MoonShine escrita por Gabi Mikaelson Salvatore


Capítulo 4
Capítulo 3: Damon Salvatore


Notas iniciais do capítulo

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Meu corpo por inteiro doia. Eu novamente estava tendo o colapso. Desta vez até tinha sido fraco, em comparação de outras vezes. Onde eu estava? Lentamente fui abrindo meus olhos. O lugar não se era muito iluminado. A dor novamente me afligiu. Gemi virando meu corpo sobre o lugar macio em que estava. Meus olhos percorreram pelo local em que eu estava. Da altura em que me encontrava, eu podia ver... Uma grande estante bem no fundo, uma lareira, as paredes eram rústicas, o carpete era avermelhado... Era uma grande e ampla sala de star. Onde estou?

- Que bom que acordou.

Uma voz grossa e suave ocupou o lugar. Tentei me levantar, o que não deu muito certo. Okay, Mia. Você consegue. Fechei meus olhos e canalizei toda aquela dor. Imaginei-a como se ela fosse um ponto vermelho...

- Quem é você?

Aquela mesma voz. Suspirei pesadamente. Ignorei e tentei exilar aquele ponto vermelho. Abri meus olhos não sentindo quase nada. Realmente. Tinha sido melhor que da ultima vez. Sentei-me de vagar, percebendo que eu estava num perfeito e macio sofá marrom. Levantei meus olhos, a procura do dono da voz. E foi quando meus olhos encontraram a figura bem próxima a mim. Ele. Ele era alto, musculoso, sua pele clara, seus cabelos eram negros e tinham os olhos azuis. Lindos olhos azuis.

- Onde estou? Quem é você? - perguntei desconfiada e ele sorriu se aproximando de mim.

- Eu gostaria que respondesse minha pergunta antes. - ele disse calmamente. Levantei-me com cuidado.

Foi naquele momento em que lembranças domaram minha mente.

O poder assumindo meu corpo...  a dor... a luz me cegando... e então ouvi freios de um carro... logo depois um par de olhos azuis... depois acordei aqui.

Arfei baixo. Olhei assustada para o homem a minha frente. Ele estava olhando-me confuso e com os olhos semicerrados.

- Você quase me matou. - murmurei apavorada.

- Não, você se jogou na frente de meu carro. - ele disse rapidamente com um olhar sério.

Respirei fundo e olhei em volta.

- Onde estou? - murmurei confusa.

- Primeiramente: você se jogou na frente de meu carro, nem ao menos cheguei a te atropelar. Assim que o carro parou você, paft, desmaiou. - ele disse sem muitas importancias - Tive que lhe trazer até minha casa, eu te levaria a um hospital, mas vi que você estava bem. - deu de ombros no final.

- Preciso ir embora. - murmurei preocupada.

- Diga-me seu nome, por favor? - pediu cauteloso.

- Mia. - sussurrei abaixando meu olhar.

Ele deu um passo até a mim, agora ficando a minha frente.

- Damon. Damon Salvatore. - falou dando um meio sorriso sádico. Olhei em direção onde tinha uma porta amadeirada, e supus ser a saída. Olhei novamente para Damon e senti algo estranho em relação a ele. Era uma energia negativa... Balancei minha cabeça de vagar, como se espantasse aquilo.

- Preciso ir embora. - disse andando em direção aquela porta.

- Eu posso te levar. - ele disse acompanhando-me.

- Por favor. - parei na sua frente - Não. Eu posso ir... sozinha.

- Está de noite. - ele disse incrédulo - Essa cidade não é confiável, confie no que digo. Alias, você não é daqui, não?

- Não. - neguei rapidamente, não querendo tocar no assunto - Eu preciso mesmo ir embora. - virei-me de volta para sair.

Antes dele me impedir, continuei com meu caminho e abri a porta. Estava noite e frio. Minhas roupas ainda estavam umidas pela chuva, o que fez-me ficar com mais frio ainda. Andei para fora, sem dizer nenhuma palavra. Comecei a andar em passos rápidos. Eu não conseguia entender muito bem onde estava. Nunca tinha andado por esses lugares. Afinal, nunca estive em Mystic Falls. Finalmente cheguei numa rua deserta. Eu a reconhecia. Só tive de entrar na outra rua e cheguei próxima a uma estrada de terra.

segui meu caminho pela estrada escutando os pequenos animais que habitam a floresta em volta. Eu não entendia o porque de Damon ter me levado para sua casa e não para um hospital, ou até mesmo uma delegacia. Alias, encontrou uma garota no meio da rua, desmaiada... Isso não acontece todos os dias.

Ainda imerse em meus pensamentos, cheguei numa parte mais escura da floresta. Os portões estavam fechados. Encostei minhas mãos na fechadura e o empurrei calmamente. Atravessei os portões, em seguida fechando os mesmos e voltei a andar entre aquelas arvores e arbustos. Respirei fundo e entrei num caminho feito de pedras. Logo a minha frente, um pouco distante, aquela mansão antiga e rustica estava a minha espera. Na extensa varanda com flores sem vidas, um homem apareceu. Com a escuridão, ficava dificil de vê-lo. Mas eu sabia quem era. A cada passo eu distinguia-o melhor. Usava uma calça escura, camiseta com mangas compridas branca... um suéter de lã vermelho, antigo por sinal. E oculos escuro no rosto.

Meus passos eram silenciosos e lentos, rastejavam-se em direção onde o homem me esperava. Subi calmamente os quatro degraus da sacada.

- Onde esteve? - a voz fria e grossa de meu tio perguntou suavemente.

Engoli em seco respirando fundo. Tio Jackson. Minha unica família que me restara. Não exatamente. Mas no momento é o unico que me amparou de braços abertos. Ele era irmão mais velho de Olivia. Minha mãe.

- Tive outro 'colapso' novamente. - expliquei apenas aquilo, saberia que ele entenderia. Caminhei sem dizer mais nada e empurrei as duas grandes portas de madeira a minha frente.

O hall da sala estava vazio e escuro. Suspirei pesadamente e escutei os passos de tio Jack se aproximando. Continuei a caminhar e entrei na grande sala. As portas da entrada se fecharam e tio Jack acendeu as luzes. Semicerrei meus olhos, quando aquelas fortes luzes iluminaram o ambiente. Uma grande sala ficou iluminada. Mostrando dois grandes sofás. Uma grande lareira, a enorme janela com cortinas vermelhas fechadas. As luminárias antigas...

- Você sabe que nessa cidade há vampiros? - disse virando-me incrédula para meu tio.

Ele ficou encarando-me sério. Sua expressão era tensa e cautelosa.

- Este é o seu destino, Mia. - ele disse calmo. Bufei nervosa.

- Uma cidade cheia de vampiros e bruxas? - perguntei nervosa e ele tirou seus óculos. Seus olhos castanhos escuros estavam avermelhados em volta. Ele fitou-me curioso - Por causa da bruxa eu tive o colapso. - comentei irritada.

- Bruxa? - olhou-me intrigado e afirmei.

- Sabe, tio Jackson, essa não foi minha melhor escolha para viver. - disse negando e me endirecionando as escadas.

- Isso tudo já está para acabar. - ele disse calmo novamente e parei no meio de meu caminho.

- Quando? - murmurei fechando meus olhos - Quando eu morrer?

Ele não me respondeu mais nada. Suspirei de leve e voltei com meu caminho para as escadas. Subi tranquilamente e cheguei no segundo andar, um corredor extenso e cheio de portas, mal iluminada e cheirando a gente velha. Parei a frente da ultima porta do corredor e entrei em meu quarto.

Acendi a fraca luz amarelada e joguei minha bolsa no chão. Andei até o espelho e fitei-me preocupada. Ao ponto de vista de outra pessoa, qualquer, eu estou bem. Tirei minha camisa e olhei em meus braços. Peguei um espelho sobre a penteadeira. Ele não era tão grande, mas do tamanho suficiente para qualquer um segurar.

Virei-me de costas para o espelho colado na parede e ergui o espelho menor. Joguei meus cabelos em cima do ombro esquerdo e tive a visão posterior de meu pescoço. A marca estava alí. A pequena lua desenhada de simbolos, com algumas pequenas estrelas em volta e uma estrela maior em cima. A baixo da lua, um caminho estrelado era seguido por minhas costas. Iam até a baixo da cintura. Parando próximas ao pequeno sol.

40 estrelas. 40 estrelas faziam o caminho até o sol. Não que eu tivesse contado, mas eu sabia. Sempre sei.

Resolvi tomar um demorado banho, deixando meu corpo relaxar. Logo que sai do banho coloquei uma camisa de moletom de mangas compridas que iam quase até meus joelhos. Meus cabelos molhados ficaram soltos. Sentei-me no parapeito da janela de meu quarto e encostei-me no vidro gélido. Novamente chovia. Agora uma leve chuva.

Flashback on

- Mamãe? - abri a porta do quarto lentamente.

- Querida, ficará tudo bem, não se preocupe! - minha mãe disse apressada. Ela tinha tirado tudo de seu armário e vasculhava cada canto.

Finalmente pareceu que ela encontrou o que procurava. Olhei para suas mãos e fiquei surpresa com que tinha alí. Era aquele colar. O seu colar. O colar que ela nunca deixava alguém tocar. Vivia o escondendo. Como se ele fosse... algo raro, ou perigoso. Era uma linda joia. A corrente era banhada a ouro, caida com um lindo e grande pingente. O pingente era uma lua e um sol. Com uma estrela de magma no meio.

- Quero que fique com esse colar, e guarde-o como se fosse sua vida. - mamãe disse desesperada e colocou aquela joia em minhas mãos frias.

- O quê? Por quê? - perguntei assustada e ela abraçou-me - Mamãe, o que está havendo? - perguntei com medo - Por que tia Amélia está aqui? Por que ela está dizendo que me levará embora?

- Mia, não deixe ninguém ficar com esse colar. - ela disse soltando-me com lágrimas escorrendo em seu lindo rosto - Ele é seu, e ninguém deve tomá-lo.

- Mãe, eu não quero ir embora. - falei chorando, eu não ligava para o colar, apenas queria ficar com minha mãe.

- Mas é preciso, querida. - ela disse limpando minhas lágrimas - Eu prometo que você ficará bem.

-E a senhora? - sussurrei preocupada.

Ela respirou fundo sem responder e então tia Amália entrou no quarto puxando minha mala.

- Eles jáestarão vindo, Olivia. - tia Amália disse preocupada. Minha mãe correu até a janela e olhou o dia ensolarado.

- A lua já está indo ao ápice. - minha mãe sussurrou engoolindo em seco - Vamos. - ela disse virando-se para nós.

Tia Amália puxou-me escadas a baixo, enquanto eu chamava por minha mãe. Saimos de nossa casa e olhei para o céu. O dia era lindo. O sol brilhava, mas ao mesmo tempo, ao lado dele, a redonda lua se aproximava. Eu reconhecia aquele fenomeno, mamãe já tinha contado-me sobre ele.

Entrei num carro junto com minha tia, enquanto minha mãe entrou no outro carro.

Flashback off

Abri meus olhos imersa naquelas lembranças. Aquela tinha sido a ultima vez que eu tinha visto minha mãe. No dia seguinte após aquilo, tia Amália contou-me que ela estava morta. Ela tinha sido sacrificada. 


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Notas finais do capítulo

Se houver comentários volto o mais rápido possível!
até breve!!!
xoxo