All I need is you escrita por le97le


Capítulo 22
Be here, make feel safe


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaaaaaa!
Como fomos esta semana?
Eu estou ótima... Claro que tive algumas coisas para recuperar, mas tudo em ordem...
Eu ia fazer uma surpresa e postar na quarta-feira, mas minha professora de biologia passou um trabalho de 6 paginas para entregar até hoje, então gastei todo meu tempo nisso :@

Vamos ao capitulo, e voltamos ao POV Bella.



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Agora era só esperar. Mas eu podia esperar? 

Eu estava ficando louca. Esses homens me deixavam louca. No pior sentido da palavra, claro. A cada duas horas, eles apareciam, fingiam que estavam para agir, quase arrebentavam os pequenos pedaços de pano que eu vestia e iam embora. 

Mas era pior quando Emmett saia da sala. Quando eu tinha que ir ao banheiro ou algo, era ele que me acompanhava, mas quando eu ficava jogada no sofá, outros me olhavam.Seus olhos escuros e desejosos lançavam sobre meu corpo olhares que me enviavam ondas de medo. E Deus sabe que eu não gosto de sentir medo.

Depois de J1 e J2 saírem da sala, eu fiquei jogada por algum tempo, sempre na mesma posição. Em uma hora, James voltou sozinho e me colocou em pé. Ele se sentou no "meu" sofá e me observou como se eu fosse uma engraçada apresentação de teatro. Cada reação minha, por mais natural que fosse, parecia ativar algo não-mecânico e assustador dentro dele.

Ele me fez andar pela sala ainda em cima dos saltos. Em algum ponto do chão feito de madeira velha havia um buraco. Buraco esse que meu salto coube perfeitamente, me fazendo virar o pé direito, ouvir um estalo nos ossos e então a dor.

Mas James sorriu e me obrigou a dar mais duas voltas pela sala.

Eu sentia os roxos e vermelhos dos tapas e das batidas nos móveis espalhados pelo meu corpo. Além disso ainda tinha meu braço esquerdo que pendia ao lado do meu corpo, como se estivesse preso apenas por um fio.

E doía.

O corpo inteiro.

Um dos "seguranças" chegou a bater minha cabeça no braço do sofá que, por um acaso, era de madeira. Duro como pedra, revestido de tecido velho e desgastado. E doeu.

Mas eu não ousava reclamar, gemer de dor, grunhir ou fazer qualquer outro som que não fosse o de minha respiração e dos meus pensamentos revoltados em relação aos dois crápulas que me mantinham presa ali.

Eu não sabia mais que horas eram, ou se estava de dia ou de noite, ou se havia passado dias desde o jantar com os acionistas da empresa onde Angela Weber trabalhava, ou se eu sairia dali.

Mas eu liguei um modo automático do meu corpo, o que fazia com que eu sentisse a dor, mas não a processasse, como se deixasse pesando em minha mente que tudo estava bem. 

E quando nenhum homem me importunava minha mente vagava para os acontecimentos distantes que deixaram Jacob tão... tão... cruel.

- Vamos, Bells, não seja má. - Ele sorriu docemente em minha direção. - Eu só conversei com a garota. Nós estamos bem, não estamos? Eu te prometo e juro que nunca, nunca, faria algo para te machucar.

Eu pensei por um segundo e levantei minha cabeça que eu mantinha sempre baixa quando estava com ele. Ele era meu homem, nada mais justo do que eu ceder a todas as suas vontade. Certo?

- Certo, Jake. - Respondi a ele e à minha pegunta mental. -  Desculpe meu ataque de ciúmes. 

Seu sorriso aumentou e ele chegou mais perto de mim. Ele passou as pontas dos dedos em minhas coxas, deixando um rastro arrepiado em minha pele exposta.

Era com esse homem que eu havia descoberto o prazer. Quero dizer, era com esse homem que eu havia consolidado um compromisso e era com esse homem que eu me... casaria.

Pelo menos era isso que minha mão me dizia: casar com aquele que conseguir a minha autorização para me tornar mulher. Assim como ela o fez.

Mas meu relacionamento com Jacob era limitado a sexo, ou a algumas vontades dele. Não era como se ele se importasse muito comigo, apesar de constantemente dizer que me amava. Mas eu o amava e, na minha mente, era isso que contava.

Amar ou ser amado?

Era uma pergunta que eu sempre fui convicta. Desde que uma de minhas amigas me perguntaram. 

Amar.

Sempre amar.

E se eu não fizesse o que Jacob queria? Bem, ele poderia se tornar... violento. Ele era um pouco cabeça quente e sempre... sempre... tinha razão.

Então, um dia, eu cansei.

Em uma festa de aniversário dele, eu levei um amigo da faculdade comigo. Nós o cumprimentamos e ele foi logo indo para o lado de seus amigos e, como sempre, me deixando para trás. 

Ele estava com o corpo colado ao de uma garota loira que soltava risinhos e sorrisinhos para ele a cada palavra que ele dizia. Eu tinha me acostumado a essas demonstrações e não ligava mais. Mas eu ouvi um comentário que me fez mudar de ideia em poucos minutos.

"Coitada da menina. Carrega os maiores chifres do mundo. Não é como se eu tivesse dó, porque eu ajudei a trair, mas ela é tão submissa a ele que não se toca que estamos no século XXI e não no século XIV."

Essa era a conversa de duas loiras platinadas sentadas perto o suficiente para que eu ouvisse mesmo com os fones no ouvido. Então, eu puxei aquele meu amigo para a piscina e nós pulamos de mãos dadas. 

Aquele garoto era Mike Newton, ele era afim de mim, mas nada correspondido. Quando nós subimos à superfície ele me puxou, colando nossos corpos, e me deu um beijo que Jacob só me dava quando eu fazia algo do jeito exato que ele me pedia.

Mas foi só quando nos separamos que percebemos que todos os convidados com menos de 29 anos nos observavam, e Jacob parecia que explodiria a qualquer momento.

O detalhe é que eu já usava o anel de noivado, e já havia aceitado como se essa fosse a melhor escolha que eu pudesse ter feito. Mas não.

O comentário da garota indiferente me fizera perceber que ele não me merecia. Não merecia meu amor. Não merecia minha dedicação.

Então, sob os olhares curiosos de mais de 150 pessoas, eu saí da piscina, minha blusa branca colando em minha pele e marcando meu sutien preto, meu shorts jeans pingando, eu andei até ele. Prendi meus cabelos em um coque, tirando um pouco da água deles, e tirei o anel do meu dedo.

Segurei a mão dele aberta entre nós e o coloquei ali.

- Chega. - Foi só o que eu disse antes de virar as costas e sair daquele lugar.

E foi quando tudo começou: eu estava partindo para Seattle.

Saí dos meus devaneios com Emmett na minha frente segurando um pedaço de pão em uma mão, e um copo de suco na outra.

- Fique viva. Edward vai chegar. - Ele murmurou.

Esperança. Era isso que eu precisava.

Então, quando eu acabei de comer, Emmett sumiu com meu copo, sentou em seu posto e esperou. A porta que ligava a sala com sabe-se lá onde se abriu e os J's saíram de lá com seus sorrisos diabólicos e suas posturas extremamente calculistas.

E, pelo jeito, era agora.

Eles haviam decidido o momento. Algo importante ia acontecer nesse momento porque eles o queriam agora.

Senti meu rosto se molhar pelas lágrimas silenciosas que escorriam dos meus olhos. E, ao sentir as mãos de James me deitando no sofá, eu gritei. Quando senti a mão de Jacob cobrir minha boca, eu o mordi.

Ma Belle, não faça assim. Sabe que eu não vou deixar seu namoradinho – desprezo pesado - encontrar você. E depois de mim, todos esses homens vão poder se satisfazer - vi seu sorriso psicopata e estremeci - com seu lindo corpo.

Sua mão desceu pelo meu corpo e eu gritei outra vez. Ele estava quase desamarrando minhas pernas para conseguir se encaixar ali. Mas, graças a Deus, ouvi alguns passos. Passos pesados. Passos apressados. 

Muitos passos.

Muitas pessoas. 

E, então, ficou difícil para minha mente enfraquecida processar o que estava acontecendo. Uma mão muito conhecida por mim se fechou em torno do pescoço de Jacob, e James foi tirado de trás de mim com força.

Depois de a sala encher de gente e todos pararem em seus lugares, eu fui solta, agradecendo a Deus e o mundo por me livrar daquelas cordas ásperas que tanto me machucaram. Fiquei em pé, esquecendo completamente o fato de que meu pé direito havia sido quebrado, ou luxado, ou qualquer outra coisa que estalasse e causasse dor. E, ao tocar o chão, meu pé virou mais uma vez. 

Minha mente tomou consciência de todas as dores que agora faziam parte do meu corpo e ligou sua resistência natural. 

Eu estava desmaiando. Mas lutava contra apenas para sentir aqueles braços a minha volta outra vez. Eu precisava senti-lo.

E eu consegui.

Fique aqui, eu queria dizer, me faça sentir segura.

Senti seus braços me segurarem antes que eu caísse no chão. Ah, graças a Deus. Agora, sim, eu podia dormir e desmaiar em paz.


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Notas finais do capítulo

Boa noite...

Como foi? O que acharam? Heim? Heim?
Comentem e recomendem. Sugestões e reclamações são bem-vindas também...
Façam o meu fim de semana feliz.

Beijos,
L.