Far Away... So Close escrita por K2 Phoenix


Capítulo 9
Escolhas


Notas iniciais do capítulo

Oieee! Espero que curtam o capítulo! bjus!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/349446/chapter/9

Querido diário,

Estou sentindo-me entre a cruz e a espada. Por um lado, não quero ir para a Inglaterra e deixar Finn aqui. Por outro, preciso ajudar a Quinn e ao meu primo. O que farei? Sinto o meu coração apertar qualquer que seja minha escolha”.

–Rachel, querida? Tudo bem? – perguntou Mrs. Conrad, colocando uma xícara de chá ao lado de Rachel. – Desde que você chegou, apenas agora encontrei tempo para conversarmos.

Rachel meneou a cabeça, sorrindo:

–Eu entendo, Mrs. Conrad. Eu sei que o orfanato dá muito trabalho.

–Ainda mais sem você, que era a mais velha e me ajudava tanto... – a diretora do orfanato Ray of Hope suspirou. – Mas eu não lamento, não. Você saiu daqui para viver uma vida maravilhosa em um outro lugar. Você gosta da St. Sophie?

–Gosto, gosto bastante! – Rachel assegurou.

–E por que seu semblante não demonstra isto, meu bem? – a diretora indagou astutamente.

– É que... existem coisas... bem, eu não sei como começar a dizer... – Rachel desviou o olhar.

–Se é sobre o seu namoro, eu já estou a par de tudo. – a mulher tranquilizou a órfã. – Ele é um bom rapaz, não é?

–Ele é maravilhoso! – os olhos de Rachel brilharam. – Ele é bom, cavalheiro, gentil, adorável. Amo Finn Hudson, Mrs. Conrad.

A diretora sentiu um estremecimento, mas tratou de manter um sorriso nos lábios:

–Então, não é ele o que a preocupa, não é?

–Isto é tão complicado... e até envergonhador. Mas, para a senhora, creio que poça me abrir. Meu primo Noah, Mrs. Conrad, engravidou uma amiga minha da escola, Quinn Fabray.

–Jesus amado! – a diretora do orfanato exclamou, surpresa e chocada. – Mas... o que este peixeiro tem na cabeça, meu Deus...

– Eles se amam, não o leve totalmente à mal. Agora, encontro-me em um dilema: Quinn quer que eu e Noah a acompanhemos durantes as férias em sua estadia na Inglaterra, para que lá a família dela aceite que ela e ele se casem.

Mrs. Conrad estava confusa:

– Como assim, Rachel? E eles não sabem que Noah é pobre? Como uma família rica e tradicional, como eu suponho que a desta sua amiga seja, aceitará que ela e seu primo fiquem juntos?

– Hum, bem... eles devem pensar que Noah é um conde alemão. Aliás, algumas pessoas já pensam que ele é.

–Minha nossa, Rachel. Minha nossa! Quanto tempo vocês creem que esta farsa irá durar?

– Segundo os planos de Quinn, até a família dela achar que ela e Puck devam se casar rapidamente devido a uma paixão instantânea e fulminante que acontecerá que nós nos hospedarmos na casa de campo em Yorkshire.

–Isso tudo soa-me bastante ridículo e arriscado. – Mrs. Conrad ralhou.

Rachel baixou os olhos:

– Se eu for, ajudarei minha amiga e meu primo, mas deixarei o homem que amo aqui. Se não for... o que será de Quinn, Noah e do filhinho dos dois?

– Só você poderá tomar esta decisão, minha querida.

–Eu tenho receio de que, se for para a Inglaterra, posso vir a perder Finn. Ele é a pessoa que mais amo no mundo, mas, como exigir que ele me espere? Sou apenas uma garota pobre, enquanto ele poderá ter a garota que quiser sozinho aqui em Nova York. – Rachel lamentou.

{...}

Mrs. Conrad andava preocupada de um lado para o outro do escritório. Pedira que ninguém a incomodasse, e todos no orfanato já sabiam que se tratava de uma visita do misterioso Mr. H. Ela ligara para ele e aguardava sua vinda, mesmo sabendo que era um homem de negócios ocupado.

– Olá, Mrs. Conrad. – ele a cumprimentou polidamente. – Que urgência é esta da qual precisamos tratar ?

–Você a ama, não é? – a diretora indagou inquisidoramente ao rapaz.

– Que pergunta! Claro que sim! – ele retorquiu, quase ofendido. – Como podes duvidar disto, senhora? Depois de tudo o que fiz e faço por ela?

A mulher apertou as têmporas, um pouco impaciente:

– Mr. Hudson, Rachel é só uma menina. Ela está encurralada em uma situação delicada e não sabe como proceder porque o ama e tem medo de perdê-lo. Ela não tem ninguém, por favor, não quebre o coração dela.

Finn apertou o maxilar com força, tentando não ser rude com a diretora do orfanato:

– Não creio... não creio que tenha me feito vir até aqui, no meu horário de trabalho, arriscando levar uma reclamação hostil do meu pai, apenas para duvidar da minha honra e dos meus sentimentos por Rachel, Mrs. Conrad.

–Desculpe-me, Mr. Hudson, eu não duvido do senhor em nada, mas também, bem sabes da minha opinião acerca deste arranjo que o senhor fez.

– Ela ainda não pode saber que eu sou o “Mr. H”, não é o momento. – Finn falou gravemente.

–E quando será, Mr. Hudson? – a mulher o desafiou. – Escute, não estou pressionando-o, mas a verdade é que ela precisará viajar para a Inglaterra e tem medo de que o senhor largue-a.

–Eu, largá-la? – Finn riu amargurado. – Eu faço tudo para provar que a amo... como a largaria? E, por que Rachel vai para a Inglaterra?

Mrs. Conrad suspirou, incomodada em tocar naquele assunto que ela considerava indelicado demais para uma dama:

– Noah, o primo de Rachel... bem, ele tem um envolvimento com uma moça, amiga...

– Sim, Quinn Fabray, conheço-a desde criança, e sei que eles estão namorando, estou ciente de tudo, Mrs. Conrad. – Finn a interrompeu.

–-Pois bem, parece que a moça está grávida. E , pelo o que entendi, a família pensa que Noah é um conde, e eles devem passar umas férias lá na Inglaterra para que a família seja enganada pela farsa e eles possam casar. Meu Deus, que confusão épica está a vida de vocês, meus jovens! A juventude de hoje está perdida. – a mulher balançou a cabeça negativamente.

–Oh, Deus. – Finn disse baixo, como para si mesmo. –Nem gosto de pensar no que acontecerá com Quinn quando a família dela descobrir. Eu preciso falar com Rachel. – ele disse, resoluto.

–Mr. Hudson, mais uma vez, lhe peço: não magoe-a. E veja quanta confusão a vida de vocês está tendo!

–Eu não vou magoá-la, nunca, a senhora tem minha palavra!

{...}

Rachel estava sentada em um banco do pequeno jardim do orfanato, embaixo de um salgueiro. Aquele lugar a ajudava a se lembrar da sua escola e de Finn, dos seus encontros furtivos nos jardins de St. Sophie.

Uma lágrima por saudade e pesar rolou sem que ela própria percebesse. Estava triste, confusa. Mas a figura alta e elegante do homem que amava aproximou-se rapidamente dela e tomou suas mãos nas dele:

– Como você está? – ele perguntou, preocupado.

–Finn? – Rachel teve um sobressalto. – o que você está fazendo aqui? Não deveria estar no escritório com seu pai?

–Sim, mas, senti tanta falta sua. Desde que você chegou aqui para passar suas férias ainda não vim visitar-lhe.

–Você não existe, sabia? – Rachel acariciou seu rosto com ternura. – Meu amor, eu tenho que contar-lhe algo... espero que me entenda.

E Rachel contou então a história que Finn acabara de saber através de Mrs. Conrad. Paciente, ele esperou a garota terminar e sentou-se ao seu lado, abraçando-a e beijando-lhe os cabelos sedosos:

– Eu entendo perfeitamente sua decisão, querida. – ele sussurrou.

– Você me entende? Entende mesmo que não posso deixar que eles atravessem isso sozinhos? – ela indagou, para se certificar. – Desculpe por cometer esta indiscrição sobre Quinn... imagino o que deva estar pensando do meu primo.

–Está tudo bem, Rachel. Quando você embarcará?

– Eu vou ligar para Quinn, mas acho que logo. Finn, por favor... não fique com raiva de mim, mas, me prometa que não vai me esquecer enquanto eu não estiver aqui. Eu o amo mais que tudo na minha vida.

Finn sorriu e beijou-lhe demoradamente os lábios. Rachel fechou os olhos, querendo guardar aquele momento para sempre: as mãos de Finn sempre firmes a segurando, o ardor do beijo, o sol com sua luz e calor sendo filtrado pelas folhas do salgueiro e atingindo-os de forma melancólica naquela tarde.

–Eu não vou prometer-lhe nada disso. – Finn disse. – Porque eu vou com você e Noah para a Inglaterra.

–Não, Finn, você não pode! E o seu trabalho?

– Rachel, ser rico precisa ter uma vantagem em algum momento, não é? Meu pai não irá gostar nada disso, mas eu darei uma boa desculpa. Além do mais, os Hudson possuem também uma propriedade em Westmorland, em um condado de lá. Eu, inclusive, já passei férias na casa de campo dos Fabrays.

Rachel ficou embevecida, mas também relutante:

– Finn, meu amor, você tem certeza disso? Que quer vir conosco?

–Eu faço e farei tudo para estar perto de você, meu amor. Tudo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews???