Peeta estacionou o seu táxi junto a berma daquela estrada que o levaria aquele velho bairro onde viviam famílias problemáticas. Muitos taxistas não iam para ali por causa dos problemas que o bairro sempre trazia, mas Peeta era diferente de todos os outros desde de pequeno que gostava de arriscar a sua vida gostava de mudar as vidas das pessoas nem que fosse pelo menos num determinado momento. Ainda mais que naquele dia tinha acordado com o sentimento que teria que estar ali com o táxi estacionado.

Peeta foi arrancado dos seus pensamentos quando ouviu a porta do lado de trás a ser fechada com violência e uma voz doce e cheia de ansiedade a pedir:

-Leve-me para o hospital mais próximo.

Em silencio Peeta arrancou olhando apenas uma única vez para trás para ver aparência da dona daquela bela voz. Apenas conseguiu ver os cabelos castanhos ondulados que esta tinha e que escondia o rosto da rapariga.

-Chegamos! - informou Peeta travando o táxi mesmo a entrada do hospital onde era permito fazerem aquilo, aquele hospital era um dos mais conhecidos naquela zona. Velho, com a estrutura que parecia que ia ruir, o hospital tinha as melhores condições daquele cidade.

A mulher apenas largou umas notas no banco da frente e saiu sem ao menos agradecer. Com a porta a ser fechada com violência uma vez mais, Peeta conseguiu ver a mulher a correr para dentro do edifício, parecia um pouco coxa mas não julgou.

Calmamente Peeta pegou nas notas ali estendidas no banco ao seu lado e começou a conta-las para ver se estavam certas. Foi surpreendido quando viu a última nota totalmente ensanguentada fazendo com que o sangue molhasse a sua mão.

Assustado com aquilo que estava na sua mãe olhou para trás do seu táxi, mais precisamente para o lugar onde a mulher misteriosa estivera, e naquele mesmo lugar encontrou algum sangue que começava a ser absorvido pela alcatifa do assento.

Peeta não sabendo o que devia fazer, invadido pelo sentimento de preocupação pela aquela mulher desconhecida, decidiu estacionar o seu táxi no estacionamento do hospital ignorando os problemas que poderia ter depois com o seu chefe. Primeiro precisava de saber como estava aquela rapariga.

Correu para dentro do hospital como se tivesse acabo de ganhar a lotaria e sem folego parou diante da rececionista que não estava nada a espera que o Peeta aparecesse de um nada.

-Onde se encontra aquela jovem que acabou de entrar? - perguntou Peeta depois de ter conseguido recuperar o folego.

-Jovem, entraram muitas mulheres agora. Poderá se especificar?  - pediu a rececionista com um sorriso divertido pensando que essa tal jovem seria a mulher do homem a sua frente e que estaria a dar a luz.

-Uma rapariga alta, morena, tinha as roupas muito gastas e parecia coxa…

-O Deus. É essa a rapariga que procura? O Deus! O Deus! É melhor o senhor sentar-se, a rapariga levara muitas facadas no abdómen e precisou de ser operada de emergência, perdeu muito sangue. - explicou a rececionista enquanto Peeta cabelava tentando arranjar alguma segurança na parede ao seu lado.

-Tenho muito pena, meu jovem. Mas isto é capaz de demorar. - informou a senhora com um olhar que tentava passar segurança e sem querer passava tristeza e compreensão.

-Agradeço. - falou Peeta antes de avançar para a sala de espera onde se encontravam várias pessoas que esperavam noticias boas ou más, Peeta não se estava a preocupar com essas pessoas. Não sabia o porque mais sentia algo pela mulher misteriosa e desejava que ela se encontrasse bem.