Leo acordou bem cedo por causa da missão, passou a noite toda pensando apenas no Ope, mais uma das fascinantes Esferas de Arquimedes, ele estava super entusiasmado com isso, já havia visto a esferas no ano anterior (spoiler de A Marca de Atena), esta invenção era louca, complicada e genial ao mesmo tempo.

Leo saiu do chalé 9, e foi se encontrar com os amigos, no alto da colina meio-sangue, como sempre o velocino de ouro brilhava em meio aos galhos do pinheiro, refletindo os primeiros raios de sol, e Peleu, o dragão guardião, cochilava tranquilamente embaixo da árvore. Leo se dirigiu a Luna e disse:

- E aí rainha da lua virada, nervosa?

- Só um pouco, e você garoto da manutenção? – respondeu ela num tom provocativo

- To de boa – disse o filho de Hefesto

- Bem, alguém sabe como e para onde a gente vai? – pergunta Sofia

- Como, sim, Blackjack e alguns dos seus amigos irão nos buscar daqui a pouco, mas a questão onde... Eu não faço a menor idéia – diz Percy

- Eu li alguns livros ontem à noite, e descobri que Gaia possui uma aliança com Barba Negra e seus piratas. Talvez a mãe terra tenha os designado a realizar as buscas pelo mar. – coloca Luna.

- Verdade, então nós poderíamos realizar uma busca aérea por cima do mar para procurar o Vingança da Rainha Ana – diz Annabeth.

- Espere um pouco, o navio daquele pirata imundo não tinha afundado no mar quando fomos para a ilha de Polifemo? – pergunta o filho do deus do mar

- Sim Percy, ele afundou. Mas sabe a sua Contracorrente? Ela sempre volta para o seu bolso quando você a perde não é mesmo? Com o Vingança ocorre a mesma coisa, quando ele afunda, é abandonado ou enfim não esta sendo tripulado, ele retorna para o Barba Negra, simplesmente reaparece no local onde estiver. E não pense que só porque este pirata recuperou o navio, ele não guarda mais rancor com você. – Explica a filha de Ártemis.

 No céu surgiram seis belos pégasos, um preto, 4 brancos, e um belo pégaso cinza.

- Olá Blackjack, Porkpie, Snow, Como vai Flying, oi Winged – cumprimentou o cabeça de Alga que logo em seguida se dirigiu ao pégaso cinza – Você eu não conheço.

O pégaso relinchou varias vezes, e de alguma forma Luna compreendeu o que ele havia dito.

- Ele se chama Órion, disse que pertence a minha mãe. – disse Luna

- Como foi que você entendeu o que ele disse? – pergunta Percy

- Eu acho que é pelo fato de ele ser selvagem, pégasos são espíritos livres. – diz Luna

- Ah, ta. – diz Percy ainda inconformado.

 Eles montaram cada um em pégaso, Thalia ficou com seu velho amigo Porkpie, Leo montou no Snow, Annabeth no Winged, Sofia ficou com Flying, Percy com Blackjack e claro, Luna ficou com Órion.

Eles sobrevoavam o extenso oceano atlântico, avistaram várias embarcações, cruzeiros, navios de perca, e até uma pequena canoa indígena, mas nenhum sinal de um sinistro navio pirata. Os pégasos já estavam exaustos então eles pararam em uma pequena ilha para descansar.

Os cavalos alados pastavam tranquilamente, e os semideuses haviam se sentado na grama, na sombra de uma árvore. Luna acariciava a cabeça de um pequeno cervo, que a tinha seguido e agora estava no seu colo.

- Ah, entendo – dizia a filha de Ártemis em uma conversa com o filhote, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Então, em meio ao silêncio, se ouviu o assustador e altíssimo rugido, e de um jeito estranho, um balido de bode no meio daquele horripilante som. As folhas de um arbusto próximo começaram a balançar bruscamente, e do meio da folhagem, saltou um enorme Leão, mas não era um leão comum, de suas costas se projetava uma cabeça de bode, e em vez possuir uma cauda, tinha uma serpente, com um olhar penetrante. Era horrível estar cara a cara, com uma Quimera.