De repente Amor escrita por Gabii


Capítulo 14
A Ilha


Notas iniciais do capítulo

Oiie pessoinhas! Antes de mais nada quero agradecer as fofuletes, Mari C8, Jú Ribeiro, Vic Seddie e a mais nova fofulete Geisi Carvalho, obrigada! o comentário de vocês é mega importante para mim.
Demorei para postar? sim, mas foi intencional, queria deixar vocês curiosos, em compensação irei postar 2 capítulos hoje, DOIS!!! Eu fiz cinco capítulos nessa ansiedade, mas hoje vou postar apenas dois e espero que gostem cliatulinhas.
É isso, até lá em baixo e boa leitura ;)



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Pvo Spencer

Não, não, não! Não pode ser, onde eles estão? Uma onda gigantesca atingiu o navio, Marissa está desmaiada em um pequeno compartimento no convés onde as pessoas guardam bolsas, estou agarrado a um poste, mas a onda, a onda os levou, Carly e os outros não estão no navio, eles caíram no mar, meu Deus eles caíram no mar! Minha irmãzinha e meus melhores amigos podem estar mortos, eles podem estar mortos... Não aguento mais. Ando em direção à grade de proteção, o mar ainda está agitado, não como antes, mas está, boto um pé na barra de ferro e me impulsiono para cima, sinto algo me empurrar e vou de encontro ao chão.

— Spencer você está louco?!- Marissa que agora se encontra em cima de mim, pergunta em desespero.

— Marissa eles caíram... – falo baixo, mais para mim do que para ela.

— O quê você disse?

— Eles caíram... – ela me olha e percebo que ainda não entendeu. – Eles caíram, entendeu?! Caíram!

— Não, não pode ser. Você já procurou no salão? Eles... Eles podem ter ido pra lá, Spencer eles não podem ter caído, não podem, não podem... – Ela sai de cima de mim e se ajoelha, começa a chorar e repetir que não pode ser. Abraço-a e choro com ela. Estou com medo, muito medo.

Pvo Marissa

Quando a onda atingiu o navio bati a cabeça na grade, não sei quanto tempo fiquei desmaiada, quando acordo estou no compartimento de bolsas no convés e vejo Spencer ao longe em cima da grade, não ele ao pode estar querendo se jogar na água, corro e o empurro no chão.

— Spencer você está louco?! – grito para ele, o quê ele tem na cabeça? Será que ficou louco de vez?

— Marissa eles caíram... – ele fala muito baixo e escuto apenas um sussurro indecifrável.

— O quê você disse?

— Eles caíram... – contínuo sem entender nada. - Eles caíram, entendeu?! Caíram! – Freddie! Meu Freddie, ele não... Ele não...

— Não, não pode ser. Você já procurou no salão? Eles... Eles podem ter ido para lá, Spencer eles não podem ter caído, não podem, não podem... – saio de cima dele e começo a chorar desesperadamente, meu filho, meu filho não. Ele me abraça e chora comigo, medo, só isso corre em minhas veias agora.

Pvo Carly

Minha cabeça lateja e meu pulmão arde, tento abrir os olhos, mas estão pesados demais para sequer saírem do lugar, meu corpo também dói, mexo um pouco as mãos e sinto uma textura diferente sob elas, após um tempo descubro ser areia, areia? Faço um enorme esforço e consigo abrir os olhos, logo me arrependo, pois o sol os acerta em cheio, me sento e vejo que estou em uma ilha, não sei se devo ficar aliviada ou apavorada.

Pvo Freddie

Já estou a uns quinze minutos andando nessa ilha horrenda e nem sinal de algum dos meus...

— Gibby?! Gibby, aqui!- corro em direção ao cambaleante Gibby que parece tão desorientado quanto eu.

— Freddie, o que aconteceu? Onde é que estamos?

— Fomos jogados para fora do navio com a onda e viemos parar nessa ilha horrorosa.

— E agora? Será que só nós dois caímos?

— Não sei, acho que sim.

— Espero.

Pvo Sam

Meus ouvidos zumbem e sinto minha garganta queimando, tento engolir, mas é uma missão impossível, meu corpo está fraco e meus braços doem, abro os olhos com bastante dificuldade e começo a me sentir tonta, sinto meu corpo pesar e caio novamente.

Pvo Carly

Resolvo começar a andar, essa não é o tipo de ilha linda e perfeita como o que se vê na TV, essa ilha é medonha, há apenas uma pequena parte de areia que parece dar a volta na ilha, todo o resto é apenas uma floresta medonha, com árvores altas e mata espessa, preciso achar alguém, tem que t... Solto um grito estridente ao ver... Ao ver... O corpo, perto da água há o corpo de uma mulher, loira, corro até ela e para o meu alívio vejo que não é Sam, mas a mulher, ela está morta, meu Deus será que aconteceu o mesmo com meus amigos? Não! NÃO! Grito repetidas vezes, meus joelhos tremem e caio no chão.

Pvo Gibby

— Ouviu isso?- Pergunto ao Freddie após ouvir um grito ao longe.

— O grito? Sim ouvi, e ele vem de lá. - Freddie aponta para a direta e corremos nessa direção e é quando a vejo, Carly está no chão, ajoelhada ao lado de uma mulher loira, será que... Não.

— Freddie é a Carly. Vamos! – Corro na frente e abraço-a, ela parece não perceber minha presença, está em choque, a pessoa, a mulher, não é Sam, está morta, agora entendo o porquê de ela estar em choque. – Carly, sou eu, Gibby, olha pra mim. – ela me olha e enfim parece me reconhecer.

— Gibby? Gibby!- ela me abraça com força, sinto seu corpo tremer, mas finalmente a tenho em meus braços.

Pvo Freddie

Não acredito que encontramos Carly, fiquei desesperado ao ver o corpo da mulher, pensei que era minha Sammy, mas será que mais alguém está aqui? Será que a Sam está aqui? Será que ela está viva? Só de pensar nessas coisas fico com falta de ar.

— Carly, você está bem? – pergunto ao ver um corte razoavelmente grande em sua perna.

— Sim, Freddie... Era a recepcionista.

— O quê?

— A moça, ela era a recepcionista do navio. – Carly fala com clara tristeza na voz.

— Caramba, é verdade.

— O que vamos fazer? – Gibby pergunta.

— Acho que devemos procurar um abrigo e comida.

— Mas e ela?

— Não podemos perder tempo agora Carly.

— Freddie será que mais alguém caiu do navio? Sam, Spencer ou sua mãe? Todos eles estavam no convés com a gente, se caímos eles também podem ter caído. – Gibby pergunta enquanto Carly afunda o rosto em seu pescoço.

— Não sei Gibby, precisamos torcer para que nenhum deles tenha caído. – me levanto e começo a andar, Gibby ajuda Carly a se levantar e logo nós três nos dispomos a andar pela ilha à procura de um lugar para nos abrigarmos e algo para comer, o tempo está passando e não encontramos nada na areia, não queremos entrar na mata pois não parece um lugar muito agradável, resolvemos nos separar para cobrir uma área maior.

— Freddie! Encontrei a Sam! – ouço Carly gritar, imediatamente largo a madeira que havia juntado e corro em direção ao corpo perto da mata, é ela, minha loira, ela está viva!

— Carly, abra um coco para a Sam! – Carly bate em uma pedra um dos cocos que achamos e me traz. – Sam, Sam acorda, por favor. – ela está ardendo em febre. – Ela está com febre, o que eu faço? – pergunto e devolvo o coco para Carly.

— Precisamos levar ela para um lugar com água limpa e doce, talvez a água salgada faça com que ela piore. – Carly diz enquanto pega a cabeça de Sam e deita em seu colo.

— Onde vamos encontrar água doce?

— Pessoal eu encontrei uma nascente dentro da flores... Meu Deus, Sam! – Gibby que surgiu correndo de algum lugar dentro da mata responde a dúvida e se surpreende ao ver Sam;

— Gibby, é muito longe daqui?

— Dez minutos mais ou menos.

— Vamos levar a Sam até lá, Gibby pega aquelas madeiras secas que encontrei e Carly pega os cocos, eu levo a Sam. – pego Sam nos braços e vou seguindo Gibby até a nascente, alguns galhos arranham meus braços e as pernas suspensas de Sam.

— É ali. – Gibby aponta para uma nascente com uma pequena cachoeira, não há muita mata ao redor, apesar de tudo a nascente é bem bonita, levo Sam até lá e a deito em uma pedra perto da água.

— Meninos, acho que é melhor vocês irem arrumando o abrigo enquanto eu cuido da Sam.

— Mas Carly eu acho...

— Você não acha nada Freddie, você quer ver a Sam pelada é? – coro imediatamente. – Já disse e não quero ficar repetindo, vocês vão atrás de abrigo, além do mais, é melhor vocês irem rápido, pois o dia está passando.

— OK, ok, vamos Gibby.

Pvo Carly

Os meninos saem deixando apenas eu e Sam, tiro o vestido de Sam e com uma folha grande molho ela, após cerca de quinze minutos sua febre começa a diminuir, então a visto novamente em seu vestido preto. Resolvo ir tomar banho, tiro meu vestido e entro na água, alguns minutos se passam e noto um movimento vindo de Sam, ela acordou, corro até ela.

— Sam, Sam sou eu, Carly.

— Ca... Car...

— Não faça esforço Sam, os meninos devem vir daqui a pouco com alguma comida, vou pegar água pra você. – me levanto e pego um pouco de água com a folha e levo até Sam.

— Está se sentindo melhor Sam? – Pergunto após alguns minutos e ela acena com a cabeça.

— O quê aconteceu Carly?

— Com a onda fomos jogados para fora do navio e viemos parar nessa ilha.

— Quem mais caiu do navio?

— Além de nós duas também caíram o Freddie e o Gibby.

— Só nós quatro?

— E a recepcionista do navio.

— E onde ela está?

— Ela está morta, eu a encontrei perto do mar.

— Morta? Caramba... Sabe Carly, eu tinha certeza que ia morrer, senti tudo que dizem que sentem quando se está prestes a morrer, não sei o que aconteceu, é um milagre eu ter sobrevivido.

— Concordo, é um milagre.

— Carly o quê é isso na sua perna? Meu Deus está sangrando muito!

— Não é nada Sam, não se preocupa. – vejo Freddie e Gibby se aproximando, Freddie corre, larga tudo que segurava no chão e abraça Sam.

Pvo Sam

Sei que deveria ser forte, Carly está sendo, porque eu não posso ser? Freddie me abraça e desabo em seus braços, nunca me permito ser fraca na frente de ninguém, mas dane-se, quem se importa?

— Sam, eu e o Gibby vamos dar uma volta, acho que você e Freddie precisam conversar. – Carly sai e arrasta Gibby junto, Freddie se volta para mim e finalmente fala algo.

— Tive muito medo de que tivesse morrido, eu e Gibby vimos mais três corpos além do da recepcionista, Carly já te falou sobre ela, certo? – concordo com a cabeça. – Sam, por favor, quando eu pedir para não soltar minha mão aconteça o quê acontecer, obedeça, minha vida não teria sentido sem você. – minhas lágrimas deram lugar a um sorriso.

— Você realmente pensa isso? Por que nunca me disse isso? Esperou quase sermos mortos para perceber que sente algo além de ódio por mim!

— É porque nunca estive tão perto de te perder. – ele se inclina e toca levemente meus lábios com os seus, eu me afasto, quase no mesmo segundo em que Carly e Gibby chegam.

Pvo Carly

Eu e Gibby saímos para dar mais privacidade a Sam e Freddie, nos sentamos perto da praia na sombra de uma árvore, olhamos o mar por um tempo até que ele quebra o silêncio.

— Desculpa.

— Desculpa pelo quê?

— Tudo isso foi culpa minha, eu chamei você para ir ao convés, pedi que confiasse em mim, mas não tive a capacidade de cuidar de você, de te manter segura, agora estamos todos aqui em perigo por minha culpa.

— Para Gibby, não foi culpa sua, eu não sou nnhuma criança, você me chamou para ir ao convés e eu aceitei, nossos amigos tentaram ajudar, eles apenas fizeram por mim o que eu com certeza faria por qualquer um deles.

— Mas de qualquer forma se não fosse... – não deixo que termine a frase e o beijo, ele que estava muito tenso, começa a relaxar e corresponder ao beijo, ficamos sem ar e nos separamos, seguro seu rosto e olho em seus olhos.

— Não se preocupa, você está aqui comigo e nada mais importa, vamos enfrentar tudo isso juntos. – ele sorri para mim e me sinto realmente confiante em tudo o que eu disse. Após algum tempo, talvez vinte ou trinta minutos, nos levantamos e começamos a fazer o caminho de volta para onde Sam e Freddie estavam, só quando é tarde demais percebo que os dois iam se beijar, ou estavam se beijando, droga, acabei com o clima. Minha perna lateja e doe muito, então peço a ajuda de Sam com o machucado que parece que está piorando.

Pvo Sam

Enquanto eu cuidava do ferimento de Carly, que por sinal estava horrível, Gibby e Freddie montaram um “abrigo” feito com folhas e madeira, algo bem improvisado, mas eficiente, os dois já foram escoteiros, acampantes, Lobinhos, ou seja lá o que eles fizeram, o importante é que aprenderam a montar algo que nos protegerá durante a noite. Decidimos que precisávamos secar nossas roupas ou pegaríamos uma pneumonia fácil, os meninos foram para longe e eu e Carly colocamos nossas roupas para secar, simplesmente não acredito que estou presa em uma ilha com esse vestido, meus saltos foram os primeiros a se perder quando caí na água, isso já era de se esperar, as correntes dos ombros quebraram e uma das mangas se rasgou. Ninguém ficou com a roupa totalmente inteira, Carly ficou apenas com alguns trapos de pano como roupa, o vestido que já tinha uma abertura na barriga se rasgou, deixando apenas um “top” e uma saia, os meninos tiveram mais sorte, tiveram as blusas um pouco rasgadas, mas as calças eram de um tecido firme. Cerca de duas horas depois eles voltaram, com as roupas secas e frutas para comermos, já estava escurecendo, já devia ser seis horas da tarde, talvez sete.

Pvo Gibby

Depois da nossa refeição que constituía em cocos, bananas e morangos- era para ter amoras, mas descobrimos que elas eram venenosas, sorte que lembramo-nos da regra dos escoteiros para quando se está em dúvida se comer ou não uma fruta, é só ver se os passarinhos estão as comendo, bom, também ajudou o fato de vermos um beija-flor morrer depois de bicar um pedaço- fomos dormir, como não tínhamos cobertor Carly dormiu abraçada comigo e logicamente Sam dormiu com Freddie. Acordamos muitas vezes durante a noite, às vezes por causa de barulhos feitos por animais, às vezes por pesadelos que tínhamos ou pelo frio. Foi uma longa noite, mas eu tenho Carly em meus braços, a única coisa boa no meio desse caos.


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Notas finais do capítulo

Eae, gostaram? espero que sim, até o próximo Pessoal!
Beijos De pizza!!!!