"When your lips are on my lips
Then our hearts beat as one
But you slip out of my finger tips
Everytime you run... "

Devo ter adormecido por um bom tempo, porque quando abri os olhos já estava bem escuro. Me levantei rapidamente e fui em direção a janela, e pergunto á Taylor:
-Quanto tempo dormi?
-Uma Meia Hora, eu acredito disse ele.
-Meu deus! A Gente tem que arrumar um jeito de sair daqui!
Escuto um barulho vindo da porta. O trinco gira lentamente, e paralisei, fiquei com medo de que fosse Dean novamente com a arma tentando matar a gente, sei lá. Mas não. Era...
-Kelly? perguntou Taylor, quando ela entra. Se encontrava em péssimas condições, estava com o rosto sangrando em algumas partes, e seus olhos estavam vermelhos, que acredito terem chorados muito. Kelly não conseguiu responder nada, apenas se ajoelhou no chão e caiu aos prantos. Fui em sua direção e a abracei fortemente, estava nervosa também. Taylor foi a cozinha e voltou rapidamente com um copo de água. Colocamos Kelly sentada na cama, me ajoelhei em sua frente e peguei suas mãos. Logo que se recuperou bebendo alguns goles de agua, conseguiu dizer:
-Dean está morto. ela me encara e logo responde a minha expressão assustada. Ele próprio se matou...
-Mas como? perguntou Taylor.
-Ele me levou até um lugar, que eu realmente não faço a mínima ideia da onde seja. E começou a contar desde quando a gente se conheceu, e depois uma nova lágrima escorreu pelo seu rosto ele apenas disse: ninguém me ama. Nem mesmo você, que eu pensava amar. Adeus e antes q eu pudesse impedir, ele atirou na própria cabeça. ela caiu a chorar de novo. Abracei-a novamente e Taylor sentou ao nosso lado e fez o mesmo.
-Calma, fica calma.
-Foi horrível! disse Kelly.
***
Ela havia adormecido. Disse que não precisávamos dormir ali com ela, se sentiria melhor sozinha. Mas mesmo assim, disse a ela que voltava logo pela manhã. Eu e Taylor voltamos pra casa sem dizer uma palavra, estávamos chocados com o que havia acontecido. Ele subiu para seu apartamento e eu para o meu. Tomei um banho e fiquei pensando na cena em que Kelly havia descrito sobre a morte do Dean, aquilo me provocou calafrios. Pensei em André.
Taylor bateu na minha porta novamente e disse que queria ficar ali comigo. Deitamos e assistimos a um filme q se passava na Tv. Particularmente não gostei muito daquele filme, porque mostrava uma guria depressiva se cortando e aquilo estava me lembrando da última vez que tinha visto André.
Adormecemos em uma boa, até que no meio da noite acordo e vejo que Taylor já não esta ao meu lado. Levanto-me e vou até a sala, encontro ele sentado no sofá tomando agua.
-Sem sono? pergunto a ele.
-Sim
-Por que? Teve algum sonho ou algo do tipo?
-Infelizmente meu pesadelo vai virar realidade Sento ao seu lado.
-Do que você esta falando?
-A cirurgia da minha mãe é na terça, e eu estou com medo. senti uma pontada de pena em meu coração. Sabia o que Taylor estava sentindo, perder a mãe não seria fácil pra ele.
-Eu farei tudo que for possível pra salva-la, Taylor. Não vou deixar você sofrer de novo.
Envolvi meus braços por sua cintura, o abraçando para que se sentisse melhor e ele fez o mesmo. Minutos se passaram, e ainda estávamos ali, um envolvido no outro. Taylor me afastou de seu corpo e passou sua mão pelo meu rosto, acariciando minhas bochechas, fazendo mais uma vez eu me arrepiar. Em menos de segundos, sem mesmo tempo para desviar ou algo assim, sinto seus lábios nos meus. Nos beijamos, eu mesma estava surpresa com a intensidade daquele beijo, eu não queria parar, mas eu tinha que parar por ali. Mas não queria, eu o amava, queria sentir que ele me amava também. A melhor sensação que se podia sentir queria poder trocar tudo pra poder ficar minha vida inteira o beijando. Até que o clima aumentou e ele me deitou no sofá, e por cima de mim. MERDA! AGORA A PORRA FICOU SÉRIA! Ele passou uma de suas mãos pelas minhas coxas, fazendo a porra da minha camisola subir. VOCÊ NUNCA MAIS VAI SE APAIXONAR aquela voz veio de novo na minha cabeça. Não, eu tinha que enfrentar aquele medo, tinha que parar de me esconder daquilo. Beijei-o mais ferozmente, e dessa vez foi eu que estava em cima dele. Ele sorriu maliciosamente pra mim, e eu fiz o mesmo. Sem mais minutos de pausa, nos beijamos novamente, ele estava passando seus lábios pelo meu pescoço, e aquilo estava bom, até que flashbacks de André me beijando vieram na cabeça. As lembranças da nossa primeira vez, ele falando que me amava, nós em Paris.... a Traição, o ódio, a mentira, e... Eu tenho nojo de você!.
-Clary? chamou Taylor. Acordei dos meus devaneios, e percebi que havia parado de beija-lo já a um tempo, e estava paralisada em cima dele. Você esta bem?
-Sim falo, depois de ter conseguido resgatar minha voz. eu preciso dormir, estou cansada. falo já me levantando e indo em direção ao quarto.
-Não era o que estava me parecendo- brincou ele, vindo logo atrás de mim. Sinto suas mãos no meu braço me virando pra olhar para ele.
-O que aconteceu? perguntou Taylor. a gente estava indo tão bem, e de repente você parou do nada. Aconteceu alguma coisa?
-Olha, esquece o que aconteceu, ta legal? Eu não deveria ter feito isso. A gente só teve um momento de recaída, só isso.
Nenhuma palavra a mais, fomos dormir. Eu me senti mal por ter falado aquilo á ele, mas era melhor isso do que ver ele morto.
Acordo e percebo estar em um quarto diferente. Olho para meu lado, e percebo que Taylor já não estava lá. Quando vou caminhando até a cozinha, vejo marcas de sangue tanto na parede como no chão, fazendo-me aumentar ainda mais o ritmo das minhas passadas. Chego a cozinha e vejo a pior cena, a cena que eu jamais queria ver na minha vida. Taylor ajoelhado no chão sendo segurado por dois caras altos e desconhecidos. André encontrava-se atrás de Taylor, e ao me ver deu aquele sorriso, que eu realmente tenho muito medo.
-Ora,Ora...Olha quem acordou pra prestigiar seu fim, Taylor- disse ele.
-Solta ele! André riu. Fiquei com mais raiva ainda. Ele veio até mim, parou bem arás de mim, e sussurrou no meu pescoço.
-Eu avisei, que seu dia iria chegar...
Não me aguentei e me virei, tentei bater nele, mas o máximo que consegui atingir foi seu peito, e quando ele estava rindo da minha súbita raiva, consegui lhe dar um tapa no rosto. Estranhei-o não reagir, ele apenas virou o rosto lentamente, olhou diretamente nos meus olhos, levantou a mão e estalou os dedos. André me prendeu entre seus braços e me virou para que eu pudesse assistir a pior cena da minha vida. SIM! Os caras começaram a bater em Taylor, o que já não bastava ele estar machucado e nariz sangrando, eles batiam mais ainda, o que fazia gritar de dor, e me machucar mais ainda. Gritei para que eles parassem, mas não adiantava. Tentava ir até eles, mas os braços de André me prendiam. Me ajoelhei e supliquei para ele:
-Pare, por favor! lágrimas escorriam pelo meu rosto- Eu imploro!
André se agachou, e ficou da mesma altura que eu. Pegou suas mãos no meu queixo, e sussurrou:
-Mas é claro que eu paro... eu sorri. André me levantou segurando meus braços, olhou para os dois caras que já haviam parado de bater em Taylor e falou:
-Por favor, senhores. CONTINUEM!!!! E DESSA VEZ EU QUERO QUE ELE DESMAIE DE TANTA DOR! ATÉ NÃO SUPORTAR!
-NÃÃÃO! grito. Eu realmente não acreditava que ele era tão horrível, nunca pensara que André fosse tão aterrorizante, tão horrível, tão monstro, tão... Assustador. Ele me segurou com mais força, eu tentava virar o rosto para não ver mais aquela cena, mas André segurava meu rosto para que eu apreciasse sua vitória. Chutavam, socavam, e uma hora até jogaram um copo eu seu rosto. Eu não conseguia parar de chorar, era tudo minha culpa, eu gritava sem parar, mas minha garganta ardia e logo André tapou minha boca.
Depois de um tempo que eu não havia calculado quanto, Taylor já estava deitado no chão, sem forças nem para respirar direito. Seu rosto estava irreconhecível, seus olhos estavam inchados, sua boca estava cortada e sangrando, e teve uma hora que até tossiu sangue. Eles pararam finalmente, e André me soltou, fui me arrastando até Taylor, o abracei e depois senti uma pequena picada no meu braço, e de repente tudo estava escuro, eu acho que haviam aplicado um calmante em mim...