Give Your Heart A Break escrita por iMessageRobsten


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

é pequeno, mas espero que gostem... quero agradecer á todos que leem a fic e principalmente a @ourprincesstew que me convenceu de att... então bjs galera e qualquer coisa falem comigo no tt @iMessageRobsten



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Alguém me sacudia freneticamente, meus olhos estavam embaçados e eu não enxergava praticamente nada, até que pisquei algumas vezes e tudo voltou ao normal. O rosto de Taylor estava extremamente  horrível, ele me olhava com os dois olhos inchados e sua boca estava cortada, e sangrava muito. Levantei-me rapidamente e passei minhas mãos pelo seu rosto. Aquilo me doía profundamente, vê-lo machucado, e tudo por minha culpa. Nos abraçamos, e mais uma vez chorei, mas dessa vez de raiva. Ele falou com um pouco de dificuldade:

-Não chore, eu estou bem Clary. Teria sido pior pra mim se fosse com você...

-Não fale isso. Não sabe o quanto me dói te ver desse jeito. – ele levantou a cabeça de meus ombros e encostou sua testa na minha.

-Preferia que ele fizesse isso mil vezes, passaria isso de novo quantas vezes ele desejasse, mas pelo menos saberia que você esta bem. Eu te amo, Clary.

                                             ***

Exatamente ás 15:30. Hospital principal de Los Angeles. Taylor estava completamente inquieto, batia as pernas freneticamente de puro nervosismo.  Me aproximei dele, logo que estava passando com alguns enfermeiros carregando Deborah na maca ao meu lado. Me ajoelhei, e nem liguei pelo fato de que iria sujar minhas calças, peguei em suas duas mãos e falei:

-Vou tentar de tudo pra sua mãe sair Viva e salva daquela sala, mas quero que fique calmo por que esse tipo de cirurgia é muito delicado e leva algumas horas, ok? – ele assentiu e beijou o topo de minha cabeça, vi que uma lágrima escorreu pelos seus olhos, e pela sua expressão ele devia estar completamente nervoso com toda aquela situação. Não sei por que fiz isso, mas talvez em uma tentativa insana de consola-lo, dei um pequeno beijo em sua boca, mas foi rápido, mais ou menos um selinho, o que o fez sorrir e me deixar mais tranquila.

 A cirurgia durou exatamente duas horas, e durante aquele tempo fiquei completamente tensa, fazendo meus músculos do pescoço e dos ombros doerem um pouco. Estava tudo indo muito bem, até que nos últimos minutos a pressão arterial dela baixou, o que era um pouco normal em seu caso, mas tínhamos que contornar logo antes que pudesse piorar. No fim da cirurgia tudo deu certo, o que me deixou bem mais aliviada. Encaminhamos ela para um quarto com bastante aparelhos que pudessem examina-la e fizesse com que nada desse errado.

 Caminhei lentamente com a ficha dela na mão, e fui até a sala de espera. Taylor ainda estava sentado, e o que me parecia estar rezando. Lágrimas ainda escorriam pelo seu rosto. Quando me viu na porta da sala, veio direto em minha direção. O abracei e sussurrei em seu ouvido:

-Calma, fique calmo, esta tudo bem. A cirurgia deu tudo certo. – ele sorriu.

-Então eu já posso ver ela? Por favor, eu preciso muito vê-la.

-Infelizmente ainda não, ela acabou de ir pro quarto. Precisa ser diagnosticada  e observada por mais alguns médicos, mas logo em questão de alguns dias poderá vê-la. – ele desanimou um pouco, mas pelo menos já não estava tão nervoso quanto antes.

-Olha, já é tarde. Você pode ir pra casa, tomar um banho e descansar um pouco, eu fico aqui cuidando dela pra você.

-Não quero – disse Taylor.

-Vá, por favor, agora sabe que esta tudo bem. Ela esta a salvo, precisa se cuidar também. – ele hesitou um pouco e logo assentiu com a cabeça.

 Passei o resto do dia tranquila sabendo que Deborah estava a salvo e Taylor fora para casa. Estava na lanchonete do hospital lendo uma revista e tomando um café, até que vejo alguns médicos correndo em minha direção, eles chegaram eufóricos e disseram:

-A paciente do quarto 194 está passando mal! Rápido! – corri em direção ao quarto, a paciente estava com falta de ar e tentamos reanima-la, vi por alguns segundos ela um pouco inconsciente, ela pegou e uma de minhas mãos e vi ela sussurrar baixinho: ”Cuide do meu filho, por favor”. Tentamos várias maneiras de ela voltar mas já era tarde, fui olhar sua ficha....Ah não, era Deborah. Virei-me rapidamente para os outros médicos e falei:

-O QUE ACONTECEU COM ELA? ELA ESTAVA TOTALMENTE BEM! – comecei a gritar de tanto nervosismo, eles arregalaram os olhos e disseram completamente nervosos e assustados com meu grito:

-NÃO SABEMOS! Quando passamos por aqui vimos um monte de enfermeiras reunidas e logo depois fomos chama-la.

 Sai da sala rapidamente e me dirigi ao primeiro grupo de enfermeiras que encontrei no corredor e perguntei-lhes o que havia acontecido, elas me responderam:

-Nós vimos um homem dentro do quarto e quando fomos chama-lo ele fugiu, mas a paciente não parecia estar passando mal naquele instante, depois de alguns minutos é que ela começou a ficar com falta de ar.

-Quem era esse cara?!?

-Não sabemos Dra., ele estava com o rosto tampado!

 Eu não estava acreditando, não conseguia aceitar. Por que ela? Por que justo agora? Por que hoje? Eu não estava acreditando que Deborah havia morrido! eu não teria coragem de contar isso a Taylor, mas eu tinha que fazer isso.

 Algum tempo depois, tudo estava sendo organizado para o corpo de Deborah, então criei coragem e com meus dedos já trêmulos disquei o número dele. Depois do quarto toque ele atendeu:

-Oi Clary!

-Oi... – suspirei.

-Aconteceu alguma coisa?-  as palavras não queriam sair da minha boca, por mais que eu as obrigassem.

-Clary! Aconteceu alguma coisa?- repetiu ele, mas dessa vez com a voz mais firme, então consegui dizer:

-Sim... ér... eu não sei como te dizer isso Taylor, mas preciso que você fique calmo antes de qualquer coisa, e...

-Fala!

-Taylor... a Deborah Morreu! – tudo ficou em silencio, só conseguia ouvir sua respiração ao celular, que logo foi se transformando em soluços e logo pude ouvi-lo chorar desesperadamente. Meu coração estava completamente partido por imaginar o quanto ele estava sofrendo por aquela notícia, aquela era a frase que eu jamais queria ser responsável por dize-la, mas infelizmente eu tive que fazer isso.

-Eu estou indo pra aí agora – ele falou em meio aos soluços e desligou.

 Alguns minutos depois Taylor entrava no hospital com os olhos vermelhos já de tanto chorar. Podia sentir o quanto ele estava sofrendo com a notícia por que foi exatamente assim que eu me senti quando me disseram que meus pais haviam morrido em um acidente de carro na noite da minha formatura. 

 Taylor não conseguia dizer uma palavra então apenas o abracei e desejei que aquela dor passasse ou pelo menos diminuísse um pouco mas sabia que isso iria demorar um pouco até por que não iria ser fácil ir ao velório da sua própria mãe. Meu celular começou a vibrar dentro do meu bolso, então pedi licença á Taylor e fui até um canto para atende-lo.

-Alô – falei, ouvi uma pequena risada ao outro lado da linha, meu corpo inteiro se arrepiou, eu sabia de quem era aquela risada. Sabia exatamente quem eram o dono daquela risada.

-Já preparou as flores para o velório, Clary? – fiquei em silencio – seja mais rápida dessa vez, deixar uma paciente morrer assim do nada não é muito bom para um currículo de uma jovem médica, não é mesmo?

-FOI VOCÊ!

-Nossa, pensei que iria demorar mais pra perceber

-COMO VOCÊ PODE SER TÃO HORRIVEL, MATOU UMA PESSOA INOCENTE QUE NÃO TINHA NADA HAVER COM A NOSSA BRIGA! – eu gritava ao telefone sem me importar com quem estava próximo, eu não conseguia absorver a ideia de que André fosse tão horrível assim;

-Deveria me Agradecer por ter adiado mais uma vez a morte do seu namoradinho, e ah, por favor, Clary! Aquela velha já estava quase morrendo mesmo.

-CALA A BOCA! Eu ainda não entendo qual é seu objetivo com todas essas coisas que você está fazendo comigo...

-Venha até sua casa, eu estou aqui esperando, e te explico nos mínimos detalhes. – é claro que não queria ver a cara daquele homem tão cedo, mas precisava acabar com tudo aquilo. Era agora ou Nunca.

 Peguei minha bolsa, e deixei Taylor resolver os detalhes da morte de sua mãe sozinho, por que foi assim que ele preferiu. Saí daquele hospital já nervosa com o que poderia acontecer. Dirigi até meu apartamento tentando pensar positivo, pensar que tudo poderia se resolver naquele dia e que minha vida iria voltar ao normal, como ela nunca fora na realidade.


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