Pov Narrador.

Na tarde antes do treinamento com escorpiões, uma garota entrou sorrateiramente no chalé de Hades e começou a remexer nas coisas de Nico, procurando algum caderno ou livro. Ela tinha um papel à mão, onde havia um desenho dele só um pouco mais perfeito, e com uma dedicatória atrás, anônima. Ela procurava um lugar para colocar o desenho, mas não achava, até que a porta se abriu e um Nico muito cansado entrou, então olhou para a garota remexendo em suas coisas.

–Ah... O que está fazendo aqui, Rose?

–Eu... Eu estou... – ela escondeu o desenho às costas – estou... Hum, não é você que pegou me livro sobre flores mágicas?

–Não, não fui Rose. – ele de uma olha as mãos atrás das costas e o olhar nervoso - O que você tem ai? – ele perguntou tirando a jaqueta de aviador nova e jogando em um canto do chalé, enquanto deixava a espada negra de ferro de estígio em cima de uma das camas.

–N-nada... N-não é nada não...

Nico estendeu a mão e ela colocou o papel na mão dele. Ele olhou para o papel, depois para ela. Ele pareceu um pouco preocupado mas logo viu a dedicatória atrás.

–Quem é? – ele perguntou sorrindo.

–É-é você – ela gaguejou envergonhada, enrubescida.

–Eu gosto do teu tom de vermelho – ele falou – Parece mesmo com uma Rosa. Mas Rose... Você me enxerga assim... Tão... Perfeito?

–É-é – ela falou se dirigindo a porta Nico foi mais rápido e fechou a porta. Ele abraçou Rose e murmurou no ouvido dela:

–Por que não fica mais um pouco? Sabe, preciso de uma companhia que tenha vida de vez em quando. – Nico olhou-a nos olhos e começou a aproximar o rosto do dela. Foi um leve toque nos lábios entre os dois, mas eles se beijaram novamente com mais vontade agora, Nico colocou as mãos na cintura dela e ela as mãos em seus ombros.Nico sentou na cama com ela em seu colo, continuando a se beijar, até o ar faltar, e se separaram. Mas eles estavam sedentos por aquele momento: Nico a beijou de novo pedindo passagem com a língua, que ela concedeu. Só pararam quando perceberam que era hora da janta, e Rose tinha que ir liderar o chalé. Ela saiu dando um último beijo em Nico, e Nico ficou um pouco triste de vê-la indo embora. Alguns irmãos de Rose perguntaram pra ela o que havia acontecido, ela estava totalmente vermelha, mas ela somente sorriu pra eles, os deixando confusos

Ele resolveu fazer algo a ela. Foi até o subterrâneo do chalé onde havia muitos minérios, e como sua irmã, Hazel fazia, e ele havia treinando á tempos, invocou ouro e prata. Ela os transformou e um pequeno pingentinho em forma de rosa, caiu no chão, ofegante, e sorriu.

–Vou pedi-la em namoro hoje – ele falou, orgulhoso do presente perfeito.

Ele lamentou ser colocado com Leon ao invés de rose, e enquanto eles procuravam os escorpiões, ele comentou um pouco sobre isso, até que Leo pareceu vidrado em algo e ele encontrou Rose sendo erguida pelos ciclopes.

...

Ele remoia essas lembranças na Casa Grande, chorando como uma criança, sem fazer esforço pra se controlar. Perdera as três mulheres que mais amava na vida: sua irmã, sua mãe agora Rose. Ele tinha vontade de sair amaldiçoando a tudo e a todos, gritando com as Parcas pra ver se matavam ele de uma vez sem mais sofrimento.

Bianca explicava toda a história a Quiron, mas ele ouvia vagas palavras, pensando nos acontecimentos do dia bons que viraram nos desastres. Assim que Bianca parou de falar, Nico se levantou sem se importar com o que acontecia e se dirigiu ao seu chalé, não ligando para seus olhos inchados e vermelhos, nem que continuava soluçando. Chegando lá se jogou na cama, desejando que Tanâtos passasse por ali e levasse sua alma.

Ele riu com ironia ao pensar em seu pedido, e então continuou deitado olhando para a cama encima, até que alguém entrou ali.

Bianca começou a falar numa voz fraca:

Nico, eu... – uma raiva irracional tomou conta de Nico ao ouvir a voz dela; afinal ela estava do lado de Rose, ela podia tê-la salvado! Ele se levantou da cama e gritou;

–O que você está fazendo aqui?

Ela deu um passo atrás:

–É que... Rose... Ela...

–Não ouse falar dela! Se ela morreu, a culpa é sua!

–Minha?! – Bianca perguntou indignada – por quê?

–Por que você ficou olhando enquanto ela morria!

–Eu não... Eu... A culpa não foi minha! – ela falou embora ela soubesse que sim, ela poderia ter feito algo.

Nico se levantou indo na direção dela, descontrolado pela raiva, mas do nada Leon apareceu e se pôs entre os dois.

Nico respirava profunda e longamente, então falou:

–Saia da minha frente, sobrinho.

–Sobrinho? – Bianca perguntou.

–Ele foi reclamado, ele não te contou? – Nico falou com um sorriso de escárnio, e Bianca olhou para Leon que umedeceu os lábios e murmurou.

–Não é verdade.

–Ah, não é? – Nico falou com desdém, então cuspiu as palavras – filho de Macária.

O garoto deu um passo atrás, parecendo atordoado, então falou numa voz rouca.

–Foi um engano.

–Engano? Deuses não se enganam.

–Exatamente Nico. – uma mulher falou atrás deles. Se viraram para ver uma mulher de longos cabelos lisos, lustrosos e negros, uma pele pálida, usando um vestido negro e roxo de seda, com flores na cintura.