Hopeless escrita por Anne Avlis


Capítulo 11
Sua culpa


Notas iniciais do capítulo

Parece que todas as minhas notas começarão com "desculpem a demora". Então: desculpem a demora. Eu gostaria de dizer que vou compensar vocês com um capitulo bem grande e cheio de acontecimentos importantes, mas a verdade é que esse capitulo ficou pequeno, chato e confuso. Mas importante a sua maneira.



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Foi quando o pesadelo começou.

A cena sempre se repetia: o assaltante matando sua mãe. Percy a abraçando e logo depois se afastando, com seu coração na mão, morto. E Annabeth sempre estava sozinha. Sozinha em meio aos corpos. Era nesse momento que ela se enforcava com um lençol de cama. Como na sua primeira tentativa. Tudo parecia borrado. Sem cores. As cena se repetiam infinitamente.

Annabeth acordou. Seus cabelos estavam encharcados de suor, seu corpo todo tremia. Ela sabia que acordara gritando.

Tentando controlar a respiração, ela olhou ao redor, o medo ainda a dominava e ela queria ter certeza de que não havia anda ali.

Mas estava errada.

Annabeth vislumbrou um vulto, mas estava escuro demais para ter certeza. Ela apertou os olhos tentando enxergar no escuro. O vulto se adiantou. Todos os músculos de seu corpo enrijeceram. Sua respiração ficou pesada.

Tinha alguém no quarto.

O vulto deu mais um passo e Annabeth quase pode vê-lo com clareza. A garota reconheceria aquela figura em qualquer lugar. Sua respiração congelou. Seu coração falhou uma batida.

Era o assaltante.

Ele vestia um moletom cinza sujo de sangue, jeans esfarrapado e estava descalço. Sua mão estava fechada em torno de uma arma.

Ele estava ali para terminar o serviço.

Annabeth tentou se levantar. Mas caiu da cama para o chão que estava molhado por algo pegajoso. Ela ergueu a mão e observou o liquido que escorria por seus dedos.

Sangue.

Seus olhos se arregalaram, o coração batia forte. Annabeth recuou contra a parede. Segurando os joelhos. Ela olhou em volta. Havia corpos por todo o lado. Mutilados, quebrados em ângulos estranhos, expressões congeladas de horror. Olhos esbugalhados, bocas escancaradas. Rostos desconhecidos, mas com feições familiares.

A loira não tinha força para gritar, só assistir.

Outro vulto se adiantou. Um vulto vestindo roupas ensangüentadas. Um vulto com cabelos louros e olhos cinza.

Atena Chase.

Não era um sonho. Annabeth tinha certeza. O medo era real demais. Pulsava por suas veias.

Atena Chase olhou para seu próprio peito, onde as balas haviam se alojado.

“Sua culpa” murmurou ela, sua voz era distante. Annabeth chorava.

“Sua culpa” repetiu.

Annabeth soluçou. O assaltante continuava parado, apontando a arma para sua mãe.

O sangue no chão parecia aumentar gradativamente. Assim como as batidas do coração de Annabeth, que parecia querer sair por sua boca. Ela vomitou.

“Sua culpa”

Annabeth tampou os ouvidos, sujando o rosto de sangue. Fechou os olhos com força.

“Sua culpa”

Ela gritou. Tentando abafar o som da voz da mãe. Em vão.

“Sua culpa”

“Mãe! Eu não quero ir embora agora!” embora não tivesse aberto a boca, Annabeth escutou a própria voz, parecendo vir de um fim de um túnel.

“Sua culpa”

“Mas querida, é muito perigoso voltar para casa à noite” Era sua mãe.

“Sua culpa”

“Eu não vou embora agora, deixe-me ficar só mais um pouco? Eu ainda não terminei de ler esse livro”.

“Sua culpa”

O som de uma risada: “Tudo bem, só mais um pouquinho”.

“Sua culpa”

“Obrigada obrigada obrigada obrigada”

“Sua culpa”

“Vamos rápido, querida. Está muito escuro” Estavam indo embora. Annabeth mantinha os olhos fechados. Mas sabia o que viria a seguir.

“Sua culpa”

“Hey você! Não olhe para trás” Era a voz do assaltante.

“Sua culpa”

Annabeth sabia que a mulher havia olhado. Atena Chase havia contrariado a ordem do homem. O estalo de um tiro pareceu sacudir o lugar.

“Sua culpa”

Annabeth finalmente abriu os olhos. Não havia mais nada em seu quarto. Nada além de escuridão.

Minha culpa


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Notas finais do capítulo

Pode parecer um pouco irreal, mas pessoas têm ataques de pânico e alucinações por muito menos. Eu precisava desse capitulo para que vocês soubessem exatamente o que aconteceu.
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