Far Away... So Close escrita por K2 Phoenix


Capítulo 10
Chegando à Inglaterra


Notas iniciais do capítulo

Olá! Ano novo, atualização, finalmente, né? Gente, o eixo da história vai mudar um pouco, já que o pessoal vai passar uma temporada na Inglaterra. E, como estamos ao cap. 10, quero logo avisar que estou pretendendo fechá-la no cap. 15. FASC é um biscoito fino, eu não quero estendê-la demais e vê-la perdendo sua essência. Enfim, espero que curtam!



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Querido Diário,

Esta viagem de navio de Nova York até o porto de Southampton, na Inglaterra, me permitiu ter muito tempo para ler todos os livros que ainda precisava. Viajar sozinha, no entanto, não é do meu agrado, mas eu não podia estragar o plano. Finn e Noah estão vindo em outro navio, e desembarcarão após alguns dias que eu chegar à casa de campo dos Fabray. Tomara que esta empreitada dê certo.”

Finn andou na direção de Noah Puckerman no convés do navio e sentou-se ao seu lado. O rapaz judeu lia um jornal e comentou com o que acabara de chegar:

– Estão construindo um navio que dizem ser “infundável”. Parece que o nome será Titanic.

– Impossível fabricar um navio que nunca afundará. Isso não existe. – rebateu Finn.

– É, mas parece que é isso o que estão dizendo sobre este.

Finn olhou mais atentamente para Puck:

– Como você pôde se colocar em tamanha confusão, huh?

Puck baixou os olhos; sabia que Finn não estava mais falando sobre navios.

– Eu amo Quinn.

– Não duvido. Nenhum homem em sã consciência engravidaria uma herdeira riquíssima e se passaria por um aristocrata apenas para poder ficar com ela.

– Você vai me ajudar a ficar com ela, não vai? Cara, eu a amo. E ela também está esperando um filho nosso, precisamos nos casar e então, ninguém poderá nos separar.

–Ajudarei, sim, porque, em primeiro lugar, eu adoro a Quinn. Conhecemo-nos desde crianças, sempre fomos bastante próximos. – garantiu Finn.

Então, foi a vez do peixeiro fixar-se em Finn:

– E qual a sua relação com a minha prima, posso saber? Aliás, eu devo estar a par das suas intenções para com ela. Rachel só tem a mim como família, eu devo protegê-la.

Finn soltou um suspiro:

– Homem, eu amo a sua prima tanto ou mais que você ama Quinn.

–Eu acredito em você, Finn. E Rachel merece alguém assim. Ela perdeu os pais muito cedo em um incêndio na casa deles. Depois, minha mãe a criou junto comigo, mas morreu também. Eu fugi do orfanato quando tinha catorze anos e virei peixeiro, mas fiz questão de que ela ficasse lá, para que tivesse algum conforto. Eu só espero que você não a magoe.

Os rapazes, no fundo, se entendiam. Amavam as mulheres pelas quais estavam atravessando o Atlântico, e fariam tudo por elas.

Quando chegaram em Londres, a primeira providência que Finn tomou foi a de levar Puck a um alfaiate conhecido e encomendar vários ternos e outras roupas para que ele parecesse um verdadeiro lorde alemão de férias na Grã- Bretanha. Depois, tratou de combinar com Puck uma conversa convincente: eles precisavam parecer colegas de escola; o peixeiro deveria agir como um ex-aluno do aristocrático e esnobe Eton, escola onde Finn estudara. Por fim, antes de seguirem viagem rumo à Westmorland, em que ficava a casa de campo dos Hudson, Finn passou tudo o que sabia (e sabia muito, aliás), sobre a família Fabray:

– Eles possuem uma vasta propriedade na região de Yorkshire. O avô de Quinn é um duque, é um velho que adoraria se você pudesse bajulá-lo bastante. A avó de Quinn, Mrs. Fabray, é um encanto, uma senhora adorável, então vai ser fácil dobrá-la. A mãe de Quinn, Frannie, deve aparecer, mas não o pai dela, porque ele tem negócios importantes em Nova York. Trate de estabelecer uma boa conexão com ela também. Se Frannie simpatizar com você, casar com Quinn estará muito mais fácil.

Finalmente, após uma semana de preparos, os rapazes partiram. Finn ia com o pensamento e o coração repletos de vontade de rever Rachel o quanto antes... quem sabe ele também não a pedisse em casamento naquela ocasião?

{...}

Rachel estava maravilhada com a casa de campo da família Fabray. A ampla propriedade, a casa enorme, com tantos quartos e corredores que ela não havia ainda decorado quantos eram, os empregados extremamente sérios e eficientes, os jardins a perder de vista, tudo a encantava.

– Venha tomar um chá comigo! – convidou Quinn naquela tarde agradável. Estavam em uma das alas da casa, perto de um grande jardim cheio de rosas e azaleias.

– Ainda não estou acostumada com este hábito de tomar tanto chá. – disse a morena.

Enquanto uma empregada colocava chá e servia bolo e biscoitos para as moças, elas perceberam que um rapaz extremamente bem vestido se encaminhava na direção delas.

–Oh, não. – Quinn sussurrou, olhando para dentro de sua xícara. – Olá, Jesse! – ela tentou imprimir animação à sua voz quando o cavalheiro estava a alguns passos delas.

– Olá, Miss Fabray. – ele beijou-lhe a mão. – Ora, ora, se não é a bela Miss Berry. – ele comentou virando-se para encarar Rachel.

–Ainda lembra-se de mim? – a judia tomou rapidamente um gole do seu chá.

–Como esqueceria de senhorita tão bela? Está visitando a propriedade dos Fabray?

–Sim, estou. Quinn convidou-me para passar férias aqui.

–Creio que nos veremos bastante. – ele lançou-lhe um sorriso largo e confiante. – A casa de minha família é aqui ao lado. Sempre apareço por aqui.

–Quer sentar-se e tomar um chá? – ofereceu Quinn.

–Adoraria, Miss Fabray. – ele respondeu, sentando-se ao lado de Rachel. – Soube que Mrs. Aldrish dará uma grande festa próximo final de semana?

–Não, não soube. – disse Quinn.

–Temporada de festas! – Jesse deleitou-se. – Adoro esta época do ano, Londres está tão trivial para mim... as pessoas andam falando de paz armada, de conflitos na Rússia. Nada que possa realmente me interessar. – ele completou com desdém. – Prefiro quando as grandes famílias abrem suas imensas casas de campo para festas adoráveis.

Eles continuaram a tomar o chá quando Jesse, de repente, chamou Rachel para um passeio entre os jardins. Ela olhou para Quinn, que fez uma cara de que não poderia livrá-la daquele embaraço. Relutante, ela aceitou.

Rachel achava Jesse St. James um rapaz extremamente esnobe e prepotente, mas não podia ser desagradável, ainda mais estando hospedada na casa de uma família com a qual ele tinha forte laço.

– Sabe, Miss Berry – ele disse – não me esqueci da senhorita desde aquele baile na St. Sophie. Você parecia tão adorável.

–Obrigada. – ela retorquiu, por educação.

– A senhorita é encantadora. – ele segurou suas mãos. – Queria tê-la como minha companhia para o baile de Mrs. Aldrish.

Rachel pigarreou, desconfortável:

– O senhor é bem incisivo, não?

– Sou mesmo. Gosto de ser bastante assertivo quando algo me interessa. – ele rebateu, sem rodeios. – Interessei-me por você desde aquele baile. Pena que naquele dia, a senhorita tinha como par meu conhecido Mr. Hudson. Mas acho que poderemos corrigir isto no próximo ao qual iremos.

–O que garante ao senhor que eu tenho intenção de ir como seu par para este baile? – Rachel estava começando a esquecer que uma dama precisava ser, na maioria das vezes, amável e delicada. – Eu mal o conheço. – ela arrematou, retirando as suas mãos das dele.

–Poderemos nos conhecer melhor, não seja por isso. Miss Berry, eu não desistirei tão fácil de conquistá-la. – ele falou, presunçoso.

Quando ambos estavam voltando, viram uma carruagem, do tipo que ainda se usava no interior, aproximar-se da casa através do enorme pátio. Dela saltaram Finn, alto, elegante, e um outro rapaz, apenas um pouco mais baixo e mais forte, que logo Rachel viu que era seu primo.

Ela correu de encontro a eles, feliz:

– Vocês chegaram! – ela colocou as mãos no peito, tamanha sua alegria.

Quinn também tinha visto alguém chegar e correu para ver. Não podia saltar nos braços de seu amado, pois, para todos os efeitos, ainda não conhecia Puck, mas lançou para ele um olhar significativo, que ele retribuiu.

Finn, porém, mal chegara e já tivera seu humor azedado pela presença de St. James ali, ainda mais tão próximo de sua amada Rachel.

Mantendo a compostura, porém, ele fez as apresentações necessárias de Puck. Os avós de Quinn apareceram e abraçaram Finn efusivamente, pois o admiravam e eram amigos de sua família, e convidaram-nos para o jantar.

O clima entre os jovens ficara um pouco tenso, enquanto esperavam o jantar. Quinn e Puck não podiam demonstrar nenhum afeto em especial, apesar de serem apaixonados e de a moça estar quase cem por cento certa de que engravidara dele. Por seu lado, Finn queria poder fuzilar Jesse St. James apenas com seu olhar. Rachel olhava para seu amado com uma expressão de que não tinha culpa, e, realmente, ele sabia que ela não tinha. Conhecia bem o rapaz de cabelos pretos ondulados e olhos azuis. Ele era capaz de tudo quando queria algo, ou alguém.

–Aceita um licor, Mr. Hudson? – a empregada perguntou, solícita.

Finn aceitou e engoliu rapidamente a bebida, que saiu rasgando sua garganta.

–Vou respirar um pouco o ar puro. – ele disse alto, de forma que todos olhassem para ele. – Está muito abafado aqui.

Rachel olhou-o atravessar a porta de esguelha. Conhecia Finn o suficiente para saber o quanto ele devia estar incomodado com Jesse e suas investidas contra ela. Levantou-se e disse:

– Bem, eu vou ao meu quarto, acho que sujei meu vestido enquanto caminhava pelo jardim hoje mais cedo.

Ela saiu da sala, mas acabou perdendo-se em meio a tantos outros cômodos da casa de campo. Aturdida, sem saber que rumo tomar para chegar lá fora e poder falar a sós com Finn, ela quase gritou quando sentiu uma mão masculina puxá-la fortemente para dentro de uma sala.

–Finn! – ela sibilou, ainda com o coração aos pulos. – Você me assustou!

Ele fechou a porta da sala com chave e virou-se para ela:

– O que este bastardo está fazendo no seu encalço?- ele perguntou duramente. Os olhos de Finn chispavam de raiva, mas Rachel pôs uma mão sobre seu braço, de forma apaziguadora:

– Nada, meu amor. Ele é apenas irritante.

– Eu sei como ele é. – Finn bufou. – Fico louco de ciúmes, querida... desculpe-me.

Rachel sorriu, e inclinou-se para ela, com os olhos fechados. Finn tomou-a nos braços e beijou-a com fervor, sua língua invadindo impetuosa a boca de Rachel, que correspondeu na mesma medida, tomada pela emoção, o medo de serem pegos ali e a saudade que estava do seu namorado.

Finn sentou Rachel sobre uma escrivaninha que havia na sala e prosseguiu beijando-a como se sua vida dependesse disso. Suas mãos percorreram a silhueta dela e Rachel teve um estremecimento, gemendo levemente sob seus lábios.

Ele contemplou sua face, ambos recuperando o fôlego. Eles tinham os lábios vermelhos, úmidos, e um brilho intenso de desejo no olhar.

– Você não sabe o quanto eu senti sua falta, Rach. – ele confessou. – Falta dos seus lábios, da sua pele, do seu corpo contra o meu.

– Eu também estava quase em desespero sem seu toque, sem suas mãos e seus beijos apaixonados, meu amor. – Ela confessou, trazendo o rosto de Finn para si.

Beijou-lhe languidamente o rosto, as covinhas que se formavam quando ele sorria, o maxilar, os lábios. Subiu levemente até seu ouvido e disse:

– Não há ninguém que se compare a você, Finn.

A combinação de todo o desejo e da voz doce e profunda dela fez Finn abaixar-lhe delicadamente sobre o tampo da escrivaninha e voltar a beijá-la; suas bocas estavam ávidas e afoitas, suas línguas bailavam em uma sintonia perfeita que eles haviam criado enquanto o luar se infiltrava pela janela e banhava-lhes em sua paixão.


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Notas finais do capítulo

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