A Filha Da Caçadora escrita por Cássia chan


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, me desculpem. Mas eu estava doente. Pneumonia e acabei ficando muito mal.
Mas enfim, a continuação. E ultimo capítulo.
Não havia mais porque prolongar tanto a história, então vou acabá-la por aqui mesmo.



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Eu me sentia extremamente fraca. O que quer que estivessem injetando em minhas veias não estava surtindo efeito.

Olhei ao redor em busca de algo que trouxesse a minha memória alguma lembrança, mas meus olhos não conseguiam focalizar nada. Eu me sentia tonta e minha visão estava turva.

Eu já estivera naquele lugar alguma vez no passado? Eu não conseguia me lembrar. Não havia nenhum resquício de memória referente ao cômodo no qual eu me encontrava.

Apurei os ouvidos e tentei ouvir algum som vindo do corredor. Eu não ouvia nada. Parecia estar sozinha ali.

Mas o que diabos estava acontecendo?

Arranquei a agulha do meu braço. Esperei alguns segundos até minha visão voltar a focalizar as coisas com clareza.

Eu me encontrava em um cômodo pequeno. Havia apenas um criado mudo e um suporte para o soro que estava sendo injetado em minhas veias. As paredes eram pintadas de branco e o piso tinha uma cerâmica azulada.

Levantei-me e segui até a porta. Eu estava vestida com um vestido branco leve. Girei a maçaneta e me surpreendi ao perceber que a porta se abrira.

O corredor não era longo. Segui por ele e me deparei em uma sala com algumas poltronas e havia copos de chá e pratos com biscoitos vazios em cima de uma mesinha. Havia pessoas ali, e isso não fazia muito tempo.

Mas onde eles estavam agora?

Encontrei uma escada e a subi. Eu estava no subsolo? A escadaria levou-me e outro corredor. Havia apenas uma porta no final dele. Segui até ela. A medida que eu me aproximava, um murmúrio de vozes era audível.

Estava prestes a abrir a porta quando ouvi meu nome ser dito.

— Não podemos mantê-la naquele porão pra sempre — dizia uma voz feminina, e eu percebi se tratar da voz da minha avó. — Uma hora ou outra ela terá que saber o que aconteceu.

— Isso pode acabar com as chances dela de ser uma Shadowhunter — protestou Max.

— E o que você sugere? — disse minha mãe. — Contar a ela a verdade? Isso pode acabar com ela.

— Mas a verdade é a melhor forma de protege-la — disse meu pai, suavemente. — Como ela poderá lutar contra algo que está dentro dela, se nem souber do que se trata?

Do que eles estavam falando? E porque queriam manter segredo de mim? E o que meu pai estava querendo dizer?

Empurrei a porta abruptamente, roubando a atenção de todos para mim. Todos os Shadowhunters do instituto de Nova York estavam ali. Magnus, Simon, Luke  e a família de Maya também. Havia dois outros Shadowhuntes, que eu presumi serem membros da Clave, e um irmão do Silêncio que eu não conhecia.

— O que está acontecendo aqui? — indaguei, nervosa. — E o que vocês estão escondendo de mim?

Todos olhavam para mim, mas não pronunciavam nenhuma palavra. Minha mãe me olhava alarmada. Encarei-a e percebi que sua barriga já começava a aparecer. Da ultima vez que eu a vira, ela estava tão magra quanto eu. Uma realidade alarmante tomou conta de mim.

— Há quanto tempo eu estou desacordada? — perguntei.

— Quase dois meses — respondeu meu pai.

— O que está acontecendo? — perguntei, dessa vez uma suplica.

Não houve resposta. Lágrimas começaram a brotar em meus olhos. A frustração era maior que qualquer outra coisa.

— Uma coisa aconteceu a você quando derrotou Sebastian... — começou a falar Simon.

— E o que foi? — perguntei.

Todos os olhares se voltaram para o Irmão do Silêncio. Olhei para ele, com um pedido não verbalizado em meus olhos.

Há uma parte de Sebastian em você. Ouvi a voz dele em minha mente, e a expressão no rosto dos presentes me certificava de que eu não era a única a ouvi-lo. Você conseguiu derrotar a existência física dele. Mas uma parte da alma dele ficou ligada a sua.

— Nós pensamos que iriamos perde-la — sussurrou minha mãe.

— Mas o seu sangue de Shadowhunter é mais forte. — falou Max, aproximando-se de mim.

— Tem algo que vocês não estão me contando...

Você precisará tomar doses diárias de um remédio para manter a alma do Sebastian fraca, caso contrário, ele poderá tomar o controle e matar a você.

— Qual o efeito colateral? — perguntei, temendo ouvir a resposta.

— O poder Nephilin é anulado... — falou meu pai, com tristeza.

Eu não via isso como uma coisa ruim. Eu sempre quis ser uma humana normal. Uma mundana. Queria ir para a faculdade, me casar e criar meus filhos longe de demônios. Mas agora, eu percebia o quanto gostava de caçar demônios e manter os humanos a salvo.

— Isso significa...? — temi contemplar a pergunta.

— Você não é uma mundana, Line. — disse Max. — E nunca será. Isso significa apenas que você não poderá receber as Marcas.

— O que me tornará uma guerreira fraca — completei por ele.

Eu poderia conviver com aquilo. Facilmente. Afinal eu sempre teria um Shadowhunter para me proteger das sombras.

Max envolveu-me em seus braços e levou-me para um dos quartos do Instituto.

Vesti uma roupa que alguém havia deixado sobre a cama, provavelmente minha mãe. Um short e uma blusa preta com caveiras e calcei um all star. Max estava me esperando do lado de fora.

— Agora está mais a sua cara — disse ele. — Acho que finalmente podemos ter um encontro de verdade.

— Acho que já passou da hora.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, chegamos ao final. O que vocês acharam da história?
Vou começar a postar em um blog uma história interativa que irá seguir ao Max. Contar um pouco mais sobre a história dele e seu nascimento.
Quem quiser acompanhar:
http://storiesfromcassia.blogspot.com.br/2013/07/sinopse-guerra-dos-mundos.html

xoxo