Boys And Girls escrita por Rogie


Capítulo 12
Capítulo XIII - Chegando ao Fim (Parte II)


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora GERAL, gente! Mas é que eu realmente estava sem tempo nenhum de escrever, finalizar, 'Boys & Girls'. Mas vamos deixar de enrolação. Com vocês, o último capítulo do primeiro arco de 'Boys & Girls'.

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Na noite anterior

Seus lábios se beijavam ardentemente enquanto a mão de Ryan descia percorrendo as curvas do corpo de Ella. Ela gemia baixinho no pé do ouvido dele enquanto arranhava levemente suas costas. Ryan já estava sem camisa e preparou-se para tirar a da menina.

- Você é lindo! - elogiou-o a garota.

Ele então a deitou e tirou o suéter vermelho-vivo que ela estava vestida. Em seguida, começou a beijar o pescoço dela e pôs-se a descer. Beijou a barriga dela e desceu mais. Desabotoou sua calça e a encarou. Ella apenas riu e mordeu o lábio inferior.

 

Ella já estava ressonando quando as lágrimas vieram aos olhos de Ryan. Não. O sexo não tivera sido tão ruim assim. O problema era que ele esperava que fosse Sophie ao lado dele. Ele queria que fosse Sophie ali o tempo todo. Várias vezes ele fechava os olhos e virava a cabeça para o lado e, lentamente, ia os abrindo para ver se não era a garota dos seus sonhos ali, deitada ao seu lado. Eram 4:43 da manhã e Ella ressonava silenciosamente.

 

Agora

Sophie correu desesperada pelo corredor da escola. Ao mesmo tempo em que corria, buscava fôlego para gritar. Ela deixara seus materiais para trás, quando Camille a agarrou pela mochila e num golpe enviou a faca na bolsa. Por pouco não pegara nas costas da menina que estava a correr.

Camille vinha apressadamente, mas não corria, atrás de Sophie. Ela viu os olhares surgindo pelas portas das salas de aula e alguns alunos mais ousados que saíam delas para ver o motivo de tal gritaria no corredor. Quando eles entenderam o que se passava, alguns até tentaram avançar para cima dela e impedí-la. Mas bastava ela lhes mostrar a faca, e a fúria em seus olhos, para que eles recuassem.

Ao pegar a mesma linha de raciocínio que seus alunos, o Sr. Rogers avançou em cima da menina, pegando-a por trás. Camille apenas jogou o braço para trás e o acertou em cheio no abdômen. O Sr. Rogers caiu no chão sobre seus joelhos e alguns dos seus alunos correram ajudá-lo, enquanto gritos de horror soaram pelo corredor. Dentre seus alunos, Ted observava tudo com sua câmera na mão.

O menino então saiu em disparada atrás da garota que amava.

- CAMILLE! - gritou, enquanto tentava alcançá-la.

- ME DEIXA EM PAZ, TED! - retrucou ela.

Ao alcançá-la, ele a puxou pelo braço esperando o pior. Mas Camille não moveu um músculo para Ted. Ele a encarou diretamente nos olhos. Estavam coleriformes. E úmidos.

- P-p-por quê? - foi a única coisa que saiu da boca de Ted.

- Por quê? - ironizou ela, com um sorriso surgindo no rosto. - Por quê? Porque era para ser eu o tempo todo, Ted! Eu deveria ser a líder das líderes de torcida! Mas não! Tinha a Casey, e quando eu acabei com ela veio a Kate – ela falava ligeiramente. - e quando chegou minha vez, a escola resolve fazer o que fez?

Ted ia absorvendo com dificuldades cada palavra que saia da boca da garota por quem ele estava apaixonado. 'Minha namorada? A assassina de West Falls High School?' Ele não queria acreditar. Não podia. Então achou uma brecha.

- Mas... mas quando você foi a vítima... a van? Eu... te salvando...

- Acorda, Ted! - ela estalou o dedo bem na cara do rapaz perplexo. - Qualquer loser nessa escola aceita fazer o que você quiser por um beijo de uma líder de torcida.

Ted foi-se afastando lentamente. A câmera escorregou de sua mão e caiu no chão. A outra mão, foi soltando o braço de Camille e quando essa percebeu que estava livre, deu as costas ao garoto e saiu atrás de sua caça.

- SORRY! - gritou ela de costas, levantando o braço e fazendo o símbolo de paz com os dedos para Ted.

 

Encostada numa das paredes das escadas para os laboratórios no porão, Sophie puxou seu celular e, tremendo, tentava discar o número de Aaron. A garota tremia tanto que o telefone caiu de suas mãos. Suada, com as pernas gritando de dor e as lágrimas descendo ao redor de seu rosto, Sophie caiu encostada na parede. Ela se deu ao direito de chorar o quanto quisesse pelo tempo que quisesse. Respirando profundamente e soluçando ela pegou o telefone novamente e discou o primeiro número que surgiu na sua lista: Ryan.

 

- Então... - começou Rachel ao ver o irmão sentado na arquibancada da quadra exterior. - Você e a Ella, certo?

Como naquela manhã, Ryan apenas murmurou um 'Urrum'. Rachel se sentou ao seu lado e pôs-se a observar a mesma coisa que o irmão: Aaron Mayers jogando beisebol com o time oficial do West Falls High School.

- Você – começou o irmão, sem olhar para sua cópia feminina. - acha mesmo que eu ainda tô na da Sophie?

Rachel o olhou. Em seguida, voltou a olhar para o campo.

- Acho que ainda há uma lenha queimando aí dentro. - Ela encolheu os ombros. - Talvez uma pequena chama que ainda espera por mais lenha. Mas que tem ideia de que a lenha pode nunca chegar.

Os dois ficaram ali sentados, em silêncio por um bom tempo. Até Ashley aparecer.

- E aí, gatinhos? - riu ela.

- Qual o problema dela? - sussurrou Ryan para a irmã. Rachel apenas riu.

- Mas então... - começou Ash. - Sexta tenho um lugar para nós todos irmos! Rachel com o Jason, Ryan com a Ella e eu com meu – era notável o brilho nos olhos dela. - detetive particular!

Antes que alguém pudesse dizer algo, o telefone de Ryan tocou. Rachel o olhou e Ashley direcionou seu olhar para o rapaz também. Ele tirou o celular do bolso e viu o nome da pessoa que tanto desejara ali.

- É... é a Sophie! - disse.

Rachel o olhou séria e preocupada. Balançou a cabeça negativamente. Ryan entendeu e desligou a chamada. Ao guardar o telefone no bolso, baixou a cabeça.

- Ok! O que foi esse momento non-sense? - indagou Ashley.

Rachel ía dizer algo quando um apito soou alto e estridente do campo. Em seguida o grito do técnico:

- MAYERS!

Aquele sobrenome fez os três na arquibancada voltarem suas cabeças e atenção para Aaron. Ele estava com o indicador apontado para o técnico e com a outra mão tirava algo do bolso. Estava pedindo tempo. Ao levar a mão que estava no bolso à orelha, os gêmeos e Ashley entenderam que era seu celular. Então a cena mudou toda, quando Aaron largou o telefone no chão e saiu em disparada atravessando o campo. Ryan levantou-se e disparou também na direção do ex-amigo. As meninas foram atrás.

- HEY! - gritou Ryan para Aaron.

Aaron não parou. Ryan precisou acelerar o passo.

- O que foi? O que aconteceu? - interrogou Ryan, ainda correndo, quando estava ao lado de Ryan.

- Sophie 'tá em perigo! Camille é assassina! - soltou Aaron.

- Como assim? - Ryan não entendera.

- Era a Camille o tempo todo! A assassina! Casey, Kate, todas as garotas mortas!

- Como... como você sabe disso? - Ryan estava confuso.

- Sophie acabou d eme ligar! Ela... ela me contou que Camille está atrás dela! Ryan! - Aaron parar de correr. - Eu preciso de sua ajuda.

Ryan também parou. Ele jamais esperava ouvir essas palavras vindo de Aaron. Não agora, que eles tinham terminado a amizade. Nesse exato momento, um sentimento o atingiu, esquentando seu peito. E as garotas os alcançaram.

- O que houve? - questionou Rachel, tomando fôlego.

- Pode contar comigo! - disse Ryan, abrindo um sorriso e dando tapinhas nas costas de Aaron. - Rachel! Ash! Chamem a polícia! Camille é a assassina.

Em seguida, os dois rapazes saíram correndo.

Rachel espantou-se. Ela virou-se para Ashley.

- Como... que?

Mas Ashley já estava com o celular no ouvido.

- Alô? Henry? A assassina do West Falls High School! Descobriram ela! Descobriram ela, Henry!

 

A policia não demorou a chegar ao colégio e logo já foi fechando o perímetro em volta daquele. Os alunos que ainda estavam dentro da escola foram postos para fora, assim como os funcionários e os policiais invadiram o local, percorrendo todas as salas, corredores e pátios da escola. O detetive Henry era quem liderava a operação com mais outros dois capitães da polícia.

- Vocês vão para o norte, vocês para o leste e vocês para o sul! - ordenou um dos capitães para os outros soldados.

O detetive Henry, disfarçadamente se afastou dos outros dois homens e pegou seu telefone, discando o último número em seu lista de chamadas recebidas.

 

 

Algum tempo após desligar a ligação, Sophie respirou fundo e tomou coragem para levantar-se de onde estava. Ela precisava sair dali. Ela soltou o ar e, com as costas na parede, levantou-se e olhou para por cima das escadas para ver se havia alguém por lá. Nada. Só o silêncio.

Passo por passo, Sophie subia lentamente cada degrau de dentes trincados. Qualquer barulhinho mínimo que era feito fazia Sophie querer entrar em pânico. Mais do que ela já estava. Ao chegar ao topo da escada, ela olhou de um lado ao outro do corredor. E viu Camille cortá-lo, procurando por ela, sua caça. Sophie rapidamente voltou seu corpo para trás da parede e ficou ali, como que se estivesse grudada na parede.

Por alguns segundos, ela se questionou se deveria olhar para ver se a sua predadora já teria ido. Ela não queria olhar. Mas tinha de fazê-lo. E quando finalmente o fez, com o coração querendo sair pela boca, Camille não estava lá. Sophie suspirou aliviada e começou a caminhar pelo corredor, saindo para o pátio. E então seu telefone tocou.

O toque, alguma música pop da atualidade, ecoava pelo corredor vazio. Sophie ficara imóvel. Se esquecera de tudo. De que era. Do porquê que estava ali. Ela apenas não esqueceu de uma coisa. “Eu vou morrer.”, pensou. Um sorriso também ecoava atrás de Sophie, numa certa distância.

- Então... - riu Camille. - Aqui estamos nós!

Sophie não conseguia se mexer. Ela tentava. Pedia à Deus por tudo no mundo que fizesse suas pernas responderem e tirá-la dali.

- Você até que corre muio bem, sabia? - Sophie ouviu os passos lentos de Camille se aproximando. - Não entendo porque você não se inscreveu como atleta da escola.

E Deus atendeu as preces de Sophie. Primeiro ela sentiu uma energia tomando seu corpo e depois percebeu que o dedo do pé mexera. Ela não precisou de mais nada.

Sophie saiu correndo. O coração a mil martelando em seu peito; o suor descia pelo seu rosto e curvava seu pescoço grudando alguns fios do seu cabelo em sua pele pegajosa. Ela ouvia os passos de Camille atrás dela. E os palavrões também.

- PARADA! - gritou uma voz masculina no meio dos passos apressados que ecoavam pelo corredor.

Sophie parou e virou-se, tudo de uma vez só. Ela não viu de onde a voz vinha porque sua atenção foi colocada em primeiro plano para com uma Camille furiosa vindo em sua direção. Depois houve um disparo. E Camille caiu de joelhos no chão, encarando os olhos de Sophie.

Como em um pesadelo de onde você é despertado, Sophie viu seu defensor: o detetive Henry. Atrás dele, correndo para alcançá-lo, estavam dois policiais. Sophie ouviu outros passos surgindo na direção contrária e viu Aaron vindo em sua direção e, acompanhando-o, estavam Rachel e Ashley. E Ryan, mais na defensiva.

Ao estar próximo o bastante de Sophie, Aaron a abraçou e ela desabou em seus braços. Fraca e abalada emocionalmente, a garota pouco antes de fechar os olhos, olhou para a única coisa que a motivava a correr pela sua vida esse tempo todo: seu vizinho apaixonado.

 

4 dias depois...

Sophie acordara assustada no hospital. De princípio, pensou que estava morta. Mas ao reconhecer os aparelhos médicos – ela já estivera em uma hospital antes. -, ela se deu conta de que estava viva. Em sua mão, um botão era pressionado pelo seu dedo involuntariamente. Reflexos, após passara tanto tempo desanimada. Não demorou muito até uma enfermeira chegar ao seu quarto. E com ela, seus amigos.

- Ei! - disse Aaron, pondo a mão na testa da namorada. - Tudo bem?

Sophie assentiu.

Do lado de fora, Ryan observa os dois apaixonados no quarto. Ryan, claro que com um pesar no peito.

 

Jason caiu com tudo na cama. Rachel veio por cima do rapaz, beijando cada parte do seu rosto. Seus lábios se encontraram e mãos tocavam cada parte possível de seus corpos.

- Eu te amo! - sussurrou Rachel no ouvido de Jason.

O rapaz a pegou com força e a girou na cama, ficando por cima dessa vez.

- E eu amo você! - declarou.

Em seguida, se afastou e tirou a camisa, revelando o corpo definido escondido sobre aquela. Rachel mordeu o lábio inferior enquanto desabotoava a própria blusa.

 

- Então? - Ashley cruzou os braços. - É aqui que a gente termina?

O detetive Henry sorriu.

- A gente não pode terminar algo que nem começamos! - concluiu ele.

- Mas o sexo foi bom – Ashley não sentia um pingo de vergonha. -, não foi?

Ele abaixou a cabeça e riu. Ao reerguê-la, puxou Ashley num braço só e colou seus lábios nos da garota. Num beijo intenso e ardente, os dois ficaram ali por um tempo.

- Foi o melhor da minha vida! - mentiu ele para a garota.

Ashley sorriu e deixou a mão dele escorregar lentamente pelo seu braço.

- Até mais! - disse Henry, fazendo ela assentir.

O detetive deu uma última olhada na garota e virou-se, partindo para seu carro. Numa última olhada para ver a garota, ele se surpreendeu quando virou para trás e deu de cara com ela, pegando-o de surpresa com um beijo.

 

- Fala aí, Ryan? - disse Rebecca Kaylle ao telefone.

- Sabe aquele plano, Becca? - perguntou Ryan. - Quero que ele entre em prática amanhã. Pode ser?

Do outro lado da linha Rebecca pensava mordendo seu lábio.

- Por... por que a pressa?

- Porque eu paguei por isso, lembra? - cuspiu Ryan.

Fez-se um breve silêncio entre os dois até que Rebecca confirmou sua decisão. Ryan desligou o telefone e pôs-se a subir para seu quarto. Não demorou menos que dois minutos para o telefone tocar novamente. Rachel pôs apenas a cabeça na porta da cozinha e gritou:

- RYAN! TELEFONE!

Mas o irmão não respondeu. O telefone continuou tocando por um longo tempo até que Rachel decidiu ir atendê-lo.

- Alô? - era notável o tom rude em sua voz.

- Oi, Rachel! - disse a voz suave e feminina do outro lado da linha.

Rachel arregalou os olhos; espantada.

- Lilly? - sussurrou.

- Eu mesma, querida! - continuava a voz. - Nossa, cara! Você sumiu! O que foi que houve?

- Como... como você conseguiu meu número? - indagou Rachel.

- Uma página amarela aqui, outra ali! E Google, claro! - confessou Lilly. - De qualquer jeito, só tô ligando para avisar que vou te fazer uma visita em breve, ok? Para relembrarmos os velhos temp--

Rachel desligou o telefone imediatamente. Seu coração batia acelerado no peito. Ele tocou mais uma vez até que a garota decidiu arrancar o fio da linha telefônica do aparelho.

- Quem era? - perguntou Ryan, surgindo nas escadas.

Rachel o encarou. Ela não sabia o que dizer. Levando a mão esquerda ao cabelo e penteando os fios lisos, Rachel deu as costas ao irmão e voltou para a cozinha. Preocupada.


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Notas finais do capítulo

Obrigado a todos vocês que acompanharam esse primeiro arco de histórias de 'Boys & Girls' e pela paciência de esperar capítulo por capítulo desse autor mau programado. rsrs
Foi um prazer compartilhar com vocês todas as desventuras de cada personagem nessa série. Obrigado mais uma vez. =)