Ally on

– Ally? Ally? Acorda...

Ouvia alguém me chamar.

– Hum... - resmunguei - Pai?

– Não, é o Austin.

Levantei rapidamente e me senti totalmente envergonhada.

– Desculpa, Austin.

– Sem problemas. - ele sorriu.

Ah, que bom!

– Nós já chegamos? - perguntei

– Sim, nós vamos pousar.

Fui até a janela e pude o sol escaldante de Los Angeles, as palmeiras em quase todos os cantos, milhares de pessoas nas praias, surfando e bebendo água de cocô.

Achei que L. A. era igual à Miami, mas eu estava redondamente enganada. Era muito mais povoado e rico. Várias mansões...

– Aqui é lindo! - exclamei.

– É mesmo! - disse Austin trepado na janela de Trish e Dez.

– Atenção passageiros - disse a aeromoça - Vamos pousar no aeroporto internacional de Los Angeles. Por favor, coloquem os cintos de segurança e desliguem os aparelhos eletrônicos. Obrigada.

– Bem, vou pegar minha bolsa. - disse Trish.

Eu não tirava os olhos da janela. Parecia que eu estava hipnotizada por Los Angeles. Parecia ser um paraíso na América. Apostava 50 dólares como moravam milhões de celebridades lá. Inclusive o Mc Bufunfa.

Aos poucos, o avião descia e descia, até que pousamos. Austin e eu saímos das janelas e fomos pegar nossas bolsas nos compartimentos. Todos os passageiros fizeram a mesma coisa.

Trish e Dez saíram primeiro querendo se afastar um do outro.

Eu e Austin rimos e seguimos para o aeroporto. Quando passamos pela porta, meus olhos se ofuscaram com o sol, já que o avião era escuro e tropecei derrubando muitas das minhas coisas na pista de decolagem, iclusive meu diário.

– Ah, não! - gritei furiosa.

Desci desesperadamente. Havia caído quase tudo, o que não percebi foi que um avião estava para decolar. Ouvia passos atrás de mim enquanto corria, mas não queria saber quem era, só queria recuperar minhas coisas.

Assim que cheguei na pista, comecei a recolher tudo o que havia caindo, de repente escuto:

– Ally! Ally! O avião!

Era Austin a uns vinte metros de mim. Olhei para frente e vi o avião se aproximando cada vez mais de mim. Me desesperei a catar tudo, mas foi tarde demais. Quando o "nariz" do avião estava à quinze centímetros de meu rosto, senti um puxão em minha cintura e fui parar nos braços de Austin. Mas, minha bolsa com meu celular, maquiagem e sapatos ficou. Ouvi o barulho de tudo se quebrando quando o avião passou por cima.

Comecei a chorar me encolhendo nos braços de Ausrin, que me abraçava fortemente, chorando também.

– Oh, Meu Deus! - ele dizia - Calma, vai ficar tudo bem... Você está bem...

– Austin! Austin! - era tudo o que eu conseguia dizer. Estava traumatizada.