Eu estava completamente assustada não conseguia raciocinar direito, pensava atônita no que causara aquele barulho apavorante, tentei abrir a porta a minha frente para descobrir qual criatura tinha dado um rugido daqueles, mas no momento em que minha mão tremula tocou no trinco Grover me impediu.

-Não você não pode ir lá fora- ele diz sussurando e segurando meu pulso

-Mas eu só quero descobrir o que causou esse barulho- digo respondendo em um tom igual ao seu

-Não, acredite você não quer descobrir. – ele fala em um tom de convicção e solta meu pulso

-Você sabe o que é, não é grover?- eu pergunto, mas ele não responde– É rápido eu vou só... – falo isso, mas a rapha me interrompe.

-Liza, você não vai olhar, eu não sei o que tá lá fora, mas tenho certeza, de o que quer que seja, não tá aqui pra uma conversa amigável- ela disse isso olhando nos meus olhos.

-Tá eu fico aqui- digo isso e vejo que os dois, principalmente Grover, suspiram aliviados- Mas eu quero saber o que está acontecendo, fala logo grover- quando ele ia falar mais um rugido toma conta de nossos ouvidos só que dessa vez acompanhado de uma voz que, pra mim, não era humana

-Sssaiam de onde essstiverem sssemideusessss, vocêsss não vão conssseguir fugir muito menosss ssse  esssconder- disse aquela coisa que deu o rugido- eu sssinto ssseu cheiro, vamosss ver sssão tresss sssemideusss e um sssatiro, terei um jantar farto hoje.

-o que é que essa coisa tá falando , semideuses? Sátiro? Isso é alguma pegadinha? Grover Underwood explica o que é que tá acontecendo e não me venha com essa de que não sabe porque eu sei que você está metido nisso.- assim que termino de dizer percebo que falei  um pouco auto demais e tampo minha boca, mas já é tarde. A porta é aberta, ou melhor arrancada das dobradiças pela criatura, olho para aquilo, mas fico paralisada com o que vejo, esfrego as mãos nos meus olhos para saber se é verdade o que vejo. Uma dracaenae bem ali, na minha frente. Estava muito surpresa e confusa para fazer qualquer movimento de defesa e só volto a mim quando a dracaenae pega meu pé e me joga contra a parede.

-Primeiro eu como você depois ssseusss amigosss, não ssse preocupe hoje estou misssericordiosssa, você terá uma morte rápida- ela fala isso e começa a se aproximar lambendo os lábios e me olhando como se eu fosse um pernil de natal e isso me assustava muito então comecei a me afastando, ainda um pouco zonza por causa da pancada, quando finalmente consigo me levantar começo a correr e percebo que a dracaenae faz a mesma coisa e desesperada tento correr mais rápido, mas não deu muito certo pois ainda estava zonza e de vez em quando sentia que ia cair e diminuía a velocidade mas voltava novamente a correr,  ela ia me pegar se não fosse por um garoto alto de cabelos morenos e olhos muito familiares, ele apareceu do nada e ficou entre mim e a dracaena.

-Ssse você insiste tanto garoto, eu te como primeiro!- ela fala investindo contra o garoto

-Cuidado – eu grito e ele se defende, mas o mais estranho é que ele tinha uma espada. A luta do garoto contra a dracaena estava complicada o garoto investia, mas o monstro se defendia. A essa altura grover e raphaella já estavam comigo vendo se eu estava bem, mas eu estava preocupada com aquele rapaz. Em uma certo momento da batalha o rapaz se desequilibra e cai pra trás jogando sua espada nos meus pés, aquele monstro ia mata-lo se não fizéssemos nada, então lembrei das aulas de kung fu e esgrima que fiz a alguns anos por causa da minha mãe  e  fiz a primeira coisa que me veio a cabeça peguei a espada e corri em direção a dracaena, mesmo nos protestos de meus amigos. Cheguei bem a tempo de impedir que aquela coisa o esmagasse com seu braço, ela ficou surpresa com o que eu fiz e então aprovei a oportunidade e ataquei fazendo com que ela caísse pra trás, cortei uma de suas pernas, se é que aquilo pode ser chamado de perna, fazendo-a gritar de dor, volto minha atenção para o garoto que me olhava pasmo

-como você...- ele começou a falar, mas eu o interrompi

-Não temos tempo pra isso temos que sair daqui, aquilo não vai retarda-la pra sempre- ele assentiu, estendi a mão pra ele quando ia pegá-la gemeu de dor e voltou a colocar a mão na lateral de seu corpo-  o que foi? – perguntei a ele

-Acho que quebrei uma costela- ele me responde

-Grover- assim que olhei-o, ele estava falando com minha professora substituta e de repente ela se transforma em um monstro, fico pasma com aquilo, mas lembro do garoto e volto a mim- Grover ajude aqui ele tá ferido- ele vinha em minha direção mas parou e gritou ”Cuidado”  tarde demais pois já senti a pancada na lateral do meu corpo me lançando em direção a parede do corredor. Fico desnortiada e a tontura volta só que dessa vez mais forte e veio acompanhada de uma falta de ar muito grande. Tentava respirar, mas era como se meus pulmões não quisessem deixar o ar entrar,vejo grover sem suas calças e com pernas de bode o tal garoto que não sei o nome lutando com uma mão e com em cima do ferimento, sento-me e a rapha vem até mim e vejo ela falando comigo mas não escuto sua voz, aos poucos minha respiração volta ao normal e consigo está totalmente consciente, vejo uma faca em sua mão volto meus olhos pra briga e o garoto e grover estão em desvantagem mesmo a dracaena estando ferida. Volto minha atenção para a mão de rapha e para a briga e percebo que o montro está de costas pra mim uma oportunidade perfeita para atacar  quase como um impulso pego a faca de sua mão e corro em direção ao monstro, quando estou próximo dou um salto e cravo a faca nas costas do monstro que se desfaz em pó dourado, caio ajoelhada respirando ofegante. Olho pras pessoas ao meu redor e vejo que todas me olhavam espantadas.

-Como você fez isso Danny?- grover e rapha falam ao mesmo tempo, se fosse outra ocasião teria rido, mas não tinha clima pra isso

-Parece que as aulas de esgrima e kung fu que minha mãe me obrigara a fazer valeram a pena no final das contas- falo olhando pra cada um- Mas afinal alguém pode me explicar o que está acontecendo, porque uma dracaena apareceu aqui, chamou a mim, a rapha e a esse garoto de semideuses, porque minha professora se transformou em algum bicho estranho e porque meu melhor amigo tem pernas de bode?- Pensei na possibilidade de está sonhando, mas aquilo tudo era real de mais pra ser um sonho.

-Haverá muito tempo pra explicações, mas agora temos que ir-disse o garoto com olhos que me eram familiar- ha e a propósito me chamo Percy Jackson – assim que ele disse isso um estrondo tomou conta do corredor e um bicho parecido com um cachorro gigante apareceu das sombras me assustando cada vez mais, Será que são mais problemas?