– Para onde estamos indo?

– Um lugar que eu encontrei quando recém tinha chego à cidade. É bem bonito e vazio, como quase todo o lugar em Buford, mas eu estou com vontade de ir lá hoje e não quero ir sozinho.

– Que lugar é esse?

– Meu lugar favorito na cidade.

Capítulo 8 – E eu finalmente descubro que era você.

O lugar era lindo, as árvores enormes, as rochas, a cachoeira e a água pareciam extremamente convidativas. Não muito afastado da cidade. Ali, tudo parecia mágico. Rose ouvia o canto dos pássaros não muito distante, sentia o vento agradável o em seu rosto e viu o brilho nos olhos de Noah mais presente do que nunca antes.

– Aqui é tão lindo. Parece um lugar que vemos apenas em filmes. – comenta a garota com um sorriso.

– Eu também achei isso desse lugar na primeira vez. Senta aqui. – convidou ele.

Noah sentou-se em um tronco de alguma árvore caída com Rose ao seu lado, mas sentada no chão, invés de no tronco, apoiada ali. Após alguns minutos de silêncio, Noah pergunta:

– Porque Brianna não gosta de você?

– Não gosta? – ela arqueou a sobrancelha com um sorriso divertido no rosto.

– Achei que a palavra odiar seria um pouco forte, mas você entendeu.

– Por causa de Dexter.

– O garoto da lanchonete? – franziu o cenho confuso.

– Sim. Dexter não nasceu aqui, veio para cá com uns doze ou treze anos, ele era meu vizinho, então ficamos amigos quase imediatamente. Brianna também era minha amiga, se interessou por Dex e se dizia perdidamente apaixonada por ele. Só que nós éramos muito ligados um ao outro e por isso ela começou a me tratar mal e mandou Dexter escolher entre mim e ela. Ele me escolheu. – terminou com uma risada.

– Bem típico da Brianna. – comentou Noah.

– Sim, por isso eu fiz aquilo na lanchonete, me desculpa. – mordeu os lábios enquanto as maças de seu rosto adquiriam alguns tons de vermelho.

– Sou eu que tenho que pedir desculpas, eu puxei você para o meu colo.

– Tudo bem, Noah. Esquece isso.

O garoto riu, era engraçado como o rosto de Rose parecia mais angelical quando ela corava. De novo, nenhum dos dois falou nada e o Parker tirou o celular do bolso dando graças ao notar o pouco sinal, o suficiente para mandar uma mensagem à sua Angie.

De: Buford N.P.

Como está o seu dia?

Rose sentiu a vibração do celular em seu bolso e, com uma risada baixa, lendo a mensagem no mesmo. Decidida da sua futura ação, disse:

– Porque sempre que está comigo, você manda uma mensagem para a Angie?

Noah fitou Rose em pé a sua frente com o celular em mãos, estreitou os olhos e também se levantou, ficando frente a frente com a garota que, com um sorriso nos lábios entregou o celular ao garoto.

Ele arregalou os olhos ao ver a mensagem que tinha enviado há pouco para a sua Angie e por fim, voltou a fitar Rose. Será que...? Não, ele tinha certeza. Agora, ele tinha.

– Eu sabia! – disse sorrindo, o brilho em seus olhos não era nada comparado ao de antes.

Rose, preparada para encontrar a repulsa e o ódio, se surpreendeu ao notar ali apenas o amor, amor esse, apenas para ela.

O Parker passou o braço pela cintura dela, colando seus corpos e Rose, tendo plena noção do que se seguiria, abraçou o pescoço do garoto antes do mesmo tomar sua boca para um beijo inesquecível. Nada no mundo se compararia aquele beijo, tanto para Noah quando para Rose, porque, pela primeira vez na vida de ambos, eles beijavam com amor e a jovem Carter teve a certeza de que estava apaixonada por Noah.

O garoto segurou o rosto de Rose com as duas mãos, já as dela migraram para o cabelo revolto do jovem, sentindo a macies dos fios cacheados. Noah sorriu entre o beijo a felicidade não cabia nele. Finalmente tinha descoberto quem era sua Angie e não poderia ficar mais satisfeito por ser Rose.

– Eu te amo, Rose Carter. – anunciou segurando a cintura dela, tirando-a do chão e a abraçando o mais forte que podia.

A garota riu, o abraçando forte também, agora sabia que Noah não era como aqueles que tanto tiravam com a cara dela na escola, mas, mesmo assim, não estava pronta para dizer o que sentia por ele, mesmo esses sentimentos sendo fortes demais.

– Vem. – ele entrelaçou os seus dedos com os dela, tirando o tênis, meias, celular, camisa e carteira, colocando tudo sobre o tronco.

– O que? – Rose perguntou confusa.

– Vamos tomar um banho de cachoeira. – convidou com um sorriso torto no rosto.

– Mas eu só tenho essa roupa.

– Eu também. Vem de roupa mesmo. – sorriu maliciosamente dessa vez.

– Ok. – murmurou rendida.

Tirou a toca, colar, tênis e a meia, deixou suas coisas ao lado das do garoto e, de mãos dadas, foi em direção ao lago. Mal entrou lá e Noah a beijou novamente.

Passaram horas ali na água entre brincadeira, beijos e carícias. Noah não tirava o sorriso do rosto, assim como Rose. Agora, ele estava em pé, ainda na água, abraçando a cintura dela, enquanto a Carter repousava sua cabeça em seu ombro, aproveitando o carinho em suas costas.

– Agora Brianna não vai mesmo me deixar em paz. – murmurou divertida, imaginando a cena que a garota faria com o mínimo contato dos dois.

– Esquece ela, estamos juntos, é o que importa.

Antes do sol se por, Noah levou Rose para casa, se despedindo da mesma com um beijo de tirar o fôlego.

[...]

Rose voltava do banho e estava de pijamas, com o cabelo ruivo molhado, enquanto se dirigia a sua cama. Estava cansada, mas nada tirava o sorriso de seu rosto. Pegou o celular que estava no criado mudo ao lado de sua cama, notando uma mensagem não lida.

De: Buford N.P.

Boa noite. Durma bem.

Amo você, minha Rose.