Rosas E Lírios escrita por Kiseki Akira


Capítulo 8
Sentimentos iguais?


Notas iniciais do capítulo

Olaá *-*. Como vão?
Bem, eu vou parar de ficar mendigando reviews (Vou parar de pedir mas não é pra parar de mandar ¬¬'), afinal eu sei que já ficou chato.
Enfim, aqui está o capítulo oito :3



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Onde foi que eu vi esses olhos antes...?

Olhando agora, parece difícil eu ter visto eles antes, afinal são olhos bem incomuns e difíceis de serem esquecidos. Quantas pessoas com olhos amarelados se vê todo dia? Mas essa sensação... tenho certeza de que já vi em algum lugar, e por mais estranho que seja, não me parece uma lembrança muito agradável...

Lily: Rose?!

Ouvi a voz de minha irmã em meio á multidão e virei-me abruptamente. Onde ela está? Era impossível de dizer com exatidão, afinal, o lugar estava cheio de gente, e a maioria gritava.

Foi quando senti alguém me abraçar de lado, virei-me e vi ela: Minha irmãzinha, aquela que eu protegia com unhas e dentes, aquela que eu amava proteger. Ela estava chorando, e estava suja. Seu cabelo castanho cobria as horríveis queimaduras no rosto, e senti uma pontada de dor no coração, por ela e pela mulher que vi morrer la dentro.

Rose: Lily...

Lily: Eu... eu... quero ir pra casa! Por favor, me leve pra casa!

Ergui as sobrancelhas, surpresa.

Rose: Lily, aqui tem médicos, eles precisa tratar você, é...

Lily: Por favor, Rose!

Rose: Mas não sei onde Michael está e não sei o caminho da mansão! Michael me trouxe até aqui!

Lily: Não! Eu quero ir para a nossa casa. Onde a mamãe morava, sabe? Por favor, Rose...

Eu não sabia como dizer para ela, suplicante como estava, que se fôssemos para casa eu não teria como tratar as queimaduras e ela acabaria morrendo! Mas para minha sorte, Michael apareceu com a moça de vermelho que eu tinha visto com Ciel.

Michael: Até que enfim achei você! Nossa! Vocês são terríveis, hein? Deve ser de família essa coisa de ficar fugindo dos lugares...

Moça: Uau. Nunca te vi irritado dessa forma, Michael. Olá, senhoritas, eu me chamo Angelinna Durless, ou Madame Red como a maioria das pessoas me chama... Sou tia do Ciel. 

Michael: Senhoritas, pedi á ela que tratasse seus ferimentos, então por favor...

Lily: MICHAEL, ONDE ESTÁ O CHRIS?

Todos olhamos, para ela espantados. Ninguém havia citando o nome dele ainda, mas se me lembro bem, ele havia acompanhado Lily até esta festa...

Michael: Está ferido; vivo;  mas ferido. Isso não vem ao caso...

Lily olhou para seus pés e eu ouvi o som de uma risadinha.

Lily: Ah, ele está bem... Que bom...

E com isso, ela desabou no chão, tão inesperadamente que eu nem pude imaginar que aconteceria, muito menos segura-la. Madame Red abafou um gritinho e Michael pegou Lily do chão e a carregou.

Michael: Vamos para a mansão River. Madame Red, nos acompanhe, por favor.

Madame Red: Claro.

Michael, Lily e a tia de Ciel se afastaram um pouco, então Michael se voltou para mim:

Michael: Você não vem?

Eu não sabia. Eu deveria ir, depois de tudo? Esses dias foram loucos, loucos do começo ao fim: Descobri que meu pai era um nobre; rejeitei qualquer afeto que ele me oferecesse; fugi; depois estava nesta mansão; tentei invadi-la antes de ver que estava pegando fogo, e agora... Como raios isso tudo aconteceu em DOIS dias?!

Mas tem algo que estou esquecendo

Esse pensamento voltou para minha cabeça, mas o ignorei. Um Michael Klein que esperava sua resposta ainda me encarava. Suspirei e abaixei a cabeça.

Rose: Claro...

Ele sorriu para mim de uma forma gentil. Eu já havia percebido, mas Michael não era como os outros, também. Ele era mesmo gentil, e não fazia essas coisas só por mera aparência, como eu pensava quando o conheci. Na verdade, estou começando a aceitar que os nobres também são apenas "meros mortais"...

...Não, não seja tão boba. Eles não são como eu. Todos eles apenas vivem suas vidinhas cheias de luxo e vivem na ignorância sem ligar para o sofrimento alheio. Eu os odeio. Esse pensamento também invadiu minha cabeça, e voltei a realidade: Eles não são como eu.

Mas agora não tinha escolha. Já estava na carruagem, e caso eu me recusasse e fugisse novamente, eu ou Lily, ou as duas, poderíamos acabar morrendo. Madame Red me encarava. Ela estava sentada ao meu lado, e isso eu notei agora.

Rose:... O que foi?

Madame Red: Nada, você... apenas me lembra uma pessoa. Você e sua irmã, na verdade.

Rose: Hm. Isso é bom ou ruim?

Madame Red: Acho que é bom. Vocês me lembram a mim e minha irmã. Éramos muito unidas, sabe...

Rose: Não são mais?

De repente, o olhar dela ficou baixo e sua expressão se entristeceu. Michael também ficou tenso.

Madame Red: Ela já morreu. Era a mãe de Ciel...

Olhei para ela, surpresa.

Rose: Ah, não... S-Sinto muito, eu...-

Madame Red: Não tem problema, querida. Não tinha nada que ninguém pudesse fazer. A não ser que Sebastian tivesse aparecido mais cedo.

"Sebastian? O que ele tem a ver com isso?" pensei, mas preferi não perguntar mais nada. Eu já havia dito besteiras o suficiente por hoje. Foi quando lembrei-me de uma coisa.

"Ah não, ah não, ah não, ah não, ah não." Alguém me diga que ela não disse que era a mãe de Ciel. E isso por que eu tinha dito á ele que ele era um garotinho mimado, mas a mãe dele está morta... como a minha. Ah, não acredito, como é que hoje, da minha boca só saíram besteiras? Como eu consegui fazer essas PROEZAS?

Então quer dizer que... nobres são mesmo como eu?

Enfim, chegamos á mansão River, e o Conde estava andando em círculos na frente do portão. Ele parecia atormentado.

River: Chegaram? Aleluia!

Ele saiu correndo pela rua como um verdadeiro retardado, tenho que admitir. Aquela barriga gordinha pulando enquanto ele corria, vestido nas apertadas roupas verdes. Nossa, parece um duende. "Pare de fazer piadas, Rose" repreendi á mim mesma, séria.

Desci desajeitada da carruagem, seguida pela Madame Red, e logo Michael ficou ao nosso lado com Lily nos braços. O Conde River fez uma cara de horror ao ver a garota desmaiada, suja e com queimaduras.

River: Cadê o Christopher?! Como ele ousou não cuidar dela direito?! Vou matar aquele cão!

Madame Red: Ele está ferido, e peço que tenha um pouco mais de compaixão, já que está diante do IRMÃO dele, que é obrigado a ouvi o senhor chamar Chris de cão. Agora por favor, abra logo a mansão para que eu possa dar uma olhada na garota! Rápido!

E de novo River saiu correndo feito um retardado para abrir os portões. Madame Red entrou correndo seguida por Michael e por mim. Evitei olhar para o conde.

Naquele salão verde, agora mais bonito ainda com cortinas finas nas janelas, Michael colocou Lily delicadamente no sofá para que Madame Red a examinasse. Enquanto a mesma fazia coisas que eu não entendia: examinado, suponho; River e Michael me chamaram num canto perto de uma das janelas.

Rose: O que é?

River: Querida filha...- Não me bata, estou falando sério. Enfim, eu queria saber de uma vez sua decisão. Apenas em dois você já voltou aqui duas vezes depois de ter dito que queria distância. Vai ou não vai ficar conosco.

Pensei um pouco sobre como ia contar a ele minha decisão. Eu já tinha tomado ela, a algumas horas atrás. Respirei fundo e disse:

Rose: Eu ficarei. Com uma condição.

Os dois me encararam, inexpressivos.

Rose: Não vou ficar aqui como sua filha. Quero trabalhar como empregada.


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Notas finais do capítulo

:3 Espero que tenham gostado.
Foi kawaii? Eu tentei ser kawaii...
Não sou boa com coisas kawaiis...
Chega de dizer kawaii ¬¬'



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