Hankei no Gifuto - 半径のギフト escrita por Fred A


Capítulo 8
Meu mundo não é o único


Notas iniciais do capítulo

Beeem, eu estava com uma certa preguiça de escrever alguma coisa hoje, ou ontem, e decidi não adiar muito o intervalo entre capítulos. Minha mente está explodindo de ideias, mas não sei ao certo qual deve ser a correta. Culpa da diversidade da mitologia eslava, eu acho -
Vamos ao que interessa então... Mas antes eu me lembrei de um ponto importante de uma fanfic: os personagens não têm características, como a cor do cabelo, olhos, equipamentos, etc? Manda uma imagem deles, Como eles são?. Certo, irei postar aqui os links para ver as fotos. no final do capítulo.
Boa parte da história vai se desenrolar agora, espero que gostem.
Hajime o/



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Nekomura percebeu que o tom de voz confuso e inocente daquela garota havia mudado.

– Como você pode afirmar que aquele caderno é seu?

Ela pensou, pensou mais um pouco, coçou o topo da cabeça e se lembrou de algo.

– Você está mesmo disposto a arcar com as consequências do que eu irei te mostrar?

Nekomura, meio confuso com todo aquele drama, respondeu:

– Acho que sim... Eh, eu aceito.

De forma súbita, ela o puxa pelo braço e com um flash de luz, pulam como um raio inverso em direção ao céu. Um branco intenso o rodeava. Parecia que estava em um quarto branco, um infinito branco. Aquele infinito ia cada vez mais se extinguindo, dando lugar a cores, formas, contrastes de paredes e móveis.

– Você fez tudo isso só pra entrar no meu quarto?!

– Abra a gaveta, por favor. –dizia ela mantendo a calma.

Nekomura abriu a gaveta e tirou o caderno de lá, meio receoso ao pensar que ela iria tomá-lo dele.

– O que você vai fazer com o caderno?

– A pergunta é: O que VOCÊ vai fazer com o caderno ? –insinuando algo.

– Bem, antes de eu ter descoberto esse caderno eu pensava que ele era uma brincadeira de mal gosto, uma pegadinha, sei lá. Agora que eu descobri o que ele faz, e me sinto obrigado a fazer o certo.

– Se é assim que você pensa... Pode ficar com este caderno. Mas eu tenho que te explicar algumas cláusulas de uso.

– Cláusulas de uso?

– Condições de uso. Quando você interfere no que ele escreve, minha força diminui. Agora, por exemplo, eu não posso mais me transportar para qualquer lugar.

– E por que você usou o resto da sua força fazendo algo que uma porta consegue fazer?

– Heheheh... Eu me esqueço que não estou mais em Nav. –dizia sem jeito.

– Ela pode ter esse jeito meio durão, mas mostra que é um pouco bem humorada e desajeitada. –pensava Nekomura ao ver a reação de Kin.

– Primeiro me explique o que é Yav’ e Nav, e como você consegue fazer o que fez lá no banco.

– Sou uma deusa. Meu nome eslavo é Dolja. Sou a deusa do destino, por isso esse caderno pode prever o destino. Eu o concedi esse dom quando estava em Nav.

– Mas você não me respondeu o que é Nav e Yav’.

– Sério que você quer ouvir uma história tãããããão longa?!

– Eu me disponho a te ouvir. –Nekomura dizia com um sorriso de aprovação.

– Pri-pri-primeiro pare de sorrir assim do nada! Não me acostumei a lidar com humanos e seus costumes tão liberais. –dizia ela com uma vermelhidão aparente no rosto.

– Então lá vai. Nav é o lugar que eu moro, ou morava. Meu pai, o deus Svarog, tomou uma atitude que eu considero covarde, e por isso eu fugi pra cá, como nós chamamos esse lugar, Yav’.

– Yav’ seria a Terra, e Nav seria uma espécie de paraíso?

– Mais ou menos. Nav é o mundo imaterial, o geral, que inclui Svarga. E Svarga é o domínio do meu pai. Vou simplificar em um esquema mais fácil.

Ela começou a explicar que o universo era uma árvore, chamada Árvore do Mundo. Nessa árvore, as folhas representavam Nav (aonde se situava Svarga), o tronco era Yav’, a terra dos humanos, e as raízes eram o submundo, Vela.

Também contou sobre o plano do pai, que planejava unir Nav à Yav’.

– Essa união iria acabar com todos os humanos, os escravizando e matando quem negasse o destino. –falava Kin ao Nekomura, que era todo-ouvidos. – Engraçado que eu sou a deusa do destino, mas consigo ser tão fraca a ponto de vir aqui pedir ajuda a um humano, sem ofensas.

– E você não concordou com essa idéia e fugiu.

– Exatamente. Ele precisa de todos os deuses pra dar continuidade ao plano de fusão dos mundos.

– Tem mais deuses?

– Deuses, criaturas... Eu tenho dois Dolas a meu favor.

– Dolas?

– Dolas são a Sorte encarnada dos humanos. Um humano acompanhado de um Dola significa prosperidade, sendo ainda algo proibido por meu pai que decretou heresia a qualquer ser de Nav que ajudasse um humano. Eu sendo uma Bog (deusa), posso ter um Dola em mãos.

Nekomura estava confuso com todas aquelas denominações de deuses, criaturas, reinos, e esqueceu de perguntar o principal.

– Mas por que eu? –dizia intrigado.

– Você se julgava estagnado, letárgico, parado, e via uma grande vontade oculta em você. Uma vontade de se jogar em uma missão.

– Você com seus poderes limitados, e eu com o quê?

Kin, irritada com tanta hesitação e tantos “porquês”, disse:

– Deixarei dois Dolas pra você. Eles te ajudarão em algo, e te guiarão quando eu estiver distante.

Com um gesto de mão, uma luz se cria na ponta da sua espada e ela crava um círculo no teto. O círculo irradiava brilho, era um portal que tinha trazido duas coisas.

Um gato siamês e um rato negro caíram daquele portal.

– Tenho medo de perguntar o que esses dois animais irão fazer por mim a essa altura. –dizia Nekomura na sua mente.





Nekomura (acima)

Sra. Natsuyama (Mayumi Natsuyama)

Nezumi

Hiroto

Kin

Mira

Kotatsu

Okinari (deus Svarog)


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Notas finais do capítulo

Muitas histórias, muitas siglas, muitas designações, estou tão animado que estou pensando em escrever dois capítulos hoje. Mas acho que vou guardar o 2º no Word mesmo haushuahsuahs Não darei o meu ouro tão fácil assim.
Mika Nekomura, minha leitora fiel, obrigado pelos comentários :3

Próximo capítulo:
Filosofia de cão e gato