Hankei no Gifuto - 半径のギフト escrita por Fred A


Capítulo 19
Olhos de mercúrio e de âmbar, e um porco


Notas iniciais do capítulo

Yoo o/
Faz tempo que não posto, né? Um bom tempo planejando os arcos, com uma temporada já planejada.
Saa, hajimemashou o/



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Hankei no Gifuto - 半径のギフト

Abertura: http://www.youtube.com/watch?v=hpx2cvZVReY

Zetsu – Gazette

Nekomura, Kin, Nezumi e Hiroto seguia sua viagem para Finiӕ, mas para isso era necessário passar primeiro pela ponte, que cruzava o Rio Kawate cercado pelo Bosque Hito, um lugar bem vivo e cheio de animais, pássaros canoros e árvores em todas as variações do verde.

- Kin, já estamos chegando? –pergunta Nekomura impaciente com a demora. – Dois dias acampando pelo caminho, vivendo só de água, frutas e caça. Assim eu não aguento.

- Por que está chorando, mimado? Iremos chegar em bre... – quando Kin vê uma vegetação conífera logo a frente. - Espere, chegamos!

Todos, menos Hiroto, correm para dentro da floresta, mas não acham nada além de árvores e animais olhando para eles com dúvida.

- Essa não é Finiӕ, é o Bosque Hito. –Hiroto avisava aos outros, que o olharam com sarcasmo. – Segundo o mapa... –Hiroto desenrolava o mapa mostrando a todos. - ...Temos de passar pelo Bosque Hito, atravessar a ponte do Rio Kawate, ir pelo Campo Dola e enfim chegamos a Finiӕ.

- Iremos passar por todos esses lugares ainda? Vai demorar dias! –retruca Nekomura.

- Por que você está reclamando, Neko? O tempo na Terra passa mais rápido do que aqui. Quando você voltar, vai perceber alguns minutos de diferença quando partiu. –Nezumi o consolava, uma tentativa frustrada.

- Eu parti? Não seria melhor dizer “fui empurrado por um portal”? Mas deixando isso de lado, você sabe quantos dias vai levar essa viagem?

- Cerca de quatro dias.

- QUATRO DIAS?! MAS COMO VAMOS ENFRENTAR MAIS QUATRO DIAS DE VIAGEM? VOCÊS ESTÃO...-Enquanto ele reclamava, Nezumi abraçava o pescoço de Nekomura, tentando acalmá-lo.

- Calma, Neko-chan, você está muito estressado. Você vai ver que esses quatro dias irão passar bem rápido... –olhando com um intuito pervertido para o horizonte. – O que eu posso fazer para acalmá-lo?

Quando ela disse isso, Kin lançou um olhar de raiva, um olhar que fez Nezumi recuar de medo imediatamente.

- O sol está se pondo. Já que você está tão cansado, vamos descansar aqui. De dia esse bosque pode parecer fofo, mas à noite muitos ladrões vagam por aqui para trocarem mercadorias, como metais, gemas, carne e couro curtido. –avisava Kin.

- Não precisa ter medo, senhorita. Podemos fazer uma escolta até a ponte para todos chegarem salvos. –Hiroto se oferecia para a guarda, e Nezumi fazia cara de enjoo ao ver aquela cena formal.

- Eu acho melhor não, Hiroto. Uma inútil luta evitada é uma grande luta vencida. –responde Kin.

- Filosofou agora. –sussurrava Nekomura acompanhado de Nezumi, os dois riam como deboche, mas foram logo reprimidos por Kin e seu olhar de ameaça.

                                                            ***

Logo perto da noite, eles se preparam para a janta, um grande porco do mato caçado por Hiroto. Dava o dobro da largura de Nekomura. Graças aos incessantes pedidos de Nekomura por algo novo naquela noite.

- Até que enfim, algo que não tenha escamas ou sementes! –Nekomura comemorava enquanto fitava o grande porco rodando no espeto armado por Nezumi.

- Eu não vejo problema em comer peixe e frutas. –diz Nezumi emburrada.

- Nekomura, vigie o assado. Eu e a Kin vamos pegar mais lenha na floresta. –Hiroto dizia a Nekomura e Nezumi.

- Aham... Sei... Lenha, não é? –Nezumi sussurrava para Nekomura, que ria como resposta.

- Nekomura, você pode se cuidar sozinho, pode? –pergunta Nezumi. – Eu vou dar uma volta pra ver se acho algo “bom” pra comer. –ela dizia olhando com desprezo para o assado.

- Eh... Se você diz... T-tá bem. –responde Nekomura com um olhar de medo ao ver que ao seu redor o barulho dos grilos, morcegos e arbustos se mexendo o amedrontava.

Nekomura segurava a alavanca que girava o porco e fazia força para movê-la, sempre com os olhos atenciosos ao menor ruído suspeito. Não conhecia nada sobre aquele mundo, nem quais as intenções dos seres que viviam ali.

Ele sente um movimento rápido no arbusto a sua frente e vai ver o que seria o causador. Suas pernas estavam bambas. Percebeu que não havia nada ali e voltou para o local aonde o porco assado se encontrava.

- O QUÊ?! QUEM FEZ ESSE BURACO DE MORDIDAS NO PORCO?! Eu não devia perguntar “quem”, mas sim “o quê”! Aliás, eu não quero saber quem foi, ele pode responder. –Nekomura falava consigo mesmo.

O arbusto a sua direita se mexe e ele pega um galho forte para se defender indo atrás do arbusto para ver qual era o ser esfomeado.

Ele percebe que não havia nada. De novo. Ele volta para vigiar o assado e percebe mais um buraco provocado por mordidas. Parecia ser um animal de focinho e dentes incisivos curtos.

- OK! AGORA É SÉRIO... QUE MERDA ESTÁ ACONTECENDO AQUI? –grita Nekomura para o bosque, que responde com um silêncio comum.

Ele pensa em um plano. Esperar o próximo movimento nos arbustos, amarrar o cadarço dos sapatos e suspendê-los no galho e mexê-los no chão, simulando passos em direção do arbusto, quando na verdade ele vai estar perto do porco, pronto para qualquer animal.

Ele segue o plano, o movimento no arbusto acontece, ele mexe os sapatos no chão e espera o animal vir na direção do porco.

Um cão surge rapidamente entre as folhas, atrás de Nekomura. Um cão perdigueiro de pelagem castanho-clara e olhos amarelos que carregava as fibras da carne em seu focinho.

- O que você quer? Carne? Acha honesto roubar?

O cachorro põe a carne no chão e fala algo inesperado:

- Eu preciso de comida.

- O que você é? –pergunta Nekomura ao cão.

- Meu nome é Michiro Fune e eu sou um Dola. Mas por favor, me deixe levar esse pedaço de carne! É algo de vida ou morte!

- Como assim “vida ou morte”? –o cachorro corre de Nekomura, que o persegue até um grande tronco que estava atravessando um riacho. Perto dele estava uma menina presa com a perna no tronco. Tinha cabelos muito brancos, estava de olhos fechados, vestia uma túnica branca encardida pela terra preta do local.

- Co...mi...da... –suplica a menina, de aparentes 12 ou 14 anos.

Nekomura vai rapidamente tentar remover o tronco junto com o cão.

- Creio que assim não vou mover nada. –o cão fala. Em seguida ele se transforma em um humano, um jovem de cabelo castanho claro e olhos laranja. Os mesmos olhos que tinha na forma animal. Parecia ter 15 anos.

- Se acalme, vamos tirar esse tronco da sua perna, é rapidinho. –Nekomura, junto com Michiro, unem forças e levantam o tronco, deixando a menina livre.

- Eu a vi desde ontem, presa a esse tronco que o riacho empurrou para cima dela. Ela não come há dias. –diz Michiro dando a carne do porco na boca da menina.

A menina abre os olhos e revela uma íris que nunca eles tinham visto. Seus olhos eram prateados. Seu nome era Aika.

Hankei no Gifuto - 半径のギフト

Encerramento: http://www.youtube.com/watch?v=LHVL2G-2Bbo

The Beginning – One Ok Rock


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Notas finais do capítulo

AHHH Tô morrendo de sono! Tá aí, dois personagens novos, talvez fiquem, talvez se juntem à "caravana" do Neko. E a Aika?
Ja nee o/



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