All I need is you escrita por le97le


Capítulo 23
And now?


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de tudo:

EU SOU A ESCRITORA MAIS FELIZ DESSE MUNDÃO TODO *-*
OITENTA E QUATRO LEITORAS É MAIS DO QUE EU PODIA IMAGINAR.

Obrigada, meninas...
Como foram de semana?

Vamos?



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Acordei e me senti...  flutuando. Eu queria abrir os olhos. Juro que queria. Mas logo após a sensação de plenitude, veio a dor. E algo bem gelado sendo pressionado em alguns pontos.

O primeiro lugar em que tomei consciência da dor foi a minha cabeça. Sabe aquelas bombas que, quando estão a 10 segundos de explodir, apitam como loucas? Era exatamente assim que eu estava: prestes a explodir. Mas o apitar não vinha de dentro de mim, o que eu não sabia se ajudava ou piorava minha situação.

Em seguida, meu ombro esquerdo latejou e senti um gemido mínimo de dor. E, ao tentar movê-lo e deixá-lo em uma posição menos dolorosa, percebi que estava imobilizado.

Droga.

Descendo mais um pouco, alguns pontos na minha barriga, bem onde eu conseguia sentir os gelados, pulsavam e me faziam ter plena ciência de que estavam ali.

Então, percebi cortes que pareciam profundos nos meus pulsos. Algo como faixas os cobriam.

Senti uma ardência logo embaixo em minhas coxas. A parte que eu sentava ardia como se eu tivesse sido arrastada de bunda no chão por um terreno cheio de mínimas pedrinhas. 

E, por último, mas não menos doloroso, meu pé.

Puta que pariu.

Doía, e como doía.

Vi que, assim como o ombro esquerdo, um dos meus pés estava firmemente imobilizado de modo que a dor era fixa.

Soltei um grunhido que me pareceu alto. A dor era muita e bem distribuída. 

O que eu fiz de tão grave na noite passada?

Tentei ignorar a dor, os bips, as imobilizações e tentar abrir os olhos. Uma luz branca intensa insidia em acima dos meus olhos e eu tive que fechá-los de volta. 

Mas, antes que tentasse abrir os olhos outra vez, senti algo quente, leve e macio tocando meu antebraço direito. Pareciam cabelos de alguém. Faziam uma cócega agradável em mim e me distraiu um pouco de tudo a minha volta. A cabeça que acompanhava os cabelos se moveu um pouco para cima e eu soltei um suspiro de satisfação, assim como um de dor.

A pele desse alguém tocou meu braço e eu podia jurar, com os olhos fechados e a dor atormentando, que era a testa. Era ainda mais quente e ainda mais satisfatório sentir.

Tentei mais uma vez abrir os olhos, tendo um pouco de sucesso desta vez. Os cabelos curtos que me tocavam era de uma cor estranha. Cobre, talvez? A pele clara e quente me chamavam para um toque, um beijo. 

Mexi o braço, tendo em conta de que era o único que eu podia mover sem causar dores paralisantes em meu corpo, mas logo me arrependi. Pois eu, visivelmente, acordei meu visitante

Claro que nada era mais impressionante e mais convidativo que aqueles olhos. Senhor. Que verde. Que profundos. Que... amorosos?

Então, me bateu a onda de acontecimentos dos últimos dias.

Edward. Sequestro. Jacob. Lembranças. James. Violência. Desmaio. Dor.

Talvez não nessa ordem.

- Edward. - Minha voz saiu rouca e sussurrada.

Seus olhos, inicialmente tristes, se acenderam, mas logo se tornaram cautelosos.

Bee? - Sua voz de anjo preencheu o quarto e me senti realizada. O quanto era importante para mim ouvi-lo pronunciar meu apelido... Há quanto tempo eu não o ouvia?

Percebi em seu rosto um monte de barba que não estava ali na última vez que o vi. Isso foi... hmmm, na sexta-feira? Havia também marcas roxas e profundas abaixo de seus olhos. A pele branca estava pálida e parecia doente.

- Você está bem? - Perguntei, a voz saindo um pouco mais confiante. Ele deu um pequeno sorriso.

- Me diz você.

- Que dia é hoje? - Eu estava curiosa. Como a barba dele havia crescido tanto em tão pouco tempo? Olheiras desse jeito não se ganhavam de um dia para o outro. Mas quanto tempo havia se passado?

- Terça-feira. - Ele deu um sorriso fraco, torto, que animou minha mente instantaneamente. Fiquei confusa. Ele não conseguiria ficar tão pálido em 4 dias. Ele percebeu a confusão em meus olhos, pois tratou de explicar: - Está desacordada há pouco mais de duas semanas, meu amor.

OI? Como? Me desculpe? Olá? Hãn?

Se havia passado tanto tempo, PORQUE EU AINDA SENTIA A DOR?

- Eu não queria ser aquele a comentar, mas você parece muito mal. - Eu disse a ele, oferecendo um sorriso carinhoso que fez seus olhos se alegrarem.

- Isso porque você ainda não se viu no espelho, Bee.

Ele levantou da cadeira onde estava bem (ou mal) acomodado e veio andando desajeitadamente até mim. DESAJEITADAMENTE. 

Edward Cullen desajeitado.

Bufei.

Ele colocou o rosto próximo ao meu. Senti seu cheiro e me senti em... casa.

Casa.

Casa.

Casa.

Não percebi as lágrimas em meus olhos até que os polegares dele as tomaram para si. Eu queria ir para casa. Eu queria abraçar Edward sem aquele negócio que me mantinha no lugar. Eu queria ver os meus amigos. Os meus pais.

Os lábios dele colaram, então, nos meus, tornando um pouco menos insuportável a dor de dentro e de fora de mim.

Uma das mãos dele estava em meu rosto e a outra apoiada na cama, a qual foi logo se arrastando até o aparelho chato que bipava a cada segundo. Ele pressionou um botão ali que apitou mais forte. 

Eu estremeci e ele passou a deixar beijos pelo meu rosto, tornando o conforto maior. Porque eu não senti os beijos dele enquanto fiquei desacordada? Ou ele não havia me beijado?

Mas é obvio que ele havia me beijado. Minha consciência gritou para mim, inconformada com a possibilidade daquele pensamento.

Logo, a porta se abriu e tive a visão de duas novas pessoas: uma médica, com seu jaleco branco, pele escura e a expressão suave; e um armário de músculos e sorriso sincero.

Emmett.

Senti meu lábios se repuxarem em um sorriso enorme de satisfação e gratidão. Se não fosse por Emmett... Não queria pensar. Bom, senti minha mão direita ser apertada pela mão de Edward e meu sorriso aumentou.

Isso até a médica se aproximar e Emmett ter que sair. Ele voltaria, eu esperava.

- Bom dia, Srta Swan. Sou Zafira, sua médica até a sua recuperação. - Ela sorriu. - Tivemos duas semanas bastante agitadas, não? Como se sente?

- Hmm. - Eu estava um pouco perdida. Semana agitada? - Não sei ao certo. Tenho noção de todas as dores que estão em meu corpo.

- Ah, bem, vamos adicionar um pouco de morfina, então.

- Não. - Eu meio que gritei. - Espere. Porque tivemos semanas agitadas? 

O sorriso dela foi tranquilizador e estranho.

- Não sei se sou a pessoa mais indicada para responder essa pergunta. Mas garanto que não faltará respostas se perguntar a pessoa certa. - Seus olhos vacilaram para Edward e, felizmente, não vi nenhum traço de cobiça ali.

Olhei para Edward, esperando que ele respondesse. Era obvio que a pessoa era ele. Afinal, parecia que ele saía desse quarto há tanto tempo quanto eu.

- Ed...

- Depois, meu amor, minha Bee. Agora descanse. 

Descansar? Mas eu dormi durante duas semanas. Zafira colocou a agulha em meu braço e eu mordi o lábio inferior para impedir o gemido de mais uma dor. Bom, pelo menos essa era uma dor que aplacaria as outras. E eu esperava fervorosamente que sim.

Mas, assim que fechei os olhos pesados pelo medicamento e ouvi a voz de Edward em meu ouvido sussurrando um "eu te amo" apaixonado, me arrependi. 

Imagens de Jacob, James e seus seguranças piscaram em minha mente como em um stop motion de terror particular.

E eu entrei em um sono de duplo sentimento. De um lado, o direito, eu podia sentir a mão de Edward em meu braço fazendo um carinho que me deixou aquecida. Por outro lado, eu podia tremer de medo de que algo, alguém, ou algum ex-namorado estupido, pudesse repetir ou inventar novos planos malignos e me tirar a sanidade mental que me restava.

E eu quis responder a Edward:

Eu te amo mais.

Pessoas lindas do meu coração, tenho uma notícia.

O capitulo da semana que vêm vai ser o último do semestre. Eu estou partindo, no dia 24, para Polônia e Israel, de graça e mais que feliz. Não eram os lugares que sempre sonhei em conhecer, mas é uma parte do mundo, então bora viajar pelo mundo :DD

Bom, eu volto no dia 14 de Julho, mas viajo outra vez, dessa vez para um sítio no Rio, dia 20. No dia 25 estou de volta para São Paulo. 

E voltamos a nossa rotina normal. Mas não podemos esquecer que entre os dias 14 e 20, vou tentar arranjar tempo para atualizar aqui, ok?

O que me dizem sobre isso?


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Notas finais do capítulo

E agora? Como ficamos?

Me digam, o que acharam desse capitulo? Foi estranho escrevê-lo, principalmente porque ele não teve um fim próprio, já que não mostrei o quanto ela está perturbada com os dois malas de plantão.

Comentem e recomendem.
Beijos,
L.