Hankei no Gifuto - 半径のギフト

Abertura: http://www.youtube.com/watch?v=hpx2cvZVReY

Zetsu – Gazette

O largo horizonte tingido de laranja dava a Nezumi a impressão de ter voltado no tempo. Se sentia com 6 anos de novo. Tudo lhe parecia intacto, como sua memória guardava. Ao menos uma parte dela.

- Vamos, preciso comer algo que não seja peixe! –dizia Nekomura animado ao imaginar uma mesa farta, típica dos filmes medievais.

- Antes eu tenho que pedir uma coisa pra vocês. –Nezumi tomava fôlego e explicou. – Eu prefiro que vocês mantenham meu nome em sigilo.

- Mas por que isso? –Kin dizia espantada. Se havia algo que Nezumi precisava, era sentir o calor de sua aldeia de novo.

- Porque... –ela falava receosa. – Porque eu preciso ajudar vocês, e seu eu ver alguém conhecido eu iria ficar aqui pra sempre.

- Você que sabe o que escolhe. –Hiroto aceitava o pedido dela, seguido de todos concordando com um aceno de cabeça e um sorriso de gratidão.

Eles entraram na aldeia, se adiantando em procurar uma pousada antes que o pôr do sol se findasse. Um casarão mais sofisticado, um pouco maior que as outras casas, pintada de branco e com telhas em vez de palha. Era moderna em comparação ao resto.

Mostrava uma placa: “Mums ir vakances”. Kin a leu e deduziu que havia vagas.

- Olá, posso ajudá-los? –dizia a atendente, uma jovem de cabelos escuros presos por um cordão de palha, com roupa de empregada. Era bonita, seus olhos negros transpareciam confiança.

- Queremos 4 quartos, por favor. –Kin pedia.

- Lamento, mas só temos um quarto.

- Mas vocês não têm mais quartos? A placa lá fora diz totalmente o contrário. –dizia Kin contrariada.

- Espere aí, a placa lá fora diz o quê?! –A empregada vira o pescoço para trás e volta os olhos para um garoto que estava dormindo no sofá da recepção. – NINJIN, SEU IDIOTA! NÃO FAZ NADA O DIA TODO E NÃO SERVE NEM PRA TROCAR UMA PLACA?! SEU IMPRESTÁVEL!

O garoto cai do sofá com o nariz no chão, e levanta sonolento e se queixando do seu nariz. Era ruivo e tinha olhos azuis, mas sua altura era o principal. Era maior que o Nekomura, e o Nekomura já se considerava uma armação de ossos largos.

- Ahhh, Tsubame-chan... Por que você não faz isso? É uma placa, não é uma canoa. –o sono embriagava as palavras do garoto ruivo.

- TSUBAME-CHAN É O CACETE! VÁ TROCAR AQUELA PLACA AGORA! E é Tsubame-senpai pra você!

O garoto corre desesperadamente para fora da pousada para trocar a placa, os olhos de terror de Tsubame ferviam o ruivo de longe.

- Etto... Desculpem-me por ser rude. Então, só temos um quarto. – Tsubame explicava aos quatro, que aceitaram sem escolha. – Eu preciso do nome de vocês.

Hiroto se adianta e diz os nomes de todos, mas antes pisca para Nezumi e Kin.

- Bem, eu sou Hiroto Senshi, essa é a... –ele se vira para Kin. - Murakami Tanaka, e essa é a...

- Kin’ishi Kaji –Sussura Nezumi.

– Iemichi Yagi.

- O QUÊ?! –exclama Nezumi.

- E esse é o Nekomura Natsuyama. –apontando para o Nekomura.

- Certo, Hiroto Senshi, Murakami Tanaka, Nekomura Natsuyama e... –logo a empregada esboça uma expressão de como estivesse a estranhando sem querer– Iemichi Yagi... Tá bem... –a empregada pensa: “Que nome esquisito, a mãe dessa menina não gostava dela”.

- Você está estranhando o nome dela?! E o nome dele, “Nekomura”! –dizia Ninjin que voltava de lá de fora. – O nome dele significa “Aldeia de Gatos”!

- E o que tem meu nome, ruivinho? –dizia zangado.

- Seu nome é horrível, só isso. –provocava Ninjin.

- Quem tem “cenoura” como nome não pode falar nada, ruivinho. –retrucava Nekomura.

- Quer brigar, Gatópolis?

- Pode vir, Cenoura!

Os dois iam se encontrar para brigar, mas Nezumi segura Nekomura e Tsubame segura Ninjin. Ninjin pela orelha e Nekomura pela cintura.

- CALE A BOCA, CAPACHO! DEIXE OS HÓSPEDES EM PAZ! –gritava a doce Tsubame.

- Nekoooooo, deixe o menino, não vamos brigar por nomes! –dizia Nezu à Nekomura.

Um risco vermelho escorre pelo nariz de Nekomura, que deixa todos surpresos, e uma cor vermelha dominava o rosto dele.

- Neko-neko, você está bem? –dizia Nezumi ainda agarrada às costas de Nekomura. – Você está... com hemorragia nasal?...

- E olha quem apareceu para dar oi... –dizia Ninjin apontando para as calças de Nekomura.

- Ne... quer dizer, Iemichi! Larga ele, você está o espremendo com os seios! –gritava Kin, ou Murakami, puxando-o pelo colarinho.

Nekomura retoma a consciência e vê o seu estado. Seu rosto fica vermelho vivo e ele corre constrangido para o Lago Ore como um carro de corrida turbinado. Um mergulho é dado desesperado em meio à escuridão e a lua quarto-minguante.

Hankei no Gifuto - 半径のギフト

Encerramento: http://www.youtube.com/watch?v=LHVL2G-2Bbo

The Beginning – One Ok Rock