A Filha Da Caçadora escrita por Cássia chan


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bom, como prometido, aí está o segundo capítulo.



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Capítulo 02

— O que você está fazendo aqui? — perguntei, a voz mais alterada do que eu pretendia.

— Vim buscá-la. — respondeu ele simplesmente.

Como assim ele havia ido me buscar? Ele havia desaparecido da minha vida por um ano inteiro. Não podia simplesmente aparecer assim do nada. Quem ele pensava que era? Claro, um vampiro bonitão que havia ficado arrogante demais com o tempo.

— Eu não vou a lugar algum com você, Simon. — disse, com o tom firme na voz.

— Ah você vem sim. — disse ele em seu tom arrogante. — Sua mãe está com problemas.

Isso me fez baixar a guarda. Tirei a mão da lâmina serafim e caminhei na direção de Simon.

— O que aconteceu com a minha mãe? — perguntei com o tom mais controlado que pude. O fato dele estar ali dizendo que algo acontecera com a minha mãe me deixara emocionalmente frágil.

— Eu te explico no caminho. Vem comigo — disse ele puxando-me pelo pulso antes que eu tivesse tempo para protestar.

— Line, o que está acontecendo? — perguntou Cassie, segurando meu outro pulso, impedindo que Simon me levasse dali a força.

Simon era um vampiro, sua força era sobre-humana, Cassie não poderia competir contra ele.

— Eu explico depois, agora eu preciso ir.

Simon me conduziu pela rua e paramos em frente a um Audi preto.

Da ultima vez que eu vira Simon ele não tinha dinheiro nem para as entradas da boate Pandemônio e agora tinha um carro.

— Você tem um carro? — perguntei incrédula. — Desde quando você tem um carro?

— Muita coisa acontece em um ano — falou ele destravando as portas do carro.

Nós entramos e eu coloquei o cinto de segurança. Olhei para ele esperando que ele fizesse o mesmo. Claro que ele não precisava disso, mas poderia levar uma multa.

Simon acelerou, ultrapassando o limite de velocidade em 30 km/h.

— Você está a 90km/h, quando o limite é de apenas 60 — gritei para ele. — Se você não pode morrer eu posso!

— Não temos tempo para leis de trânsito — respondeu ele, com os olhos fixos na estrada a sua frente. — Clary foi seqüestrada e seu pai acha que pode ter sido alguém ligado a Valentim.

O que? Valentim havia sido destruído há anos. Por que, após anos, alguém ligado a Valentim resolveria voltar e ir atrás da minha mãe?

Certo, ela tem algumas doses de sangue angelical a mais em seu corpo, e possui o dom de criar Marcas que ninguém mais pode, mas porque viriam atrás dela? Não seria mais fácil virem atrás de mim?

Meu pai, Jace Wayland e minha mãe Clary Fray, foram algum tipo de experimento para Valentim Morgenstern, que é pai da minha mãe, ou seja, meu avô. Ele adicionou o sangue de um anjo à comida das mães dos meus pais e eles nasceram com alguns dons que nenhum outro ShadowHunter possui. O meu pai a habilidade do próprio anjo, e minha mãe o poder de criar Marcas. Como filha dos dois, eu herdei mais sangue de anjo que a maioria dos filhos de ShadowHunters e possuo os dons de meu pai e de minha mãe.

Meus avós paternos morreram antes mesmo de meu pai ter a oportunidade de conhecê-los. Minha avó, Céline Herondale cortou os pulsos quando estava no oitavo mês de gestação. Valentim salvou meu pai e o criou como seu filho, o que fez meus pais acreditar que eram irmãos quando se conheceram.

Balancei a cabeça para tentar evitar que meus pensamentos fugissem no tempo e me levassem para longe do real problema que estávamos enfrentando agora.

— E o meu pai? — perguntei.

— Ele está bem agora — respondeu Simon. — Ele foi atacado, mas não é nada que uma Marca de cura não resolva.

Uma dor profunda tomou conta do meu peito. Se eu tivesse ficado em casa poderia ter ajudado. Mas seria que teria conseguido impedir que minha mãe fosse sequestrada? Talvez não, mas poderia ter ajudado.

Não havia mais o que discutir com Simon. Ele não iria parar até estarmos em algum lugar seguro. E onde seria esse lugar? Para onde estávamos indo? Alguma coisa dentro de mim me dizia que mesmo se eu perguntasse não iria obter resposta alguma.

Por sorte eu havia levado meus fones de ouvido. Os conectei ao celular e coloquei na música “Psychosocial” de Slipknot. Apenas o Rock poderia me acalmar agora. Coloquei no ultimo volume e me concentrei apenas na letra da musica.

A paisagem que passava pela janela do carro era quase um borrão, mas, ainda assim, eu conseguia reconhecer o local. Passara por ali várias vezes com meus pais.

— Porque estamos indo para a casa da minha avó? — perguntei quase gritando, enquanto tirava os fones do ouvido.

— Ela é a única que pode nos ajudar se for mesmo obra de Valentim — disse ele, sem olhar para mim.

Nisso ele tinha razão. Minha avó, Jocelyn Fray, fora casada com Valentim e pode ter sido a única pessoa que ele amou. Se há alguém que pode conhecê-lo bem, esse alguém é a minha avó.

Simon estacionou o carro em frente ao prédio onde ela mora e rapidamente eu desafivelei o cinto de segurança e saltei do carro. Estava com pressa demais para esperar o elevador. Subi as escadas correndo até chegar ao seu apartamento que ficava no quarto andar.

A porta estava escancarada o que me fez parar abruptamente. Alguém havia chegado ali antes de nós. Alguém não. Era mais provável ser alguma coisa.

Tirei minha lâmina serafim na perna da calça e grite “Nakir!” e esperei a lâmina explodir em uma forte luz que irradiava dela. Eu não sabia onde estava Simon, e não podia esperar por ele.

Entrei no apartamento e me deparei com a sala de estar toda destruída. A estante de livros estava caída e os livros espalhados pelo chão, alguns rasgados. O tapete e a mesa de centro estavam jogados na parede oposta a da sala de entrada e também havia sangue preto demoníaco cobrindo todo o chão da sala.

Atravessei a sala indo em direção ao quarto da minha avó. O cômodo estava tão destruído quanto o que eu entrara anteriormente.

Uma mecha de cabelo ruivo chamou minha atenção. Caminhei até a cama, de onde vinha a mecha ruiva, e encontrei minha avó desmaiada, o corpo coberto de sangue.

Por favor, ainda esteja respirando, clamei silenciosamente enquanto me abaixava para checar sua pulsação e respiração. Ambas estavam fracas.

Tirei minha estela da calça e desenhei uma iratze, marca de cura em seu corpo. Eu não sabia se apenas isso iria resolver, mas essa era a única coisa que eu podia fazer. Sentei-me no chão, apoiando as costas na parede lutando contra as lágrimas que estavam por vir. Não havia nada que eu pudesse fazer a não ser esperar.




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Notas finais do capítulo

Capítulo postado....
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(: