Reconhecimento E Aceitação. escrita por Oniguirii


Capítulo 3
Chapter 03


Notas iniciais do capítulo

Desculpem de verdade, meus amores D: Juro que tentei, mas eu tava dopada com os remédios ontem e não consegui MESMO revisar e muito menos postar de noite... Desculpem Ç___Ç Mas mesmo assim, espero que se divirtam com o último capítulo ;o; Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/350000/chapter/3

Os dias se passaram num piscar de olhos e assim, o Winter Cup também se ia. Aomine continuava sem muito interesse em adversários que não julgava importantes, todavia, claro que no WC haviam suas exceções. Seus ex-companheiros de time, a Kiseki no Sedai estava toda espalhada. E hoje, em especial, tinha que ver o jogo, desde o começo.

Haizaki Shougo se fazia presente em suas vidas, novamente.

Embora parecesse que Kise estava levando a pior, Aomine acreditava nele. Não chegava ao ponto de berrar como Tetsu escancarando isso, mas era isso que ele sentia também. E, tudo bem que depois uma pontada de ciúmes bateu em seu peito, visto que Kise sentiu-se empurrado, até chegou a achar que deveria ter gritado, mas ora, francamente. Ele era Aomine Daiki. Nem fodendo iria gritar daquela maneira. Tetsu é sempre muito sem noção...

E ao término do jogo, mais uma vez, um sorriso verdadeiro havia sido lançado a ele.

Riu de lado e com as mãos no bolsos saiu de lá dizendo para Satsuki ir embora sem ele. Havia algo a se fazer. Algo que não ficaria barato, nem a pau.

Até tentou conversar, mas convenhamos, não deu. O soco foi certeiro e a queda inevitável. Nunca havia sentido um alívio tão grande fazendo isso na vida. E... Pensando agora, deveria ter feito isso antes. Ninguém atrapalharia o caminho de Kise, principalmente de maneira tão suja e ridícula. Virou-se ignorando o ser desprezível (entenda-se, Haizaki Shougo) que deixou no chão e surpreendeu-se com o par de olhos que o encarava igualmente surpresos.

Aomine o encarou e nada disse. Ele havia visto. Foda-se. Caminhou seguindo seu rumo qual era inevitável passar ao seu lado e quando isso aconteceu, Kasamatsu o segurou pelo pulso. - Até que você manda bem. - comentou impressionado surpreendendo o outro.

- Como? - fitou-o.

Kasamatsu olhou uma vez para o “corpo” no chão e suspirou. Não era de sua natureza fazer algo do tipo, mas tinha que reconhecer que ver aquilo o deixou feliz. Ao menos, vingado de alguma forma embora não achasse exatamente, certo. - Sinceramente. - o Capitão começou. - Eu não gosto de você. - encarou-o seriamente. Soltou o ar resignado. - Embora não concorde com o jeito que você age, sei que foi por uma boa causa. - comentou.

- Kasamatsu! - Moriyama gritou quando o avistou ao longe balançando seus pertences que ele havia lhe dito para pegar e largar o loiro lá. Sim, ele telefonou para o amigo assim que viu o que Daiki estava fazendo e claro, depois de ser testemunha de que o rapaz havia tentado conversar antes de partir para a ignorância. Aquele tal de Haiziaki realmente não prestava e embora tenha se sentido meio incomodado, de certa forma havia ficado feliz pelo prezo do outro com o caminho de Kise. Afinal, por mais que realmente não aprovasse tal ato, Aomine havia feito isso pensando no loiro.

Yukio olhou para seu companheiro de time um instante e voltou os olhos à Daiki batendo um pacote que Aomine não fazia ideia do que fosse, em seu peito. - Se o machucar, juro que vai se arrepender. - disse e foi de encontro à Yoshitaka. - O deixe em casa e não faça nada estúpido. - virou minimante o rosto para ele, só para o final ficar bem claro.

Certo, inteligência fora da quadra realmente não era um ponto muito forte em Aomine, mas confuso, vendo o outro se afastar, abriu o pacote surpreendendo-se com o kit de primeiros socorros que continha ali, entendendo BEM o que era aquilo. Engoliu seco e olhou mais uma vez para Kasamatsu que acenava de costas para ele deixando o lugar com seus companheiros de time... Exceto, Kise. A insegurança o consumia e a confusão o atrasava, mas mesmo assim, conseguiu chegar com segurança ao vestiário que a Kaijou ocupava. A luz estava acesa e a porta fechada. Respirou profundamente, duas, sete vezes e enfim, abria a porta. O loiro estava sentado com a cabeça baixa e a toalha sobre ela. Já trocado, com o agasalho da Kaijou, chegava a parecer que dormia ali. O ar faltou. Ele estava para fazer uma boa ação e ainda por cima... Para ele. A passos silentes aproximou-se e abaixou-se ao seus pés já começando sua “missão” ignorando a surpresa do outro.

- Vinte minutos, quieto. - disse e o encarou severo esperando de verdade que ele ficasse quieto com o gelo no tornozelo, visto que aquilo havia inchado.

Kise franziu o cenho em estranheza.

Ahn?!

Aomine cruzou os braços e suspirou. - Sua besta! - berrou a plenos pulmões fazendo-o recuar espantado. Daiki estava bravo pela falta de cuidado que aquele loiro tinha consigo mesmo. O silêncio perdurou alguns segundos até Ryouta se recompor e o outro respirar profundamente. Aomine sentou-se no banco fazendo um estrondoso barulho. - Mas... - virou-se no banco, ficando de costas para o loiro. - Você jogou bem...

MUITO tempo se passou apenas para deixá-lo ainda mais nervoso com aquela situação. Ele estava fazendo algo que deveria ter feito há muito tempo e que nunca teve a decência de fazer. Tinha vergonha de si mesmo, nesse ponto... Em mais esse ponto. Sua lerdeza chegava a dar-lhe dor de estômago.

- Er... Desculpe... - sem jeito o loiro finalmente se pronunciou. - Bateu a cabeça? - indagou na maior cara de pau explicitamente “tá drogado?”.

Uma veia enorme saltou da testa de Aomine que se virou pegando o loiro pela cabeça. - E é isso que eu ganho por me preocupar com você seu modelo de merda! - um sorriso desenhava-se assustadoramente naqueles lábios.

Mal do hábito. Aomine só o soltou quando sua consciência retornou e o lembrou da perna do outro. Não o queria se debatendo e fazendo de seu trabalho em vão. - Desculpe, Aominecchi... Mas é que... É que... - palpável desconforto só piorava a situação caótica de Daiki. Por puro reflexo, sentou-se novamente, de costas, mais uma vez.

O tempo mais uma vez passava por ali até que, Kise suspirou e encostou a testa no ombro de Aomine. - Arigato’ssu. - sorriu.

- … Oo. - limitou-se a dizer e assim permaneceram. Não queria estragar aquele momento como sempre acabava fazendo nessas horas. Sempre fazia alguma merda e... Enfim. Não queria fazer nada disso. Melhor só aproveitar esse momento raro e quase impossível deles.

- Obrigado, Aominecchi... Pode ficar tranquilo, vou me cuidar. Já vou embora, não precisa se...

Ha-ha-ha.

Até parece.

- Eu vou te levar. - limitou-se mais uma vez a dizer e ignorou totalmente os resmungos e sabe-se lá o que, que o loiro proferia. Deitou no banco deixando a cabeça próxima da coxa de Kise e cobriu os olhos com o braço direito. - Me acorde quando der o tempo. - “dormiu”.

Sinceramente, sentia-se mal por essa situação. Afinal, na cabeça dele, Kise estava com Kasamatsu e pensando agora... Por que aquele baixinho invocado o mandou fazer isso...? Certo. Mais uma vez ele agiu por impulso e por suas emoções e nem se preocupou com mais nada, mas não sabia o que rolava de verdade entre eles e... Ok. Não estava pronto para saber também. Talvez, Kise tivesse dito algo sobre o passado deles e o mais velho quisesse que eles fizessem as pazes... Explicação que fez muito sentido e que Daiki acatou como verdade, visto que não queria pensar em alguma outra coisa.

E refletindo sobre tudo isso, acabou por dormir de verdade. O tempo corria novamente e sentindo cócegas em seu rosto, despertou. Os fios louros pinicavam seu rosto e espantou-se com aquela cara tão próxima de si. Engoliu seco e com receio de acordá-lo, manteve-se assim. Seus orbes percorriam cada milímetro daquele rosto tão belo aos olhos de muitos e claro que tinha que se sentir ainda mais idiota. Lembrava-se vagamente de um dia que acordou e que Kise dormia ao seu lado. Hoje, ele ficaria muito feliz, mas naquela época, como não cansa de dizer a si mesmo, era um imbecil. Suspirou resignado e levantou-se ficando sentado e olhando para o outro. Viu a hora no relógio de parede ali e por mais que por um lado não quisesse MESMO fazer isso, não via outra alternativa visto que não era nenhum filhinho de papai que conseguiria pagar um táxi.

Pelo jogo anterior, imaginava que o loiro tivesse gastado bastante energia e com isso, não se preocupou muito dele acordar. Pegou as coisas do modelo e por fim, o colocou nas costas. Olhou para o lado uma vez e sorriu com a expressão serena que estampava o rosto de Kise, tão próximo de si. Quanto ele não podia ter aproveitado da época que estudaram juntos se ele não tivesse sido tão... Ok. Chega de se xingar. Suspirou triste e começou a caminhar.

Muito o surpreendeu ele não ter acordado pelo caminho e felizmente, ninguém achou que ele fosse um sequestrador ou algo do tipo, porque claro que tomou a precaução mínima e escondeu o rosto conhecido com a touca do próprio agasalho do loiro para não ser MESMO confundido com um Stalker sequestrador de celebridades. Se fosse ele, não seria nada estranho não acordar, visto que ele morria ao invés de dormir, mas Kise ser desse nipe, ele realmente não sabia. E mais uma vez, o sorriso por mais uma descoberta adornava seus lábios.

Estavam dentro do trem agora e no vagão não havia muitas pessoas. Colocou Kise sentado para o lado da porta e apoiou a cabeça dele no próprio encostro da lateral. Dormia tranquilo. Ao seu lado, apenas ficou vendo a paisagem correr do lado de fora da janela. Lembrava-se daquele loiro tão barulhentamente que ainda sentia-se estranho com ele calado dessa maneira. Seus olhos correram para ele e suspirou. Ele era indiscutivelmente lindo.

Ainda demoraria um pouco até chegarem à estação de destino e assim, encostou-se à parede (?) atrás de si e fechou os olhos. Alguns minutos se passaram e lentamente, sentiu o ombro pesar. Seus olhos se abriram e fitaram de esguelha os fios louros que caíam sobre seu ombro encobertos pelo capuz. Duas garotas riam baixinho cochichando algo sobre eles ali perto. Afinal, por mais que seu rosto estivesse coberto, não camuflava o porte atlético e masculino de Kise. Seu cenho franziu levemente, mas riu de lado imperceptível. Encostou a cabeça na do outro e encarou-as com um sorriso debochado no rosto. Puxou a mão do loiro entrelaçando seus dedos sobre sua coxa, fazendo um carinho leve ali, deixando a mão do loiro entre as suas. Encabuladas, logo se afastaram com um desconforto visível. Como essas pessoas eram ridículas. Desfez o contato de uma de suas mãos e na tentativa de soltar a outra, ela foi apertada e firmemente segurada. Kise aconchegou-se melhor no ombro de Aomine e sorriu levemente. Ok. Este era aquele momento que Daiki se arrependia do que fazia. De vez em quando, queria entender por que ele agia antes de pensar... Mas só de vez em quando. Bem... E agora?... Sei lá. Apenas não se mexeu mais até o destino chegar. Se começasse a pensar, estragaria tudo, pra variar. Já bastava o nervosismo e a aceleração incomum de seus batimentos cardíacos qual ainda não havia se acostumado. Sorte a coloração natural de seu rosto ajudar a outra coloração a ser quase imperceptível, mas não o suficiente para que ele próprio não percebesse.

Da estação até a casa do loiro não era lá tão longe. Ainda bem que só precisaram pegar uma só linha até ali. Se tivesse que ficar fazendo baldeações não teria tido dó e acordado o loiro no chute. Riu de sua própria conclusão e bem na metade do caminho... Foi empurrado e ainda bem que era um atleta com reflexos rápidos e com força, porque senão, o chão não seria nada hospitaleiro com eles e alguns arranhões surgiriam aqui e ali.

- OI! - berrou. Que aquele loiro era desmiolado ele bem sabia, mas hey! - Até para acordar você é barulhento?! - o repreendeu. Quase tomaram um róla, oras! Começou a sentir um remexer nas costas e berrou novamente. - KISE!

O rapaz se encolheu e pediu desculpas encostando a testa em suas costas permanecendo assim por um tempo. Aomine não fazia a menor ideia do que o loiro fazia, mas melhor ele quieto do que... Não, espere. Daiki parou de andar e o soltou sem o menor cuidado. Kise era um atleta e saber cair, fazia parte do esporte. Ele se virou para o loiro e franziu o cenho. - Você já acordou. Não preciso mais te carregar. - concluiu o óbvio virando-se para frente fazendo movimentos circulares com os braços e ombros. - Você pesa demais... - comentou.

O caminho foi feito em silêncio e ele nem sabia o porquê. Realmente não sabia o que falar e novamente, aquele medo de estragar tudo se fazia presente em seus sentimentos. Logo chegavam à casa do loiro e o rapaz abria lentamente seu portão e o agradecia pela gentileza. Parou um instante e agachou-se. - Nee... Aominecchi...? - virou-se para ele. - One on one? - indagou divertido com uma bola de basquete em mãos.

Sim, tinha sentido muita falta daquilo. Ah, se pudesse socar seu “eu” do passado, com toda a certeza estaria em coma agora. Embora tenha ficado extremamente abalado com o “Vou parar de te admirar”, agora ficava relativamente calmo. Ele ainda tinha interesse nele jogando, afinal. Sorriu de lado e meneou a cabeça em negação. - Depois ainda dizem que EU sou o maniaco por Basquete. - aproximou-se do loiro e deu-lhe um peteleco na testa. - Vá descansar. Outro dia a gente faz isso. - não queria forçá-lo, porque tipo, impossível eles se contentarem com uma única partida. Ao menos, ele não se contentaria... E óbvio que o outro muito menos. Não gostava de admitir, mas estava morrendo de saudades de jogar assim com ele. Sem pressão. Apenas por divertimento. - Guarde suas energias para o próximo jogo. - já se afastando, acenou para ele de costas.

Estava feliz. Sinceramente feliz, haviam feito as pazes... Mais ou menos... Assim como Kasamatsu queria (?). No final, devia uma para aquele baixinho irritadiço (!). Já fora da vista do loiro, olhou para o manto estrelado e estendeu a mão para os céus...

Ainda estava quente.

O mais velho era uma boa pessoa... Sua mão se fechou junto com seus olhos e sorriu tristemente colocando as mãos nos bolsos prestando menos atenção ainda no caminho que fazia.

- ... Kise estava em boas mãos...

01.03.2013


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E mais uma vez, chegamos ao fim. Ahahahah, sei que alguns devem ter ficado "WTF, acaba assim?!" ahhaha, mas ainda temos a 3/4 que já está praticamente concluída. Falta eu revisar porque acho que tinha alguma coisa que não havia me agrado ahahah, fora que fiquei assustada, porque tipo, um capítulo é só o lemon lol OAEIHOIEAHEAIH, mas enfim. Espero que se interessem, leiam e principalmente se divirtam! 8D Muitíssimo obrigada pela companhia até agora e espero vê-lo lá também!
KISE's no kokoro e até breve ♥

Obs.: Teve um pedaço da fic que o Akashi apareceu como capítão, se não me engano, mas nos últimos capítulos que sairam do mangá de KnB, havia outro capítão antes dele e eu não sei quando exatamente cada um entrou e pans e enfim hahaha Desculpem a falha. DX



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reconhecimento E Aceitação." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.