da bebida -, mas chegando sem nenhum arranhão a festa, que ainda estava agitada, com corpos de estudantes se balançando ao ritmo pulsante da música.

Lauren franziu a testa e esquadrinhou o local, em busca de alguém. Talvez fosse de sua melhor amiga. Talvez fosse de Cameron. Contraiu seus músculos ao pensar no último nome. Mas bem, Megan e o garoto idiota estavam juntos, conversando. Quer dizer, Megan gritava.

— Como assim, sumiu? - gritava ela. - Ela não pôde ter sumido do nada! Eu vi vocês dois discutindo... Ah! Onde ela se meteu?!

— Eu não sei! Depois que eu a beijei, ela simplesmente seguiu para a floresta...

— Para a floresta? Bêbada como ela estava? - ela ficou mais furiosa. - Como você permitiu, seu idiota?

— Eu... - ia falando Cameron, mas Lauren o cortou, aproximando-se.

— Estou bem, não se preocupe, Megan.

— Lauren! - o rosto dela ficou aliviado, mas depois ficou novamente raivoso. - Onde, diabos, se meteu?!

— Estava na floresta... – a amada ia dizendo, mas estacou. O que ela diria? Que se encontrara com um garoto misterioso, que não falava nada com nada? Um louco que afirmava que nasceram um para o outro? Óbvio que não. Derek sorriu.

— Eu só precisava espairecer. - apressou-se em dizer.

— Na floresta? Não tinha um lugar um pouco mais sombrio, perigoso e afastado? - Meg revirou os olhos. - Pelo menos, podia ter me avisado.

— Desculpe. – falou e novamente vasculhou com os olhos ao local. Estaria ela atrás do garoto? Mas só encontrou Cameron, que a fitava intensamente. Corou e desviou o olhar.

— Megan, vamos embora? – perguntou, claramente querendo sair de lá o mais rápido possível.

Derek respirou fundo e apoiou-se em um tronco de árvore, perto do caminho que levava a floresta. Estava cansado mentalmente e queria poder acabar tudo de uma vez logo, mas teria que esperar até amanhã.

— E quem é que vai nos levar? - Megan arqueou as sobrancelhas. - Você está bêbada...

— Não estou. O efeito já se esvaiu. – Laury suspirou. – Estou bem.

— Nunca se esvai tão rápido. - Megan era cética. - Foi imprudente de sua parte beber tanto...

— Sem nenhuma repreensão. – a voz de Lauren estava cansada e denotava tédio.

— Tudo bem, mas com você não vou. – Megan disse, revirando os olhos.

— Eu as levo para suas casas. - falou Cameron pela primeira vez desde que Lauren voltou.

— Hein? Não, nem pensar. – a menina disse. - Além do mais, como vai voltar depois?

— Pego um táxi. - ele deu de ombros. - Minha casa não é longe da sua, posso até ir andando.

— Ótimo, aceitamos! - Megan falou.

Lauren a fuzilou com aqueles enormes olhos castanhos, brilhantes e que revelavam sua alma. Derek pôde enxergá-los mesmo no escuro. Aquela garota confusa era sua fonte de luz.

Balançou a cabeça e os seguiu até o estacionamento. Laury pegou sua bolsa e atirou a chave do seu carro para Cameron, que a pegou no ar. Megan entrou diretamente no banco traseiro, esticando-se e sua melhor amiga sentou-se ao lado do ex-namorado.

Ex–namorado, Derek afirmou para si mesmo. O carro partiu, com Lauren encostada na janela, de olhos fechados, adormecida. A face de um anjo.

Será que ela morreria amanhã?

***


Em algum local da Inglaterra.



Dias atuais.



A mulher sorriu, satisfeita. Observava tudo sem estar sendo vista e gostava do que estava vendo.



Derek se envolvendo com Lauren? Era tudo o que podia pedir aos Céus. Se existisse um Deus, ela estava o agradecendo por aquela dádiva suprema.


O sorriso era tão amplo que quase não se igualava ao brilho das estrelas. Não se permitia rir, com receio que o som pudesse chegar até o casal que ia se descobrindo. Bem, ao menos Derek ia se descobrindo.

Hm... Era amor o que seu olfato apurado sentia?

Sim. Definitivamente era amor. E pelas duas partes, porque a menininha não poderia resistir por muito tempo. Não depois de conhecer Derek pessoalmente, e ela iria o ver. Em breve. Ela cuidaria disso.

Talvez, não amanhã, mas faltava muito pouco. Muito pouco para o destino ser selado.

***

Londres, Inglaterra.

Dias atuais.

Lauren.

— Lauren? Acorde. - sussurrou uma voz doce em meu ouvido.

Lentamente abri meus olhos, deparando-me com o rosto de Cameron perto do meu. Tão próxima dos seus lábios; se me inclinasse ao menos um pouco, eu os tocaria...

Balancei a cabeça e empurrei Came para trás.

— Onde estamos? - perguntei bocejando. Ele riu suavemente.

— Na sua casa. Já deixei Megan na dela.

Olhei para trás, onde o banco estava vazio.

— Ah. - foi tudo o que consegui responder. Eu estava tão desnorteada...

— Obrigada. - murmurei.

Ele assentiu, sorrindo.

— Se quiser, você pode levar o carro, está tarde para você ir andando e não acho que nenhum táxi virá aqui a esta hora... - eu falei.

— E não vai precisar do seu carro amanhã? - perguntou.

— Não. Vou viajar com meus pais.

— Hum... Eu agradeço. Prometo que amanhã seu carro vai estar bem aqui. - ele disse sorrindo.

— Tudo bem. Vou indo. - eu desatei o cinto de segurança e minha mão paralisou na trava do carro. - Cameron, de verdade, obrigada.

— Disponha, Laury. - ah, aquele sorriso... - Boa noite, durma com os anjos.

Assenti, ainda tentando parar de olhar para sua boca, que tanto chamava a minha...

— Tchau. - falei rapidamente, e saí do carro, antes que eu fizesse alguma coisa que poderia arrepender-me mais tarde.

O ar frio da noite me fez estremecer, mas foi bom para que eu recobrasse um pouco a lucidez. Corri até a varanda da casa, abrindo a porta e entrando. Cameron não saiu do lugar até que eu entrasse, dando a partida logo depois.

Fechei a porta suavemente - tirando os sapatos de saltos - não querendo acordar meus pais. Sabendo que morreria de dor de cabeça pela manhã (não essa não foi a única vez que fiquei bêbada), fui à cozinha e enchi um copo com água. Por fim subi as escadas, entrei no banheiro e peguei dois comprimidos de Tylenol - que engoli juntamente com a água. Deitei na cama, largando meu vestido aos pés dela (consegui tirar com muita dificuldade) e fui dormir só com a roupa de baixo.

Não peguei instantaneamente no sono. Fiquei por algum tempo pensando no tal sujeito desconhecido que tanto me cativara. Estava ansiosa para conhecê-lo e curiosa a seu respeito.

O garoto dissera que me veria amanhã. Só que amanhã minha vida estaria acabada. Que frase que poderiam usar em meu túmulo?

Dormi e não sonhei. Uma última noite de paz.


Acordei com minha mãe me chamando. Gemi e virei-me para o outro lado, colocando o travesseiro em cima da cabeça e rezando para não estar na hora de levantar.



— Lauren! - gritou minha mãe, novamente. - Hora de acordar!


Bufei e atirei o meu travesseiro para longe de mim. Ah, que inferno! Eu tinha que ter chegado tarde ontem! Pelo amor de Deus, eu dormira menos do que cinco horas!

Abri os olhos e fitei o teto que já era iluminado por raios de sol. Suspirei e levantei-me, sentindo tontura ao realizar essa proeza, mas após alguns instantes recuperei o equilíbrio.

Fui para o banheiro e fiz minha higiene matinal, tomando banho e me trocando. Como eu não sabia para onde iríamos, escolhi uma regata azul clara, detalhada. Coloquei uma calça jeans - peça inseparável - de cós baixo e uma sapatilha preta.

Passei um pouco de maquiagem, apenas para retirar as olheiras da noite anterior e dar um brilho em meu rosto.

Olhei-me no espelho, eu poderia dizer que estava razoável. Na última hora, prendi meu cabelo em um coque e desci, indo diretamente para a cozinha, onde meus pais tomavam café da manhã.

— Bom dia. - eu disse.

— Bom dia. - falaram.

O álcool da noite anterior me deixara uma leve dor de cabeça, mas mais nada além disso. Tomei uma xícara de café puro com um pouco de açúcar e peguei um brioche, mastigando-o lentamente.

Comemos em silêncio, até eu perguntar - novamente - para onde iríamos.

— Você não pode esperar mais um pouco? - perguntou mamãe divertida.

Neguei.

— Como vou saber se estou vestida de acordo? - queixei-me.

— Está ótima desse jeito. - falou Carolina.

— Mas eu ainda quero saber...

— Tudo bem... - disse ela. - Vamos para Cambridge.

Parei com o brioche a caminho da boca. Meu queixo escancarou-se.

— Achamos que seria legal, você ver onde poderá estudar no futuro, e onde nós estudamos. - falou papai.

Meu queixo estava caído ainda, e eu estava sem fala. Ainda não podia acreditar que eu iria visitar uma das universidades dos meus sonhos... Eu respirava rápido, só de me imaginar caminhar naquele campus enorme, ou de ir vendo a todos pelo rio, remando e sentindo o vento no meu cabelo...

Não podia acreditar!

— Obrigada! – sorri. – Nem sei como agradecer...

— Que tal não chegando tão tarde quanto ontem? – minha mãe arqueou as sobrancelhas e eu corei.

— Desculpe. – sussurrei e ouvi um miado.

Olhei para baixo e avistei Brooke. Sorri. Ela veio até a mim e pulou no meu colo, quase derramando meu café em minha blusa. Ela miou de novo.

— Vou sair, mas volto logo. – acariciei-a e ignorei seus miados.

Pouco tempo depois, já estávamos no carro, onde eu não podia ouvir os lamentos de Brooke, tentando me avisar, em vão, que algo muito ruim se aproximava. Minha morte.


O vento bagunçava meus cabelos, e o sol me aquecia.



Estava ansiosa para chegar logo ao meu destino, mas ainda faltava um pouco mais de uma hora.


Os fones de ouvido me envolviam com a música que deles saíam, e eu cantava baixo, desafinada, mas feliz. Meus pais conversavam, também animados. Os olhos dos dois brilhavam também, afinal, era o sonho deles me verem em Cambridge. E era meu próprio sonho também.

O tráfego agora estava mais rápido, deixando a estrada mais livre, então meu pai acelerou. Árvores margeavam a estrada, formando uma grande muralha verde, passando muito rápido por nós.

Papai olhou para mim, pelo retrovisor, sorrindo.

— Ansiosa? – perguntou-me. Bem, eu podia dizer que ele estava, com certeza.

— Sim. Muito. – suspirei. Sorri para os dois, que se viraram, também felizes.

E foi assim que aconteceu, tendo essa última cena de alegria. Só tivemos tempo de ouvir um caminhão buzinando, depois tudo foi confuso.


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Notas finais do capítulo

Então, Apple Pies?! Gostaram?? Eu sei que ficou pequeno e que quase não teve nada, mas ele foi necessário para ser um capítulo de transição. Prometo que o próximo ficou mais legal, pelo menos, na minha opinião.
Ah... E eu fiz um blog! "Pra quê?" Também não sei, mas eu fiz. Até que ficou bonitinho...
Querem dar uma olhada? *faz carinha do gato do Shrek": http://365diasnaminhavida.blogspot.com.br/
Enfim... Até os reviews, amores! Prometo que vou respondê-los o mais rápido possível.
Beeeeeeijos :*