O Beijo Da Traição escrita por By Thay gc


Capítulo 1
Apenas o inicio


Notas iniciais do capítulo

Reescrevendo essa linda fanfic, espero que você novo leitor possa gostar. Lembrando que estou fazendo por capítulos, portanto, se no próximo capitulo a escrita estiver muito diferente, foi por causa do tempo e experiência que adquiri com a escrita.



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POV Abe

"Senhor Mazur, primeiramente preciso reconhecer como toda sua fama é intimidadora, e isso deve colocar medo em qualquer um. Infelizmente para o senhor, sou diferente de outros que atravessaram seu caminho, afinal, foi o senhor quem atravessou o meu. 

Tenho certeza que não se lembrará de mim, e isso não me importa no momento, a hora certa vai chegar e quero observar seu olhar no instante que colocar sua atenção em minha face. 

Senhor Mazur, fez coisas terríveis, não foi? Quantos sabem de sua podridão? Será que sua querida filha tem conhecimento? Ou sua belíssima esposa? Elas sabem tudo o que o bom pai e o perfeito marido teve coragem de fazer durante todo o seu reinado de poder e fortuna? Se bem que se elas apoiam seu trabalho, não devem ser tão boas pessoas assim.

Gostaria de eu mesmo perguntar a elas, contudo, tenho certeza que não será possível. É uma pena, admito, mas tudo precisa ser feito corretamente. Toda a dor que causou em mim um dia, será cobrada a partir de hoje Mazur. 

Esta será minha primeira carta, posso mandar outras no decorrer de sua decadência, ou não, será uma surpresa, posso apostar. Aproveite o dia, tenho certeza que irá saborear os próximos acontecimentos, eu sei que vou. É aqui que começa toda a história para mim Mazur, e é nesta carta que tudo termina pra você."

Mais uma daquelas benditas cartas logo pela manhã. Apesar da frequência com a qual recebo tais ameaças, aquela havia dado um leve toque de arrepio em minha espinha. Admito que me senti desconfortável, mesmo assim não me permitiria chatear por outra bobeira como aquela. Como já acontecera antes, as ameaças nunca passavam de ameaças. Meu trabalho na máfia sempre foi complicado, e minha fortuna havia sido construída em cima de acontecimentos tristes para uns, todavia, era preciso. Ninguém virava um mafioso sendo um bom rapaz.

Mesmo assim, não me considerava um ser odioso, eu não me permitia tais pensamentos, e minha consciência permanecia tranquila com o passar do tempo e da aprendizagem de que tudo acontecia por um motivo. Eu era o motivo. Tendo tal vida nada fácil e perigosa, não apenas para mim como para qualquer um a minha volta, eu vivia ladeado por guardas, os chamados guardiões segundo minha esposa Janine. 

Deixei a carta jogada dentro da gaveta da escrivaninha e a tranquei, me esquivei do escritório e fui até o segundo andar, nossa governanta já havia avisado que o café da manhã estava pronto, e pelo meu nome sendo chamado por Janine, eu estava atrasado. 

Ao pé da escada pude ouvir um estrondo horripilante e familiar ecoar por toda a mansão. Meu corpo foi paralisado no instante que um gelo me percorreu, as palavras da carta adentraram em meu consciente automaticamente. A bile subiu a garganta e percebi que o mundo havia ficado abafado, pois pude escutar um leve sonido de passos apressados no piso debaixo, racionalizei que fossem outros guardiões que se apressaram até a cozinha. 

Cozinha? Quem estava na cozinha? Janine? Rosemarie? Oh não! Elas estavam lá e não podia ouvir suas vozes, na verdade não ouvia absolutamente ninguém. Podia sentir minhas pernas bambearem, o som de bala atravessando o ambiente até se encontrar naquela maldita cozinha me fez querer permitir que meu corpo perdesse a força completa e eu seria jogada escada abaixo, por alguma sorte do destino, eu poderia quebrar o pescoço e não saberia jamais o que havia de fato acontecido na cozinha. Porém, eu havia sido religado por algo, um pequeno som de choro que acordou meu cérebro, algo que dentro de mim reverberou fazendo uma parte da esperança retornar com afinco até meu peito.

Forço meus pés em um impulso animalesco e em duas piscadas ou menos já estou diante do batente da cozinha a procura de quem havia chorado, um agudo fino e engasgado de terror, ali estava minha razão de manter-me vivo, minha filha Rosemarie se encontrava com o corpo curvado sobre a pia, tremia tão fortemente quanto eu há segundos atrás.

Estava a ponto de me aproximar de Rose quando sinto um toque suave e receoso no ombro, minha visão periférica logo captou a origem da chamada. Um de meus guardiões pessoais me encarou com seu semblante estranhamente frenético, havia corrido ou algo do tipo, sendo quem era, se tornava comum que o rapaz muito bem treinado jamais permitisse que sua reação fosse tomada por qualquer que fosse um acontecimento de fora, contudo, o que acontecera na cozinha, o deixara estranhamente incomodado. 

— Senhor, precisamos tirar Rosemarie do lugar, não é seguro. O atirador pode estar mirando em nós agora. 

Engoli secamente, finalmente as vozes e o ruídos agitados da casa me acordaram. Como se escapasse de um transe pude acompanhar o que exatamente estava se passando. 

Primeiramente vi Alberta no chão, mesmo de costa era possível a reconhecer por seus ombros fortes de um treinamento bem feito e dos músculos que criara com o tempo de luta. A guardiã estava abaixada, mas em alerta com sua arma em modo de combate. As mãos então me chamaram ainda mais atenção, sangue, aquela sujeira carmesim que brilhava como um farol no meio do oceano. Foi então que percebi que Rosemarie também estava ensanguentada, antes que perguntasse como estava minha filha, notei que o sangue era de outra pessoa. Da mulher deitada no chão frio da cozinha. Janine, minha incrível esposa agora não passava de um corpo sem vida, onde um buraco fundo de bala fora afundado bem no centro da testa. 

Não sabia ao certo de onde viera a força em meu coração, mas minha voz ressoou tão áspera que fizera Rosemarie olhar para mim pasma com seus olhos inchados de tanto chorar. Aparentava incomoda com meu jeito estranho de lidar com a situação, contudo, ela não podia entender, sua vida estava em jogo. 

— Yuri, leve Rosemarie daqui, e peça ao guardião Alto para acompanhar os outros guardiões e averiguar o perímetro próximo a minha casa. - hesitei mantendo minha atenção em Alberta - E você Alberta, fique em alerta e observe se há movimentações no andar de baixo que não seja nós. Qualquer pessoa que não conheçam, atire, mas não matem. Quero a pessoa bem viva.

Todo o resto aconteceu rapidamente, eu apenas olhei uma última vez para o corpo de Janine, sentindo um aperto ardido no peito, o que me tirou uma lágrima fina dos olhos, lagrima essa que há muito não escorregava por minha bochecha. Forcei meus olhos a se fecharem e subi imediatamente ao meu escritório, novamente meu escritório, onde começara o dia. Precisava ler a carta de novo. 

Permiti que os guardiões continuassem com tudo o que havia pedido a eles. Não sabia ao certo quantas vezes teria lido aquelas palavras estranhas e ameaçadoras. Não encontrara a olho nu qualquer pista que revelasse uma característica do desgraçado. Tomei nem sei quantos copos de whiskey e outra bebida forte que encontrei na mesa e fiquei por lá. 

Verifiquei Rosemarie depois de ficar acertado que não encontraram suspeitos na região próximo a nós. Minha filha estava adormecida, obriguei a governanta a lhe dar um calmante para que ela conseguisse esquecer toda a situação de merda por algumas horas. Acariciei seus cabelos castanhos e retornei a minha escrivaninha. O guardião Yuri já me esperava por lá. 

— Escute, Yuri, não quero apenas reforçar a proteção de Rose, quero que ela tenha o melhor guardião que exista. Tenho certeza que você pode me ajudar.

Ele pareceu pensar. Suas mãos atrás das costas e respiração calma, como seu habitual. 

— Existe alguém.

— Quem? 

— Dimitri Belikov.


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Notas finais do capítulo

Bom, gostaram? por favor comentem, eu ficaria muito feliz. Aceito sugestões. Obrigada a todos que leram.



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