The Impossible. escrita por Ananda Stark, MissBaudelaire


Capítulo 4
Capítulo 04


Notas iniciais do capítulo

* Obrigada pelos comentários;
* Boa leitura e boa tarde;
* Gostaria de divulgar aqui uma fanfiction minha :BRITTANA.

—http://fanfiction.com.br/historia/290651/Speed/ageconsent_ok

*Gostaria tambem de divulgar a fanfiction de minha amiga e co - autora :KARLEY.

—http://fanfiction.com.br/historia/334736/Marked/ageconsent_ok



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P. O. V. Santana...

Parecia que eu estava de ressaca. Meu corpo estava dolorido. Tentei abrir os olhos, mas a claridade me cegou momentaneamente. Senti um peso sobre meu lado esquerdo. Tentava me mexer, mas não conseguia. Então gritei, mas no primeiro berro, fui tomada por uma tosse e comecei a cuspir água. Meu ouvido estava com um zumbido dando sinal que ele estava cheio de água. Tentei abrir os olhos, mas uma vez e me retina se adaptou a luz do sol.

_Socorroooooooo, alguém me ajuda!!!!! – Eu pedi ao notar que não conseguiria sair dali sozinha. – Socorroooo. – Gritei novamente. E gritei por mais alguns minutos até que escutei alguém se aproximar da minha cabeça.

_Tem mais uma sobrevivente aqui. – Eu escutei alguém dizer.  –Oi, meu nome é Katherine Wilde, eu também sobrevivi. Eu vou lhe ajudar. Como você se chama?!

_Me chamo Santana Lopez Fabray. – Eu falei e agradeci mentalmente quando ela conseguiu tirar o peso de cima de mim. – Obrigada.

_Você consegue se levantar. Precisamos ser breves, estou com medo de uma terceira onda nos atinja. – Ela falou próxima ao meu rosto e eu pude ver sua face. Ela era loira assim como Quinn, mas continha um corte profundo na cabeça. Metade de seu rosto estava coberto de sangue.

Tentei me levantar e senti uma fisgada na minha costela esquerda. Lembro-me de se arremessada contra a borda da piscina e logo após a onda me atingir e roubar de meus braços meus filhos.

_Meus filhos, eu preciso encontrar meus filhos e minha esposa. – Eu falei enquanto ela colocava meu braço direito em volta de seu pescoço e me ajudava a ficar de pé.

_Depois os procuramos, agora precisamos encontrar um lugar seguro. – Ela disse assim que me pós de pé.

******

As águas já estavam mais baixas. O sol de meio dia castigava suas cabeças. O olho esquerdo de Quinn começou a ficar arroxeado devido a alguma pancada. A loira seguia andando a frente. Eles já tinham passado por diversos corpos boiando. Santiago evitava olhar para os lados. E quando a água ficou em uma profundidade abaixo dos joelhos, Santiago pode ver o motivo de Quinn esta mancando.

_Ai meu Deus, mãe. – Santiago falou parando de andar, olhando fixamente para perna de sua mãe. Quinn seguiu o olhar do filho e observou uma estaca de madeira fincada na parte traseira de sua perna.  –Eu não consigo, eu não consigo. – Santiago falou ficando de costa para Quinn. – A senhora está sangrando e eu simplesmente não consigo lhe olhar assim.

_Calma filho, continue de costas. Só olhe para mim quando eu mandar. – Quinn falou e observou o local ferido e tomou a decisão mais dolorosa de sua vida. Ela mordeu os lábios para não gritar e puxou a estaca. – Ahhhhhhhhhh. – Ela não suportou a dor e gritou. – Ahhhhhhh. – Seu grito se sucedeu a uma respiração rápida. Seu coração acelerou, dando uma sensação de choque.

_Mãe?! – Santiago fez menção em olhar para Quinn.

_Continue de costas filho. Continue de costas. – Quinn pedia ofegante, enquanto tirava a blusa que estava vestida e amarrava na perna ferida, lhe inundando de sangue.

Quinn deu uma olhada nas costas de Santiago e pode ver vários arranhões e cortes profundos. Ele tremia. Quinn se aproximou de seu filho e tocou em seu ombro.

_Está tudo bem. – Quinn falou.

_Desculpa é que não consigo lhe ver dessa maneira. Desculpa. – Santiago falou enquanto limpava as lágrimas.

_Tudo bem filho. – Quinn falou segundo o ombro do filho. – Você vai à frente agora. – Quinn falou guiando Santiago para sua frente, para evitar que ele veja o sangue descendo de sua perna. – Mamãe esta bem, continue andando.

******

Santana já estava menos zonza. Já conseguia andar sem a ajuda de Kitty. Elas e mais algumas pessoas formavam um grupo de sobreviventes. Cada um gritando pelos nomes de suas perdas.

_QUINNNNNNNNNNNNNNNNN. – Santana gritava. – SANTIAGOOOOOOOOOOOOO. ELISABETHHHHHHHHHHHHHH. BRIANNNNNNNNN.

_MARLEYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY. – Kitty gritava também.

Repetiram por varias vezes os chamados, até que escutaram uma resposta de volta.

_Kittyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy. – O grupo escutou o grito e tentava identificar de onde vinha. – Kittyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy. – A loira ao escutar o segundo chamado correu, ao ver um corpo esguio sair da parte de trás de um prédio, carregando nos braços uma criança, que logo Santana identificou ser Brian, seu filho caçula.

_Brian?! – Santana gritou aliviada e o garoto olhou em sua direção, depois saiu dos braços da mulher o correu pulando em seus braços.

_Graças a Deus.  –Santana agradecia aos céus por ter seu filho nos braços. – Graças a Deus você está bem cookie. – Santana abraçava e beijava o filho que parecia querer se fundir em seu corpo.

Santana matava um pouco a aflição de seu peito, enquanto não muito longe dali, Kitty abraça de forma aliviada sua esposa.

******

Depois de alguns metros andando, Santiago viu algo que lhe deixou um pouco mais aliviado.

_Olha mãe, aquela arvore grandona ali na frente. –Santiago apontava.  –A senhora acha que consegue subir?!

 P.O.V. Quinn on

Olhei para aquela arvore enorme meio hesitante, mas a esperança no fundo dos olhos de Santiago me deu forças. Quando comecei a me locomover, uma crise de tosse atingiu-me, limpei minha boca com as costas da minha mão e vi sangue. Eu sabia o que aquilo significava, mas na podia assustar mais meu filho então lhe pedi ajuda.

_Santiago, filho. Ajuda aqui a mamãe. – Eu pedi e logo sentir Santiago passar meus braços por seu ombro e servindo de muleta humana.

Estávamos nos aproximando da arvore, quando escuto um choro de criança. E paro de andar imediatamente.

_Você ouviu isso?! – Eu perguntei para Santiago.

_Mãe a gente não pode fazer nada. – Santiago falou tentando me puxar em direção a arvore, mas eu não em mexi e o choro ficou mais alto.

_Espera, a gente tem que ajudar. – Falei tentando identificar de onde vinha o choro.

_A gente não pode fazer nada mãe, temos que ir para um local seguro. – Santiago falou impaciente.

_Nós temos que ajudar aquele menino. – Falei olhando para os lados.

_Mãe, se outra onda pegar a gente. Nós morremos. Temos que subir naquela arvore agora – Santiago falou duro e nunca se pareceu tanto com Santana, como neste momento. Seus olhos brilhavam com uma angustia reprimida e um desejo de salvação.

_ONDE VOCE ESTA?! – Eu gritei.

_MAE OLHE PARA VOCE, PRECISAMOS DE AJUDA. NÃO DÁ PARA ARRISCAR. – Santiago gritou impaciente. – Não dá para arriscar, vem comigo. – Santiago tentava me puxar.

_Olhe e se esse garoto fosse a Beth ou o Brian. – Eu tentei persuadir - ló, não poderia deixar uma criança morrer, nem que isso arriscasse mais minha vida. – E se eles precisassem de ajuda?!Não iria querer que alguém os ajudasse. – Eu falei e observei seu semblante mudar.

_BETH E BRIAN ESTAO MORTOS. – Santiago gritou. – E a mama Sant também. – Santiago terminou de falar em tom parecido com um sussurro olhando para chão e desabou em lágrimas, e neste momento eu vi que apenas eu tinha sobrado e ele não queria me perde. Abracei meu filho e esperei ele se acalmar.

P.O. V. Quinn off.

******

O  grupo no qual Santana se encontrava crescia a cada momento.A dor latente na suas costela e o incômodo em seu ombro estavam fortes, mas Brian vinha seu colo.Ele estava muito assustado.Santana gritava os nomes de seus outros filhos e de Quinn mas não tinha nenhuma resposta.Seus pés doíam.Seus braços tremiam do esforço de carregar seu filho , mas a latina continuava firme.Ela tinha que encontrar seus filhos.Ela se afastou do grupo e foi rumo a uma floresta que continuou de pé.Algo lhe chamava para aquele lugar.O acesso era difícil, mas ela conseguiu pular os obstáculos e gritou.Chamou Quinn, depois Santiago e por ultimo Beth.E uma lágrima caiu de seus olhos  quando uma resposta veio do topo de uma arvore.

_Mamãe Sant?! – Santana escutou uma voz trêmula, vindo do topo de uma arvore enorme.

_Sim filha, sou eu. – Santana respondeu. – Mamãe chegou, pode descer. – Santana pediu, mas Beth parecia muito assustada.

_Mãe eu estou com medo. – Beth.

_Não precisa ter medo não filha, mamãe esta aqui. Desce filha. – Santana.

_Eu não consigo. – Beth.

_Você consegue sim meu amor, desce e vem ficar aqui comigo e seu irmão. – Santana fala olhando para o alto.

_Eu estou com medo. – Beth falou chorando. – Eu não consigo, eu estou com muito medo.

_Não precisa ter medo, meu amor. Mamãe Sant está aqui. E eu prometo que nada de ruim vai acontecer com você. – Santana.

Depois de muito implorar, Santana conseguiu fazer Beth descer da arvore e se juntar a ela e Brian. Ambos seus filhos estavam assustados. Mas, Santana tentava ao máximo tranquiliza - lós O caminho que grupo fazia em busca de uma abrigo estava repleto de corpos boiando  começando a inchar.Era uma cena macabra demais para duas crianças.Santana tentava o máximo cobrir os olhos dos filhos quando passavam por este tipo de coisas,mas, Beth conseguiu olhar através de seus dedos e perguntou.

_Porque essas pessoas estão deitadas por todo o lado?!Por que elas não querem procurar abrigo com gente?!Eles estão cansados demais?

_Não filha. – Santana ficou na altura dos olhos de Beth. – Eles estão mortos. Viraram estrelinhas lá no céu? –Santana falou e observou Beth olhar para o céu brevemente depois lhe perguntar algo, que fez  seu coração afundar no peito..

_Então a mamãe Quinn e o Ti viraram estrelinhas também?! – Beth perguntou

_Eu não sei filha. Eu não sei. – Santana falou como se fosse um sussurro.

******

Depois que Santiago se acalmou Quinn o convenceu a procurar o garotinho que chorava.Santiago ia na frente procurando , enquanto Quinn ia um pouco atrás .A loira se sentia cada vez mais fraca, mas sorriu de leve quando seu filho gritou informando que tinha achado o menino.

_Mãe olhe ali, eu achei. – Santiago.

_Onde?! – Quinn perguntou observando o filho correr até o local. A criança estava coberta por alguns galhos e algumas folhas. – Você está bem?! – Santiago tirou as coisas que cobria o rosto do garotinho que chorava. Neste momento Quinn conseguiu chegar até onde eles estavam.  – Como é seu nome?!Meu nome é Santiago. Qual é seu nome? – Santiago perguntava enquanto retirava o garoto do local.

_Daniel. – O menino falou em quase um sussurro.

_Esta tudo bem Daniel, nós vamos tirar você daqui. – Santiago falou pegando o garoto no colo.

***

Depois de andarem um pouco, conseguiram chegar até a arvore no qual Santiago queria se abrigar. Quinn sentia suas forças se evaporarem a cada passo que dava. Um rastro de sangue se formava ao ela passar.

 Santiago subiu primeiro com Daniel nas costas e o acomodou em um galho lá no alto. Depois desceu para onde Quinn estava escorada na arvore com a cabeça apoiada em um dos seus braços.

Já era a quinta tentativa de Quinn subir na arvore. Mas não conseguia. Parecia que seu peso tinha duplicado e sua perna direita estava totalmente dormente.

_Mãe eu estou descendo. Dá-me sua mão. – Santiago fala estendendo a mão para Quinn.

_Não, não precisa. – Quinn

_Não mãe... – Santiago falava, mas foi cortado de forma ríspida, por Quinn.

_EU CONSIGO SANTIAGO. – Quinn gritou tentado convencer a si mesma. – Fica ai, por favor... – A ultima parte saiu como se fosse um sussurro.

Quinn tentou subir, mas ao segurar em um cipó a corda se soltou e Quinn caiu, machucando ainda mais seu ferimento.

_Aiiii. – Quinn gritou e agarrou com força o tronco da arvore, tentando descontar naquele pedaço de madeira, toda sua dor.

Quinn subiu aos poucos com a ajuda de Santiago. O esforço fez a ferida tanto da perna quanto do peito de Quinn alargar. Santiago estava ofegante. Ajudar a subir uma arvore uma pessoa com o dobro do seu peso era complicado, mas no final estavam todos á salvo no topo.

As horas passavam se arrastando. As formigas se tornaram inimigas de estado. A sede e fome estavam presentes. O coração de Quinn batia acelerado devido à dor. Até respirar fazia querer morrer. Sua boca estava seca e seus lábios levemente pálidos. Seus cabelos loiros estavam com mechas vermelhas devido ao sangue seco.

Quinn mantinha seus olhos fechados, quando sentiu uma mão pequena lhe fazendo cafuné. Abriu os olhos lentamente e viu Daniel lhe fazendo carinho. Olhou para frente e viu Santiago  com um sorriso sincero olhando atentamente  a interação do menino com ela.E foi inevitável não se lembra dos outros filhos.

***

As forças de Quinn se esvaiam conforme o tempo passava. A água parada fedia. Os corpos das pessoas mortas já começavam a inchar e soltar secreções. Quinn não conseguia, mas ficar sentada, então se deitou em um galho largo.

Santiago estava observando mais uma vez se sua mãe ainda respirava quando Quinn abre os olhos lentamente.

_Você escutou isso?! – Quinn perguntou sussurrando E Santiago olhou em todas as direções, até encontrar um grupo de nativos, procurando vitimas.

_Mãe, olha!Eles vão nos ajudar. – Santiago sorria na perspectiva de sair daquele lugar. – EIIIIIIIIIIIIIII. – Santiago gritou ainda de cima da arvore. – Estamos aqui. EIIIIIIIIIIIIIIIIIII, NÓS AJUDE.

_Desce Santiago, e fala com eles. – Quinn falou sussurrando e observou Santiago pular da arvore.

***

Quinn pensava que tinha sentido uma dor cruel quando pariu, mas ela nem imaginava que a  dor inquisitória ela sentiria agora.Foi horrível retira –lá de cima da arvore.O grupo que os encontrou não falava o mesmo idioma.O grupo consistia em um idoso e três mulheres esguias.Já no chão, Quinn era puxada.A loira não conseguia ficar de pé.Então o senhor segurou abaixo de seus braços e lhe arrastava.Sua perna machucava toda vez que o senhor colocava foça.

_Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh. – Quinn gritava de dor. – Ahhhhhhhhhhhhhhhh. – Quinn gritava muito, enquanto Santiago ia à frente, tentando limpar da melhor forma o caminho. Tirando galhos e pedras. – Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, por favor, pare. – Quinn chorava de dor, e pedia clemência, mas o nativo continuava a lhe puxar. – Ahhhhhhhhhhhhhh, ai meu Deus.  – Quinn se lamentava a tormenta da dor.Até que sentiu seu corpo ficar dormente, a dor desaparecer.Observou alguns segundos o rosto de seu salvador e depois mergulhou na escuridão piedosa.

[CONTINUA]


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Notas finais do capítulo

*Obrigada a quem leu ate aqui.Um beijo.



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