A Minha Vida Em Mystic Falls - Season 3 escrita por AnaTheresaC


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas, as fanfics saíram finalmente do hiatus e eu estou finalmente de férias!
Olhem, eu sei que foi muito chato estar dois meses sem capítulos novos para ler, mas ainda bem, porque eu estudei tanto tanto tanto que não escrevi uma única palavra! Nesta última semana só tenho pegado nas fanfics e feito reviews de TVD, enquanto estava a estudar para os exames não tive tempo nenhum! Eu chegava a estudar oito horas História! Ainda bem que a High School já acabou para mim! hahaha
Bom capítulo!



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Capítulo 6

POV Demi Gilbert

-A qualquer hora, Rebekah – disse Klaus e eu olhei para ele, arqueando uma das minhas sobrancelhas. – Ela está a ser dramática.

-Sim, claro – revirei os olhos e ele suspirou alto.

-Porque não me contas o que raios se está a passar aqui? Obviamente queres-me aqui por um motivo, certo?

-Bem, tu tens muito talentos úteis.

-Sim – concordou Stefan baixinho e eu afastei-me dos dois, começando a andar de um lado para o outro no corredor.

-De facto, eu aprendi um dos meus truques favoritos contigo – falou Klaus e eu prestei atenção ao que eles estavam a falar. – Liam Grant, lembras-te? Obrigaste-o a beber sangue da sua esposa.

-Ew, que nojo! – exclamei e depois notei que eles se tinham esquecido de mim por momentos. Olharam para mim, surpreendidos.

-Eu virei o teu fã Nº1 – comentou Klaus e passou por mim, lançando-me um olhar repreendedor.

-E porque deveria de acreditar nisso? – eles começaram a andar e eu comecei segui-os, mas um pouco mais à distância.

Klaus parou perto do segurança e começou a hipnotizá-lo:

-Quando ela acordar diz-lhe que é para se encontrar connosco no bar da Gloria e depois dá-lhe a tua carótida e deixa-a alimentar-se até morreres.

Certo, eu já estava mais do que habituada às ameaças e hipnoses de Klaus, mas cada vez que ele fazia isso, era mais um peso na minha consciência. Eu tentava não reclamar, aliás, eles até eram brandos quando eu estava presente nas sessões de tortura, mas por vezes, como aquela, eu era obrigada a assistir e a culpa assolava-me.

-Onde vamos? – perguntei.

-Stefan acha que estou a mentir-lhe, por isso, vou mostrar-lhe que ele me confiou um dos seus maiores segredos: vamos ao antigo apartamento dele.

POV Elena Gilbert

Já estava escuro, mas eu continuava a ler o diário do Stefan.

Abri, 1922.

Lexi encontrou-me ontem à noite, eu estava descontrolado. Ela quer-me fazer sentir outra vez.

Virei duas páginas.

Junho, 1924

Lexi está a deixar-me doido. Mais sangue de animal. Mais miséria.

Mais algumas páginas para a frente e notei o salto do tempo.

1935

O desejo ainda está lá, mas estou a melhorar.

Lexi está a trabalhar no seu próximo projeto: fazer-me rir.

Não resisti em não sorrir. Até podia ouvir a meia gargalhada de desespero e brincadeira de Stefan.

Fechei o diário e fiquei a pensar nisso.

-Bem-vindo a casa, Stefan – a voz de Klaus soou ao fundo do corredor e num instante eu não soube o que fazer.

Mas passou logo, eu tinha que agir. Peguei nas minhas coisas e apaguei a pequena luz do candeeiro, que sabe-se lá como é que ainda funcionava, e entrei no esconderijo que Damon me tinha mostrado anteriormente. Fiquei muito quieta e então ouvi a porta abrir-se.

-Sentes isto? Está aqui alguém? – perguntou Klaus e eu coloquei a mão por cima da boca para ele não ouvir a minha respiração.

-Está vazia há décadas. As pessoas devem de vir para aqui o tempo todo.

-Porque nos trouxeste para aqui? – perguntou uma voz feminina conhecida. Demasiado conhecida. Demi? Seria possível? Demi estava com Klaus e Stefan? Como?

-O amigo do Stefan, Liam Grant… Eu nunca percebi porque querias o nome dele e aí tu contaste-me o teu pequeno segredo. Fazia tudo parte do teu ritual especial – até podia sentir que ele se tinha virado para Stefan.

Olhei para a lista de nomes que havia na parede e ali estava: Liam Grant.

-Apontar o nome.

-E reviver a morte. Uma e outra vez.

A porta abriu-se e eu encolhi-me, tentando não respirar.

-Acreditas em mim agora? – indagou Klaus.

A cabeça de Stefan espreitou e os nossos olhares encontraram-se. Eu queria dizer-lhe tantas coisas, trazê-lo para casa, dizer-lhe que estivemos este tempo todo à sua procura e que eu nunca tinha desistido dele. Que o iria levar para casa.

Eu podia ver que ele também estava emocionado por me encontrar, apesar de o seu rosto estar a tentar disfarçar.

-Olha o que eu encontrei.

Ia começar a falar. Não! Não, ele não podia fazer isso! Klaus não podia saber que eu estava viva, ele iria matar-me e depois matá-lo!

Ele esticou a mão e pegou numa garrafa. Saiu do fundo falso da estante.

-1918. Puro malte. O meu favorito – falou Klaus. – Vamos encontrar alguém para dividi-lo.

-Podem dividi-lo comigo – sugeriu Demi. Sim, agora eu tinha a certeza absoluta que era a minha meia-irmã.

Stefan fechou a porta, deixando-me sozinha. Respirei fundo, aliviada.

-Sweetheart, ainda és menor – justificou Klaus, agora numa voz mais abafada porque eu já não tinha acesso à sala.

POV Stefan Salvatore

Tínhamos voltado ao bar da Gloria e estávamos a beber cerveja, enquanto Demi estava ao lado de Klaus a beber uma coca-cola.

-O que há contigo? Pensei que Chicago fosse o teu recreio – disse ele.

-Então foi por isso que me pediste para ser teu parceiro? Porque tu gostavas da maneira como eu torturava pessoas inocentes?

-Isso é certamente metade.

-E qual é a outra metade?

-A outra metade, Stefan, é que tu costumavas ser o meu braço direito – respondeu ele, enquanto servia dois copos de shots. – Nós éramos melhores amigos, irmãos. À amizade – elevou o seu copo de shot cheio e eu choquei o meu copo com o dele. Ele bebeu tudo de um trago, tal como eu.

-Estou confuso – disse enquanto Klaus enchia o copo de shot de novo. – Já que éramos melhores amigos, porque é que só soube que tu eras um híbrido sacana quando sacrificaste a minha namorada num altar de fogo?

-As coisa boas têm que acabar – falou num tom frio. – Rebekah e eu tivemos que ir embora. Estava na altura de nos mudarmos.

-Compeliste-me a esquecer – deduzi, sentindo uma fúria iminente.

-Era hora de eu e Rebekah seguirmos em frente – disse ele. – Melhor ter um passado limpo.

-Mas porquê? –quis saber e foi então que comecei a juntar os pontos. Eu conhecia uma pessoa que estava constantemente a mudar de lugar porque tinha que fugir: Katherine. – Não precisarias de cobrir os teus rastros, a não ser… que estivesses a fugir de alguém.

-A hora das histórias acabou – disse ele, mal-humorado.

Desviei o olhar, notando a presença de alguém familiar: era Damon. Ele inclinou a cabeça para o lado e desapareceu logo de seguida.

-Preciso de outra bebida. Uma real – falei e ele abanou a mão, dispensando-me, ainda preso nas memórias dos Anos 20.

POV Demi Gilbert

-Vejo que já abriram as portas para a ralé – comentou Klaus, despertando-me do transe em que estava metida, lembrando-me dos meus amigos de NY e do quanto eu tinha mudado desde que me tinha mudado para Mystic Falls.

-Oh, querido, já me chamaram pior.

Virei a cabeça no segundo a seguir. Os nossos olhos encontraram-se e vi que o choque dele era tão grande como o meu.

-D-Demi – gaguejou ele, mexendo-se na cadeira, desconfortável.

Os meus olhos encheram-se de lágrimas. O seu rosto, os seus olhos azuis profundos, a sua voz… eu tinha sentido tanto a falta daquilo que só naquele momento é que tinha notado. Todos os esforços para tentar esquecê-lo desmoronaram-se naquele momento.

-E aqui estão os amantes condenados – comentou Klaus e olhou para mim. – Vai apanhar ar. Damon e eu temos alguns assuntos a tratar.

Levantei-me imediatamente seguindo as ordens de Klaus.

-Demi – a voz de Damon soou mais segura e segurou-me o braço. – O que estás aqui a fazer? Logo com ele?

As lágrimas começaram a correr pelo meu rosto, mas nem por isso desviei o meu olhar do dele. Eu estava magoada e ele nem sabia o que tinha feito. Não sabia o quanto me tinha magoado. Claro que não, ele não sabia que eu tinha visto o beijo.

-Não tens nada a ver com isso.

Magoei-o. Soube isso naquele preciso momento quando o seu olhar entristeceu e cerrou os dentes.

-Vamos para casa.

-Não – afirmei, tentando desprender-me do seu toque, mas a mão dele era firme. – Larga-me.

-Não – disse. – És assim tão burra para estares com Klaus? Logo com Klaus?!

-O teu irmão também está com ele e Stefan não é burro.

-Não, ele é um Estripador maluco.

Falávamos rápido, atirando palavras um ao outro. Palavras que nos estavam a magoar mutuamente. Não sabia quanto mais tempo iria aguentar perto dele. Toda a dor, toda a tristeza iriam acabar comigo.

Klaus colocou uma mão na de Damon, que me estava a segurar o braço.

-Tu não desistes, pois não?

-Não te metas nisto, Klaus – ameaçou Damon e no segundo a seguir Klaus tinha levado a sua mão livre ao pescoço dele. Damon arquejou, surpreso pela rapidez. Largou-me o braço.

-Vai embora – disse Klaus e eu não pensei duas vezes. Corri dali para fora.

POV Klaus Mikaelson

Ergui Damon acima do chão e espetei-lhe o pauzinho de madeira do chapéu que tinha vindo na bebida. Os seus ossos começaram a estalar.

-Oh querido, o que foi isso? – indaguei, tentando disfarçar a minha alegria em ter alguma diversão. – Eu estou meio bêbado, por isso desculpa-me se eu escapar o teu coração nas primeiras tentativas – espetei-lhe o pauzinho no estômago. – Não, não é aqui – voltei a espetar-lhe o pauzinho, agora no fígado. Damon tentava libertar-se, mas sem sucesso. – Hum, está quase.

-Queres um parceiro no crime? Esquece o Stefan, eu sou muito mais divertido!

Fingi pensar e atirei-o contra uma mesa, que se partiu com o seu peso. Peguei numa perna de uma cadeira e parti-a.

-Não serás mais divertido depois de morto.

Aproximei-me de Damon que ainda permanecia no chão. A estaca improvisada ganhou fogo e eu libertei-a.

-Sério?

-Não no meu bar – argumentou Gloria. – Faz isso lá fora.

Damon tentou levantar-se mas eu empurrei-o para o chão de novo com uma mão.

Não precisas de negociar a liberdade do teu irmão. Quando eu acabar com ele, não irá querer voltar.

-E quanto à Demi? Também estás à espera de a destruir para depois te livrares dela? – Damon estava furioso e eu gargalhei.

-O que te faz pensar que eu a obriguei a vir comigo?

Ele arregalou os olhos e cerrou os dentes. Damon sabia que tentar lutar comigo não iria levá-lo a lado nenhum.

-Ela nunca se iria aliar a ti.

-Tens certeza disso?

Deixei a dúvida no ar e saí do bar.

POV Elena Gilbert

-Não devias de estar aqui.

-Onde mais poderia estar? – perguntei enquanto Stefan vinha na minha direção.

-O que queres? Damon não será capaz de distrair o Klaus por muito tempo.

Coloquei uma mão no seu rosto, com a emoção a vir ao de cima.

-Vem para casa – a minha frase saiu tremida, mas eu conseguia distinguir o meu implorar.

Abracei-o e ele encostou o queixo no meu ombro. Ergui a seringa de verbena e preparei-me para a colocar nas suas costas.

Stefan foi muito rápido, afastou-se de mim e pegou no meu pulso com força. Dei um meio grito, surpreendida pela dor. A seringa escapou-se dos meus dedos devido à pouca força que agora tinha na mão.

-Não fui claro? Eu não quero voltar para casa! – exclamou ele e largou-me. – Klaus está obcecado em criar os seus híbridos. No segundo em que ele souber que tu estás viva, descobrirá o motivo por que não está a funcionar!

-Eu sei que estás a tentar proteger-me mas não posso deixar que o faças. Vem comigo, Stefan, por favor.

-E o que esperas que eu faça, Elena? Nada será mais o mesmo.

-Eu sei disso – falei.

-Acho que não sabes. Eu deixei corpos mutilados desde a Flórida até ao Tennessee. Pessoas inocentes. Humanos.

-Lexi encontrou-te assim uma vez, nos Anos 20 e… e ela salvou-te – eu tinha que me agarrar a essa esperança.

-E sabes o que eu fiz depois disso? Passei trinta anos tentando recompor-me. Para um vampiro, isso não é nada, para ti… é metade da tua vida.

-Não posso desistir de ti, Stefan – eu não podia, ele era tudo o que eu tinha.

-Sim, tu podes. Acabou. Essa parte da minha vida acabou. Eu não ver-te, eu não quero estar contigo. Eu só quero que vás embora.

Virou-me as costas e as lágrimas vieram logo de seguida. Agarrei-me ao colar que ele me tinha dado, tinha que me agarrar a algo que simbolizasse tudo o que tínhamos construído juntos.

POV Damon Salvatore

Entrei no carro e eu nem sabia por onde começar. Elena sabia que Demi estava com eles, sabia disso, mas vendo o seu rosto tão desolado não fui capaz de me zangar com ela. Estava agarrada ao colar que Stefan lhe tinha dado e olhava para o nada.

-Estás bem?

-Apenas conduz – murmurou ela.

POV Caroline Forbes

Acabei de beber a segunda bolsa de sangue e entreguei-a à minha mãe.

-Obrigada.

Ela pegou na bolsa vazia e eu deitei-me na cama.

-Querida, o teu pai… - remexi-me na cama, incomodada. – Os nossos parentes, acreditavam em coisas que nos foram ensinadas ao longo das gerações. Fomos ensinados a nunca darmos hipóteses.

-Tu deste.

-Tu ensinaste-me a olhar para as coisas de uma maneira diferente.

-Eu só pensei… que ele iria entender-me.

-Ele irá.

Tyler apareceu na ombreira da porta e a minha mãe levantou-se.

-Mãe? – ela virou-se para mim. – Obrigada por acreditares em mim.

Ela sorriu e depois foi embora.

-Agora seria uma má altura para te dar um sermão sobre saíres de fininho do meu quarto?

Sorri e ele aproximou-se da minha cama. Dei-lhe espaço para ele entrar dentro dos lençóis e depois encostei a minha cabeça ao seu peito.

-Ele odeia-me – murmurei. – O meu pai odeia-me.

Comecei a soluçar e a chorar e Tyler abraçou-me forte.

POV Rebekah Mikaelson

-Rebekah! – exclamou Niklaus quando chegou perto do meu caixão. – É o teu irmão mais velho. Aparece, aparece, onde quer que estejas.

Espetei-lhe a adaga no coração e ele arfou.

-Vai para o inferno, Nik!

Mas a adaga não o matava nem o imobilizava. Ele tirou a adaga e atirou-a ao chão.

-Não faças beicinho. Sabias que não me ia matar.

-Não, mas esperei que doesse mais.

-Sei que estás chateada, Rebekah – falou Niklaus, andando atrás de mim. – Por isso, deixarei passar esta, só desta vez. Trouxe uma oferta de paz. Podes entrar!

Stefan entrou e eu sorri para ele. Estava tão diferente com o cabelo mais espetado e aquelas roupas estranhas.

-Stefan – murmurei, mas ele olhou-me confuso.

Niklaus andou até ele e colocou uma mão no seu ombro.

-Agora, tu lembras-te.

Stefan fechou os olhos e quando voltou a abri-los, vi que me reconhecia.

-Rebekah.

Dei um meio sorriso. Ele começou a caminhar na minha direção, mas Niklaus chamou-o:

-Stefan.

Ele virou-se para o meu irmão e eu percebi que Nik estava a colocar mais memórias na sua mente.

-Lembro-me de ti – murmurou Stefan. – Fomos amigos.

-Nós somos amigos – corrigiu Niklaus e focou-se em mim. – E agora o motivo por estares aqui: Gloria disse-me que sabes como contactar a Bruxa Original.

-A Bruxa Original? – indaguei, com desdém.

-O que tens que a Gloria precisa?

Coloquei a mão no meu pescoço, mas não o encontrei. Olhei para Nik.

-Onde está o meu colar? – perguntei. – O que fizeste com ele? Eu nunca o tiro.

-Não sei, não o toquei – respondeu Niklaus.

-Precisamos de encontrá-lo, Nik – mandei e começámos a falar ao mesmo tempo.

-Diz-me que não é isso que ela precisa.

-Agora, Nik, eu quero-o de volta.

-Diz-me que não é isso que ela precisa, Rebekah! – repetiu Nik gritando comigo e apertando-me os braço com força.

Desenvencilhei-me das suas mãos e revirei o caixão por dentro, procurando pelo meu colar. Não o encontrei, então gritei enquanto atirava o caixão para o chão.

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

Encontro de Demi e Damon O_O quem está chocado?
XOXO, até domingo!



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