O Beijo Da Traição escrita por By Thay gc


Capítulo 8
Uma nova pista


Notas iniciais do capítulo

Hey, espero que gostem deste episodio, temos novidades muito importante ein ^^



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POV Rose

Abri de leve a porta para que ninguém me ouvisse entrar no escritório, os outros guardiões não estavam por perto, era a hora da troca de turnos. A visão deplorável que tive foi de Abe com a cabeça sobre a mesa de madeira, as mãos estavam caídas para trás e ele estava roncando - bem alto - . Entrei de fininho no escritório e tranquei a porta. Pisando com os calcanhares me aproximei das gavetas do lado onde meu pai estava, achei apenas papeis e algumas cartas endereçadas para um tal de Dashkov, não conheço, mas tenho a impressão de já ter ouvido esse nome em algum lugar. Nas cartas não tinha nada de especial, mas uma acabou me chamando atenção.

" Victor, não sei qual sua intenção, mas mandar me dizer que alguém está planejando algo para mim, é muito clichê. Você sabe com o que trabalho, quais são meus contatos, posso saber quem é a pessoa rápido, mas não vou me incomodar com isso. Tenho coisas mais importantes pra fazer do que ficar preocupado com um trote qualquer. 

Abe Mazur. "

Essa carta foi escrita um dia antes de Janine ser morta, acho que ele voltou atrás pelo visto. Agora sim eu me lembrei, Victor Dashkov é o pai da Natalie, não sabia que Abe e ele se conheciam. Por que todos estão escondendo as coisas de mim ultimamente? 

Eu não sou hipócrita, eu sei que muitas pessoas odeiam meu pai. Mas quem quer que seja, algo me diz que está envolvido com Victor ou até Sonya. Pode ser qualquer um, todos são suspeitos. 

Infelizmente não encontrei nada que diga sobre a professora Karp. Eu estava olhando agora a estante de livros do meu pai, ele não era um homem de leitura, pois estava tudo empoeirado, mas eu saberia o ultimo livro que ele leu por causa da falta de sujeira. E estava certa, no meio de um monte de livros com a mesma cor, a lateral de um deles estava limpa e era de cor diferente, um azul bem escuro estava gritante no meio do marrom.

Ao pegar o livro alguma coisa caiu no chão, fez um barulho irritante na medeira, fazendo Abe se mexer, encolhi os ombros como se isso fosse amenizar o som, felizmente meu pai não acordou, a bebida o tinha derrubado mesmo. 

Vi que o que tinha caído era uma pulseira de cordão preta com um pingente de coração prateado, nele haviam gravados as letras "S.K". - Sonya Karp? 

(http://25.media.tumblr.com/f32f7dd85776c9063800ddd4a06b06b2/tumblr_ml7fhx3fNW1s4crg4o1_500.png)

- É só isso que me falta mesmo. - não percebi que falei alto, Abe se mexeu de novo, mas agora parecia que iria acordar, peguei a pulseira e guardei o livro no lugar, saí do escritório torcendo para que ninguém me visse saindo dele. Mas acabou que dei de cara com Dimitri outra vez.

- Que susto Dimitri. 

- Estava aprontando? - ele deu aquele sorrisinho de lado que dava quando estava se divertindo.

- Claro que sim. Se não, eu não me chamaria Rose Hathaway. - ele revirou os olhos . - Conhece Sonya Karp? - falei antes de impedir que as palavras escapassem dos meus lábios.

- Ouvi falar dela, por que?  - e lá estava a cara fria de Dimitri de novo.

- Soube que ela foi sequestrada. Ninguém tem alguma pista sobre o paradeiro dela? - ele pensou um pouco antes de responder.

- Não que eu saiba. Ela era sua professora, né? 

Eu assenti com a cabeça, só depois percebi que a pulseira estava na minha mão por que vi que os olhos de Dimitri que estavam para baixo. Bem na direção do meu decote, eu sabia que era a pulseira, mas com certeza ele aproveitou a chance. Joguei as mãos para trás e falei rindo.

- Está olhando pra algum lugar camarada? 

- Boa noite Rose, e não se meta em encrenca. 

Falou ele antes de subir para seu quarto me deixando rindo com sua expressão de ter sido pego no flagra. Corri para minha cama examinar a pulseira, era mesmo de Sonya Karp, não tinha outra explicação, mas porque uma pulseira dessa estava fazendo no meio dos livros do meu pai? Espero que o resto dos meus amigos tenham mais sorte que eu.

Dois dias tinham se passado e amanha seria a festa a fantasia, eu já sabia com que roupa iria, estava tudo planejado. Adrian disse que me levaria, mas eu já o havia alertado sobre Dimitri ir junto. Ele não gostou muito da ideia, mas era melhor do que não vir. Mikhail também iria.

Durante esses dias eu quase não troquei uma palavra com Abe, percebi que ele estava mais bravo do que de costume, deve ter dado falta da pulseira. Eu estava no meu quarto mexendo no computador quando meu pai entra no quarto que nem um furacão.

- Rosemarie, você pegou alguma coisa no meu escritório? - seu tom era calmo, mas eu sabia que por dentro estava furioso.

- Não pai. Por que?

- Nada. - antes que ele saísse eu resolvi falar o nome 'perigoso'  e ver a reação dele.

- Soube sobre o sequestro de Sonya Karp? 

Ele parou na mesma hora de andar, ainda estava de costas, mas pude ouvir ele suspirando e ficando tenso. Se virou lentamente e vi seus olhos brilhando.

- Fiquei sabendo. 

- O que ela tem haver com você? - ele arregalou o olhos e então acusou.

- Foi você que pegou, não é?

- Talvez, me diz logo. - eu falei me levantando, o olhava de um jeito sínico, já era hora de algumas respostas.

- Isso não é da sua conta menina. Agora me devolva logo a pulseira. - balbuciou ele estendendo a mão.

- Você traiu minha mãe Abe?Depois vem falar do meu comportamento na escola.

Agora vi seus olhos escurecerem, senti uma quentura preencher meu rosto, percebi que tinha levado um tapa na cara.

- Nunca mais me desrespeite garota. 

Eu coloquei minha mão no rosto e segurei as lágrimas, não choraria na sua frente, ele continuou parado lá esperando  a pulseira. Me virei de costas e pude ouvir ele rosnar, odiava que fizessem isso com ele, mas logo se acalmou quando voltei a olha-lo nos olhos e lhe entregar a joia. Ele a pegou rápido e saiu batendo a porta atrás de si.

Me joguei na cama e gritei o mais alto possível de cara no travesseiro, não chorei, não xinguei, não me lamentei pela afirmação que fiz a ele. Eu estava certa, não pediria desculpas, ele é o culpado. Se tivesse me contado antes eu não diria algo sem ter certeza, mesmo que eu esteja errada, foi o erro dele esconder tal coisa de mim depois de tanta merda acontecendo. 

Eu bati incessantemente na cama, arranhava os lençóis, gritava e jogava meus travesseiros no chão de raiva. Percebi que a porta se abriu, quem quer que fosse eu iria bater, precisava descontar tudo em alguma coisa. Senti que Dimiti me segurou nos braços e disse algo em russo, na mesma hora eu parei de tentar espanca-lo e me aconcheguei em seu abraço, não chorei, não disse uma palavra, meu peito doía assim como meu rosto, o tapa foi bem forte.

- Esta tudo bem Roza. - murmurou em meu ouvido.

- Não, não esta Dimitri, não tem nada bem nessa merda. 

Eu segurei no pescoço de Dimitri enquanto tentava aproximar meu rosto dele para beija-lo, eu queria e precisava de um beijo dele agora, mais do que nunca, mas ele recuou.

- Não! - foi apenas isso que ele falou.

O empurrei para trás e falei.

- Você esta com a Tasha por acaso? 

- O que? O que ela tem haver com isso Rose? - ele me olhava confuso, eu estava de joelhos em cima da cama, mas me levantei e fiquei de pé no chão, pra tentar igualar o ar de séria que estava.

- Só me deixe em paz. - eu não estava bem pra falar sobre aquela vaca, não agora, não do jeito que estou. 

Vendo que Dimitri não saia do quarto eu mesma saio indo para a cozinha comer alguma coisa. Já era noite e Diana estáva preparando o jantar ou o que quer que ela esteja fazendo. Peço que me faça um prato cheio de batatas fritas enquanto eu iria sair pra esvair minha mente. 

Ela teimou comigo no inicio dizendo que era perigoso eu ficar lá fora sozinha, mas depois Diana acabou entendendo o meu estado critico e falou pra que eu não demorasse muito ou mandaria alguém ir atrás de mim.

Só depois que estava lá fora percebi o frio que se estendia, o vento parecia rasgar minha pele, eu precisava esfria-la do tapa que ganhara de Abe, sempre fui acostumada com Janine me batendo mas meu pai nunca encostou um dedo em mim. Isso foi algo inesperado, ele esta tão desolado e desesperado assim que acaba batendo na própria filha? 

Minha blusa fina não estava ajudando em nada contra aquela ventania, e minha calça jeans muito menos, meus pés estavam descalços, enquanto andava pelo caminho feito com mato, o caminho ia até a parte da frente da casa, mas ali tinha um esconderijo que fiz pra ficar sozinha quando criança. Há anos não entro lá, hoje vai servir. 

Na hora em que vou tirar os arbustos da frente ouço um galho se quebrar. Ótimo, agora tem alguém aqui. Pensei frustrada, não iria perguntar quem era, apenas recuei e tentei fazer o minimo barulho possível, mas parece que não funcionou. Um homem saltou por de trás das folhas tentando me dar um soco, mas eu desviei e dei um chute em sua costela de lado. Foi forte o suficiente para faze-lo cambalear, tentei correr mas outro homem entrou em meu caminho, tentei olhar paras os dois ao mesmo tempo, ouvi alguém falar em russo, logo reconheci a voz. 

- Você é o Nathan, não é? 

O ouvi dando uma risada sarcástica que me fez tremer. - Além de bonita é esperta. 

- Ela é muito bonita mesmo. - o homem desconhecido falou.

Eu não conseguia ver direito pois estava muito escuro, não tinha luz naquela parte da frente. Eu tentei enrola-los os confundindo com meus passos, mas eram mais espertos que eu. Me lembrei do que Dimitri  falou sobre minha velocidade, eu só tinha que arranjar um jeito de correr ou pelo menos os deixar caídos. 

Fingi que iria correr ao lado oposto do de Nathan quando o outro tentou me golpear na cabeça, mas como havia planejado, mesmo meus pés estando descalços eu tinha que fazer aquilo - Isso vai doer -  pensei. Dei um chute no chão fazendo a poeira subir, o homem começou a tossir, depois dei dois tapas de uma vez nos ouvidos dele, o ouvi gritar, mas era mais um incomodo, eu sei como tapa no ouvido pode doer. Nathan estava logo atrás de mim, tentei joga-lo  para o lado com um chute no estomago, mas ele foi mais rápido e me bloqueou, me  empurrando com o braço no meu pescoço e me prendeu no tronco da árvore. Seu corpo estava esmagando o meu, tratei logo de dar um joelhada no ponto fraco de qualquer homem. 

O ouvi xingar, mas não foi na minha língua, foi tão forte que ele chegou a cair no chão, e rápido o suficiente para que eu corresse para longe deles, o outro homem pelo visto não era muito inteligente, ele tentou acudir Nathan.

- Vá pega-la idiota.- o ouvi repreendendo o cara.

Aquelas corridas de Dimitri me ajudaram bastante, do local onde estávamos era meio distante da minha casa, ou pelo menos da porta dos fundos, me lembrei que para ir para o ginásio tinha um tipo de alçapão que Janine fez caso precisasse, nunca entendi muito bem o que ela quis dizer com isso. De qualquer forma me ajudou bastante.

No momento em que me aproximei da porta escondida eu trombei com Abe parado tomando alguma coisa que não distingui na hora. Ouvi os passos atrás de mim cessarem quando ouvi Abe dizer.

- Robert?


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Notas finais do capítulo

O que Robert Doru estava fazendo com Nathan ein ??
Comentem por favor, obrigada a todos ^^



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