Paradise escrita por Izadora


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Hey,hey,heeeeeeey estou de volta cupcakes
Dessa vez eu vou poupar vocês da minha ladainha inicial,mas é importante que leiam a final.
BOA LEITURAA



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Katniss POV

Quando acordei pela manhã,eu sequer me lembrava de ter dormido.

Me levantei,sonolenta e olhei em volta.Não reconheci o lugar,até me lembrar de que estávamos no apartamento de Peeta.Cocei os olhos cansados,as lembranças da noite anterior passavam como flashes pela minha cabeça.

Peeta havia sido tão doce...E aquela mãe dele,por outro lado,uma cobra.Mas eu nem estava mais me importando muito com isso.
Quando eu estava quase adormecendo,durante The Graduate,o celular dele tocou.Eu ouvi uma conversa meia-boca.Algo sobre conversa importante e ele ter de voltar lá pela manhã.Não podia ser boa coisa.

Por isso,não foi surpresa nenhuma não encontrá-lo á mesa do café.Que aliás,estava tão tensa que uma mínima oscilação de humor a faria explodir.Gale e Madge se olhavam tão feio que eu fiquei até com medo.

–Bom dia.-Desejei insegura.

–Bom dia.-Respondeu Gale.

–Pra quem?-Perguntou Madge,áspera,passando manteiga em um pãozinho.

–Dá pra parar de ser grossa?-Gale revirou os olhos.Madge o olhou,furiosa.

–Dá pra calar a porra da sua boca porque eu não estou me dirigindo á você?-Respondeu.

–Essa doeu.-Eu disse.Gale abriu a boca para retrucar,mas eu enfiei um biscoito dentro dela.-Ei,chega.Já não basta as brigas de ontem á noite,eu não vou aturar vocês dois também.

Os olhares se concentraram em mim.

–O que aconteceu ontem á noite?Você e Peeta brigaram de novo?-Perguntou Madge.

–Não...Foi mais eu e a mãe dele.-Respondi,servindo suco.

–Mau começo.-Gale disse,engolindo o biscoito.

–Você precisavam ter visto o que ela fez.-Mordi a torrada.

–Então trate de dizer.-Pediu Madge.

Então eu contei a eles,com detalhes,tudo que havia ocorrido na noite passada.
Gale e Madge eram bons ouvintes.Não interromperam em momento algum,apenas balançavam a cabeça e mostravam expressões furiosas ou surpresas.

–Que mulherzinha mais...-Começou Madge,quando acabei.

–É,eu sei.-Respondi.Gale parecia estar pensando em alguma coisa.

–Mas isso não faz sentido.-Disse,depois de um tempo.-Ela não conhecia você.Como poderia te julgar tão rápido?

–Eu já disse,Debby estava lá.

–Mas Debby não conhece você,também.-Argumentou Madge.

–Talvez não.Mas ela e Glimmer são “amigas”,aposto que ela procurou saber alguma coisa sobre mim.

–Isso ainda é bastante estranho.E qual seria o motivo da Sra.Mellark convidar Debby para o tal jantar?-Ponderou Gale.

–Eu não sei.E,na verdade,eu não quero saber.-Eu disse,dando o assunto por encerrado.-Falando nisso,hoje eu vou para a casa dos meus pais.Madge,você vem comigo?

–Opa,claro.-Ela disse,engolindo o pãozinho e se levantando.

–E eu?-Perguntou Gale.

–Dá seu jeito com o almoço.Depois que Peeta chegar,pode ir atrás de Marvel e Cato,vocês arrumam alguma coisa pra fazer.-Disse eu,me levantando.

Seria bom para esfriar a cabeça,fora o fato de que eu estava morta de saudades de Prim,meu pai e minha mãe.Além do mais,eu precisava me distanciar um pouco da loucura que estava minha vida ultimamente.E daqui a poucos dias seria o casamento de Annie,fora sua despedida de solteira,que se realizaria no mesmo dia dos garotos,sexta.

Entrei no quarto e troquei de roupa,colocando algo leve e plausível em relação ao calor de Los Angeles.Já eram quase 11h,e eu estava um pouco preocupada com Peeta.Ele deveria ter saído bem cedo,pois Madge e Gale não disseram tê-lo visto,e o tal assunto ainda me assombrava os pensamentos.Para mim,nada que viesse daquela mulher poderia ser boa coisa.

Eu só não sabia ainda o quão certa eu estava.

Peeta POV

Eu havia dormido muito mal.

Minha noite havia sido pontilhada de pesadelos horríveis,e eu acordara encharcado de suor frio.A maioria deles relacionados á tal conversa.

Após me cansar de ficar revirando debaixo dos edredons,com a tortura do assunto me perturbando a mente,eu me levantei,tomei um banho e saí feito um louco.

Não deveriam ser mais de 9h quando bati o interfone da casa de meus pais,com olheiras de abismo e o corpo que não se agüentava de cansaço.Jake me recebeu de seu modo discreto e soturno,sem sorrir,o que indicava que lá vinha bomba.

Entrei na casa rapidamente e ansioso,sentindo uma fisgada nas entranhas,para encontrar meu pai e minha mãe na mesa do café.Senti a saliva encher minha boca e o estômago dar um salto mortal ao encarar as torradas,os patês e o cheirinho de bacon.Mas minha fome teria que esperar.
Quando entrei na sala,meu pai ergueu os olhos e tomou um gole do café preto de que tanto gostava.Meu pai tomava muito café,mas só o café caseiro,feito no coador de pano e puro,até sem açúcar,na maioria das vezes.Segundo ele,essas baboseiras de Starbucks que compramos só servem para engordar.
Minha mãe,por outro lado,tinha um vício em chás.Ela os conhecia,qualquer que fossem,e,embora não costumasse fazê-lo,sabia os preparar com perfeição.
Ela me lançou um olhar preocupado e triste.

–Você está péssimo.-Disse meu pai,baixando os olhos para o jornal.

–Noite difícil.-Disse eu.-O que queriam tanto me dizer?

Eles se entreolharam,nervosos.

–Ahn...Tome café conosco.-Pediu minha mãe.Eu a ignorei.

–Não estou com fome.-Menti.-Me digam logo o que queriam.

–Acho melhor que conversemos na sala de estar,então.-Concluiu meu pai.

Ele acenou para Jake tirar a mesa do café e preparar um chá com meus biscoitos favoritos de chocolate.Estranhei a gentileza,mas não recusei.Os biscoitos de Jake eram divinos.
Logo se levantou,juntamente com mamãe e comigo se encaminhou para a vasta sala de estar.Indicou a mim sua velha poltrona de couro,o que eu também estranhei,já que morria de ciúmes dela.Minha mãe se sentou no sofá,e ele se pôs ao seu lado,assim que Jake entrou com a bandeja.
Mais uma vez eles pareceram nervosos.Os lábios de minha mãe estavam contraídos,e as sobrancelhas de meu pai,unidas em uma expressão de reflexão,formando uma única ruga em sua testa que eu admirava desde criança.

–Peeta,o que vamos te falar agora é muito,muito,muito sério.Precisamos que pense com todo o seu cuidado no assunto.-Ele disse.

–E,por favor,não queremos que reaja de forma alguma,até terminarmos tudo.Sem reações,ok?

Eu entrelacei os dedos e umedeci os lábios,também nervoso.

–Ok.-Respondi,por fim,apanhando e mordendo um dos biscoitos ainda quentes.

–Você sabe que minha empresa é de sucesso internacional,certo?-Começou ele,e eu assenti.-Pois então.A economia está entrando em um estado ligeiramente crítico ultimamente,e muitas multinacionais estão buscando...Sócios.Alguém para formar uma aliança.Só que até agora,só achamos uma empresa á altura da nossa.

–Tá,e o que isso tem a ver comigo?-Perguntei.

–Não interrompa.-Pediu meu pai.Ele deu um longo gole no chá e fez uma careta.-Essa empresa concordou formar uma aliança contratual renovada a cada dois anos,mas ela deu uma condição,também.Uma condição que vai pesar muito para todos nós,principalmente para você.-Eu engoli seco.

–Querido,lembra do que combinamos: sem reações.-Disse minha mãe,com paciência e pausadamente.Isso só me deixava mais aterrorizado.

–Essa empresa é do pai de Debby.-Disse meu pai.-Por isso ela estava aqui para jantar ontem.

Eu gemi de frustração.Não é possível que Debby tenha de entrar na minha vida de novo.

–Não,Peeta,é pior do que você pensa.-Meu pai falou,como se lesse meus pensamentos.Eu ergui os olhos.-A condição que o Sr.Whispers estabeleceu foi...A condição matrimonial.

Eu gelei até a raiz dos cabelos.Ele não podia estar querendo dizer o que pensei.Esperei ele sorrir e dizer que era só brincadeira,mas seu rosto permaneceu impenetrável como uma rocha,enquanto minha mãe parecia chateadíssima.Não de um jeito triste,mas de um jeito infantil,como se o sorvete dela tivesse caído no chão.

–E o que isso quer dizer?-Perguntei,com a boca seca.

–Que se quisermos essa aliança,você vai ter que se casar com Debby.-Sentenciou.

Eu abri a boca para gritar alguma coisa,mas minha mãe advertiu antes:

–Sem reações.-Ela sussurrou.

Nesse momento,eu voltei ás minhas origens de moleque mimado e pirracento.Eu não dei um pio,mas andei de um lado para o outro na sala,cedendo á um “berro mudo”.Passava furiosamente as mãos pelo cabelo,meu rosto estava vermelho e havia uma veia na têmpora ameaçando explodir.Mas eu não parava.Eu queria tanto extravasar a raiva que estava sentindo,dos meus pais,de Debby e do Sr.Whispers por me obrigar á algo assim.Como eles tinham coragem de me pedir algo assim?
Estavam me destruindo de um jeito penoso e detestável.

Eu me virei para minha mãe,com os dentes cerrados,os olhos estreitos.Ela me olhava como se eu fosse uma bomba prestes a explodir.

–Foi por isso que fez aquilo?Estava tentando acabar com o meu relacionamento?-Perguntei,acusatório.Ela vacilou sob meu olhar.

–Peeta,não...

–Que asqueroso.-Respondi,com a raiva borbulhando no fundo do meu estômago.Ela baixou os olhos.

–Peeta,precisamos que você pense com carinho.Precisamos dessa aliança.-Disse meu pai.A notícia parecia torturá-lo tanto quanto torturava a mim.

Eu olhei para ele,tentando permanecer calmo.

–Eu vou fingir que vocês não me pediram isso.Vou fingir que nunca me chamaram aqui para me subornar a fazer uma coisa nojenta como essa.

–Coisa nojenta?-Perguntou minha mãe.-Mas Debby é uma moça muito bonita.

–Eu não vou quebrar Katniss para me casar com Debby.Isso é tão...tão...errado.E eu quebraria a mim mesmo.Desculpe pai,mas as coisas que fazemos por dinheiro tem limite.Passar bem.

E saí,deixando-os sozinhos e pasmos.Eu ainda não podia acreditar no que meu pai havia dito.Logo meu pai.
Assim que atravessei o portal,o telefone tocou.

–Alô?-Atendi.

Alô,Peetalicious.-A voz de Cato se fez presente.-Só ligando para dizer que a despedida do Finn vai ser amanhã,ok?Aproveitando o feriado e tudo o mais.

–Porque mudaram o dia?

–Adivinha?Coisas do casamento,é claro.Sinceramente eu nunca...

–Ata,ok.Obrigado por avisar.-Interrompi.

–Nossa,o que aconteceu?Tu ta uma pilha,cara,calma aí.A gente passa do apartamento ás 19h para buscar você e o Gayle,ok?

–Ok...Foi mal aí.

–Relaxa.Tchau.

–Tchau.-Respondi e desliguei.

Eu estava precisando urgentemente de alguma diversão.E essa festa seria o lugar perfeito para isso.


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Notas finais do capítulo

Viiiiiiiiiiiiiiiiiiish
Próximo capítulo: DESPEDIDA DE SOLTEIRO,PORQUE NÃO IA DAR MERDA,NÉ PEETA?
Olha,eu sei que ninguém gosta quando as coisas -mesmo nas histórias- dão errado.Mas a vida não é fácil,então eu preciso de um pouco mais de realismo na minha fic,por isso eu complico tanto.
Quanto mais difícil é o seu caminho,mais proveitosa é a sua felicidade.
IMPORTANTE:
Pessoal,eu estou percebendo aqui pelos reviews que alguns leitores meus que comentavam desde o primeiro cap. não estão comentando mais :cc Desistiram de mim,foi???????
T-T /morta
AH,IMPORTANTE II:
Eu sei que nunca pedi isso antes,é que eu tinha até vergonha,mas aqui vai:
Vocês,que gostam MESMO da minha fic,que acham que seu outro amigo Tributo que adora romance poderia gostar,o que acha de recomendar a fic pra ele?Passa o link lá,vê se ele gosta...Quem sabe eu não ganho mais um lirou frend?