Naruto: Um Soldado Na Batalha escrita por Hollow


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Fala pessoal, minha primeira fic e não tenho nada pra dizer... Mentira, tenho sim. Pra começar, tive essa idéia enquanto jogava CoD e depois fui inventar de assistir Naruto, o resultado disso foi este cap que eu postei. No mais, era apenas isso que eu queria dizer. Se lerem meu perfil terão uma idéia de qual é o casal da fic.



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Um jovem de aparentemente 18 anos de idade caminhava a passos firmes pelas ruas da agora encoberta de neve Times Square , em seu rosto havia um sorriso que transmitia confiança clara e pura. Usava um casaco marrom, uma touca e um cachecol laranja de certa forma berrante ao ponto de poder ser visto ao longe, mas mesmo usando todas essas roupas ainda era possível ver as madeixas douradas do moço. Virando a esquina finalmente pôde avistar seu destino: O bar que passou a frequentar desde que completou a maioridade, o seu amado bar Uncle Sam!

Adentrou o recinto, caminhou até um tripé depositando seu casaco, cachecol e touca no mesmo. Olhou o bar e encontrou um atendente cabisbaixo fumando seu charuto cubano calmamente. Reconheceu o motivo de tal estado do homem, afinal, qual dono de bar em toda a face da Terra ficaria contente em ver seu estabelecimento vazio? Este que ali se encontrava não era exceção .

O jovem loiro olhou mais uma vez paro o lugar e constatou suas suspeitas. Pôs as mãos nos bolsos e caminhou até o homem. O atendente o viu e assim que o reconheceu teve o rosto de frustação substituído por uma face de alívio e alegria, Naruto sorriu com a reação do rapaz, o mesmo era seu conhecido de infância. Michael Richard Davidson, rapaz honesto e trabalhador, 28 anos de pura luta, suor e lágrimas dedicados a ajudar seu pai, que morreu há quatro anos, com os negócios da família aqui em New York. Naruto sentou-se num característico banco redondo frente a mesa.

– Graças a Deus Naruto, achei que ninguém viria ao bar hoje! – falou Michael alegremente

– Também estranhei, sabe a causa da freguesia não ter dado as caras hoje? – Naruto se pronunciou bebendo uma golada de sua cerveja

– Não mesmo – o atendente apoiou-se sobre a mesa – até ontem o movimento era tanto que eu nem dava conta direito.

– Vai ver que é o inverno, por aqui até a própria neve deve sentir frio. – ambos riram da graça alheia

– O pior é que eu tenho que concordar... Sabe, quando meu pai era vivo me dizia que em dias assim eram sempre recompensados com alguma coisa boa amanhã. – Michael disse com uma expressão nostálgica no rosto

– Sinto muito – o loiro falou – sei como é perder um pai.

– Que isso! Mas vamos lá, o que você tem pra ter entrado aqui com aquele sorriso que dava pra ver de costas? – o atendente disse mudando de assunto rapidamente

– Hoje irei pedir a mão de Sakura em casamento – o loiro disse – já até tenho o anel, veja!

Naruto mostrou a aliança para Michael, a mesma aliança que seu pai deu para sua mãe anos atrás. Estava criando coragem fazia uma semana para pedir a mão de sua amada em casamento, na verdade, criava coragem para encarar o senhor Haruno frente a frente novamente, aquele homem lhe dava arrepios.

– Ei, olhe o que temos aqui! – Michael elogiou o anel enquanto o analisava

– Irei na sua casa hoje a noite – disse Naruto – mal posso esperar para colocá-la no dedo de minha Saky.

– Que bonito essa sua cara de apaixonado – zombou o amigo –sua paixão é tão forte assim?

– Paixão? Não, tenho absoluta certeza de que é amor meu caro Michael... – Naruto permitiu a si mesmo perder-se em devaneios, em sua mente lhe vinha a imagem de uma bela jovem de olhos verdes

– Nossa, deve ser amor mesmo pra deixar um idiota como você com um ar sério desses. – brincou Michael

Passaram-se alguns minutos, os dois amigos continuaram sua conversa descontraidamente até as sete horas da noite em ponto. Vendo o horário Naruto decidiu que deveria parar de beber, afinal planejava estar na casa dos Haruno às nove horas e não seria admissível nem educado aparecer bêbado para uma ocasião tão importante como essa que planejava fazer. Sendo assim, limitou-se a apenas mais uma meia garrafa de cerveja. Logo após beber despediu-se de Michael e se colocou novamente a andar pelas ruas de New York. Deixando seu pés lhe ditarem o caminho começou a perambular pelas ruas até a sua grande hora chegar.

Naruto agora se encontrava bem em frente ao Central Park, sorriu com as lembranças que aquele lugar lhe trazia. Fora ali que sua mãe o levou para passear pela primeira vez, ali seu pai lhe contou sobre muitas histórias de seus feitos da Grande Guerra, onde o mesmo lhe ensinou a andar de bicicleta, e principalmente: Fora ali mesmo, o banco que acabava de sentar-se, que conheceu o amor de sua vida, Sakura Haruno.

Olhou para o relógio em seu pulso, parece que o tempo estava a seu favor, ou contra ele, eram 8:16 da noite. Observou sua situação: Tinha acabado de beber um copo e meio de cerveja, e agora estava sentado num bando no meio do Central Park completamente sozinho, riu de si mesmo, riu por estar completamente nervoso com o que iria fazer daqui a meia hora, parecia até um adolescente! Respirou fundo para acalmar-se e apanhou sua carteira retirando uma nota de cinquenta dólares da mesma, iria comprar flores para ao menos tentar fazer as coisas mais fáceis para si. Sendo assim correu para a floricultura mais próxima.

Como esperado, foi imediatamente para a floricultura do Yamanaka, uma família muito amiga da sua e que lhe deu todo o apoio quando seus pais morreram. Caminhou para o balcão sendo recebido pela filha do dono da loja, Ino Yamanaka.

– Naruto! Faz tempo hein? – disse Ino com um sorriso no rosto

– É mesmo Ino – Naruto lembrou-se de seu objetivo para estar ali – queria comprar rosas.

– Deixe-me adivinhar – a loira falou dando uma pequena pausa – Sakura?

– Isso mesmo – o loiro responde com um sorriso divertido no rosto

­– Ok, vou fazer um buquê bem bonito então. – Ino disse se encaminhando para as flores

– Valeu Ino, está realmente lindo! – agradeceu Naruto

– Claro bobo, foi feito por mim – Ino gabou-se – você vai pedir a mão dela não é?

Naruto apenas acenou positivamente com a cabeça, desde que tinha tomado sua decisão havia apenas Ino sabia de tal ato do loiro, exatamente por isso seu palpite foi tão certeiro. E ela realmente estava feliz pelo amigo, afinal, viu seu sofrimento e apenas desejava o melhor para o loiro.

– Convencida – Naruto riu – está quase na hora.

– Tá esperando o que? Vai então! – a Yamanaka disse animando o loiro.

Naruto agradeceu Ino e olhando para seu relógio constatou que eram exatas nove horas. Ajeitou suas roupas e saiu em disparada pelas ruas rumo à casa de sua amada. Verificou seu bolso no meio se sua correria apenas para sentir a aliança que em alguns minutos estaria no dedo de sua Sakura, este pensamento dava cada vez mais forças para o Uzumaki correr atrás de seu sonho. Correu mais algumas quadras até deparar-se com uma bela casa com uma pequeno jardim na frente, era ali, a casa de Sakura Haruno.

Respirou fundo repetidas vezes, pediu a Deus e seus pais para que lhe dessem força e coragem para fazer o que iria fazer. Repentinamente beber teria sido uma ótima ideia que ele infelizmente achou melhor não fazer. Voltou ao mundo real, abriu o portão da casa e caminhou pela pequena trilha, seu ar se esvaía a cada passo que dava em direção a porta de cor branca e bem envernizada. Suspirando pesadamente deu leves batidas com suas mão trêmulas , passos foram ouvidos, Naruto fez o impossível para não ter um infarto ali mesmo. A porta foi aberta pela mão de Sakura que literalmente assustou-se com a presença do garoto em sua casa, a senhora olhou para dentro de sua residência de forma preocupada e depois voltou-se para o jovem apaixonado.

Naruto não gostou nem um pouco desta reação, e muito menos do olhar da senhora Haruno. Parecia desesperadamente presa em uma saia justa, muito justa, coisa que o menino nunca viu naquela doce mulher que era a mãe de sua namorada. Uma voz grossa se fez presente na casa, subitamente o chefe da família apareceu na porta com uma roupa típica de americanos: Colete de lã e camisa por baixo. Para a surpresa do Uzumaki e homem teve exatamente a mesma reação de sua mulher. Naruto não aguentou e se pronunciou.

– A Sakura está? – perguntou.

 – S-Sim – a mãe respondeu – N-Naruto, o que veio fazer aqui?

– Ótimo, irei fazer uma surpresa para ela – Naruto adentrou a residência movido por sua desconfiança – Sakura eu estou aqui! Queria falar com...

Naruto perdeu a voz e o chão com a cena que viu: Sakura aos beijos com que ele mais odiava no mundo inteiro, seu rival em todas as áreas de vida, Sasuke Uchiha. Não sabia exatamente o que sentia. Seria ódio? Raiva? Ira? Não, era muito pouco, seriam os três juntos! Sim, naquele momento era tanta coisa que ele não teve mais certeza de absolutamente nada, apenas de uma coisa: Havia perdido sua garota.

Segundos que pareceram horas se formaram na sala. A rosada olhava para o loiro com claro espanto na face, já seus pais não desgrudavam os olhos do chão, agora e apenas agora Naruto entendia a expressão dos pais de Sakura. Não pôde evitar de fazer com que as lágrimas rolassem livremente por sua face, não queria acreditar no que estava vendo, sua namorada beijando outro e pior ainda, na sua casa, coisa que nem mesmo ele teve o caráter de fazer! Seu coração se partiu em milhares de pedaços, não havia sobrado mais nada dentro de seu peito. Absolutamente nada.

Finalmente a raiva foi vista em seu rosto, os olhos azuis ganharam um retoque selvagem de sua testa franzida que era encoberta parcialmente por seus cabelos loiros. Virou-se para os pais da menina e falou num tom baixo mas sombrio.

– O que significa isso? – falou

– Naruto eu... – o pai tentou explicar tal situação

– Como vocês deixam que isso aconteça – o loiro disse ainda com um tom choroso na voz – eu nunca beijei sua filha tão atrevidamente assim, ainda mais na sua própria casa!

– Naruto eu posso explicar! – Sakura levantou-se do sofá rapidamente indo em direção ao loiro que se afastou.

– Cale-se – gritou Naruto assustando todos no local – como pôde me trocar por esse cara Sakura!? Que absurdo!

– A-Acalme-se Naruto, por favor – a senhora Haruno se pronunciou – Sakura iria lhe dizer amanhã.

– Dizer o que!? Que ela estava me traindo e depois iria me descartar como se fosse um lixo!? – o rapaz dessa vez gritou

As lágrimas retornaram, desta vez, muito mais fortes do que antes . Naruto queria pular em cima do Uchiha e socá-lo até a morte, mas pensou bem e achou melhor não, não valeria a pena sujar as mãos com o sangue daquele imbecil.

– Mas Naruto... – a rosada disse

– Chega – esbravejou o jovem – está vendo isso!? Era pra você – Naruto jogou as flores no chão – e também iria lhe dar isto – mostrou a aliança – iria pedir sua mão em casamento Sakura...

Choque. Era isso que dominava o corpo de todos os presentes ali naquela sala. Sasuke que até agora não tinha se pronunciando ganhou muito mais motivos para não fazer exatamente isso, Sakura não segurava mais o choro e tapava com a mão um grito que perdeu força assim que viu a linda aliança na mão de Naruto. Os pais da garota não acreditavam no que viam, sua mãe chorava tanto quanto ou até mais que a filha, já o pai mantinha os olhos arregalados e suava frio. O único que não estava paralisado era o loiro, mas estava chorando como nunca.

– Deus –Naruto disse para si mesmo – preferia a morte Sakura, a morte!

– E-Eu... Não sei o que dizer... – Sasuke falou pela primeira vez

– Não diga nada – o Uzumaki disse já guardando a aliança e caminhando parar fora da casa – você já fez o bastante.

– Espera aí garoto! – o senhor Haruno  tentou e vão chamar o jovem

Naruto fechou a porta da casa com força e se pôs a corre sem destino, sabia apenas que queria sair de peto daquele lugar. Ainda escutou os gritos dos pais de Sakura provavelmente dando a maior bronca de suas vidas, mas não se importava mais, queria morrer ali mesmo, todos os seus problemas desapareceriam. Mas não era isso que ele havia planejado, agora mais do que nunca iria dar a volta por cima e mostrar para todos que Naruto Uzumaki não é derrotado tão facilmente por mais duro que seja o golpe que a vida lhe dá.

Tomou outra rota para sua casa, chegou na mesma e foi logo tirando sua pesada roupa. Jogou-se na poltrona e chorou, chorou como nunca havia feito em sua vida, chorou de frustração, raiva, tristeza, chorou por tudo. Um choro tão forte que só foi vencido pelo sono.

Naruto acordou lentamente, ainda estava com suas roupas de ontem, sua cabeça doía como se tivesse tido uma ressaca das grandes. Com muita dificuldade caminhou até a cozinha e preparou um café quente, tal coisa que o ajudou a melhorar um pouco seu humor, não que isso o ajudasse muito. Ouviu i som de um caminhão na porta de seu vizinho e caminhou a passos lentos até lá, chegou na porta e viu seu colega da casa ao lado carregar suas malas cheias de roupas para dentro de um pequeno caminhão.

Não conhecia muito o rapaz mas mesmo assim decidiu fazer algumas perguntas, andou até o lado de fora e parou perto de sua caixa de correio.

– Ei Frank, aonde vai? – indagou o jovem

– Olá Naruto – virou-se e assustou-se com o estado do rapaz – noite difícil?

Naruto apenas deu um sorriso amarelo e acenou com a cabeça.

–Sim, mas aonde vai? – o loiro mudou de assusto

– Vou para a Europa – o jovem americano respondeu – a CIA acha que Hitler quer começar uma guerra e chamou alguns homens para espionar lá.

– Quer dizer que... – Naruto começou

– Que você não deve falar isso com ninguém ouviu? – Frank completou – O QG diz que isso vai ser um grande conflito, coisas de alemão mesmo – disse o jovem já entrando no carro – até outa hora Naruto, se eu viver é claro. Se ver que minha mãe não recebe correspondência, entregue isto a ela.

Frank entrega uma carta para Naruto e entra no veículo que parte imediatamente para algum lugar bem longe dali. O Uzumaki olho para o envelope em mãos que levava as palavras “Para mamãe” em sua frente com uma letra bem escrita.

Naruto pensou, o que teria a perder? Não tinha pais, sua namorada o abandonou, estava completamente perdido, então a as palavras de Frank lhe vieram a mente, um pensamento lhe tomou a cabeça: De que adianta ficar aqui quando se tem a chance de recomeçar? Bem, uma eminente guerra não seria o jeito mais adequado para isso mas mesmo assim Naruto decidiu-se, correu para dentro de casa e arrumou as malas. Iria deixar de ser reservista hoje mesmo.


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Notas finais do capítulo

Bem gente é isso aí, eu fico por aqui. Ficaria muito agradecido se deixarem reviews para mim! Ok,espero que tenham gostado do cap, e ele só está pequeno assim na minha opinião porque é uma "introdução" para o curso da história, prometo melhorar o tamaho dos caps.
OBS: O capítulo se passa em Agosto de 1939.