No dia seguinte, James acordou com um balde de água gelada em sua cara e uma pequena criança ruiva quase caindo de sua cama de tanto rir. O maroto, não mais assustado, pulou em cima da garota lhe enchendo de cócegas. A pequena implorava pelo fim da tortura.

Após muitos risos e gritinhos da pequena, o moreno foi para o banho, já que Lily estava completamente arrumada para o dia. Mais alguns minutos de enrolação e o garoto saiu do banheiro pronto para descer. Pegou sua mochila com seu material e, com a garotinha em seu colo, saiu do quarto, que se encontrava vazio. Já no Salão Principal, o encontraram abarrotado de pessoas que olhavam para James e a ruivinha curiosos. Os famosos cochichos começaram, interrompendo o silêncio do local.

O moreno revirou os belos olhos castanhos esverdeados e se dirigiu a mesa da Grifinória para perto de seus amigos, onde se sentou com a pequena ao seu lado para tomarem o café. Assim que terminaram o desjejum, os Marotos foram para suas aulas juntos da pequena monitora.

– Poque eu tenho que assiti aula com voxê Jay? - a menina coçava os olhos em um claro sinal de manha.

– Porque eu preciso ficar de olho nessa princesinha. – ele tocou seu dedo indicador levemente na ponta do nariz da garota.

Continuaram seu caminho, então, à aula de Transfiguração, onde a pequena sentou-se ao lado de Pontas. A aula passou tranquilamente, mesmo que a mini monitora ainda recebesse olhares curiosos, enquanto pintava um desenho e escrevia algumas coisas em uma folha. O que ninguém imaginária era que a folha continha desenhos e anotações sobre tópicos importantes da aula. Quando a professora McGonagall recolheu os objetos já em seu estado inicial, percebeu enfim o que a ruivinha tanto fazia em sua aula. Ficou surpresa e orgulhosa com a mesma.

– Plofessola. - chamou a garota quando a diretora da Grifinória andava até sua mesa novamente.

– Sim? - perguntou novamente próxima de Lily.

– Poque eu ainda não posso faze mágicas? – ela guarda suas coisas na pequena mochila que ganhara de Minerva.

– Ah, bem querida é que... - nunca saberemos a resposta, já que James lembrou-se de seu lírio.

– Vamos Lily? – ele segurava a mochila da pequena.

– Xau tia Minnie. - a ruivinha se despediu com um beijo na bochecha da vice diretora de Hogwarts.

Assim o moreno e Lily foram da sala de Transfiguração para a aula de Poções, nas masmorras. O resto da manhã se passou do mesmo modo, com a pequena aluna da Grifinória entretida com desenhos, anotações e conversas com professores. Na hora do almoço, porém, reconheceram Lily como nossa amada monitora e as novas perguntas eram de como ela ficou tão jovem misteriosamente.

– Tio Six me dá um pedaço da tota de chocolate? - pediu Lily, quando todos já deliciavam-se com a sobremesa.

– Não. - respondeu Almofadinhas firme.

– Po que num tio? - questionou Lily com os olhos marejados.

– Por que o ultimo pedaço é meu! - o cachorro pegou o ultimo pedaço e o comendo em duas rápidas colheradas.

– Voxê... Voxê... - foi somente o que a ruiva conseguiu proferir antes de chorar.

– Sirius! - gritou James irritado para o amigo pegando seu pequeno Lírio no colo. - Shiu... O tio Six é malvado. Mas o Jay bonzinho aqui vai com você até as cozinhas atrás de mais torta de chocolate para minha princesinha. - Pontas sussurrou no ouvido da ruiva ainda chorosa enquanto se dirigia à cozinha do castelo.

O maroto explicou como se abria a porta da cozinha e, por motivos óbvios, a garota gargalhou para o modo divertido da entrada da mesma. Na cozinha, foram muito bem recebidos pelos elfos, os quais Lily ficou encantada. A pequena seguia a cada momento um elfo diferente, enquanto os mesmos trabalhavam, olhando cada momento mais encantada para todos eles. Cada reverência que ela ganhava, parecia um novo presente de natal, retribuía cada um com sorrisos gigantescos.

James ficou em uma das cadeiras observando sorridente os passos de sua querida monitora. Sua paixão, em qualquer fase de sua vida, era muito linda, adorável, curiosa, delicada, maravilhosa, simplificando todos os adjetivos, a garota perfeita para nosso maroto.

Com a torta de chocolate pronta, um agradecido James foi para os jardins com uma ruivinha animada com os novos amiguinhos e com sua torta.

Deliciaram-se com a torta, brincadeiras e risadas nessa aula vaga. Ao voltarem para as aulas, não perderam a alegria. No mesmo esquema de mais cedo, desenhos e anotações feitas por Lily enquanto James, entre brincadeiras, estudava.

Após as aulas, veio o jantar recheado de brincadeiras, piadas e gargalhadas dos marotos e suspiros das garotas. Lily, por sua vez, tomou lugar em seu posto, no colo de James. Não saia de lá por nada. A pequena monitora também cismava em não falar com Sirius, de acordo com ela, pela infantilidade mental do garoto. O que gerou mais risadas ainda dos ocupantes da mesa.

– Jay... - uma garota do sexto ano da Grifinória, Amélia Clifford, morena de olhos castanhos, chamou nosso maroto.

– Sim? - respondeu o mesmo enquanto colocava uma colherada de pudim na boca da manhosa ruivinha.

– Você estudaria comigo sobre um assunto um tanto peculiar? - a morena mordia os lábios de uma forma que achava sensual.

– Acho q... – o moreno foi cortado por uma Lily vermelha de ciúmes.

– Ele num pode te ajuda pilanha! Ele vai tá comigo! - gritou a pequena de forma raivosa, se agarrando a Potter.

Isso causou muitos 'awnn' nas meninas, em especial, e risadas em geral. Clifford ficou com um rosto tão incrédulo, que saiu dali com o orgulho mais do que ferido. Dizem que mulheres de orgulhos feridos são piores do que os homens. Mas veremos se isso é verdade somente mais para frente.

Após este jantar recheado de risadas e ciúmes, todos do salão se dirigiram aos seus respectivos aposentos, tendo desta vez, Lily dormindo em sua cama, no dormitório feminino.