Elizabeth P.O.V

Não é nada fácil ser a patinha feia da turma... Ainda mais quando você é a melhor aluna da e sala, e tira notas impecáveis, mas em compensação quando é taxada de “nerd estranha”.

Como minha vida é ridícula, além de ter desastrosos 17 anos e ser cobrada como filha perfeita, eu estudo numa escola estranha onde de jeito nenhum eu me encaixo, por ser a nerd da classe, ok vocês já entenderam minha trágica realidade.

– Não liga Elizabeth, eles são idiotas – Stacy, minha amiga disse me defendo, agora que eu acabará de ser bombardeada por bolinhas de papel pelos amigos da minha irmã Nora, bem patético, eu sei.

Nora é uma típica líder de torcida sem cérebro (ela já tem 19 anos e está no colegial) que vive apenas de elogios, tem cabelos loiros falsamente ondulados e perfeitos, e silicones nos silicones de seus seios, tem vergonha de ser minha irmã então quase ninguém sabe do nosso parentesco desastroso, e eu a agradeço por isso, não quero ser popular e uma falsa fofa como ela.

Se eu pudesse ter aulas particulares...

Stacy tem cabelos castanhos e olhos amendoados angelicais, ela é uma garota boazinha e patricinha, ela é simpática com todos e é popular, mas não sei o porquê prefere a companhia de uma garota esquisita: Eu.

– Tudo bem – Disse me virando pra frente e voltando a prestar mais atenção na aula, mas por incrível que parece, pra mim, hoje a aula de matemática estava realmente entediante, e eu sentia que devia sair daquela sala e ir pra qualquer lugar, estava ansiosa com algo que eu mesma não sei o que é... A porta da sala me chamava e eu queria sair, mas não podia, e nem iria estragar todo um histórico de aluna perfeita, e nem iria decepcionar meu pai.

Apenas suspirei e encarei os números em meu caderno, hoje eles pareciam mais complicados que o normal...

[...]

– Então, já vai pra casa Elizabeth? – Stacy me perguntou indo junto até mim até a saída da escola.

– Já sim – Disse e ela sorriu.

– Então tchau! – Ela disse me abraçando e correndo até um carro preto parada em nossa frente, era o motorista particular dela, sim, ela é de uma família rica, a família Ward tem empresas em todo EUA e eles moram em um prédio chique no centro da cidade, mas ela só me leva lá quando seus pais não estão parece que ela tem um segredo ou algo do tipo, é eu já fui lá umas duas, ou três vezes... Sei lá, mas nunca a ninguém lá alem de Stacy e uma empregada.

Já eu moro em uma casa bem normal, pertinho da escola, bem... Eu sou uma garota bem normal, aliás.

Cheguei a minha casa e porta estava trancada

Ah, que ótimo, meu pai esqueceu-se de me deixar à chave.

Peguei meu celular no bolso e tentei ligar pra ele, que como era previsto não atendeu, então tentei ligar pra Stacy, que também não me atendeu.

Que droga, que droga...

Resolvi ir mesmo assim pra casa da Stacy pra matar o tempo até minha irmã voltar pra casa.

Andei com passos rápidos em direção ao centro da cidade.

E quando já estava próxima da casa dos Ward, apressei os passos, dei uma rápida olhada pra trás, e me virei de volta pra frente, só senti minha cara inteira arder e eu cair de costas no chão... É eu bati com a cara em uma placa.

– Tá tudo bem Lizzie? – Nathan disse aparecendo de skate do nada e me ajudou a levantar do chão, encarei seus olhos azuis e travei.

Nathan tem cabelos loiros bagunçados e pele meio bronzeada – por passar horas na praia surfando – e olhos extremamente azuis, é bem popular e lindo de morrer, sempre tive uma paixão secreta por ele dês de meus 5 anos de idade.

Se sou iludida? Sou e muito.

Eu odiava aquele apelido “Lizzie”, mas nunca relutava quando era dito por ele.

Ah, já disse que sou o azar em pessoa? Pois é eu sou.

– T-tu-do bem, não foi nada – Droga, porque eu sempre gaguejo e faço papel de idiota na frente dele? Bom, talvez eu seja uma completa idiota por gostar de um garoto que só tem olhos a Nora.

Ele apenas sorriu montou em seu skate e foi embora rapidamente, fiquei alguns minutos ali refletindo e acordei do meu transe e continuei meu caminho andando desjeitosamente.

Cheguei até a casa dos Ward e subi direto, pois o porteiro me conhecia e me deixou passar sem me anunciar, cheguei até a cobertura e toquei a campainha esperando Stacy abrir, mas eu estava completamente errada...

Quem abriu a porta foi um garoto com um cabelo castanho avermelhados repicado e com uma franja que caia até seus olhos, aliás, seus olhos cor de mel profundo e sua pele branca que contrastava com seus lábios vermelhos e seus traços finos e perfeitos. Ele vestia uma camiseta preta com um nome de uma banda de rock e calça apertada.

Então era isso que ela escondia de mim? Um namorado/irmão/primo/bicho de estimação delinquente, esquisito e maloqueiro?

Noah P.O.V

Que droga! Tive que voltar de uma super turnê, porque eu acabei me metendo em confusões e acabei preso, e tive que voltar pra casa pra tentar pensar em uma forma de amenizar a minha nova má fama, quem odiou essa ideia – além de mim – foi a Stacy, minha irmã que me odeia... Acho que é pelo simples fato de eu ser uma estrela da música, que ofusca o brilho da garotinha da família.

Estava pensando numa forma de ficar com fama de “bonzinho”, junto a meu produtor e empresário James, mas nada vinha à mente, precisava virar um bom moço, ou minha carreira já era.

Ouvi a campainha que me tirou dos devaneios, só espero que não seja alguma fã maluca, me levantei do sofá e fui até a porta abrindo à mesma e fitando uma garota de cabelos claros presos em um coque ridículo e olhos verdes água e grandes com um brilho diferente, porém cobertos por um grande óculos de grau nerd, pele extremamente branca/pálida e com algumas poucas sardas contrastavam com suas bochechas rosadas como seus lábios, três palavras descreviam suas roupas: Roupas de asilo, aliás, estavam cobertas de poeira e terra.

– Err... O abrigo pra mendigos é na outra rua! – Disse fechando a porta, mas a abusadinha pôs o pé na mesma, tá de brincadeira né?

– Não sou mendiga – Ela disse com a cara fechada e eu dei meu largo sorriso com minhas famosas covinhas.

– Ah! – Eu disse constatando os fatos – Você é uma fã! – Eu disse arrancando uma caneta do bolso. Peguei seu braço magrelo (será que há ao menos sangue ali?) e escrevi “Noah ♥” em seu braço, minhas fãs! Ainda restam!

– N-Não, na verdade nem sei quem você é, eu vim ver a Stacy! – Disse ela se afastando bruscamente de mim então eu arqueei minha sobrancelha e dei passagem a aquela criatura debochada que entrou desajeitada em minha casa.

–STACY TEM UMA AMIGA NERD ESFARRAPADA SUA AQUI EM BAIXO! – Eu gritei chamando minha irmã – Ah, já que não me conhece sou o Noah Ward! – Eu disse estendendo a mão a garota que me olhava de forma indiferente, quem diabos é esse ser de outra galáxia que não conhece Noah Ward?

– Elizabeth Green – Ela disse ignorando minha mão estendida, então eu meio constrangido abaixei a mão.

Educação mandou lembranças...

– O que voc... – Stacy parou de falar e encarou a amiga estranha dela – Ah, oi Elizabeth – Ela disse indo até a garota e sussurrou algo a mesma – Estamos subindo Noah, não nos incomode – Stacy disse me encarando friamente e sua amiga tentou, mas não conseguiu me intimidar com seu olhar, mas quem se intimidaria por uma nerd odiosa e catatônica de no máximo 1,55 de altura?

Elizabeth P.O.V

Estava prestes a subir pro quarto de minha amiga, e deixar aquele ser maluco e fantasioso vestido como um trombadinha com cara de quem vai pra casas abandonadas pra se drogar, tendo suas alucinações ali na sala, mas foi interrompida por uma voz de pato.

– ESPERA! EU TIVE A IDEIA! – Um homem baixinho careca disse do nada me assustando, será que só havia gente maluca e trombadinha ali? – Vou salvar sua carreira Noah! – Ele completou vindo até mim saltitando como se estivesse no espaço ou em câmera lenta... Como eu disse, aqui só tem maluco.

Será que eu não me enganei e fui parar em um hospício, ou um reformatório de malucos? Ah com certeza não, Stacy não se encaixa nessas categorias.

– Você gostaria de ser a nova garota de sorte, a nova namorada de Noah Ward? – O gordinho maluco disse e... ESPERA, PARA TUDO! Que diabos de proposta é essa?

E, além disso, garota de sorte? Sou a garota de azar, isso sim.

– Não, nem pensar não é pirralha? Ela não faria um acordo desse, não é? – Disse Noah vindo até nós e intervindo a conversa – Esquece! – Falou baixinho entre dentes a James que apenas sorriu de forma debochada, ele não me deu ouvidos ao delinquente.

– Hum, e o que eu ganho com isso? – Disse meio interessada, não seria tão ruim assim fingir ser namorada daquele ET, ou seria?

– Um que tal... Uma bolsa de estudos completa Harvard? De que curso quiser! – O homem disse eu arregalei meus olhos, era meu sonho, fazer faculdade em de arquitetura Harvard, e impressionar meu pai.

– Ok, isso tá suspeito demais, acho que vou fingir que vocês não são malucos e vou pra casa! – Disse com receio deles e andei até a porta.

– NÃO POR FAVOR! Aceite! Daremos o que você quiser! Só peça e daremos e em troca você dá a nova reputação a Noah Ward de “garoto bonzinho, e melhor namorado”! – O homem tampou minha passagem e eu fiquei pensativa, aquele nome “Noah Ward” já ouvi falar nesse nome.

Noah Ward... Noah... Ward, NOAH WARD? Ele é de uma banda de rock famosa chamada “Nearly Deads”.

A bandinha que Nora ama.

– Hum, quero a bolsa de estudos e uma passagens de ida e volta para a Suécia – Disse olhando o homem que franziu o cenho e logo depois sorriu

– NEM PENSAR! EU NÃO VOU FINGIR NAMORAR ESSA NERD! E A MINHA REPUTAÇÃO? – Deu chilique a super star depressiva presente naquela sala, Noah – AAH, eu to na fossa! – Reclamou irritante e eu revirei os olhos.

– Da pra calar a boca e parar de chilique? – Disse ao idiota que se desesperava e arrancava cabelos.

Ele parou e me encarou indignado.

– Que, que isso minha gente? A revolta dos nerds parte 1? Daqui a pouco vamos encontrar lideres de torcida inteligentes! – Esbravejou Noah e eu bufei, que sujeito odioso.

Mas o que eu tinha a perder com esse acordo? Apenas minha paciência, não é mesmo?

– E maus cantores de rock trombadinhas! – Completei o encarando ferozmente.

Ridículo, ridículo, garoto ridículo!

– HÁHÁ, que engraçada você – Ele disse dando um sorriso irônico e eu revirei os olhos.

– Calado Noah! – O homem disse ao garoto que bufou e se sentou na poltrona do canto da sala, se isolando – Você aceita? – Ele se dirigiu a mim e eu gelei, aceitava ou não?

Posso me arrepender, mas...

– Eu... Eu aceito, mas tenho minhas condições, o que acha? é pegar ou largar! – Disse o encarando.

Eu não estava completamente maluca tinha razões pra fazer isso, e queria ir pra Suécia de qualquer maneira encontrar minha mãe, e meu pai nunca deixaria, então essa é a única forma!

De certa forma Noah foi minha salvação!

Sei, eu vou me arrepender de ter pensado isso...

– Fechado! – Disse Noah todo emburrado e eu sorri.

Ele que nem pense que vai ser fácil assim me ter como falsa namorada, irei inferniza-lo, tornar sua vida pior do que já é! E o melhor é que ele não poderá revidar!